Imagem de Cromossomos podem ser a razão de mulheres viverem mais no megacurioso

O segredo pode estar no fato de as mulheres terem duplas de cromossomos XX

De acordo com um estudo apresentado por cientistas da Universidade da Nova Gales do Sul, na Austr&aacute;lia, o segredo de as mulheres viverem mais do que os homens pode estar em seus cromossomos &ndash; mais precisamente no fato de elas contarem com um par id&ecirc;ntico, isto &eacute;, XX, em vez de XY, como &eacute; o caso deles. Ali&aacute;s, n&atilde;o &eacute; somente entre humanos que essa tend&ecirc;ncia de longevidade feminina &eacute; observada, n&atilde;o! Levantamentos apontaram que, em todo o Reino Animal, as donas das duplas XX vivem praticamente 18% mais do que os donos das duplas XY.
<h2>Vida longa</h2>
Como voc&ecirc; deve se recordar das aulas de Biologia, o que determina o sexo da maioria dos animais s&atilde;o os cromossomos XX e XY &ndash; e s&atilde;o eles que determinam a presen&ccedil;a de caracter&iacute;sticas femininas ou masculinas. Nos mam&iacute;feros, por exemplo, as f&ecirc;meas apresentam o par XX, enquanto os machos possuem um cromossomo X e um menorzinho, o Y, e existem outras esp&eacute;cies cujo sexo masculino &eacute; simplesmente definido pela aus&ecirc;ncia do 2&ordm; cromossomo, como &eacute; o caso dos aracn&iacute;deos, onde os machos t&ecirc;m somente o cromossomo X e pronto.
<figure class="image"><img alt="" height="1595" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/08/08113450337063.jpg" width="1400" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Francis Crick Institute / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Pois os cientistas acreditam que contar com um par composto por cromossomos diferentes pode tornar os indiv&iacute;duos mais propensos a sofrerem muta&ccedil;&otilde;es ao longo da vida e, consequentemente, viverem menos. Eles chegaram a essa conclus&atilde;o ap&oacute;s examinarem estudos, levantamentos, livros, artigos e base de dados relacionadas com a expectativa de vida e os cromossomos sexuais e compararem as informa&ccedil;&otilde;es com n&uacute;meros coletados sobre a longevidade de machos e f&ecirc;meas de quase 230 esp&eacute;cies de animais &ndash; pertencentes a 99 fam&iacute;lias, 38 ordens e 8 classes distintas.
A an&aacute;lise revelou que, em m&eacute;dia, indiv&iacute;duos com pares de cromossomos id&ecirc;nticos vivem 17,6% mais do que os que possuem pares distintos, e que esse padr&atilde;o de longevidade se aplica a animais silvestres, mantidos em cativeiro e aos humanos tamb&eacute;m&nbsp;&ndash;&nbsp;e a tend&ecirc;ncia foi observada inclusive em integrantes de uma mesma fam&iacute;lia evolutiva. Os cientistas encontraram ainda exemplos extremos de diferen&ccedil;a em longevidade entre machos e f&ecirc;meas em determinadas esp&eacute;cies, como a Blattella germanica, um tipo de barata nativa da Alemanha e cujas f&ecirc;meas podem viver quase 80% mais do que os machos.
<h2>Sexo</h2>
Uma curiosidade &eacute; que nem todos os animais com cromossomos sexuais id&ecirc;nticos s&atilde;o f&ecirc;meas &ndash; como &eacute; o caso das aves, onde os machos s&atilde;o quem apresentam o par de cromossomos ZZ que, na maioria das vezes, d&aacute; a eles uma plumagem mais colorida e exuberante. As f&ecirc;meas, por outro lado, nascem com a dupla ZW e, normalmente, s&atilde;o mais &ldquo;sem gra&ccedil;a&rdquo;. Pois os machos com cromossomos sexuais iguais vivem mais do que as f&ecirc;meas, embora a diferen&ccedil;a em longevidade seja menor, atingindo a m&eacute;dia de 7,1% apenas.
<figure class="image"><img alt="" height="700" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/08/08114212868066.jpg" width="1050" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;JSTOR Daily / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Essa disparidade sugere que existem outros fatores que podem afetar a longevidade de machos e f&ecirc;meas, como, por exemplo, a sele&ccedil;&atilde;o sexual. Nesse sentido, os pesquisadores acreditam que a presen&ccedil;a de determinadas caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas e o fato de haverem esp&eacute;cies cujos machos apresentam certos comportamentos que t&ecirc;m a fun&ccedil;&atilde;o de atrair as f&ecirc;meas acabam por exigir maiores quantidades de energia, o que, por sua vez, pode ter consequ&ecirc;ncias negativas para a sa&uacute;de e afetarem sua longevidade.
Curiosamente, no caso das f&ecirc;meas com pares de cromossomos distintos, apesar de serem mais vulner&aacute;veis a muta&ccedil;&otilde;es, como elas s&atilde;o menos seletivas sexualmente do que os machos, os efeitos sobre o seu estado de sa&uacute;de s&atilde;o menores &ndash; e, portanto, sua longevidade &eacute; menos afetada. Bem essas foram apenas algumas descobertas feitas pelos cientistas a partir da an&aacute;lise do material selecionado, mas muitos outros estudos precisam ser realizados para que o papel dos cromossomos sexuais em nossa sa&uacute;de e expectativa seja completamente compreendido.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150913-cromossomos-razao-mulheres-viverem.htm">Cromossomos podem ser a razão de mulheres viverem mais</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Cromossomos podem ser a razão de mulheres viverem mais

Imagem de Cientistas tentam tratar cegueira por meio da técnica CRISPR no megacurioso

Paciente teve DNA editado no próprio organismo para sanar problema genético de visão

Um paciente diagnosticado com uma cegueira de origem gen&eacute;tica teve seus genes &ldquo;editados&rdquo; por meio da t&eacute;cnica CRISPR-Cas9 com o objetivo de reverter o problema. O procedimento ocorreu no Instituto de Olhos Casey da Universidade de Sa&uacute;de e Ci&ecirc;ncias de Oregon &mdash; em Portland, nos EUA &mdash; e ser&aacute; necess&aacute;rio aguardar cerca de 1 m&ecirc;s para os especialistas conseguirem determinar se o tratamento obteve o resultado esperado. No entanto, todos est&atilde;o bastante otimistas, j&aacute; que existem planos de testar o m&eacute;todo em pelo menos 18 pacientes com o mesmo problema.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150337-tecnica-crispr-usada-primeira-vez-combater-cancer.htm" target="_blank" title="T&eacute;cnica CRISPR &eacute; usada pela primeira vez para combater o c&acirc;ncer">T&eacute;cnica CRISPR &eacute; usada pela primeira vez para combater o c&acirc;ncer</a>
<h2>CRISPR</h2>
O problema de vis&atilde;o tratado por meio da edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica &eacute; conhecido como Amaurose Cong&ecirc;nita de Leber e &eacute; causado por uma muta&ccedil;&atilde;o que impede o organismo de produzir uma prote&iacute;na que permite os est&iacute;mulos luminosos chegarem aos olhos e serem convertidos em sinais enviados ao c&eacute;rebro. Os afetados por essa condi&ccedil;&atilde;o costumam nascer com pouqu&iacute;ssima vis&atilde;o e perder o pouco que t&ecirc;m ainda nos primeiros anos de vida, pois essa disfun&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o tem cura.
<figure class="image"><img alt="" height="1050" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/08/08105422609043.jpg" width="1500" /> <figcaption>(Fonte: Life and Soft/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Durante o tratamento do paciente em quest&atilde;o &mdash; sobre o qual n&atilde;o foram divulgadas quaisquer informa&ccedil;&otilde;es, nem a data na qual o procedimento aconteceu &mdash;, o indiv&iacute;duo recebeu anestesia geral e, em seguida, 3 gotinhas de um l&iacute;quido contendo as ferramentas necess&aacute;rias &agrave; edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica, isto &eacute;, os genes que devem substituir os que sofreram a muta&ccedil;&atilde;o no interior das c&eacute;lulas do paciente.
A grande novidade desse procedimento &eacute; que, em vez de coletar c&eacute;lulas do paciente, edit&aacute;-las em laborat&oacute;rio e reintroduzi-las em seu organismo, tudo foi feito diretamente em seus olhos. Para isso, os especialistas aplicaram os genes necess&aacute;rios &agrave; corre&ccedil;&atilde;o do problema pr&oacute;ximo &agrave;s c&eacute;lulas fotorreceptoras com a ajuda de um tubo da espessura de um fio de cabelo, o qual foi insertado logo abaixo de sua retina. A ideia foi de &ldquo;recortar&rdquo; e &ldquo;deletar&rdquo; o "pedacinho de DNA" no qual se encontra a muta&ccedil;&atilde;o, depois &ldquo;colar&rdquo; ali os genes certos e torcer para que tudo se conecte e a Amaurose seja corrigida.
<figure class="image"><img alt="" height="997" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/08/08105508202044.jpg" width="1500" /> <figcaption>(Fonte: GEN &mdash; Genetic Engineering and Biotechnology News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
De acordo com os especialistas, para restaurar a vis&atilde;o do paciente, ser&aacute; preciso editar entre 1 d&eacute;cimo e 1 ter&ccedil;o das c&eacute;lulas com defeitos e, uma vez conclu&iacute;da, a edi&ccedil;&atilde;o &eacute; permanente. O interessante &eacute; que, apesar de muitos terem o receio de que a t&eacute;cnica CRISPR-Cas9 pode, potencialmente, alterar genes que n&atilde;o t&ecirc;m nada a ver com o problema tratado originalmente &mdash; no caso do procedimento oftalmol&oacute;gico &mdash;, o risco de complica&ccedil;&otilde;es &eacute; bastante baixo, e testes apontaram que as ferramentas de edi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o "viajam" a outras partes do corpo.
<h2>Testes anteriores</h2>
Essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que as t&eacute;cnicas de edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica s&atilde;o empregadas diretamente no organismo dos pacientes &mdash; sem coletar e corrigir as c&eacute;lulas em laborat&oacute;rio antes de reintroduzi-las em seus corpos. H&aacute; alguns anos, especialistas utilizaram um m&eacute;todo chamado Nucleases de Dedo de Zinco (ZFNs) para tentar tratar um problema metab&oacute;lico (raro e bastante grave) conhecido como S&iacute;ndrome de Hunter, mas obtiveram pouco sucesso no al&iacute;vio dos sintomas da doen&ccedil;a.
<figure class="image"><img alt="" height="900" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/08/08105559999045.jpg" width="1500" /> <figcaption>(Fonte: The Guardian/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, voc&ecirc; talvez se recorde de ter lido aqui no TecMundo sobre o uso da t&eacute;cnica CRISPR-Cas9 em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150337-tecnica-crispr-usada-primeira-vez-combater-cancer.htm" target="_blank">3 pacientes com c&acirc;ncer avan&ccedil;ado</a>. Nesses 3 casos, os especialistas coletaram c&eacute;lulas dos doentes e fizeram edi&ccedil;&otilde;es em laborat&oacute;rio para que elas passassem a atacar as c&eacute;lulas cancer&iacute;genas, mas, apesar de o procedimento n&atilde;o prejudicar o quadro, infelizmente n&atilde;o salvou a vida dos pacientes.
Ainda assim, as tentativas certamente v&ecirc;m servindo aos especialistas como teste de diferentes terapias g&ecirc;nicas e t&eacute;cnicas de edi&ccedil;&atilde;o. A CRISPR-Cas9 &eacute; considerada como mais vers&aacute;til, f&aacute;cil de p&ocirc;r em pr&aacute;tica e efetiva do que outros m&eacute;todos; nesse sentido, avan&ccedil;ar com o seu desenvolvimento pode levar &agrave; descoberta de curas para incont&aacute;veis problemas de <a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" title="Sa&uacute;de">sa&uacute;de</a>.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150911-cientistas-tentam-tratar-cegueira-tecnica-crispr.htm">Cientistas tentam tratar cegueira por meio da técnica CRISPR</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Cientistas tentam tratar cegueira por meio da técnica CRISPR

Imagem de Marte habitável? Como seria a terraformação do Planeta Vermelho no megacurioso

O que podemos esperar – sendo realistas…

Existem diversas iniciativas em andamento com o objetivo de enviar humanos a Marte, como voc&ecirc; deve saber, e a expectativa &eacute; de que as primeiras miss&otilde;es tripuladas comecem a partir com destino ao nosso vizinho entre esta d&eacute;cada e a pr&oacute;xima. Inclusive, n&atilde;o faltam planos de um dia estabelecer col&ocirc;nias por l&aacute;. Mas o Planeta Vermelho n&atilde;o oferece o que podemos chamar de ambiente hospitaleiro aos terr&aacute;queos e, se algum explorador quiser permanecer em solo marciano por per&iacute;odos mais extensos, ser&aacute; necess&aacute;rio fazer algumas adapta&ccedil;&otilde;es.
Segundo apontou Erin Carson em um fascinante artigo publicado pelo site <a href="https://www.cnet.com/features/terraforming-mars-might-be-impossible-for-now/">C|Net</a>, para se ter ideia, a temperatura m&eacute;dia em Marte ronda os &ndash; 60 &deg;C e, al&eacute;m de a atmosfera do planeta ser composta principalmente por di&oacute;xido de carbono, ela &eacute; cerca de 100 vezes menos densa do que a da Terra.&nbsp;Isso significa que a camada atmosf&eacute;rica marciana, ademais de ser super-rarefeita e t&oacute;xica para os humanos, n&atilde;o oferecer&aacute; muita prote&ccedil;&atilde;o contra a radia&ccedil;&atilde;o vinda do espa&ccedil;o.
Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150824-nasa-revela-impressionante-foto-panoramica-superficie-marte.htm" target="_blank" title="NASA revela impressionante foto panor&acirc;mica da superf&iacute;cie de Marte">NASA revela impressionante foto panor&acirc;mica da superf&iacute;cie de Marte</a>
<h2>Viagem</h2>
Para se tornar minimamente &ldquo;habit&aacute;vel&rdquo;, Marte teria que passar por um processo chamado&nbsp;terraforma&ccedil;&atilde;o &ndash; ou seja, os humanos teriam que alterar o planeta para que ele se torne mais&hellip; Terrestre. Isso significaria encontrar formas de aumentar a press&atilde;o atmosf&eacute;rica e fazer com que ela fique mais densa e &ldquo;respir&aacute;vel&rdquo;. Ademais, seria necess&aacute;rio produzir &aacute;gua, povoar o solo marciano com micr&oacute;bios (para que fosse poss&iacute;vel cultivar alimentos por l&aacute;), dar um jeito de aumentar um pouco a temperatura&hellip; E como poder&iacute;amos fazer isso? Bem, n&atilde;o faltam sugest&otilde;es &ndash; umas mais viajadas e outras mais realistas. Vamos come&ccedil;ar citando as mais radicais.
<figure class="image"><img alt="" height="588" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/05/05190815437295.jpg" width="1195" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Steam Community/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
De acordo com Erin, nos anos 90 surgiram propostas como a de construir espelhos gigantes em Marte e coloc&aacute;-los em &oacute;rbita ao redor do planeta. Para qu&ecirc;? Para refletir mais luz solar em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; superf&iacute;cie e, assim, elevar as temperaturas. Outro efeito previsto pelos idealizadores dessa alternativa seria o derretimento da &aacute;gua congelada presente no solo marciano &ndash; o que resultaria na libera&ccedil;&atilde;o de di&oacute;xido de carbono na atmosfera.
Tamb&eacute;m foi sugerido que fossem constru&iacute;das f&aacute;bricas no Planeta Vermelho com o objetivo de liberar gases de efeito estufa na atmosfera e a&nbsp;busca por asteroides ricos em am&ocirc;nia &ndash; que teriam de ser capturados, rebocados at&eacute; as imedia&ccedil;&otilde;es de Marte e lan&ccedil;ados em rota de colis&atilde;o contra o planeta com o prop&oacute;sito de introduzir esse composto no ambiente marciano. E, claro, n&atilde;o poder&iacute;amos deixar de mencionar a sugest&atilde;o feita por Elon Musk, um dos caras empenhados em colonizar Marte, que prop&ocirc;s explodir uma por&ccedil;&atilde;o de bombas nucleares no planeta para derreter toda a &aacute;gua das calotas polares e liberar CO2 em grandes quantidades no &ldquo;ar&rdquo;.
<figure class="image"><img alt="" height="720" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/05/05190700374289.jpg" width="1280" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Vaaju/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A essa altura voc&ecirc; j&aacute; deve ter percebido que essas ideias todas, embora tenham o prop&oacute;sito de tornar Marte mais como o nosso planeta, t&ecirc;m um potencial imenso de dar errado e causar impactos horrendos ao ambiente marciano. Ali&aacute;s, como se n&atilde;o bastasse prejudicarmos o nosso pr&oacute;prio mundo, podemos dizer que essas medidas acabariam interferindo seriamente em outro que est&aacute; l&aacute;, quietinho e inabitado. Sem falar que sequer desenvolvemos boa parte das tecnologias necess&aacute;rias para dar andamento &agrave; terraforma&ccedil;&atilde;o do Planeta Vermelho nos moldes e escala sugeridos por essas propostas.
<h2>Pousando os p&eacute;s no ch&atilde;o</h2>
O fato de existirem propostas radicais como essas acima n&atilde;o significa que a terraforma&ccedil;&atilde;o de Marte seja imposs&iacute;vel ou precise&nbsp;ser t&atilde;o dr&aacute;stica a ponto de alterar tanto seu&nbsp;ambiente. E, se&nbsp;os planos de se enviar miss&otilde;es tripuladas e at&eacute; de se estabelecer col&ocirc;nias no planeta se concretizarem &ndash; e tudo indica que isso ocorrer&aacute; mais cedo ou mais tarde &ndash;, ser&aacute; necess&aacute;rio tomar medidas para possibilitar a perman&ecirc;ncia de humanos por l&aacute;.
<figure class="image"><img alt="" height="844" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/05/05191307890302.jpg" width="1500" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Possibilidades mais realistas, segundo Erin, envolvem empregar aerog&eacute;is &ndash; um material s&oacute;lido de densidade extremamente baixa composto por 99% de ar &ndash; na constru&ccedil;&atilde;o de estruturas que poderiam ser utilizadas como abrigo pelos humanos e para servirem de estufa para o cultivo de alimentos. A empreitada poderia come&ccedil;ar com a cria&ccedil;&atilde;o de apenas unidades b&aacute;sicas, com o n&uacute;mero de edifica&ccedil;&otilde;es aumentando de acordo com a necessidade.
Os aerog&eacute;is poderiam, inclusive, ser utilizados para contornar a quest&atilde;o do frio congelante de Marte. Afinal, estudos conduzidos com esse material em situa&ccedil;&otilde;es que replicavam as condi&ccedil;&otilde;es de insola&ccedil;&atilde;o no Planeta Vermelho apontaram que o uso de alguns desses materiais pode proporcionar n&atilde;o s&oacute; o isolamento t&eacute;rmico, mas tamb&eacute;m o aumento das temperaturas, abrindo a possibilidade para o desenvolvimento de dispositivos port&aacute;teis para o derretimento de gelo para obten&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua.
<figure class="image"><img alt="" height="1200" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/05/05191534883313.jpeg" width="2000" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Medium/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, com os avan&ccedil;os em bioengenharia e&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nanotecnologia/" target="_blank" title="Nanotecnologia">nanotecnologia</a> pode ser que, nos pr&oacute;ximos anos, sejam desenvolvidas plantas capazes de sobreviver no ambiente marciano e produzir n&atilde;o apenas alimentos, mas tamb&eacute;m elementos imprescind&iacute;veis para a sobreviv&ecirc;ncia dos futuros colonizadores.
Essas op&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m de serem muito mais simples de idealizar &ndash; bem como alternativas bem mais realistas &ndash;, provocariam um impacto absurdamente menor do que detonar bombas nucleares, acertar asteroides contra a superf&iacute;cie de Marte e criar todo um setor industrial para lan&ccedil;ar gases na atmosfera. Isso sem falar na elimina&ccedil;&atilde;o do risco de causar danos permanentes e de potencialmente tornar o planeta completamente inabit&aacute;vel de vez. Seja como for, pelo menos no que diz respeito &agrave; coloniza&ccedil;&atilde;o do Planeta Vermelho, a nossa gera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o estar&aacute; aqui para testemunhar esse feito. Mas n&atilde;o deixa de ser interessante imaginar esse cen&aacute;rio.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150850-sinais-vida-nasa-descobre-caverna-subterranea-marte.htm" target="_blank" title="Sinais de vida? NASA descobre caverna subterr&acirc;nea em Marte">Sinais de vida? NASA descobre caverna subterr&acirc;nea em Marte</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150857-marte-habitavel-terraformacao-planeta-vermelho.htm">Marte habitável? Como seria a terraformação do Planeta Vermelho</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Marte habitável? Como seria a terraformação do Planeta Vermelho

Imagem de Profundezas da Terra poderão ser mapeadas com ajuda de IA no megacurioso

A inteligência artificial a serviço da ciência

Cientistas do&nbsp;Massachusetts Institute of Technology&nbsp;(MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram um algoritmo de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/machine-learning/" target="_blank" title="Machine Learning">machine learning</a>&nbsp;que pode ajudar a mapear as profundezas da Terra e auxiliar a desvendar o que existe sob a crosta terrestre. N&atilde;o que n&atilde;o tenham ocorrido avan&ccedil;os e muitas descobertas sobre a estrutura interna do nosso planeta ao longo dos anos; no entanto, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/" target="_blank" title="Tecnologia">tecnologia</a> atual tem uma s&eacute;rie de limita&ccedil;&otilde;es que o emprego da IA pode contornar, permitindo que, al&eacute;m de mais progressos cient&iacute;ficos serem concretizados, reservas de petr&oacute;leo e fontes de energia geot&eacute;rmica possam ser detectadas, por exemplo.
<h2>Intelig&ecirc;ncia artificial</h2>
Hoje, um dos m&eacute;todos mais comuns usados para mapear o que existe abaixo da superf&iacute;cie do planeta consiste em medir diferentes frequ&ecirc;ncias de ondas s&iacute;smicas, produzidas por tremores de terra naturais ou provocados artificialmente. O problema dessa t&eacute;cnica &eacute; que a atividade geol&oacute;gica acaba interferindo nas medi&ccedil;&otilde;es, especialmente no caso das frequ&ecirc;ncias mais baixas, que acabam sendo "abafadas" pelo constante "ru&iacute;do" que existe sob a crosta terrestre.
<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/04/04203053092567.jpg" width="1920" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Pois s&atilde;o essas frequ&ecirc;ncias mais baixas e que normalmente n&atilde;o s&atilde;o registradas pelos equipamentos de medi&ccedil;&atilde;o que poderiam ajudar na cria&ccedil;&atilde;o de mapas mais detalhados da estrutura interna do planeta &mdash; e &eacute; justamente a&iacute; que entra a tecnologia que est&aacute; sendo desenvolvida pela equipe do MIT.&nbsp;
Por falar em IA, que tal conhecer cursos na &aacute;rea? Confira op&ccedil;&otilde;es abaixo:
<ul>
<li><a href="https://click.linksynergy.com/deeplink?id=PcZhvZUGtEs&amp;mid=44061&amp;u1=TecmundoMar2020&amp;murl=https%3A%2F%2Fwww.udemy.com%2Fcourse%2Fbootcamp-cientista-de-dados%2F&amp;LSNSUBSITE=LSNSUBSITE" target="_blank">Cientista de Dados</a></li>
<li><a href="https://click.linksynergy.com/deeplink?id=PcZhvZUGtEs&amp;mid=44061&amp;u1=TecmundoMar2020&amp;murl=https%3A%2F%2Fwww.udemy.com%2Fcourse%2Fdata-science-e-machine-learning-com-estatistica-e-python%2F&amp;LSNSUBSITE=LSNSUBSITE" target="_blank">Data Science e Machine Learning</a></li>
<li><a href="https://click.linksynergy.com/deeplink?id=PcZhvZUGtEs&amp;mid=44061&amp;u1=TecmundoMar2020&amp;murl=https%3A%2F%2Fwww.udemy.com%2Fcourse%2Fmachine-learning-e-data-science-com-r%2F&amp;LSNSUBSITE=LSNSUBSITE" target="_blank">Machine Learning com R</a></li>
</ul>
O m&eacute;todo se baseia em treinar uma rede neural para que ela registre sismos artificiais &mdash; simulados pelos cientistas &mdash; e aprenda a identificar as diferentes frequ&ecirc;ncias. Mais especificamente, durante os testes, os pesquisadores "ensinaram" a rede a capturar as frequ&ecirc;ncias mais altas, conduzir simula&ccedil;&otilde;es sobre como as ondas s&iacute;smicas se propagam e, por fim, replicar a f&iacute;sica envolvida nesse processo.
Com isso, a rede foi capaz de estimar com bastante precis&atilde;o quais seriam as frequ&ecirc;ncias mais baixas produzidas pelos tremores e que n&atilde;o seriam registradas pelos equipamentos convencionais. Basicamente, a t&eacute;cnica desenvolvida pelo MIT permite que, com leituras mais completas, compostas por uma gama bem maior&nbsp;de frequ&ecirc;ncias, seja poss&iacute;vel mapear as estruturas das entranhas do planeta de forma mais minuciosa e explorar o que realmente se encontra por l&aacute;.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150807-profundezas-terra-mapeadas-ajuda-da-ia.htm">Profundezas da Terra poderão ser mapeadas com ajuda de IA</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Profundezas da Terra poderão ser mapeadas com ajuda de IA

Imagem de Colisão galáctica pode estar por trás de deformação da Via Láctea no megacurioso

Este seria o motivo de a nossa galáxia ser meio “tortinha”

Segundo indicam observa&ccedil;&otilde;es conduzidas pelo telesc&oacute;pio espacial Gaia, da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia, a distor&ccedil;&atilde;o presente nas extremidades do disco que comp&otilde;e a Via L&aacute;ctea &eacute; resultado da colis&atilde;o com uma gal&aacute;xia vizinha &ndash; encontr&atilde;o esse que inclusive pode ter ocorrido mais de uma vez ao longo do passado turbulento do nosso endere&ccedil;o no cosmos.
<figure class="image"><img alt=" height="760" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/04/04220727883592.jpg" width="1500" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;University of Sydney / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Tor&ccedil;&atilde;o</h2>
J&aacute; faz tempo que os cientistas sabem que, ao contr&aacute;rio da maioria das gal&aacute;xias em espiral barradas, a Via L&aacute;ctea n&atilde;o &eacute; plana &ndash; nem muito menos uniforme. Tamb&eacute;m faz algum tempo que circulam teorias de que a raz&atilde;o de o nosso lar gal&aacute;ctico ser meio &ldquo;tortinho&rdquo; e contar com anomalias em suas extremidades que variam de dire&ccedil;&atilde;o com o tempo seria o choque com uma gal&aacute;xia-sat&eacute;lite que se encontra em nossas imedia&ccedil;&otilde;es.
<figure class="image"><img alt=" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/04/04220609461591.jpg" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Wikimedia Commons / ESA / Gaia / DPAC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Agora, segundo um estudo apresentado por astr&ocirc;nomos do Instituto Italiano para a Astrof&iacute;sica de Turin, na It&aacute;lia, feito com base em observa&ccedil;&otilde;es realizadas pelo Gaia, as evid&ecirc;ncias apontam que a deforma&ccedil;&atilde;o &ndash; que faz com uma das laterais da Via L&aacute;ctea pare&ccedil;a apontar para cima, enquanto a outra fica orientada para baixo &ndash; n&atilde;o s&oacute; foi causada por uma colis&atilde;o gal&aacute;ctica, como a trombada ainda est&aacute; se desenrolando e certamente terminar&aacute; com a nossa gal&aacute;xia &ldquo;engolindo&rdquo; a vizinha. E que evid&ecirc;ncias s&atilde;o essas?
Os pesquisadores italianos examinaram dados coletados pelo telesc&oacute;pio espacial &ndash; cuja principal miss&atilde;o &eacute; a de realizar o mapeamento estelar da Via L&aacute;ctea &ndash; e avaliaram a forma como 12 milh&otilde;es de estrelas gigantes se movimentam pela gal&aacute;xia. A partir da&iacute;, os astr&ocirc;nomos conseguiram criar modelos e fazer estimativas sobre a velocidade com a qual as extremidades da Via L&aacute;ctea est&atilde;o se torcendo, uma vez que a distor&ccedil;&atilde;o oscila com o tempo, tal como ocorreria com um disco mal colocado em uma vitrola.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/ylM4Gy-6sFM?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Ainda segundo os c&aacute;lculos dos cientistas, a distor&ccedil;&atilde;o deve levar entre 600 milh&otilde;es e 700 milh&otilde;es de anos para completar uma volta ao redor do centro da gal&aacute;xia &ndash; o que significa que a distor&ccedil;&atilde;o provocada pela colis&atilde;o &ldquo;bamboleia&rdquo; como se estivesse em c&acirc;mera super (mega) lenta. Isso porque as estrelas que povoam a Via L&aacute;ctea levam muito menos tempo para completar uma &oacute;rbita em torno da gal&aacute;xia, incluindo o nosso Sol, obviamente, que demora cerca de 230 milh&otilde;es de anos para percorrer o trajeto.
Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; gal&aacute;xia envolvida na colis&atilde;o, uma suspeita &eacute; a de que se trate de Sagit&aacute;rio &ndash; ou &ldquo;Gal&aacute;xia An&atilde; El&iacute;ptica de Sagit&aacute;rio&rdquo;, como &eacute; conhecida formalmente. Ali&aacute;s, devido &agrave; sua proximidade com a Via L&aacute;ctea, os astr&ocirc;nomos n&atilde;o descartam a possibilidade de que outros esbarr&otilde;es e encontr&otilde;es entre ambas gal&aacute;xias tenham ocorrido no passado &ndash;, mas essas hip&oacute;teses ainda precisam ser melhor estudadas e ser&atilde;o necess&aacute;rios muitos estudos, modelos e observa&ccedil;&otilde;es para prov&aacute;-las.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150811-colisao-galactica-tras-deformacao-via-lactea.htm">Colisão galáctica pode estar por trás de deformação da Via Láctea</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Colisão galáctica pode estar por trás de deformação da Via Láctea

Imagem de Descoberta maior explosão cósmica já registrada desde o Big Bang no megacurioso

Astr&ocirc;nomos do Centro Internacional para Pesquisa em Radioastronomia &ndash; ICRAR, situado na Austr&aacute;lia &ndash; detectaram a maior explos&atilde;o c&oacute;smica j&aacute; observada no Universo desde que o Big Bang se deu, h&aacute; mais de 13 bilh&otilde;es de anos. O evento foi registrado no centro de um superaglomerado de gal&aacute;xias localizado a cerca de 390 milh&otilde;es de anos-luz da Terra chamado Ophiuchus e parece ter se originado em um dos buracos negros supermassivos que se &ldquo;habitam&rdquo; por ali.
<h2>Booom!</h2>
Os pesquisadores descobriram a explos&atilde;o atrav&eacute;s de observa&ccedil;&otilde;es realizadas por meio de diversos equipamentos, incluindo o sat&eacute;lite espacial X-ray Multi-Mirror Newton, da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia, e o telesc&oacute;pio espacial Observat&oacute;rio de raios-X Chandra, da NASA, e o fen&ocirc;meno foi pelo menos 5 vezes mais violento do que o maior evento do tipo registrado at&eacute; ent&atilde;o.
Segundo os cientistas que detectaram a mega explos&atilde;o, esta n&atilde;o &eacute; a primeira vez que eventos do tipo s&atilde;o detectados em outras gal&aacute;xias. No entanto, jamais um fen&ocirc;meno t&atilde;o extraordinariamente intenso como esse registrado no superaglomerado havia sido observado antes e os astr&ocirc;nomos n&atilde;o sabem dizer a raz&atilde;o de a explos&atilde;o ter sido t&atilde;o poderosa.
<figure class="image"><img alt="" height="1500" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/29/29111918399359.jpg" width="1500" /> <figcaption>(Fonte: Phys Org / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Para se ter ideia, a explos&atilde;o foi t&atilde;o gigante que chegou a gerar uma anomalia no plasma presente no centro do aglomerado &ndash; que consiste em uma nuvem de g&aacute;s superquente que circula os buracos negros &ndash;, causando uma esp&eacute;cie de "cratera" no material. Ali&aacute;s, n&atilde;o pense que o evento deixou uma mera&nbsp;cavidade no plasma, n&atilde;o! Os astr&ocirc;nomos estimaram que o "buraco" provocado pelo evento poderia acomodar 15 gal&aacute;xias como a nossa em seu interior, uma ao lado da outra.
Outro aspecto interessante apontado pelos cientistas &eacute; que essa mega explos&atilde;o aconteceu incrivelmente devagar&nbsp;e observada como se tivesse ocorrido em c&acirc;mera lenta &ndash; tanto que ela se deu ao longo de alguns milh&otilde;es de anos. O bacana &eacute; que, ao investigar o fen&ocirc;meno e conseguir observ&aacute;-lo, os astr&ocirc;nomos poder&atilde;o buscar por outros eventos semelhantes pelo cosmos. Al&eacute;m disso, com o desenvolvimento e lan&ccedil;amento de novos telesc&oacute;pios e equipamentos, pode que os pesquisadores consigam descobrir o que motivou e como exatamente a explos&atilde;o ocorreu.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150708-descoberta-maior-explosao-cosmica-registrada-big-bang.htm">Descoberta maior explosão cósmica já registrada desde o Big Bang</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Descoberta maior explosão cósmica já registrada desde o Big Bang

Imagem de Ancestrais humanos se relacionaram com espécie desconhecida no megacurioso

Isso foi o que revelou a comparação entre o genoma de diferentes espécies de hominídeos

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Utah, nos EUA, revelou que os Neandertais e Denisovanos, al&eacute;m de terem se relacionado com os humanos modernos, foram fruto do envolvimento com de seu ancestral comum com uma esp&eacute;cie desconhecida. Os pesquisadores chegaram a essa conclus&atilde;o depois de analisar e comparar o genoma e muta&ccedil;&otilde;es de diferentes homin&iacute;deos e identificar evid&ecirc;ncias de que a nossa linha evolutiva contou com mais contribui&ccedil;&otilde;es do que se pensava.
<h2>Superarcaicos</h2>
Na realidade, o estudo come&ccedil;ou como parte de um esfor&ccedil;o para, atrav&eacute;s da an&aacute;lise de padr&otilde;es gen&eacute;ticos de antigas popula&ccedil;&otilde;es, identificar muta&ccedil;&otilde;es herdadas de nossos antigos ancestrais e tentar descobrir mais sobre grupos hoje extintos. No entanto, as pesquisas apontaram evid&ecirc;ncias de que, ademais de os humanos modernos se relacionarem com as esp&eacute;cies das quais j&aacute; se sabia &ndash; mapeamentos gen&eacute;ticos revelaram que de 1,5% a at&eacute; 6% do DNA das popula&ccedil;&otilde;es n&atilde;o africanas s&atilde;o provenientes dos Neandertais e Denisovanos, por exemplo &ndash;, rolaram outras tantas misturas e "troca-trocas" no decorrer de milhares de anos.
Segundo descobriram&nbsp;os cientistas, uma esp&eacute;cie misteriosa de homin&iacute;deo que os pesquisadores apelidaram de &ldquo;superarcaica&rdquo; se relacionou com um ancestral comum dos Neandertais e Denisovanos h&aacute; cerca de 700 mil anos na Eur&aacute;sia &ndash; evento que, al&eacute;m de ter implica&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas e evolutivas, sugere que linha do tempo das migra&ccedil;&otilde;es humanas a partir da &Aacute;frica precisa passar por uma revis&atilde;o.
<h2>Colcha de retalhos evolutiva</h2>
O levantamento gen&eacute;tico &ndash; no qual os pesquisadores examinaram muta&ccedil;&otilde;es compartilhadas entre africanos e europeus modernos e Neandertais e Denisovanos &ndash; apontou que, h&aacute; milhares de anos, ocorreram pelo menos 5 epis&oacute;dios de intercruzamento entre esp&eacute;cies. Pois, um desses eventos se deu h&aacute; 700 mil anos entre o antepassado comum dos Neandertais e Denisovanos (o &ldquo;Neandenisovano&rdquo;?) com a tal popula&ccedil;&atilde;o superarcaica, uma esp&eacute;cie que se separou das demais popula&ccedil;&otilde;es de ancestrais humanos h&aacute; cerca de 2 milh&otilde;es de anos.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/26/26224227247097.jpg" /> <figcaption>Homem de Neandertal (Fonte: NPR / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
At&eacute; onde se sabe, essas duas popula&ccedil;&otilde;es humanas &ndash; a dos superarcaicos e do ancestral dos Neandertais e Denisovanos &ndash; s&atilde;o as mais distantes uma da outra (evolutivamente falando) a se relacionarem, estando separadas por mais de 1 milh&atilde;o de anos. A t&iacute;tulo de compara&ccedil;&atilde;o, os humanos modernos e os Neandertais estavam separados por mais ou menos 750 mil anos quando os encontros aconteceram.
Enfim, com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s migra&ccedil;&otilde;es humanas, os pesquisadores encontraram evid&ecirc;ncias que sugerem que ocorreram pelo menos 3 delas. A 1&ordf; teria se dado h&aacute; cerca de 2 milh&otilde;es de anos, quando os homin&iacute;deos superarcaicos migraram para a Eur&aacute;sia e estabeleceram ali uma popula&ccedil;&atilde;o relativamente grande, composta por um n&uacute;mero estimado entre 20 mil e 50 mil indiv&iacute;duos.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/26/26225115935099.jpg" /> <figcaption>Menina Denisovana (Fonte: Medium / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A 2&ordf; ocorreu com a chegada do grupo composto pelo ancestral comum dos&nbsp;Neandertais e Denisovanos no continente, h&aacute; mais ou menos 700 mil anos, quando aconteceu a miscigena&ccedil;&atilde;o entre os descendentes dos superarcaicos e os homin&iacute;deos rec&eacute;m-chegados. Isso, por sua vez, acabou dando origem, eventualmente, a uma nova esp&eacute;cie que n&atilde;o s&oacute; substituiu a superarcaica, como se dividiu em 2 subpopula&ccedil;&otilde;es &ndash; uma ocidental e outra oriental, ou seja, os Neandertais e os Denisovanos.
Por &uacute;ltimo, foi a vez de os humanos modernos deixarem o continente africano, por volta de 50 mil anos atr&aacute;s, se instalarem na Eur&aacute;sia e se misturarem &agrave;s popula&ccedil;&otilde;es que j&aacute; habitavam na &aacute;rea, isto &eacute;, com os Neandertais e, depois, com os Denisovanos. E quem seriam os homin&iacute;deos dessa misteriosa fam&iacute;lia superarcaica?
<h2>Miscigena&ccedil;&atilde;o</h2>
Bem, os cientistas sabem que, h&aacute; 2 milh&otilde;es de anos, quando esse grupo se separou da linhagem humana, pelo menos 2 esp&eacute;cies de homin&iacute;deos habitavam a Eur&aacute;sia. Uma era a dos Homo erectus &ndash; nossos primeiros ancestrais a caminharem de forma ereta &ndash;, e a outra, a dos Homo antecessor, cujos f&oacute;sseis foram descobertos onde hoje corresponde &agrave; Espanha. No entanto, pode que tenham existido outras esp&eacute;cies das quais n&atilde;o se sabe nada ainda.
<figure class="image"><img alt="" height="675" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/26/26225359763100.jpg" width="1200" /> <figcaption>(Fonte: New Atlas / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O que sim est&aacute; claro &eacute; que os nossos antepassados n&atilde;o pareciam se importar tanto assim com a miscigena&ccedil;&atilde;o nem em se relacionar com o &ldquo;ligeiramente diferente&rdquo; &ndash; e que a nossa linha evolutiva, bem como o nosso DNA, consiste em uma verdadeira colcha de retalhos criada a partir da contribui&ccedil;&atilde;o de in&uacute;meras esp&eacute;cies.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150603-ancestrais-humanos-relacionaram-especie-desconhecida.htm">Ancestrais humanos se relacionaram com espécie desconhecida</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Ancestrais humanos se relacionaram com espécie desconhecida

Imagem de Encontrada possível causa de surto de microcefalia associado ao Zika no megacurioso

Pesquisadores da Escola de Medicina da <a href="https://medicine.wustl.edu/news/why-zika-virus-caused-most-harmful-brain-damage-to-brazilian-newborns/" style="color:blue; text-decoration:underline" target="_blank">Universidade de Washington</a> em St. Louis, nos EUA, podem ter descoberto a raz&atilde;o de tantos beb&ecirc;s terem nascido com microcefalia h&aacute; alguns anos no Brasil em decorr&ecirc;ncia de infec&ccedil;&otilde;es pelo Zika. O surto se deu entre setembro de 2015 e abril de 2016 e, das mais de 1,6 mil crian&ccedil;as nascidas com o defeito cong&ecirc;nito nesse per&iacute;odo no pa&iacute;s, mais de 80% dos casos foram registrados s&oacute; no nordeste brasileiro &ndash; e os cientistas acreditam ter encontrado o motivo disso.

<h2 style="margin-bottom:11px">Zika</h2>

Embora o surto tenha ocorrido n&atilde;o faz muito tempo, o v&iacute;rus causador da Zika &eacute; um velho conhecido dos cientistas, tanto que foi descrito em 1947. No entanto, a infec&ccedil;&atilde;o jamais havia sido relacionada com malforma&ccedil;&otilde;es de fetos de gestantes portadoras do agente. A primeira vez que essa associa&ccedil;&atilde;o ocorreu foi durante a epidemia de 2015-16, e os pesquisadores da universidade norte-americana descobriram que a cepa do v&iacute;rus que entrou em circula&ccedil;&atilde;o na &eacute;poca era especialmente prejudicial para c&eacute;rebros em forma&ccedil;&atilde;o.

<figure class="image"><img alt="" height="800" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/23/23233452654014.jpg" width="1200" />
<figcaption>(Fonte: The Verge / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

A equipe comparou dados coletados, assim como amostras do v&iacute;rus, do surto que aconteceu por aqui com os de uma epidemia de Zika registrada na Polin&eacute;sia em 2013. Al&eacute;m disso, o time infectou ratinhos de laborat&oacute;rio com as 2 variedades dos agentes &ndash; a da Polin&eacute;sia e a outra coletada na Para&iacute;ba &ndash; e constataram que os animais infectados com a cepa brasileira apresentaram uma incid&ecirc;ncia muito maior de filhotes nascidos com microcefalia.

<h2 style="margin-bottom:11px">Virul&ecirc;ncia</h2>

Durante os experimentos, os pesquisadores observaram que as infec&ccedil;&otilde;es por Zika causaram mais ou menos o mesmo n&uacute;mero de mortes entre os ratinhos, independentemente da variedade. Entretanto, entre os filhotes sobreviventes, enquanto os infectados pelo v&iacute;rus origin&aacute;rio na Polin&eacute;sia pareciam ter mais facilidade para combater a infec&ccedil;&atilde;o e melhorar ap&oacute;s 2 semanas, mais ou menos, al&eacute;m de praticamente n&atilde;o apresentarem sequelas, os afetados pela cepa paraibana tardavam muito mais para combater o v&iacute;rus e acabavam sofrendo danos neurol&oacute;gicos significativos e apresentando c&eacute;rebros bem menores que o esperado.

<figure class="image"><img alt="" height="734" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/23/23233539482015.jpg" width="1100" />
<figcaption>(Fonte: Insider / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Os pesquisadores explicaram que, apesar de os testes indicarem que a variedade brasileira parece ser mais virulenta do que a polin&eacute;sia, &eacute; importante considerar que tamb&eacute;m podem haver outros agravantes que n&atilde;o foram identificados. Um deles poderia ser a a&ccedil;&atilde;o de outros v&iacute;rus que circularam na mesma &eacute;poca do surto, como o da dengue, por exemplo, e que podem ter contribu&iacute;do para tornar o agente mais poderoso ou, ainda, que o Zika tenha sofrido alguma muta&ccedil;&atilde;o no per&iacute;odo.

J&aacute; sobre o surto de microcefalia (por sorte) n&atilde;o ter se repetido no ano seguinte, os pesquisadores suspeitam que isso se deva ao fato de muitas pessoas terem se infectado durante a epidemia e se tornado imunes ao v&iacute;rus, de as gestantes se tornarem mais cuidadosas e usarem repelentes e telas de prote&ccedil;&atilde;o, e de o pr&oacute;prio v&iacute;rus ser virulento demais &ndash; uma vez que, ao debilitar e matar o hospedeiro, o agente acaba limitando a sua transmiss&atilde;o.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150583-encontrada-possivel-causa-surto-microcefalia-associado-zika.htm">Encontrada possível causa de surto de microcefalia associado ao Zika</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Encontrada possível causa de surto de microcefalia associado ao Zika

Imagem de Antimatéria é produzida, capturada e estudada por 24h no CERN no megacurioso

Experimento inédito foi conduzido nos aceleradores de partículas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear

Uma equipe de f&iacute;sicos do CERN &ndash; Organiza&ccedil;&atilde;o Europeia para a Pesquisa Nuclear &ndash;, situada no Su&iacute;&ccedil;a, conseguiu conquistar importantes marcos no estudo da antimat&eacute;ria. Isso porque os pesquisadores n&atilde;o s&oacute; desenvolveram um m&eacute;todo para produzir uma quantidade significativa da subst&acirc;ncia nos aceleradores de part&iacute;culas da organiza&ccedil;&atilde;o, como encontraram uma forma de mant&ecirc;-la est&aacute;vel e quase im&oacute;vel por longos per&iacute;odos de tempo, o que permitiu que o time conduzisse uma por&ccedil;&atilde;o de experimentos com esse intrigante material.
<h2>Fabricando antimat&eacute;ria</h2>
De acordo com o Modelo Padr&atilde;o da F&iacute;sica, toda part&iacute;cula possui uma &ldquo;antipart&iacute;cula&rdquo; com propriedades e carga el&eacute;trica exatamente opostas &agrave;s dela. Assim, no caso dos el&eacute;trons, seus opostos s&atilde;o os p&oacute;sitrons, no dos quarks s&atilde;o os antiquarks e no dos m&uacute;ons, os antim&uacute;ons, por exemplo. Al&eacute;m disso, quando as duas &ldquo;g&ecirc;meas opostas&rdquo; se encontram, elas se aniquilam mutuamente e, normalmente, produzem luz nesse processo.S&oacute; que, como a antimat&eacute;ria possui uma natureza extraordinariamente fugaz &ndash; e geralmente desaparece antes que seja poss&iacute;vel fazer qualquer coisa com ela &ndash;, faz d&eacute;cadas que os cientistas trabalham em formas de gerar e manter em esse material est&aacute;vel em condi&ccedil;&otilde;es controladas para poder estud&aacute;-lo.
<figure class="image"><img alt="" height="750" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/21/21061010966138.jpg" width="1000" /> <figcaption>(Fonte: Science ABC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Pois, segundo Sophia Chen, do site <a href="https://www.wired.com/story/physicists-take-their-closest-look-yet-at-an-antimatter-atom/" target="_blank">Wired</a>, os f&iacute;sicos do CERN conseguiram produzir anti-hidrog&ecirc;nios nos aceleradores de part&iacute;culas da organiza&ccedil;&atilde;o &ndash; ou seja, &aacute;tomos de hidrog&ecirc;nio, o elemento mais simples e abundante no Universo, mas que, em vez de apresentar um el&eacute;tron de carga negativa orbitando um n&uacute;cleo de carga positiva, contam com o oposto, isto &eacute;, um p&oacute;sitron em &oacute;rbita ao redor de um n&uacute;cleo carregado negativamente.
Para produzir os anti-hidrog&ecirc;nios, os cientistas misturaram 3 milh&otilde;es de p&oacute;sitrons com cerca de 90 mil antipr&oacute;tons e expuseram essas part&iacute;culas todas a temperaturas pr&oacute;ximas ao zero absoluto &ndash; uma vez que o frio faz com que a antimat&eacute;ria desacelere e, assim, n&atilde;o se choque (e aniquile!) com a mat&eacute;ria. Essa combina&ccedil;&atilde;o resulta na gera&ccedil;&atilde;o de apenas 30 &aacute;tomos de anti-hidrog&ecirc;nio, mas os f&iacute;sicos repetiram o processo at&eacute; obter 500 deles e conseguiram captur&aacute;-los em uma &ldquo;armadilha&rdquo; na qual os anti&aacute;tomos eram mantidos no v&aacute;cuo.
<h2>Comportamento previsto</h2>
De acordo com Sophia, segundo prev&ecirc; o Modelo Padr&atilde;o, a mat&eacute;ria e a antimat&eacute;ria devem sempre se comportar como se estivessem face a face diante de um espelho, o que significa que o comportamento de uma deve espelhar perfeitamente o da outra. No entanto, algo n&atilde;o &ldquo;bate&rdquo; nessa previs&atilde;o...
Quando se deu o Big Bang, h&aacute; mais de 13 bilh&otilde;es de anos, mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria deveriam ter sido produzidas em quantidades iguais e, consequentemente, aniquilado uma &agrave; outra. Com isso, n&atilde;o existiria mat&eacute;ria suficiente para a forma&ccedil;&atilde;o de gal&aacute;xias, estrelas, planetas e por a&iacute; vai. No entanto, sabemos que existe algo de errado nisso, j&aacute; que h&aacute; muito mais mat&eacute;ria do que antimat&eacute;ria no cosmos.
<figure class="image"><img alt="" height="844" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/21/21061111809139.jpg" width="1500" /> <figcaption>(Fonte: Space.com / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Assim, os f&iacute;sicos por tr&aacute;s da produ&ccedil;&atilde;o de antimat&eacute;ria queriam criar os &aacute;tomos de anti-hidrog&ecirc;nio justamente para examinar suas propriedades e tentar descobrir se havia diferen&ccedil;as com rela&ccedil;&atilde;o aos &aacute;tomos comuns. O time aplicou pulsos de laser sobre as (anti) part&iacute;culas &ndash; no fundo, esperando encontrar discrep&acirc;ncias e algo que diferisse do previsto pelo Modelo Padr&atilde;o &ndash; e conclu&iacute;ram os anti-hidrog&ecirc;nios se comportam de maneira id&ecirc;ntica aos &aacute;tomos de hidrog&ecirc;nio convencionais, exatamente como descrito pelas Leis da <a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">F&iacute;sica</a>.
Tudo bem que os f&iacute;sicos acabaram n&atilde;o conseguindo reescrever o Modelo Padr&atilde;o. Mas, em sua busca por respostas, encontraram formas de produzir e capturar &aacute;tomos de antimat&eacute;ria em quantidades significativas e mant&ecirc;-los &ldquo;congelados&rdquo; durante per&iacute;odos de at&eacute; 24h &ndash; quando o normal &eacute; que eles se movam quase &agrave; velocidade da luz e desapare&ccedil;am em apenas 40 bilion&eacute;simos de segundo. E essas s&atilde;o conquistas e tanto que permitir&atilde;o que muitos outros estudos e experimentos sobre essas elusivas part&iacute;culas sejam realizados.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150561-antimateria-produzida-capturada-estudada-24h-cern.htm">Antimatéria é produzida, capturada e estudada por 24h no CERN</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Antimatéria é produzida, capturada e estudada por 24h no CERN

Imagem de Perto de 20% da Floresta Amazônica libera mais CO2 do que absorve no megacurioso

Isso é o que apontou um levantamento realizado ao longo de 10 anos

Segundo sugere um chocante estudo apresentado por pesquisadores brasileiros, grandes por&ccedil;&otilde;es desmatadas da Amaz&ocirc;nia &ndash; ou uma &aacute;rea estimada em quase 20% do total da floresta &ndash; liberam na atmosfera mais CO2 do que absorvem. Os respons&aacute;veis pelo levantamento realizaram o monitoramento dos n&iacute;veis de gases de efeito estufa na Bacia Amaz&ocirc;nica ao longo de 10 anos e os n&uacute;meros apontam que a floresta est&aacute; caminhando no sentido de perder sua habilidade de se renovar e de come&ccedil;ar a emitir mais di&oacute;xido de carbono do que assimila a um ritmo muito mais acelerado do que se pensava.
<h2>Preocupante</h2>
O estudo foi liderado por Luciana Gatti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e Carlos Nobre, da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), e envolveu a medi&ccedil;&atilde;o dos &iacute;ndices de poluentes na Bacia Amaz&ocirc;nica por meio de sobrevoos com aeronaves equipadas com sensores espec&iacute;ficos para esse fim. As leituras eram realizadas a cada 15 dias e o levantamento, conforme mencionamos antes, foi feito no decorrer de 1 d&eacute;cada.
<figure class="image"><img alt="" height="1372" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/14/14200517489085.jpg" width="2320" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Bloomberg / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Segundo explicaram os cientistas envolvidos no projeto, as &aacute;rvores, como todos sabem, absorvem o di&oacute;xido de carbono da atmosfera. Entretanto, quando elas morrem &ndash; seja em decorr&ecirc;ncia de causas naturais, devido ao desmatamento ou por conta de inc&ecirc;ndios &ndash;, as plantas voltam a liberar o CO2 no ambiente.
No caso da Floresta Amaz&ocirc;nica, ela &eacute; considerada como uma das principais &aacute;reas de sequestro de carbono do planeta e desempenha um papel superimportante no controle da progress&atilde;o do aquecimento global. Contudo, com a constante eleva&ccedil;&atilde;o no n&uacute;mero de queimadas e inc&ecirc;ndios florestais, assim como a intensifica&ccedil;&atilde;o da derrubada de &aacute;rvores para a cria&ccedil;&atilde;o de &aacute;reas de cultivo ou cria&ccedil;&atilde;o de animais ou, ainda, com foco na ind&uacute;stria madeireira, a quantidade de &aacute;reas desmatadas n&atilde;o para de subir.
<figure class="image"><img alt="" height="1333" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/14/14200653832086.jpg" width="2000" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Brazzil / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Para se ter ideia, de julho a setembro do ano passado, a floresta perdeu mil quil&ocirc;metros quadrados de &aacute;rea a cada m&ecirc;s! Com isso, conforme indicou o estudo, que ainda n&atilde;o foi publicado oficialmente, a Amaz&ocirc;nia est&aacute; gradualmente se convertendo em uma fonte de carbono &ndash; em oposi&ccedil;&atilde;o &agrave; fun&ccedil;&atilde;o de sequestro de carbono.
<h2>Cen&aacute;rio sombrio</h2>
Os pesquisadores calcularam que, se o aquecimento global n&atilde;o for controlado e o desmatamento continuar progredindo como agora, quando o &iacute;ndice de desflorestamento alcan&ccedil;ar entre 20% ou 25%, a Amaz&ocirc;nia perder&aacute; sua capacidade de se renovar &ndash; e j&aacute; batemos os 17%. Al&eacute;m disso, de acordo com algumas proje&ccedil;&otilde;es, se o desmatamento continuar no mesmo ritmo e nenhuma medida for tomada, a tend&ecirc;ncia &eacute; que mais da metade da Amaz&ocirc;nia se transforme em savana em 30 anos.
<figure class="image"><img alt="" height="852" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/14/14200838161087.jpg" width="1136" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Business Insider / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
&Eacute; importante destacar que, no momento, a parte vegetada da Floresta Amaz&ocirc;nica &ndash; que corresponde &agrave; grande maioria de sua &aacute;rea &ndash; ainda tem grande influ&ecirc;ncia na absor&ccedil;&atilde;o de carbono da atmosfera. No entanto, as parcelas desmatadas j&aacute; somam aproximadamente 20% da floresta e, al&eacute;m de deixarem de &ldquo;sequestrar&rdquo; o CO2, est&atilde;o contribuindo com a sua libera&ccedil;&atilde;o na atmosfera, e esse desequil&iacute;brio certamente deve ser considerado na hora de criar estrat&eacute;gias para combater o aquecimento global e as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas decorrentes dele.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150374-20-floresta-amazonica-libera-co2-absorve.htm">Perto de 20% da Floresta Amazônica libera mais CO2 do que absorve</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Maria Tamanini