Imagem de Mercúrio pode ajudar a encontrar a “Terra 2.0”; entenda no megacurioso

Em busca dos irmãos perdidos do nosso planeta

<p dir="ltr">Milhares de exoplanetas foram descobertos nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas e outros tantos est&atilde;o nas listas de poss&iacute;veis candidatos. No entanto, apesar de a lista de mundos alien&iacute;genas catalogados n&atilde;o parar de aumentar, poucos deles apresentam caracter&iacute;sticas semelhantes &agrave;s do nosso planeta &ndash; e os cientistas certamente seguem tentando encontrar uma &ldquo;Terra 2.0&rdquo; pelo Universo. Pois o ge&oacute;logo planet&aacute;rio Paul Byrne, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA, prop&ocirc;s um m&eacute;todo que pode ajudar na ca&ccedil;ada por &ldquo;irm&atilde;os&rdquo; do nosso mundo e sua abordagem se baseia&nbsp;na aus&ecirc;ncia de vulcanismo em&nbsp;Merc&uacute;rio, o menor e mais interno integrante do Sistema Solar.</p>

<h2>Busca por g&ecirc;meo perdido</h2>

<p dir="ltr">Merc&uacute;rio, o planeta mais pr&oacute;ximo do Sol em nosso sistema planet&aacute;rio, apesar de ser rochoso como a Terra, n&atilde;o possui placas tect&ocirc;nicas como ocorre aqui. Por l&aacute;, a crosta &eacute; composta por uma &uacute;nica camada que, h&aacute; cerca de 3,5 bilh&otilde;es de anos, deixou de ser ativa, se solidificou completamente e, hoje, envolve o n&uacute;cleo mercuriano derretido. Contudo, esse processo tamb&eacute;m fez com que a crosta do planetinha se contra&iacute;sse, selando, com isso, toda e qualquer passagem de magma para a superf&iacute;cie &ndash; pondo, assim, um fim &agrave; atividade vulc&acirc;nica em Merc&uacute;rio.</p>

<figure><img alt="" height="542" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/19/19232104939021.jpg" width="720" />
<figcaption>(Fonte: Digital Trends / NASA JLP / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<p dir="ltr">E o que tudo isso tem a ver com a busca de uma &quot;Terra 2.0&quot;? Segundo Byrne, um bom ponto de partida para encontrar planetas como o nosso seria compreender melhor como a atividade vulc&acirc;nica varia com o passar do tempo em outros mundos, uma vez que ela estaria diretamente relacionada com a idade e as dimens&otilde;es dos planetas.</p>

<p dir="ltr">De acordo com Tracey Peake, em uma publica&ccedil;&atilde;o do site <a href="https://phys.org/news/2019-12-mercury-volcanic-activityor-lack-itcould.html" target="_blank">Phys Org</a>, como a tecnologia atual n&atilde;o permite que os cientistas possam observar a atividade vulc&acirc;nica em exoplanetas distantes diretamente, Byrne conduziu an&aacute;lises do vulcanismo nos mundos rochosos que comp&otilde;em o Sistema Solar, ou seja, em Marte, V&ecirc;nus, Merc&uacute;rio e Terra &ndash; incluindo a Lua no estudo.</p>

<h2>Vulcanismo</h2>

<p dir="ltr">Em astros desprovidos de placas tect&ocirc;nicas, como &eacute; o caso de Merc&uacute;rio e da Lua, a atividade vulc&acirc;nica n&atilde;o existe por conta da contra&ccedil;&atilde;o que suas crostas sofreram no decorrer de milh&otilde;es de anos, que acabaram por encapsular o magma e n&atilde;o oferecem vias para que ele possa escapar at&eacute; a superf&iacute;cie. J&aacute; onde h&aacute; atividade, ela &eacute; resultante da emiss&atilde;o de radia&ccedil;&atilde;o a partir dos n&uacute;cleos dos planetas, ainda que o tipo e localiza&ccedil;&atilde;o de vulcanismo mudem com o tempo.</p>

<figure><img alt="" height="1380" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/19/19232150266022.jpg" width="1600" />
<figcaption>(Fonte: Britannica / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<p dir="ltr">O ge&oacute;logo explicou ent&atilde;o que, a partir da compara&ccedil;&atilde;o da atividade vulc&acirc;nica dos planetas rochosos do Sistema Solar, &eacute; poss&iacute;vel determinar algumas regrinhas sobre como ela varia &ndash; e essas diretrizes podem ajudar os cientistas a limitarem o escopo de suas buscas por g&ecirc;meos da Terra. Isso porque, conforme prop&otilde;e Byrne, se o objetivo for o de identificar vulcanismo em um exoplaneta com idade pr&oacute;xima &agrave; do nosso mundo, se suas dimens&otilde;es forem semelhantes &agrave;s de Merc&uacute;rio (ou &agrave;s da Lua), &eacute; prov&aacute;vel que sua crosta j&aacute; tenha passado pelo processo de contra&ccedil;&atilde;o e, portanto, talvez seja mais produtivo focar os esfor&ccedil;os em outro lugar.</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148772-mercurio-ajudar-encontrar-terra-2-0-entenda.htm">Mercúrio pode ajudar a encontrar a “Terra 2.0”; entenda</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:24.452Z

Mercúrio pode ajudar a encontrar a “Terra 2.0”; entenda

Imagem de Rede de nanofios mostra comportamentos como os do cérebro humano no megacurioso

Sistema pode dar origem a máquinas capazes de pensar como nós

<p dir="ltr">Uma parceria formada por cientistas da Universidade da Calif&oacute;rnia, em Los Angeles, e do Instituto Nacional de Ci&ecirc;ncia de Materiais, no Jap&atilde;o, deu origem a um dispositivo min&uacute;sculo que apresenta caracter&iacute;sticas semelhantes a determinados comportamentos do c&eacute;rebro humano. Capaz de mostrar atributos como sonol&ecirc;ncia, vigil&acirc;ncia, esquecimento, aprendizado e memoriza&ccedil;&atilde;o, o componente pode permitir importantes avan&ccedil;os na cria&ccedil;&atilde;o de m&aacute;quinas com a habilidade de pensar como n&oacute;s no futuro.</p>

<h2>Nanotecnologia</h2>

<p dir="ltr">De acordo com Wayne Lewis, da <a href="https://phys.org/news/2019-12-brain-like-behavior-nanoscale-device.html" target="_blank">Universidade da Calif&oacute;rnia</a>, o dispositivo desenvolvido pelos pesquisadores conta com mais ou menos 10 mil&iacute;metros quadrados e consiste em um emaranhado de nanofios de prata medindo, em m&eacute;dia, apenas 360 nan&ocirc;metros de di&acirc;metro cada um <strong>&ndash;</strong> cobertos com uma camada com cerca de 1 nan&ocirc;metro de espessura de um pol&iacute;mero isolante.</p>

<p><img alt="" height="660" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/18/18211333295173.jpg" width="1200" /></p>

<p>(Fonte: Phys Org / Marc Roseboro / CNSI / UCLA <strong>/&nbsp;</strong>Reprodu&ccedil;&atilde;o)</p>

<p dir="ltr">O interessante, no entanto, &eacute; que os fios de prata foram deixados para se organizar sozinhos em um material semicondutor conhecido como &ldquo;bolacha de sil&iacute;cio&rdquo;. E, segundo os pesquisadores, onde os nanocabos se cruzam e se sobrep&otilde;em, formam-se conex&otilde;es que, por sua vez, s&atilde;o muito parecidas &agrave;s de uma regi&atilde;o cerebral conhecida como neoc&oacute;rtex e que est&aacute; envolvida em a&ccedil;&otilde;es supercomplexas, como a percep&ccedil;&atilde;o, a cogni&ccedil;&atilde;o e a fala.</p>

<h2>Maquininha pensante</h2>

<p dir="ltr">Mais especificamente, o emaranhado de nanofios criou cerca de 10 milh&otilde;es de interliga&ccedil;&otilde;es entre eles e, durante os experimentos, os cientistas aplicaram a esse sistema correntes el&eacute;tricas que faziam com que &aacute;tomos de prata viajassem atrav&eacute;s dos fios sob a camada de pol&iacute;mero e tamb&eacute;m pelas conex&otilde;es formadas <strong>&ndash;</strong> jun&ccedil;&otilde;es essas semelhantes &agrave;s sinapses que permitem que os neur&ocirc;nios possam transmitir informa&ccedil;&otilde;es uns aos outros.&nbsp;</p>

<p dir="ltr">Al&eacute;m disso, os pesquisadores utilizaram um par de eletrodos para acompanhar a atividade do dispositivo e notaram que a estrutura formada pelos nanofios apresentava comportamentos equivalentes aos observados no c&eacute;rebro. A equipe tamb&eacute;m realizou testes com diferentes correntes el&eacute;tricas e, ao comparar os resultados com exames de resson&acirc;ncia magn&eacute;tica em humanos, percebeu que, quando estas eram mais baixas, a atividade no sistema era semelhante &agrave; do c&eacute;rebro de uma pessoa em repouso&nbsp;<strong>&ndash;</strong>&nbsp;enquanto que o desempenho com correntes mais elevadas se parecia ao do c&eacute;rebro de algu&eacute;m desperto.</p>

<figure class="image"><img alt="" height="432" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/18/18212441224178.jpg" width="710" />
<figcaption>(Fonte: Earth.com / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<p dir="ltr">Na pr&aacute;tica, os pesquisadores acreditam que o sistema de nanofios <strong>&ndash;</strong> inspirado no funcionamento do c&eacute;rebro humano <strong>&ndash;</strong>&nbsp;pode dar origem a computadores e m&aacute;quinas n&atilde;o s&oacute; mais eficientes no que diz respeito ao consumo de energia, mas tamb&eacute;m &agrave; capacidade de processar dados em grau de complexidade e em quantidades muito mais elevadas do que com as quais os dispositivos de hoje em dia conseguem trabalhar.</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148770-rede-nanofios-mostra-comportamentos-cerebro-humano.htm">Rede de nanofios mostra comportamentos como os do cérebro humano</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:24.430Z

Rede de nanofios mostra comportamentos como os do cérebro humano

Imagem de Mistério das “Listras de Tigre” da lua congelada de Saturno é desvendado no megacurioso

<p>Pesquisadores do Instituto Carnegie, em Washington, acreditam ter desvendado o mist&eacute;rio das chamadas &ldquo;Listras de Tigre&rdquo; &ndash; fissuras enormes presentes na superf&iacute;cie de Enc&eacute;lado, a 6&ordf; maior lua de Saturno, pelas quais s&atilde;o expelidos gases e l&iacute;quidos. Outras teorias chegaram a ser apresentadas no passado, mas tudo indica que a alternativa proposta agora pela equipe liderada pelo cientista Douglas Hemingway finalmente esclarece o enigma.</p>

<h2>Fendas misteriosas</h2>

<p>As Listras de Tigre se situam no polo sul de Enc&eacute;lado e medem cerca de 130 quil&ocirc;metros de comprimento, ficando separadas umas das outras por mais ou menos 35 km de dist&acirc;ncia &ndash; veja na imagem a seguir. Essas forma&ccedil;&otilde;es concentram g&ecirc;iseres que expelem &aacute;gua pela superf&iacute;cie congelada do sat&eacute;lite e, conforme mencionamos antes, as s&atilde;o fendas imensas, especialmente considerando que a lua mesmo conta com apenas 500 km de di&acirc;metro, aproximadamente.</p>

<figure class="image"><img alt="" height="1024" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/12/12230609402215.jpg" width="1024" />
<figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<p>Descobertas em 2005, durante sobrevoos da sonda espacial Cassini, da NASA, at&eacute; onde se sabe, nenhum outro objeto no Sistema Solar apresenta fissuras iguais &agrave;s Listras de Tigre &ndash; e uma curiosidade sobre as fendas &eacute; que elas foram batizadas com os nomes de &ldquo;Bagd&aacute;&rdquo;, &ldquo;Cairo&rdquo;, &ldquo;Damasco&rdquo; e &ldquo;Alexandria&rdquo;, em homenagem a cidades que figuram na obra &ldquo;As Mil e Uma Noites&rdquo;.</p>

<p>Segundo revelaram os levantamentos realizados pela Cassini, existe um vasto oceano l&iacute;quido sob a camada de gelo que cobre a superf&iacute;cie de Enc&eacute;lado.Ent&atilde;o, uma teoria sobre as fendas foi apresentada pelo cientista Francis Nimmo, da Universidade da Calif&oacute;rnia, em 2006, que prop&ocirc;s que as fissuras teriam se formado em outras regi&otilde;es do sat&eacute;lite e migrado para o polo sul devido a pontos de calor sob a superf&iacute;cie de gelo &ndash; que criavam bols&otilde;es de &aacute;gua aquecida de baixa densidade que afetavam ligeiramente o eixo de Enc&eacute;lado, movendo as listras de lugar.</p>

<h2>Nova explica&ccedil;&atilde;o</h2>

<p>Pois, a an&aacute;lise das informa&ccedil;&otilde;es coletadas pela sonda apontaram que Enc&eacute;lado, ao orbitar ao redor de Saturno, &eacute; impactada pela gravidade exercida pelo gigante gasoso, e a for&ccedil;a das mar&eacute;s resultantes da influ&ecirc;ncia gravitacional causa deforma&ccedil;&otilde;es e at&eacute; o aquecimento do sat&eacute;lite. Al&eacute;m disso, os dados obtidos pela Cassini revelaram que as regi&otilde;es polares da luazinha s&atilde;o as mais afetadas por esses fen&ocirc;menos, uma vez que as camadas de gelo s&atilde;o menos espessas nesses locais.</p>

<figure class="image"><img alt="" height="675" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/12/12230701308218.jpg" width="940" />
<figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<p>E, com base em tudo isso &ndash; e em modelos criados pelo time de Hemingway &ndash;, a nova explica&ccedil;&atilde;o para o surgimento das Listras &eacute; que, conforme o sat&eacute;lite sofre per&iacute;odos de resfriamento, parte do oceano que se encontra sob a superf&iacute;cie congela.Com isso, o l&iacute;quido, ao se solidificar, sofre expans&atilde;o, fazendo com que a camada de gelo se torne mais grossa pr&oacute;ximo &agrave; superf&iacute;cie. No entanto, o oceano que se encontra sob esse gelo todo exerce press&atilde;o sobre as camadas superiores e, como nos polos elas s&atilde;o mais finas, &eacute; mais f&aacute;cil que ali ocorram rupturas.</p>

<p>Ainda segundo a explica&ccedil;&atilde;o, &eacute; bastante prov&aacute;vel que primeiro tenha surgido uma &uacute;nica fenda &ndash; e que esta n&atilde;o tenha voltado a congelar. Ent&atilde;o, parte do oceano deve ter flu&iacute;do para a superf&iacute;cie atrav&eacute;s da fissura, e o seu ac&uacute;mulo e posterior congelamento causaram uma sobrecarga que contribuiu para a forma&ccedil;&atilde;o das demais Listras.</p>

<figure class="image"><img alt="" height="1023" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/12/12230744652219.jpg" width="869" />
<figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<p>Ademais, as mar&eacute;s e a deforma&ccedil;&atilde;o ocasionadas pela gravidade de Saturno fazem com que as fendas se estreitem e voltem a se dilatar, impedindo que elas fechem &ndash; e o l&iacute;quido que vaza pelas aberturas colabora para que elas permane&ccedil;am ativas. Para completar, se Enc&eacute;lado fosse maior e, portanto, possu&iacute;sse uma for&ccedil;a gravitacional mais acentuada, as fissuras adicionais provavelmente n&atilde;o teriam se formado, da&iacute; o motivo de as 4 Listras s&oacute; existirem na pequena lua saturniana.</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148584-misterio-listras-tigre-lua-congelada-saturno-desvendado.htm">Mistério das “Listras de Tigre” da lua congelada de Saturno é desvendado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:24.046Z

Mistério das “Listras de Tigre” da lua congelada de Saturno é desvendado

Imagem de Bateria de nióbio e glicerol pode aparecer em celulares e carros em breve no megacurioso

Tecnologia também pode levar à redução nas emissões de poluentes

<p>Pesquisadores da Universidade Federal do ABC &ndash; UFABC, situada em S&atilde;o Paulo &ndash; desenvolveram um dispositivo que, al&eacute;m de poder substituir <a href="http://www.tecmundo.com.br/bateria/" target="_blank" title="Bateria">baterias</a>&nbsp;de <a href="http://www.tecmundo.com.br/celular/" target="_blank" title="Celular">celulares</a>&nbsp;e <a href="http://www.tecmundo.com.br/notebook/" target="_blank" title="Notebook">notebooks</a>&nbsp;no futuro, poder&aacute; ser usado no fornecimento de energia a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/eletricos/" target="_blank" title="El&eacute;tricos">ve&iacute;culos el&eacute;tricos</a> e eletricidade para casas de pequeno porte. Trata-se de uma c&eacute;lula a combust&iacute;vel bastante promissora, e o bacana &eacute; que a base para a sua fabrica&ccedil;&atilde;o s&atilde;o produtos que o nosso pa&iacute;s tem de sobra.</p>
<h2>Combust&iacute;vel e catalizador</h2>
<p>Segundo os pesquisadores da UFABC, o dispositivo &eacute; movido a glicerol &ndash; um subproduto da fabrica&ccedil;&atilde;o de sab&otilde;es e detergentes e tamb&eacute;m biocombust&iacute;veis &ndash;, que funciona como combust&iacute;vel, e ni&oacute;bio, elemento usado na produ&ccedil;&atilde;o de ligas met&aacute;licas com incont&aacute;veis aplica&ccedil;&otilde;es, desde a fabrica&ccedil;&atilde;o de motores e pe&ccedil;as &agrave; manufatura de componentes eletr&ocirc;nicos que, na c&eacute;lula, atua como catalizador.</p>
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/10/10222038418108.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Phys Org / Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>No caso do glicerol, ele &eacute; produzido em gigantescas quantidades no pa&iacute;s e frequentemente descartado &ndash;&nbsp;muitas vezes de forma inadequada &ndash; pelas mais variadas ind&uacute;strias. J&aacute; com rela&ccedil;&atilde;o ao ni&oacute;bio, o Brasil det&eacute;m o t&iacute;tulo de maior fornecedor desse elemento do mundo, com 98% das reservas globais, o que significa que ambos &ldquo;ingredientes&rdquo; s&atilde;o extremamente abundantes por aqui.</p>
<h2>Ni&oacute;bio</h2>
<p>Os cientistas da UFABC descobriram que o ni&oacute;bio melhora dramaticamente a atividade eletrocatal&iacute;tica proporcionada pelo pal&aacute;dio &ndash; outro catalizador que participa das rea&ccedil;&otilde;es eletroqu&iacute;micas que ocorrem na c&eacute;lula movida a glicerol. Com isso, a quantidade desse segundo elemento pode ser cortada pela metade, o que resulta na redu&ccedil;&atilde;o de custos na produ&ccedil;&atilde;o do dispositivo.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="357" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/10/10222144777109.jpg" width="614" /> <figcaption>(Fonte: Phys Org / FAPESP / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Ademais, a diminui&ccedil;&atilde;o de pal&aacute;dio leva a uma expressiva queda na libera&ccedil;&atilde;o de subprodutos t&oacute;xicos decorrentes da oxida&ccedil;&atilde;o de compostos intermedi&aacute;rios absorvidos durante longos per&iacute;odos de opera&ccedil;&atilde;o da c&eacute;lula convencional, como seria o caso do mon&oacute;xido de carbono. Sem falar que, se um dia for produzida e utilizada em larga escala, a bateria desenvolvida pelos brasileiros poderia substituir motores de combust&atilde;o movidos a combust&iacute;veis f&oacute;sseis e, cortar as emiss&otilde;es de poluentes.</p>
<p>Os pesquisadores explicaram que, em princ&iacute;pio, os dispositivos podem ser usados no funcionamento de aparelhos e dispositivos eletr&ocirc;nicos em locais onde n&atilde;o h&aacute; energia el&eacute;trica. Mas, conforme mencionamos no in&iacute;cio da mat&eacute;ria, de acordo com os cientistas, a tecnologia pode ser adaptada para ser utilizada no abastecimento de ve&iacute;culos el&eacute;tricos, para fornecer energia a resid&ecirc;ncias e ter muitas outras aplica&ccedil;&otilde;es.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148585-bateria-niobio-glicerol-aparecer-celulares-carros-em.htm">Bateria de nióbio e glicerol pode aparecer em celulares e carros em breve</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:24.036Z

Bateria de nióbio e glicerol pode aparecer em celulares e carros em breve

Imagem de Sonda Parker Solar coletou informações impressionantes do Sol no megacurioso

Cientistas começaram a divulgar os primeiros estudos feitos com os dados obtidos pelo artefato


<p>A sonda espacial Parker Solar da NASA, cuja miss&atilde;o &eacute; a de orbitar ao redor do Sol e coletar o m&aacute;ximo poss&iacute;vel de informa&ccedil;&otilde;es sobre a nossa estrela, fez a sua maior aproxima&ccedil;&atilde;o em meados do ano passado. Cumprindo com a tarefa para a qual foi projetado, nessa ocasi&atilde;o, o artefato obteve uma quantidade imensa de dados &ndash; e os primeiros estudos provenientes das an&aacute;lises dos levantamentos feitos pela sonda come&ccedil;aram a ser divulgados com resultados impressionantes.</p>
<h2>&nbsp;Sonda solar</h2>
<p>No total, 4 artigos foram publicados at&eacute; o momento e, entre as descobertas est&aacute; a de que a radia&ccedil;&atilde;o solar vaporiza toda a poeira c&oacute;smica que se encontra ao redor do Sol, criando um anel com mais de 5,5 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros em torno da estrela desprovido de part&iacute;culas. Al&eacute;m disso, os levantamentos realizados pela Parker Solar apontaram que os ventos que circulam pelo Astro-Rei alcan&ccedil;am velocidades quase 10 vezes superiores &agrave;s previstas pelos modelos padr&atilde;o.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="566" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/05/05234210735014.jpg" width="1000" /> <figcaption>(Fonte: The Guardian / John Hopkins APL / NASA / PA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Ali&aacute;s, o artefato capturou as primeiras imagens de que se tem not&iacute;cia que mostram fluxos de vento solar girando ao redor da estrela &ndash; quando, aqui da Terra, as trajet&oacute;rias tra&ccedil;adas s&atilde;o observadas em linhas retas sendo lan&ccedil;adas a velocidades perpendiculares ao Sol.</p>
<p>Os dados obtidos pela sonda tamb&eacute;m revelaram que os campos magn&eacute;ticos que emanam do Sol aparentemente mudam de sentido &ndash; podendo inclusive dar a volta e retornar em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; estrela. Os cientistas ainda n&atilde;o conseguiram identificar o que causa esse &ldquo;bate e rebate&rdquo; energ&eacute;tico, mas descobrir o que est&aacute; por tr&aacute;s do fen&ocirc;meno poderia ajud&aacute;-los a compreender como funciona a din&acirc;mica de como a energia &eacute; liberada e de como ela flui pelo Sistema Solar.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="1104" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/05/05234306172015.jpg" width="1962" /> <figcaption>(Fonte: Gizmodo / Ronan Laker / GONG / NASA / HelioPy / PFSSPy / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>A Solar Parker consiste no mais r&aacute;pido artefato constru&iacute;do pela humanidade e, quando fez a sua maior aproxima&ccedil;&atilde;o, em agosto de 2018, a sonda chegou a pouco mais de 24 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia do Sol.</p>
<p>Equipada com instrumentos cient&iacute;ficos de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o, a pequena nave far&aacute; um novo acercamento em janeiro pr&oacute;ximo, e a miss&atilde;o pode ajudar os cientistas a desvendarem in&uacute;meros mist&eacute;rios acerca do nosso Astro-Rei, bem como permitir que eles ganhem conhecimentos sobre como as estrelas se formam, evoluem e morrem e at&eacute; dar origem novas formas de proteger os astronautas da radia&ccedil;&atilde;o durante viagens espaciais.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148465-sonda-parker-solar-coletou-informacoes-impressionantes-sol.htm">Sonda Parker Solar coletou informações impressionantes do Sol</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:23.544Z

Sonda Parker Solar coletou informações impressionantes do Sol

Imagem de Buracos negros supermassivos podem ser “maternidades” planetárias no megacurioso

“Pais” de sistemas planetários e dezenas de milhares de mundos


<p>Os buracos negros s&atilde;o conhecidos por seus &ldquo;apetites vorazes&rdquo; &ndash; uma vez que, devido &agrave; sua extraordin&aacute;ria for&ccedil;a gravitacional, eles capturam tudo o que se aproxima demais deles, tanto que nem mesmo a luz pode escapar de sua atra&ccedil;&atilde;o. No entanto, de acordo com um estudo apresentado por cientistas da Universidade Kagoshima, no Jap&atilde;o, surpreendentemente, pode que essas estruturas, al&eacute;m de devorar astros, sejam respons&aacute;veis pela forma&ccedil;&atilde;o de exoplanetas e, consequentemente, de sistemas planet&aacute;rios.</p>

<h2>Maternidades planet&aacute;rias</h2>

<p>De acordo com a pesquisa apresentada pelos cientistas japoneses, os exoplanetas hipot&eacute;ticos que comp&otilde;em os (<em>tamb&eacute;m hipot&eacute;ticos</em>) sistemas solares se formariam a partir da agrega&ccedil;&atilde;o de materiais como gases e poeira c&oacute;smica que se concentram nas imedia&ccedil;&otilde;es de buracos negros supermassivos. Na realidade, esses detritos seriam semelhantes aos discos protoplanet&aacute;rios que existem ao redor de estrelas superjovens e que d&atilde;o origem a novos mundos &ndash; s&oacute; que muito mais densos e, portanto, mais eficientes como maternidades planet&aacute;rias.</p>

<figure class="image"><img alt="" height="1800" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/04/04232318789110.jpg" width="2400" />
<figcaption>(Fonte: Phys Org / Universidade Kagoshima / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<p>Al&eacute;m disso, ainda segundo os c&aacute;lculos conduzidos pelos pesquisadores japoneses, em vez de orbitarem ao redor de estrelas, como seria o habitual, os exoplanetas formados a partir dos buracos negros viajariam ao redor deles &ndash; guardando uma bela dist&acirc;ncia de seguran&ccedil;a, obviamente, para n&atilde;o serem capturados por sua for&ccedil;a gravitacional dessas fascinantes estruturas c&oacute;smicas e &ldquo;engolidos&rdquo;.</p>

<p>Nesse sentido, os modelos matem&aacute;ticos criados pelos pesquisadores apontaram que os mundos provavelmente se formariam a cerca de 10 anos-luz dos buracos negros &ndash; ou seja, bem longe deles &ndash;, teriam massas equivalentes a 10 vezes &agrave; da Terra e certamente comporiam sistemas planet&aacute;rios em escalas absurdas.</p>

<p>Caso os cientistas estejam corretos, o modelo proposto desafia o consenso de que planetas s&oacute; podem se formar ao redor de estrelas. O problema, no entanto, &eacute; como os japoneses far&atilde;o para testar a sua teoria, j&aacute; que o time ainda precisa descobrir se sequer &eacute; poss&iacute;vel identificar exoplanetas nos arredores de buracos negros supermassivos. Assim, o pr&oacute;ximo desafio consistir&aacute; em quebrar a cabe&ccedil;a para encontrar alguma forma de fazer isso. E voc&ecirc;, tem alguma sugest&atilde;o?</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148431-buracos-negros-supermassivos-maternidades-planetarias.htm">Buracos negros supermassivos podem ser “maternidades” planetárias</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:23.193Z

Buracos negros supermassivos podem ser “maternidades” planetárias

Imagem de Identificado lugar na Terra onde a vida não pode se desenvolver no megacurioso

<p>Apesar de organismos vivos terem sido descobertos em todos os cantos do planeta &ndash; incluindo locais como as fumarolas no fundo dos oceanos e liberam calor, gases e compostos qu&iacute;micos, desertos super&aacute;ridos, territ&oacute;rios congelados e lagos subterr&acirc;neos, por exemplo &ndash;, existe um lugar no qual, de acordo com um estudo conduzido por cientistas do Centro Nacional Franc&ecirc;s de Pesquisas Cient&iacute;ficas, a vida &eacute; incapaz de florescer.</p>

<h2>Beleza est&eacute;ril</h2>

<p>O ambiente incrivelmente in&oacute;spito onde seres vivos n&atilde;o conseguem se desenvolver &ndash; nem mesmo microrganismos extrem&oacute;filos &ndash; se encontra em Dallol, na Eti&oacute;pia, uma cratera de um vulc&atilde;o que abriga uma grande quantidade de fontes geotermais que vertem &aacute;guas superquentes, &aacute;cidas, salgadas e, claro, muito t&oacute;xicas situada na depress&atilde;o de Danakil. A libera&ccedil;&atilde;o de gases nocivos tamb&eacute;m &eacute; grande e, para voc&ecirc; ter ideia, em algumas das po&ccedil;as, o pH chega a ser negativo!</p>

<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/27/27221112766387.jpg" />
<figcaption>(Fonte: Our Breathing Planet / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>
</div>

<p>Por conta desses e outros fatores, Dallol costuma atrair cientistas das mais variadas &aacute;reas, al&eacute;m de uma grande quantidade de visitantes &ndash; que se aventuram a transitar pela perigosa depress&atilde;o para conferir sua paisagem surreal e cores incr&iacute;veis.</p>

<p>Pois, em 2016, uma equipe de pesquisadores realizou levantamentos por l&aacute; e identificou a presen&ccedil;a de microrganismos com n&atilde;o mais do que alguns nan&ocirc;metros de tamanho. Mas, segundo o novo estudo, feito pelo pessoal do Centro Nacional Franc&ecirc;s, parece que o time anterior de estudiosos se precipitou ao afirmar que as po&ccedil;as e lagoas de Dallol abrigam qualquer forma de vida.</p>

<h2>Desprovido de vida</h2>

<p>Os cientistas do Centro coletaram e analisaram muito mais amostras que as outras equipes, al&eacute;m de aplicarem metodologias mais rigorosas &ndash; e conclu&iacute;ram que n&atilde;o h&aacute; organismos vivos nas fontes geotermais de Dallol. Entre os testes realizados, os pesquisadores conduziram o sequenciamento de marcadores gen&eacute;ticos, prepararam culturas, fizeram an&aacute;lises qu&iacute;micas e utilizaram t&eacute;cnicas como a citometria, microscopia eletr&ocirc;nica e a espectroscopia de raios X, mas n&atilde;o encontraram nada vivo.</p>

<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" height="720" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/27/27221200701388.jpg" width="1280" />
<figcaption>(Fonte: First Post / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>
</div>

<p>Ali&aacute;s, os pesquisadores acreditam que os &ldquo;falsos positivos&rdquo; anteriores provavelmente sejam resultado da contamina&ccedil;&atilde;o do material obtido para an&aacute;lise, uma vez que, nos arredores das termas existe uma grande diversidade de microrganismos, que se dispersam por toda a &aacute;rea pelo vento e pela movimenta&ccedil;&atilde;o de turistas no local. Outra possibilidade &eacute; que part&iacute;culas de minerais ricos em s&iacute;lica tenham sido confundidas com c&eacute;lulas fossilizadas ao serem observadas ao microsc&oacute;pio.</p>

<p>E quais s&atilde;o as implica&ccedil;&otilde;es da descoberta? Entre os especialistas que estudam lugares como Dallol est&atilde;o os astrobi&oacute;logos &ndash; profissionais interessados em encontrar organismos em outros planetas. Aqui na Terra, onde &eacute; indispens&aacute;vel a presen&ccedil;a de &aacute;gua para que a vida possa florescer, seres encontrados em ambientes extremos como o da depress&atilde;o d&atilde;o esperan&ccedil;a aos cientistas de um dia descobri-los em lugares semelhantes pelo cosmos. Assim, a constata&ccedil;&atilde;o de que as lagoas e po&ccedil;as et&iacute;opes s&atilde;o completamente est&eacute;reis sugerem que forma&ccedil;&otilde;es como essas em outros mundos tamb&eacute;m n&atilde;o podem conter vida &ndash; pelo menos como conhecemos &ndash;, limitando as op&ccedil;&otilde;es de busca.</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148184-identificado-lugar-terra-onde-vida-nao-desenvolver.htm">Identificado lugar na Terra onde a vida não pode se desenvolver</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:22.835Z

Identificado lugar na Terra onde a vida não pode se desenvolver

Imagem de Descobertos sinais da existência de uma 5ª força da natureza no megacurioso

Se confirmada, nova interação pode mudar nosso entendimento sobre o Universo 


<p>De acordo com um estudo rec&eacute;m-publicado por cientistas do Instituto de Pesquisas Nucleares da Hungria, o time encontrou evid&ecirc;ncias da exist&ecirc;ncia de uma 5&ordf; for&ccedil;a fundamental da natureza &ndash; uma al&eacute;m das 4 j&aacute; conhecidas, ou seja, a gravidade, o eletromagnetismo, a for&ccedil;a nuclear forte e a for&ccedil;a nuclear fraca. A pesquisa ainda precisa passar pelo exigente crivo da comunidade cient&iacute;fica, mas, se os f&iacute;sicos h&uacute;ngaros estiverem certos, sua descoberta pode ter consequ&ecirc;ncias dram&aacute;ticas e mudar o nosso entendimento sobre o Universo.</p>
<h2>For&ccedil;a extra</h2>
<p>Na realidade, cientistas do mesmo instituto anunciaram h&aacute; alguns anos que tinham encontrado vest&iacute;gios de uma 5&ordf; for&ccedil;a de&nbsp;intera&ccedil;&atilde;o ao estudar a degrada&ccedil;&atilde;o de um is&oacute;topo radioativo &ndash; o ber&iacute;lio-8. Na ocasi&atilde;o, os pesquisadores conduziram experimentos para observar como o is&oacute;topo emitia luz conforme se decompunha, mas, no lugar de o elemento se comportar como esperado, algo bem estranho ocorreu durante os testes.</p>
<p>Segundo explicou Attila Krasznahorkay, o cientista que lidera a equipe, o esperado &eacute; que, quando a luz emitida &eacute; energ&eacute;tica o suficiente, ela se converta em um el&eacute;tron e um p&oacute;sitron que, por sua vez, se repelem &ndash; apresentando um &acirc;ngulo que os pesquisadores conseguem estimar.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="1080" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/26/26215704317038.jpg" width="1920" /> <figcaption>(Fonte: Bridge to Mastery / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Mais especificamente, com base na Lei de Conserva&ccedil;&atilde;o de Energia, conforme a energia de produ&ccedil;&atilde;o dessas 2 part&iacute;culas aumenta, o &acirc;ngulo entre elas deve diminuir. No entanto, o time de Attila observou exatamente o contr&aacute;rio nos testes, algo que n&atilde;o conseguiram explicar a partir do entendimento que se tem hoje da <a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">F&iacute;sica</a>, indicando a intera&ccedil;&atilde;o de uma for&ccedil;a da natureza desconhecida.</p>
<p>O detalhamento foi publicado no renomado peri&oacute;dico cient&iacute;fico Physical Review Letters, em 2016 e, agora, os cientistas encontraram novas evid&ecirc;ncias dessa mesma for&ccedil;a, desta vez ao realizar experimentos com &aacute;tomos de h&eacute;lio &ndash; e batizaram a part&iacute;cula que hipoteticamente a cont&eacute;m de X17.</p>
<p>As evid&ecirc;ncias dever&atilde;o ser examinadas e mais experimentos conduzidos, mas, se os dados estiverem corretos e os resultados forem replicados &ndash; confirmando a exist&ecirc;ncia da 5&ordf; for&ccedil;a da natureza &ndash;, pode, por exemplo, que os f&iacute;sicos consigam, por fim, desvendar o mist&eacute;rio por tr&aacute;s da mat&eacute;ria escura. Ali&aacute;s, se esse for mesmo o caso, h&aacute; quem aposte que os h&uacute;ngaros levar&atilde;o um Nobel por sua descoberta.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148144-descobertos-sinais-existencia-5-forca-da-natureza.htm">Descobertos sinais da existência de uma 5ª força da natureza</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:22.615Z

Descobertos sinais da existência de uma 5ª força da natureza

Imagem de Mapeamento de lua de Saturno revela presença de material orgânico no megacurioso

Identificação de compostos à base de carbono reforçam teoria de que o satélite poderia abrigar formas de vida

<p>A partir de informa&ccedil;&otilde;es coletadas pela sonda Cassini, da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>, cientistas da ag&ecirc;ncia espacial norte-americana e da europeia, ESA, conseguiram criar o 1&ordm; mapa geol&oacute;gico global de Tit&atilde;, a maior lua de Saturno, e identificar a exist&ecirc;ncia de grandes quantidades de material org&acirc;nico no sat&eacute;lite. Voc&ecirc; pode conferir o resultado do mapeamento a seguir, mas, embora o trabalho dos astr&ocirc;nomos seja not&aacute;vel, o importante &eacute; que a presen&ccedil;a dessas subst&acirc;ncias refor&ccedil;a a esperan&ccedil;a de que um dia sejam encontradas formas de vida por l&aacute;.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="593" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/20/20224417363079.jpg" width="1000" /> <figcaption>(Fonte: NASA / JPL-Caltech / ASU / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Lua saturniana</h2>
<p>O mapa que voc&ecirc; acabou de ver foi produzido a partir de uma variedade de dados coletados pela Cassini ao longo da mais de 1 d&eacute;cada que a sonda passou estudando Saturno e suas luas. No caso de Tit&atilde; especificamente, o sat&eacute;lite &eacute; o segundo maior do Sistema Solar &ndash; vindo apenas depois de Ganimedes, de J&uacute;piter &ndash; e o 9&ordm; maior astro da nossa vizinhan&ccedil;a c&oacute;smica, tanto que passa (em tamanho e n&atilde;o em massa) de Merc&uacute;rio.</p>
<p>Com rela&ccedil;&atilde;o aos materiais org&acirc;nicos identificados na lua saturniana, Tit&atilde; abriga grandes quantidades de compostos baseados no carbono &ndash; elemento indispens&aacute;vel para a exist&ecirc;ncia de vida (como conhecemos) &ndash; e eles possuem papel predominante nas din&acirc;micas que rolam no sat&eacute;lite. Com exce&ccedil;&atilde;o da Terra, essa lua consiste no &uacute;nico astro do Sistema Solar onde se sabe que existem l&iacute;quidos est&aacute;veis em sua superf&iacute;cie, na forma de lagos e oceanos. No entanto, n&atilde;o se trata de corpos compostos por <em>&aacute;gua</em>.</p>
<h2>Gases l&iacute;quidos</h2>
<p>Enquanto aqui no nosso planeta&nbsp;lagos, rios e mares s&atilde;o abastecidos &ndash; de uma forma ou outra &ndash; pela &aacute;gua da chuva, em Tit&atilde; existem nuvens carregadas de hidrocarbonetos como o metano e o etano, por exemplo. Na Terra, esses compostos s&atilde;o naturalmente gasosos, mas, na lua de Saturno, onde as temperaturas rondam os &ndash; 180 &deg;C, eles s&atilde;o l&iacute;quidos e &ldquo;chovem&rdquo; sobre a superf&iacute;cie do sat&eacute;lite.</p>
<p>Segundo o mapeamento realizado pelos cientistas, apesar de as chuvas de hidrocarbonetos serem registradas por toda a lua, elas s&atilde;o mais frequentes nos polos e, portanto, &eacute; nessas &aacute;reas que se concentram as maiores quantidades de lagos e mares.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="1049" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/20/20224929238080.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: NASA / JPL-Caltech / ASU / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<p>Isso significa que a regi&atilde;o equatorial e latitudes pr&oacute;ximas em Tit&atilde; s&atilde;o&nbsp;mais &ldquo;secas&rdquo; &ndash; e 65% de sua superf&iacute;cie consiste em plan&iacute;cies cobertas de material org&acirc;nico, enquanto 17% &eacute; formada por dunas compostas de metano congelado.&nbsp;Al&eacute;m disso, cerca de 14% da superf&iacute;cie da lua apresenta montes e montanhas &ndash; provavelmente formadas por por&ccedil;&otilde;es expostas da crosta congelada de Tit&atilde;.</p>
<p>Sobre a possibilidade de esse curioso ambiente servir de lar para organismos vivos, aqui na Terra existem bact&eacute;rias que sobrevivem exclusivamente a partir de hidrocarbonetos e &aacute;gua. Assim, os cientistas que criaram o mapa teorizam que, se os materiais org&acirc;nicos da superf&iacute;cie penetrarem atrav&eacute;s da superf&iacute;cie e chegarem at&eacute; os mares e lagos subterr&acirc;neos, onde as temperaturas s&atilde;o um pouco mais elevadas, eles poderiam muito bem servir como fonte de nutrientes para organismos que possam ter evolu&iacute;do em Tit&atilde;.</p>
<p>Sim, tudo n&atilde;o passa de especula&ccedil;&atilde;o de momento e teremos que aguardar at&eacute; 2034, quando a miss&atilde;o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146100-dragonfly-drone-pequenino-explorar-lua-saturno.htm" target="_blank">Dragonfly</a> ser&aacute; lan&ccedil;ada e o drone que est&aacute; sendo projetado para investigar se existe vida na lua de Saturno fa&ccedil;a seu trabalho. Mas que seria incr&iacute;vel descobrir que a Terra n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico local a abrigar seres vivos, seria! Voc&ecirc; n&atilde;o concorda?</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147979-mapeamento-lua-saturno-revela-presenca-de-material-organico.htm">Mapeamento de lua de Saturno revela presença de material orgânico</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:22.053Z

Mapeamento de lua de Saturno revela presença de material orgânico

Imagem de Sonda japonesa inicia retorno à Terra com amostra de asteroide no megacurioso

<p>Depois de percorrer 300 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros at&eacute; chegar ao asteroide Ryugu para uma miss&atilde;o explorat&oacute;ria, a sonda espacial japonesa Hayabusa-2 iniciou na &uacute;ltima quarta-feira (13) as manobras de regresso &agrave; Terra. A previs&atilde;o &eacute; de que, se tudo correr como esperado, o artefato pouse no nosso planeta em algum momento no final do ano que vem &ndash; e tomara que tudo d&ecirc; certo mesmo, pois a pequena nave est&aacute; trazendo uma &ldquo;carga&rdquo; muito especial na bagagem.</p>
<h2>Amostra valiosa</h2>
<p>Durante a sua miss&atilde;o, a Hayabusa-2 coletou amostras de mat&eacute;ria org&acirc;nica e carbono do Ryugu &ndash; e &eacute; esse valioso material que a sonda japonesa est&aacute; transportando. Esta, ali&aacute;s, &eacute; a 1&ordf; vez na Hist&oacute;ria que um artefato n&atilde;o tripulado fabricado pela humanidade empreende a fa&ccedil;anha de ir at&eacute; um astro distante para a realiza&ccedil;&atilde;o de levantamentos e retornar ao nosso planeta com um &ldquo;pedacinho&rdquo; para an&aacute;lise.</p>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" height="764" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/17/17202859162014.jpg" width="1080" /> <figcaption>(Fonte: New Atlas / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
<p>Caso voc&ecirc; n&atilde;o se recorde, em abril deste ano, a Hayabusa-2 disparou um dispositivo contra o asteroide &ndash; para &ldquo;levantar&rdquo; poeira da superf&iacute;cie e poder acessar material que n&atilde;o tivesse sido exposto aos rigores do cosmos &ndash; e, depois, fez um pouso perfeito na rocha espacial para obter amostras.</p>
<p>O bacana &eacute; que os cientistas acreditam que o asteroide se encontra em &oacute;rbita aqui pelas nossas bandas desde a origem do Sistema Solar, h&aacute; mais de 4,5 bilh&otilde;es de anos, ent&atilde;o a amostra coletada pode fornecer informa&ccedil;&otilde;es sobre como eram as coisas quando a nossa vizinhan&ccedil;a c&oacute;smica estava em forma&ccedil;&atilde;o.</p>
<h2>Engatando miss&otilde;es</h2>
<p>Segundo esperam os cientistas da Ag&ecirc;ncia Espacial Japonesa &ndash; JAXA &ndash;, o material trazido pela sonda espacial poder&aacute; ajud&aacute;-los a entender como a mat&eacute;ria org&acirc;nica se distribui pelo Sistema Solar, como ela foi parar no asteroide e que tipo de rela&ccedil;&atilde;o ela guarda com a mat&eacute;ria org&acirc;nica que existe aqui na Terra. Mas, claro, para que essas an&aacute;lises sejam realizadas, a Hayabusa-2 primeiro precisa retornar em seguran&ccedil;a ao nosso planeta.</p>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" height="501" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/17/17202955474015.jpg" width="890" /> <figcaption>(Fonte: Universe Today / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
</div>
<p>A boa not&iacute;cia &eacute; que, embora a sonda tenha levado 3,5 anos para percorrer os 300 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros at&eacute; o asteroide, a viagem de volta dever&aacute; ser bem mais curta, uma vez que a Terra e Ryugu estar&atilde;o mais pr&oacute;ximos por conta de suas &oacute;rbitas. Ademais, a expectativa &eacute; de que, no final do ano que vem, a Hayabusa-2 libere a c&aacute;psula contendo as amostras sobre a Austr&aacute;lia e nem chegue a pousar por aqui, mas sim que siga em uma nova miss&atilde;o.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147841-sonda-japonesa-inicia-retorno-terra-amostra-asteroide.htm">Sonda japonesa inicia retorno à Terra com amostra de asteroide</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

Maria Tamanini