Imagem de O que leva uma mulher a trabalhar com prostituição? A psicologia explica no megacurioso

O psicólogo Breno Rosostolato explica os motivos ocultos por trás de uma garota de programa e as necessidades que o homem sente de recorrer a esse serviço

Todo mundo j&aacute; est&aacute; careca de saber que a prostitui&ccedil;&atilde;o &eacute; uma das profiss&otilde;es mais antigas do mundo &mdash; temos que concordar que, se ela era popular desde a Idade M&eacute;dia e persiste at&eacute; hoje em tempos de crise, &eacute; porque existe um &oacute;timo motivo para isso. Mas, afinal, que motivos levam uma mulher a trabalhar como garota de programa? Enquanto alguns tentam buscar respostas no &acirc;mbito social e financeiro, n&atilde;o podemos nos esquecer do aspecto psicol&oacute;gico.
&ldquo;Tratando-se de sexo, desejo, prazer e tabu, a prostitui&ccedil;&atilde;o segue, mesmo diante de tantas metamorfoses sexuais, com os pr&oacute;prios neg&oacute;cios em ascens&atilde;o. Ali&aacute;s, diga-se de passagem, a prostituta &eacute; um personagem muito antigo na hist&oacute;ria da sociedade. Na Antiguidade, eram tratadas com respeito e faziam sexo com os sacerdotes, o que era considerado um ato de celebra&ccedil;&atilde;o aos deuses&rdquo;, afirma Breno Rosostolato, psic&oacute;logo e especialista em educa&ccedil;&atilde;o sexual. O Mega Curioso procurou o especialista para que ele pudesse explicar alguns detalhes sobre a prostitui&ccedil;&atilde;o pelo ponto de vista da psicologia &mdash; um aspecto importante que &eacute; comumente ignorado.
Os padr&otilde;es sexuais se tornavam est&aacute;veis com a presen&ccedil;a das prostitutas
Como bem observado por Breno, mulheres vendem seus corpos desde a Idade M&eacute;dia. A atividade, naqueles tempos, sofria mais preconceito do que nos dias atuais, mas desde j&aacute; todos entendiam que a profiss&atilde;o era necess&aacute;ria para organizar os desejos da sociedade. Atrav&eacute;s da prostitui&ccedil;&atilde;o, jovens rapazes tinham sua inicia&ccedil;&atilde;o ao sexo afirmando sua masculinidade.
&ldquo;Os padr&otilde;es sexuais se tornavam est&aacute;veis com a presen&ccedil;a das prostitutas, pois a ordem e a estabilidade social aconteciam mediante a satisfa&ccedil;&atilde;o carnal. A prostitui&ccedil;&atilde;o estava instalada tanto nos bairros nobres quanto naqueles frequentados por marinheiros e camponeses. Os bord&eacute;is eram lugares terap&ecirc;uticos, nos quais homens casados, depois de uma discuss&atilde;o com a esposa ou preocupa&ccedil;&otilde;es rotineiras com a casa e com o trabalho, buscavam os servi&ccedil;os da prostituta para extravasar a raiva, a ansiedade e o conflito vivido&rdquo;, explica.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/24/24122601674120.jpg" />A prostitui&ccedil;&atilde;o &eacute; uma profiss&atilde;o antiga e popular desde a Idade M&eacute;dia
<h2>Necessidade ou escolha?</h2>
A maioria das pesquisas apontam problemas financeiros e sociais como as causas da prostitui&ccedil;&atilde;o &mdash; falta de oportunidade de emprego, conflitos familiares, necessidade emergencial de dinheiro e assim por diante. Algumas vertentes do feminismo discordam da figura da mulher que se prostitui por vontade pr&oacute;pria e culpa o machismo embutido na sociedade. Por&eacute;m, para Breno, existem outras quest&otilde;es importantes que costumam ser ignoradas.
O brasileiro, que se diz t&atilde;o cordial, se revela reacion&aacute;rio e um povo conservador e preconceituoso
&ldquo;N&atilde;o sou ing&ecirc;nuo de n&atilde;o considerar que, de fato, existe um sistema patriarcal e que sempre violentou as mulheres como objetos, mas n&atilde;o seria radical a ponto de discordar das escolhas individuais. Existem outros fatores que levam a pessoa a se prostituir que passam por uma quest&atilde;o de desejo e vontades pr&oacute;prias tamb&eacute;m, levando em considera&ccedil;&atilde;o uma pluralidade desse desejo e da sexualidade&rdquo;, comenta o especialista.
Quando questionado se &eacute; poss&iacute;vel observar um perfil psicol&oacute;gico exato entre as garotas de programa, o entrevistado nega a exist&ecirc;ncia de caracter&iacute;sticas em comum nas prostitutas da atualidade, mas ressalta que, na maioria das vezes, as mulheres t&ecirc;m entre 18 e 27 anos, possuem ensino superior, se intitulam modelos e trabalham como acompanhantes de luxo. Elas quase sempre descrevem sua profiss&atilde;o como &ldquo;algo passageiro&rdquo; e frequentam estabelecimentos com um p&uacute;blico bastante seleto.
&ldquo;Al&eacute;m disso, outros agravantes &agrave; sa&uacute;de como a depress&atilde;o e o uso de drogas s&atilde;o comuns. Fato &eacute; que o n&uacute;mero de pessoas que se prostituem aumenta porque existe demanda; logo, devemos nos atentar para este movimento social e superar hipocrisias. Afinal, o brasileiro, que se diz t&atilde;o cordial, se revela reacion&aacute;rio e um povo conservador e preconceituoso&rdquo;, diz.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/24/24122650814121.jpg" />Existe um perfil psicol&oacute;gico em comum entre quem trabalha nesse ramo?
<h2>Na mente dos clientes</h2>
Breno tamb&eacute;m &eacute; a favor da legaliza&ccedil;&atilde;o da prostitui&ccedil;&atilde;o. Para ele, &eacute; essencial que a sociedade participe de encontros, debates e confer&ecirc;ncias sobre o tema, pois, em um mundo igualit&aacute;rio e justo, &eacute; importante ouvir o que tais trabalhadoras t&ecirc;m a dizer.
&ldquo;A legalidade, al&eacute;m dos benef&iacute;cios trabalhistas como contrato de trabalho e seguridade social (incluindo aposentadoria),&nbsp;impactaria diretamente na viol&ecirc;ncia sofrida por muitas mulheres que s&atilde;o exploradas por agenciadores e aproveitadores que lucram &agrave;s custas dessas profissionais. In&uacute;meros fatores levam algu&eacute;m a se prostituir, desde necessidade de sobreviv&ecirc;ncia at&eacute; vontade e desejos pr&oacute;prios. O sofrimento se d&aacute; quando n&atilde;o reconhecemos essa profiss&atilde;o como qualquer outra. N&atilde;o olhar para a prostitui&ccedil;&atilde;o de maneira digna &eacute; violentar&rdquo;, ressalta.
A solid&atilde;o vivida por muitos homens facilita a procura pelo servi&ccedil;o da prostituta, pois o indiv&iacute;duo &eacute; cada vez mais exigido das mulheres quanto ao seu desempenho sexual
Por fim, o psic&oacute;logo falou um pouco sobre os clientes que procuram o universo da prostitui&ccedil;&atilde;o, e, acredite ou n&atilde;o, existem motivos bem interessantes por tr&aacute;s da necessidade masculina de visitar um prost&iacute;bulo. &ldquo;A solid&atilde;o vivida por muitos homens facilita a procura pelo servi&ccedil;o da prostituta, pois o indiv&iacute;duo &eacute; cada vez mais exigido das mulheres quanto ao seu desempenho sexual. Essas cobran&ccedil;as fazem com que ele se refugie com uma garota de programa, que o acolhe sem essas exig&ecirc;ncias, diminuindo o sentimento de ang&uacute;stia e frustra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica o psic&oacute;logo.
&ldquo;O pagamento ainda refor&ccedil;a a falta de preocupa&ccedil;&atilde;o do homem quanto &agrave; satisfa&ccedil;&atilde;o da prostituta. O dinheiro pago o isenta de qualquer d&iacute;vida, o livrando de v&iacute;nculos; al&eacute;m disso, os homens se sentem poderosos e no controle da situa&ccedil;&atilde;o. O instinto sexual masculino e a virilidade s&atilde;o preservados e garantidos. Eles n&atilde;o se sentem questionados ou avaliados pelo que fazem ou deixam de fazer. Tudo est&aacute; pautado na individualidade e na autossufici&ecirc;ncia. &Eacute; o imediatismo da satisfa&ccedil;&atilde;o atrelada ao narcisismo, que n&atilde;o admite o descontentamento do outro&rdquo;, finaliza.
Como diria Oscar Wilde: tudo no mundo tem a ver com sexo, menos sexo. Sexo tem a ver com poder.
.....
Este texto &eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o de um cap&iacute;tulo de &ldquo;A grande ca&ccedil;a &agrave;s borboletas&rdquo;, livro estilo gonzo escrito pelo redator Ramon de Souza. A obra, que est&aacute; sendo desenvolvida desde 2015, aborda a prostitui&ccedil;&atilde;o e a comercializa&ccedil;&atilde;o do sexo como um todo, apresentando as experi&ecirc;ncias do pr&oacute;prio autor no universo da libertinagem comercial.&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/restrito/?url=https://www.wattpad.com/story/84208143-a-grande-ca&ccedil;a-&agrave;s-borboletas/parts" target="_blank">Voc&ecirc; pode conferir outros cap&iacute;tulos do t&iacute;tulo atrav&eacute;s deste link, pelo Wattpad</a>.
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O que leva uma mulher a trabalhar com prostituição? A psicologia explica

Imagem de Como é a experiência de entrar em um cinemão pornô? Fomos descobrir no megacurioso

Conheça o Cine República, localizado no bairro homônimo na capital paulista

Todo mundo assiste a filmes porn&ocirc;. Ou ao menos &eacute; o que se diz a&iacute; pela internet. Se &eacute; verdade ou n&atilde;o, n&atilde;o cabe a mim definir. O que importa &eacute;: em determinado momento da hist&oacute;ria, algu&eacute;m decidiu que seria uma &oacute;tima ideia construir salas de cinema para exibir nada al&eacute;m de obras adultas.
Os primeiros estabelecimentos do g&ecirc;nero surgiram nos Estados Unidos durante a d&eacute;cada de 60, e, dez anos depois, cerca de 750 deles estavam em plena atividade ao redor do pa&iacute;s. N&atilde;o h&aacute; registros confi&aacute;veis sobre quando os cinem&otilde;es come&ccedil;aram a se popularizar aqui no Brasil, e &eacute; igualmente imposs&iacute;vel afirmar com exatid&atilde;o o per&iacute;odo temporal no qual eles fizeram mais sucesso.
A maioria dos cinemas porn&ocirc; nasceram como salas convencionais
 De qualquer forma, eles ainda persistem firmes e fortes &mdash; s&oacute; aqui em S&atilde;o Paulo existem uns 20 cinemas porn&ocirc;, quase todos concentrados no antigo centro da cidade. Interessante comentar que a maioria deles nasceu como salas convencionais e eram voltados a cin&eacute;filos da alta sociedade em seus anos de gl&oacute;ria.
Antes de entrar no Cine Rep&uacute;blica, um dos mais famosos desse circuito underground, percebi uma coisa engra&ccedil;ada: do outro lado da rua encontra-se o Marab&aacute;, que abriu suas portas pela primeira vez em 1944 e persistiu como &ldquo;cinema de fam&iacute;lia&rdquo; at&eacute; 2007. Reabriu dois anos depois, sem afundar no segmento sexual, adquirido pela distribuidora Playarte. Dois caminhos distintos, dois p&uacute;blicos distintos, duas finalidades distintas. Quem vai no Marab&aacute; quer ver t&iacute;tulos da alta cultura; quem entra no Cine Rep&uacute;blica quer... Bom, fazer outras coisas.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/03/03122924416099.jpg" />Cine Rep&uacute;blica, localizado no centro antigo de S&atilde;o Paulo capital
<h2 dir="ltr">Sess&atilde;o da noite</h2>
 Acuado e &mdash; admito &mdash; com um pouco de vergonha, me aproximei da catraca em um corredor min&uacute;sculo e at&eacute; que bem iluminado, para a minha surpresa. &Eacute; dif&iacute;cil ver quem fica por tr&aacute;s do balc&atilde;o, j&aacute; que o vidro do guich&ecirc; &eacute; quase todo coberto por adesivos (talvez justamente para aumentar a privacidade de quem atende os clientes do local.
O pre&ccedil;o 'promocional' do ingresso era de 15 reais
Por uma pequena brecha, pude ver o rosto cansado de uma senhora em seus 50 ou 60 anos. Fiquei parado por um tempo pensando no que fazer, at&eacute; me dar conta de que eu obviamente n&atilde;o seria atendido de forma calorosa como em qualquer outra sala de cinema.
Dei um &ldquo;Oi&rdquo; discreto, mas n&atilde;o obtive respostas da recepcionista. Levantei a cabe&ccedil;a e vi a placa que foi fixada justamente para impedir cenas deplor&aacute;veis como aquela que eu estava causando. Era uma sulfite amassada e colada com fita crepe, alertando que o pre&ccedil;o &ldquo;promocional&rdquo; do ingresso era de 15 reais.
Tirei a quantia da minha carteira e a escorreguei para dentro do guich&ecirc;; as notas rapidamente sumiram pelas m&atilde;os da velhinha. &ldquo;Pode entrar&rdquo;, disse ela, enfim. Passei pelas catracas, e tudo o que consegui fazer foi subir as escadas o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel, sem deixar de perceber um cesto repleto de camisinhas colado na parede dos primeiros degraus.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/03/03123438839107.jpg" />A Rep&uacute;blica &eacute; um bairro rico nesse tipo de "entretenimento"; na foto, outro cinema porn&ocirc; da regi&atilde;o
<h2 dir="ltr">No escurinho do cinema...</h2>
 A ilumina&ccedil;&atilde;o diminu&iacute;a conforme eu avan&ccedil;ava, at&eacute; se extinguir completamente. Os cinemas porn&ocirc;, como eu j&aacute; imaginava, s&atilde;o bem mais escuros do que as salas convencionais. No Cine Rep&uacute;blica, &eacute; dif&iacute;cil at&eacute; mesmo ver o rosto de quem est&aacute; do seu lado ou conferir se a poltrona est&aacute; realmente limpa para voc&ecirc; se sentar. Guiado pelas luzes LED verdes do ch&atilde;o, me sentei no primeiro assento que alcancei. Nada de conforto por aqui.
O cheiro &eacute; de mijo, talvez porque muitos moradores de rua usam o local para passar a noite
As cadeiras s&atilde;o duras, de madeira, e sem qualquer almofada no encosto. No tel&atilde;o, dois homens trocam car&iacute;cias, j&aacute; nus, e um deles &mdash; um senhor de cabelos grisalhos &mdash; se deita em uma mesa para que a a&ccedil;&atilde;o possa come&ccedil;ar. Ah, que maravilha: entrei na sala de filmes homossexuais. A qualidade do v&iacute;deo, devo observar, n&atilde;o &eacute; melhor do que aqueles clipes em formato 3GP a que assist&iacute;amos em nossos celulares com Java no in&iacute;cio dos anos 2000. Quem espera ver bundas em Ultra HD certamente vai se decepcionar por aqui. Al&eacute;m disso, o brilho do projetor &eacute; reduzido para n&atilde;o iluminar mais do que o necess&aacute;rio, e isso tamb&eacute;m colabora para diminuir ainda mais a qualidade da imagem.
 Reparei no ambiente. Um lugar no m&iacute;nimo perturbador. Estava vazio, e poucos espectadores quiseram se sentar. A maioria dos presentes andavam pra l&aacute; e pra c&aacute;, paquerando uns aos outros ou praticando sexo oral. O cheiro &eacute; de mijo, talvez porque muitos moradores de rua usam o local para passar a noite gastando menos do que uma di&aacute;ria em um hotel. O cinema funciona durante 24 horas, afinal.
Talvez uma figura dessas estivesse pr&oacute;xima de mim e eu ainda nem tivesse percebido. Minha expectativa era ser abordado por garotas de programa &mdash; ou travestis &mdash; se oferecendo para fazer uns servicinhos, mas n&atilde;o foi isso que aconteceu durante os 30 minutos que permaneci sentado. Na pel&iacute;cula, o homem grisalho j&aacute; gemia alto enquanto seu enredo chegava ao cl&iacute;max, mas ningu&eacute;m ali parecia estar interessado na obra cinematogr&aacute;fica.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/03/03123601042109.jpg" />O ambiente &eacute; intimidador e obscuro (imagem ilustrativa)
<h2 dir="ltr">Motel de baixo custo</h2>
 O recado &eacute; simples. Cinemas porn&ocirc; s&atilde;o, de certa forma, uma esp&eacute;cie de motel de baix&iacute;ssimo custo para pessoas desinibidas o suficiente para transar por ali mesmo. Os gemidos abafam o som emitido pelas caixas de som e o tel&atilde;o n&atilde;o serve para muita coisa al&eacute;m de prover o m&iacute;nimo de ilumina&ccedil;&atilde;o para o recinto.
 Resolvi ir embora e voltar outro dia, mas n&atilde;o sem antes ir at&eacute; o fundo da sala para explorar todos os seus cantos. Me deparei com a entrada para o banheiro: uma pequena escada com v&aacute;rias camisinhas usadas jogadas em seus degraus. Incr&iacute;vel foi notar que essa regi&atilde;o n&atilde;o cheirava t&atilde;o mal quanto as poltronas. Abrir as portas de sa&iacute;da do Cine Rep&uacute;blica foi como entrar no c&eacute;u &mdash; ou sair do inferno. O ar polu&iacute;do de S&atilde;o Paulo nunca me pareceu t&atilde;o fresco e agrad&aacute;vel.
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Este texto &eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o de um cap&iacute;tulo de &ldquo;A grande ca&ccedil;a &agrave;s borboletas&rdquo;, livro estilo gonzo escrito pelo redator Ramon de Souza. A obra, que est&aacute; sendo desenvolvida desde 2015, aborda a prostitui&ccedil;&atilde;o e a comercializa&ccedil;&atilde;o do sexo como um todo, apresentando as experi&ecirc;ncias do pr&oacute;prio autor no universo da libertinagem comercial. <a href="http://www.megacurioso.com.br/restrito/?url=https://www.wattpad.com/story/84208143-a-grande-ca&ccedil;a-&agrave;s-borboletas/parts" target="_blank">Voc&ecirc; pode conferir outros cap&iacute;tulos do t&iacute;tulo atrav&eacute;s deste link, pelo Wattpad</a>.

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Como é a experiência de entrar em um cinemão pornô? Fomos descobrir

Imagem de Entrevista: conversamos com um ex-gerente de uma casa de prostituição no megacurioso

Você já imaginou como é a rotina de alguém que administra um prostíbulo? 

Bordel, boate, prost&iacute;bulo, puteiro, pulgueiro, you name it. As casas de prostitui&ccedil;&atilde;o, embora relativamente raras, ainda persistem em certos pontos de S&atilde;o Paulo capital e ao redor de todo o Brasil. A lei e o preconceito da sociedade parecem n&atilde;o afetar tais estabelecimentos comerciais, que, aqui na capital paulista, se concentram sobretudo na regi&atilde;o do velho Centro &mdash; Rep&uacute;blica, S&eacute;, Santa Ifig&ecirc;nia e adjac&ecirc;ncias.
Mas tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel encontrar divers&atilde;o na Lapa, na Penha, em Interlagos e em outras &aacute;reas mais afastadas do cora&ccedil;&atilde;o da cidade. Eles mudam de nome e de pre&ccedil;os com frequ&ecirc;ncia &mdash; alguns cobram pela entrada, outros deixam de oferecer servi&ccedil;o de bar para seus frequentadores, mas todos t&ecirc;m uma caracter&iacute;stica em comum: permitem que os visitantes se divirtam com belas garotas, dos mais variados tipos e faixas et&aacute;rias, por um valor que cabe no bolso at&eacute; do mais desafortunado dos trabalhadores.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/03/03115127812073.jpg" />J&aacute; imaginou como &eacute; administrar uma casa de prostitui&ccedil;&atilde;o?
<h2 dir="ltr">Empreendimento inusitado</h2>
 &ldquo;O principal problema desses lugares, diferente do que muitos pensam, n&atilde;o s&atilde;o as brigas com a pol&iacute;cia ou o preconceito da sociedade, mas sim as rixas internas entre as garotas&rdquo;, relata Raizen, como o pr&oacute;prio preferiu ser identificado. Eu o conheci atrav&eacute;s do campo de coment&aacute;rios do pr&oacute;prio Mega Curioso, ao publicar <a href="https://www.megacurioso.com.br/" target="_blank">outra mat&eacute;ria sobre prost&iacute;bulos</a>. Embora hoje trabalhe como arte-finalista, o paulista j&aacute; gerenciou uma boate no munic&iacute;pio de S&atilde;o Mateus, localizado na parte leste do estado e que se estende por uma &aacute;rea de aproximadamente 13 km&sup2;.
Embora fosse um im&oacute;vel residencial, parecia que sempre fora planejado para ser uma boate
&ldquo;Abri o local em 2001 junto com um colega de trabalho. N&oacute;s dois resolvemos sair da empresa para a qual trabalh&aacute;vamos, e, com o dinheiro de nossa rescis&atilde;o, alugamos um sobrado. Ele tinha bastante espa&ccedil;o, e, embora fosse um im&oacute;vel residencial, parecia que havia sido planejado para ser uma boate&rdquo;, conta.
N&atilde;o existiu planejamento: o &ldquo;neg&oacute;cio&rdquo; come&ccedil;ou &agrave;s pressas mesmo. Raizen e seu s&oacute;cio compraram colch&otilde;es, roupas de cama, um freezer para guardar as bebidas e um fog&atilde;o usado. Tamb&eacute;m alugaram uma mesa de bilhar e uma jukebox, mas decidiram que os clientes teriam que pagar para escutar as m&uacute;sicas que quisessem.
&ldquo;Eu sempre dizia para o meu s&oacute;cio que a m&uacute;sica devia ser gratuita, e ele defendia que era um aparelho pr&aacute;tico, sem a necessidade de ter uma DJ fazendo a lista de reprodu&ccedil;&atilde;o toda noite. Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, esse sistema funcionou por todos os anos em que a casa permaneceu aberta. Ainda que os clientes n&atilde;o reclamassem, eu achava estranho ter que pagar para ouvir m&uacute;sica em uma balada&rdquo;, relembra.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/03/03115019375072.jpg" />Bordel funcionava em S&atilde;o Mateus (imagem ilustrativa)
<h2 dir="ltr">Ascens&atilde;o e decl&iacute;nio</h2>
O sal&atilde;o principal do estabelecimento era, originalmente, o quintal da resid&ecirc;ncia. Raizen mandou cobrir o c&ocirc;modo e instalar uma ilumina&ccedil;&atilde;o adequada. A antiga cozinha fez as vezes do bar e j&aacute; possu&iacute;a uma janela para o que viria a se tornar o hall da boate. Foi preciso aument&aacute;-la, al&eacute;m de instalar um balc&atilde;o. O im&oacute;vel tinha ainda dois quartos (que foram transformados em quatro com divis&oacute;rias de madeira), um &uacute;nico banheiro compartilhado por todos os frequentadores e uma sala com televis&atilde;o que era usada pelas prostitutas enquanto seus turnos n&atilde;o come&ccedil;avam.
Amea&ccedil;as de morte eram muito comuns entre o pessoal mais estressado
&ldquo;Abr&iacute;amos &agrave;s 18h, e, de vez em quando, aparecia um ou outro cliente nesse hor&aacute;rio. Mas o movimento s&oacute; come&ccedil;ava mesmo por volta das 22h. &Agrave; 1h da manh&atilde;, o lugar j&aacute; estava lotado e permanec&iacute;amos abertos at&eacute; o &uacute;ltimo cliente. Alguns pagavam uma noite inteira para ficar com a garota e dormiam por l&aacute;, mas n&atilde;o era muito comum.&rdquo;
Raizen conta que, &ldquo;como em toda balada&rdquo;, &agrave;s vezes ele era obrigado a, junto com seu s&oacute;cio, pedir educadamente para que algum homem se retirasse. &ldquo;Alguns frequentadores, por estarem embriagados, ficavam alterados e falavam coisas como &lsquo;N&atilde;o terminei de beber ainda, eu paguei a entrada e s&oacute; vou embora quando eu quiser&rsquo;, coisas do tipo&rdquo;, conta. &ldquo;O movimento da boate era grande durante os seus primeiros anos, mas, depois de alguns problemas, foi caindo at&eacute; ficar &agrave;s moscas&rdquo;.
Os problemas a que Raizen se refere incluem brigas internas entre garotas e um assalto, no qual uma prostituta levou um tiro no rosto, mas felizmente sobreviveu. &ldquo;Amea&ccedil;as de morte eram muito comuns entre o pessoal mais estressado&rdquo;, pontua. &ldquo;Depois de tantos conflitos, muitas mulheres debandaram, e acabamos ficando somente com as de maior idade e com as nem t&atilde;o bonitas assim&rdquo;. Mas n&atilde;o foram s&oacute; as brigas que acabaram com os neg&oacute;cios: a gest&atilde;o do prefeito Gilberto Kassab, que vigorou entre 2006 e 2012, &nbsp;tamb&eacute;m colaborou para o fechamento da casa noturna.
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Este texto &eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o de um cap&iacute;tulo de &ldquo;A grande ca&ccedil;a &agrave;s borboletas&rdquo;, livro estilo gonzo de autoria do redator Ramon de Souza. A obra, que est&aacute; sendo escrita desde 2015, aborda a prostitui&ccedil;&atilde;o e a comercializa&ccedil;&atilde;o do sexo como um todo, apresentando as experi&ecirc;ncias do pr&oacute;prio autor no universo da libertinagem comercial. <a href="http://www.megacurioso.com.br/restrito/?url=https://www.wattpad.com/story/84208143-a-grande-ca&ccedil;a-&agrave;s-borboletas/" target="_blank">Voc&ecirc; pode conferir outros cap&iacute;tulos do t&iacute;tulo atrav&eacute;s deste link, pelo Wattpad</a>.

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Entrevista: conversamos com um ex-gerente de uma casa de prostituição

Imagem de A fabricante do Truvada tem a 3ª maior margem de lucro do Vale do Silício no megacurioso

Isso não pode ser apenas uma coincidência

ATEN&Ccedil;&Atilde;O: este &eacute; um artigo de cunho pessoal e suas informa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o representam necessariamente a opini&atilde;o editorial do Mega Curioso.
O que n&atilde;o falta na internet s&atilde;o teorias da conspira&ccedil;&atilde;o. Uma das mais comuns aponta a exist&ecirc;ncia de uma &ldquo;ind&uacute;stria da doen&ccedil;a&rdquo;, na qual empresas do ramo farmac&ecirc;utico criam enfermidades para logo em seguida lucrar horrores com rem&eacute;dios mais caros que uma Ferrari.
Voc&ecirc; pode acreditar nisso se quiser, e tamb&eacute;m pode achar a maior baboseira da face da Terra &mdash; a escolha &eacute; s&oacute; tua. Por&eacute;m, de uma coisa n&oacute;s podemos ter certeza: a Gilead Sciences, empresa norte-americana que det&eacute;m os direitos de v&aacute;rios medicamentos famosos, <a href="https://pt.scribd.com/doc/310234474/SV150-doubletruck-042416#fullscreen" target="_blank">possui a terceira maior margem de lucro dentre todas as companhias do Vale do Sil&iacute;cio</a>.
Em seu portf&oacute;lio comercial, destaca-se o Tenofovir disoproxil/emtricitabine (vendido como Truvada, nome bem mais f&aacute;cil de decorar), um comprimido antirretroviral fruto da mistura de duas drogas diferentes, empregado no tratamento e na preven&ccedil;&atilde;o da AIDS. &Eacute; uma bela inven&ccedil;&atilde;o que t&aacute; ajudando muita gente por a&iacute; a ficar longe do HIV. Al&eacute;m disso, a Gilead &eacute; dona do Oseltamivir &mdash; ou Tamiflu &mdash;, que &eacute; o &uacute;nico rem&eacute;dio realmente eficaz contra o Influenzav&iacute;rus A. A famosa gripe su&iacute;na.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/03/03164214989389.jpg" />A empresa possui os direitos autores de dois rem&eacute;dios vitais
<h2 dir="ltr">Mais grana do que a Apple</h2>
Bacana, n&eacute;? O mais legal &eacute; que, vendendo tantas drogas capazes de salvar a sua vida caso tenha algo de muito errado com &nbsp;o seu corpo, a marca ostenta uma margem de lucro de 55% em cima do custo de fabrica&ccedil;&atilde;o de seus &ldquo;produtos&rdquo;.
Ao longo de 2015, a Gilead teve um volume de vendas de US$ 32,6 milh&otilde;es
Em compara&ccedil;&atilde;o, a Apple (que todo mundo sabe que cobra mais pelo logotipo nos seus celulares do que pelo seus hardwares em si) tem uma margem de &ldquo;apenas&rdquo; 23%. A Gilead s&oacute; fica atr&aacute;s da Five Prime Therapeutics (66%), que tamb&eacute;m &eacute; da ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica, e da Rambus (71%), que faz chips de computador.
Essa informa&ccedil;&atilde;o est&aacute; bem clara na <a href="https://pt.scribd.com/doc/310234474/SV150-doubletruck-042416#fullscreen" target="_blank">edi&ccedil;&atilde;o 2016 do Silicon Valley 150</a> (SV150), um rank das empresas de tecnologia de capital p&uacute;blico mais lucrativas sediadas na &aacute;rea do Vale do Sil&iacute;cio. Ao longo de 2015, a Gilead teve um volume de vendas de US$ 32,6 milh&otilde;es &mdash; um aumento de 31% em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior) e lucrou mais de US$ 18 milh&otilde;es.
Por qu&ecirc;? Porque s&atilde;o rem&eacute;dios, u&eacute;. Diferente de um celular bacanudo ou de uma pe&ccedil;a nova para seu computador, ningu&eacute;m simplesmente deixa de comprar um rem&eacute;dio por ele estar caro demais. Ou voc&ecirc; compra, ou voc&ecirc; morre. Tem forma melhor de ganhar dinheiro do que cobrando horrores por um produto que seu consumidor REALMENTE precisa (e n&atilde;o apenas acha que precisa, como dizem os psic&oacute;logos que tratam compradores compulsivos)?
Ok, n&atilde;o vale dizer &ldquo; sim, com pornografia&rdquo;.

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A fabricante do Truvada tem a 3ª maior margem de lucro do Vale do Silício

Imagem de Ariel entra no Guinness ao fazer um mosaico usando 4.224 camisetas no megacurioso

Embora o feito tenha sido oficialmente reconhecido por oficiais do Livro dos Recordes, a companhia não conseguiu hastear a obra por causa do vento forte

Na manh&atilde; desta quinta-feira (2), a Ariel &mdash; sim, a marca de sab&atilde;o l&iacute;quido da P&amp;G &mdash; convidou uma equipe de jornalistas para um evento bastante curioso em sua f&aacute;brica na cidade de Louveira, no interior de S&atilde;o Paulo: a quebra de um recorde. A companhia conseguiu montar o maior mosaico feito com camisetas do mundo: ao todo, foram usadas 4.224 pe&ccedil;as de roupa!
O Mega Curioso esteve presente na celebra&ccedil;&atilde;o e p&ocirc;de conferir ao vivo o monumento criado pela companhia. Os planos da Ariel era aproveitar o momento e hastear, pela primeira vez desde a sua constru&ccedil;&atilde;o, o mosaico de camisetas &mdash; por&eacute;m, o vento estava forte demais e a bandeira n&atilde;o p&ocirc;de ser erguida pelos guindastes. Mesmo assim, a companhia p&ocirc;de comemorar a oficializa&ccedil;&atilde;o do recorde pelos jurados do Guinness, o Livro dos Recordes.
O evento foi guiado pelo apresentador Rodrigo Faro (&ldquo;Hora do Faro&rdquo;) e contou com a participa&ccedil;&atilde;o de executivos da P&amp;G, al&eacute;m do presidente executivo do Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Brasileiro (COB), Marcos Vinicius Freire. Al&eacute;m disso, tr&ecirc;s representantes do Guinness &mdash; incluindo Carlos Martinez, diretor da publica&ccedil;&atilde;o para a Am&eacute;rica Latina &mdash; vieram ao Brasil especialmente para confirmar o feito da companhia.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/02/02173527212618.jpg" />Evento contou com a participa&ccedil;&atilde;o de executivos da P&amp;G, do Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Brasileiro e auditores do Guinness
<h2 dir="ltr">Homenageando os atletas brasileiros</h2>
O que n&oacute;s queremos &eacute; mostrar suporte aos atletas brasileiros
Vale observar que tal recorde faz parte de uma campanha de marketing da Ariel baseada no atual cen&aacute;rio esportivo brasileiro &mdash; em breve sediaremos a edi&ccedil;&atilde;o 2016 dos Jogos Ol&iacute;mpicos e Paraol&iacute;mpicos na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com Alberto Carvalho, presidente da P&amp;G no Brasil, a inspira&ccedil;&atilde;o veio quando ele mesmo teve a oportunidade de conduzir a Tocha Ol&iacute;mpica em Recife, no Pernambuco.
A a&ccedil;&atilde;o, batizada como #QuebrandoRecordes, foi desenvolvida pela ag&ecirc;ncia Ketchum. Funcion&aacute;rios da P&amp;G foram incentivados a doar camisetas nas cores da bandeira do Brasil &mdash; verde, azul e amarelo &mdash;, sendo que alguns at&eacute; mesmo escreveram mensagens de apoio aos atletas nacionais. Logo em seguida, as roupas foram expostas a condi&ccedil;&otilde;es de sujeira extrema, simulando a pr&aacute;tica de esportes como futebol e rugby.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/02/02173621009620.jpg" />Isto foi o m&aacute;ximo que a bandeira p&ocirc;de ser erguida
Ap&oacute;s uma propaganda b&aacute;sica mostrando que a vers&atilde;o l&iacute;quida e concentrada de seu produto remove at&eacute; mesmo as manchas mais dif&iacute;ceis (leia com voz do narrador do comercial, por gentileza), a Ariel come&ccedil;ou a costur&aacute;-las para formar o mosaico que, posteriormente, seria utilizado para quebrar o recorde.&rdquo;A P&amp;G est&aacute; sempre presente no dia a dia quebrando recordes, trabalhando para fazer os melhores produtos poss&iacute;veis aqui no Brasil&rdquo;, afirmou o executivo.
Rodrigo Padilla, diretor da marca Ariel, complementa: &ldquo;O que n&oacute;s queremos &eacute; mostrar suporte aos atletas brasileiros e dar um pontap&eacute; nos recordes, sabendo que muitos outros vir&atilde;o ao longo das Olimp&iacute;adas&rdquo;. E &eacute; justamente por isso que o mosaico ser&aacute; oferecido como um presente para o Time Brasil e fixado no Centro de Treinamento dos atletas durante todo o m&ecirc;s de agosto.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/02/02173642696621.jpg" />&Eacute; poss&iacute;vel ver as camisetas costuradas lado a lado
<h2 dir="ltr">S&oacute; um pequeno detalhe...</h2>
Como dissemos anteriormente, nem tudo saiu como planejado durante a comemora&ccedil;&atilde;o da Ariel. Embora o Guinness tenha, de fato, reconhecido a quebra do recorde (ap&oacute;s horas de confer&ecirc;ncia manual &mdash; sim, os auditores contaram camiseta por camiseta), a companhia n&atilde;o conseguiu hastear o mosaico e exibi-lo em sua integridade ao p&uacute;blico do evento. Por conta do clima ca&oacute;tico, estava ventando muito em Louveira e os guindastes n&atilde;o puderam levantar a bandeira inteira.
A organiza&ccedil;&atilde;o at&eacute; mesmo esperou alguns minutos para ver se as for&ccedil;as da natureza se acalmavam, mas n&atilde;o adiantou. No fim das contas, n&atilde;o pudemos ver ao vivo a produ&ccedil;&atilde;o da Ariel. Ainda assim, &eacute; bem curioso ver parte da bandeira levantada &mdash; &eacute; poss&iacute;ver ver claramente as camisetas costuradas lado a lado. Imagina s&oacute; o trabalho que deu?
<h2 dir="ltr">Atualiza&ccedil;&atilde;o: 03/06 &agrave;s 17h</h2>
De acordo com a assessoria de imprensa da Ariel, a bandeira foi hasteada com sucesso no fim da tarde, por volta das 17h, quando os ventos se tornaram menos agressivos.

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Ariel entra no Guinness ao fazer um mosaico usando 4.224 camisetas

Imagem de BOSS Great Wall: cientistas descobrem a maior estrutura do Universo no megacurioso

Astrônomos identificaram um grupo de superaglomerados que alia mais de 800 galáxias e se estende por cerca de 1 bilhão de anos-luz de diâmetro

Uma equipe de astr&ocirc;nomos do Instituto Ilhas Can&aacute;rias de Astrof&iacute;sica acaba de descobrir aquela que est&aacute; sendo encarada como a maior estrutura do Universo. Estamos falando do BOSS Great Wall, um aglomerado de 830 gal&aacute;xias que possui cerca de 1 bilh&atilde;o de anos-luz de di&acirc;metro. O agrupamento tem uma massa 10 mil vezes maior do que a da Via L&aacute;ctea. &Eacute; algo t&atilde;o grande que fica at&eacute; dif&iacute;cil de imaginar.
A estrutura &eacute; conectada por gases, e, gra&ccedil;as &agrave; gravidade, seus componentes se agitam e se movimentam em conjunto atrav&eacute;s do v&aacute;cuo do espa&ccedil;o. O BOSS (sigla para Baryon Oscillation Spectroscopic Survey, ou Levantamento Espectrosc&oacute;pico da Oscila&ccedil;&atilde;o dos B&aacute;rions, nome dado em homenagem ao m&eacute;todo usado para encontrar a estrutura) est&aacute; localizado a cerca de 4,5 a 6,5 bilh&otilde;es de anos-luz de dist&acirc;ncia da Terra.
Embora alguns cientistas discordem que a descoberta seja realmente uma estrutura &uacute;nica (j&aacute; que os componentes da &ldquo;parede&rdquo; possuem brechas que s&atilde;o conectadas por nuvens de g&aacute;s e poeira c&oacute;smica), &eacute; imposs&iacute;vel n&atilde;o ficar impressionado ao tentar calcular o tamanho desse aglomerado. E &eacute; bem prov&aacute;vel que, conforme inventamos novas tecnologias para olhar cada vez mais longe no espa&ccedil;o, encontremos estruturas ainda maiores flutuando por a&iacute;.
<a href="http://www.rexposta.com.br/tecnologia/11567250-voce-se-interessa-por-estudos-de-astronomia.htm" target="_blank">Voc&ecirc; se interessa por estudos de astronomia?</a> Comente no F&oacute;rum do TecMundo.
Via <a target="_blank" href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/102304-boss-great-wall-cientistas-descobrem-maior-estrutura-universo.htm">TecMundo</a>.

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BOSS Great Wall: cientistas descobrem a maior estrutura do Universo

Imagem de Puzzle Room: fomos conhecer um novo conceito de entretenimento em SP no megacurioso

Será que você consegue resolver todos os quebra-cabeças e escapar em apenas 60 minutos de uma sala fechada?

Quem gosta de jogos eletr&ocirc;nicos com certeza j&aacute; se divertiu pelo menos uma vez com algum t&iacute;tulo do g&ecirc;nero escape the room, no qual seu &uacute;nico objetivo &eacute; escapar de um cen&aacute;rio fechado resolvendo as dezenas de quebra-cabe&ccedil;as espalhados pelo ambiente. Os games desse estilo nasceram como uma vertente dos adventures e tinham controles bem simples: bastava clicar nos objetos para revelar chaves, inserir senhas, coletar itens, e assim por diante.
Pois &eacute; &ndash; nos &uacute;ltimos anos, algum g&ecirc;nio teve a excelente ideia de levar esse conceito para o mundo real. E foi assim que surgiram as escape rooms f&iacute;sicas, que s&atilde;o salas de verdade onde voc&ecirc; &eacute; trancado junto com seus amigos e precisa rachar a cuca para sair de l&aacute; em um tempo predefinido. Essa nova forma de entretenimento surgiu na &Aacute;sia, foi levada para a Europa, conquistou a Am&eacute;rica do Norte e est&aacute; chegando com tudo aqui na Am&eacute;rica Latina.
O Mega Curioso foi convidado para conhecer um desses estabelecimentos e ter a real experi&ecirc;ncia de como &eacute; passar por um aperto desses. Estamos falando do Puzzle Room, empresa que nasceu em Praga (Rep&uacute;blica Tcheca) e aterrissou no Brasil em julho de 2015. Instalada no bairro de Mirand&oacute;polis &ndash; zona centro-sul de S&atilde;o Paulo capital &ndash;, a casa &eacute; atualmente equipada com duas salas diferentes, sendo uma tematizada com o seriado &ldquo;CSI: Investiga&ccedil;&atilde;o Criminal&rdquo; e outra simulando o complexo prisional do Carandiru.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/03/08/08173912142554.jpg" />
<h2>Escapando do pres&iacute;dio</h2>
Em um grupo de quatro pessoas, optamos por entrar nessa segunda sala, mesmo ap&oacute;s sermos alertados de que seu grau de dificuldade era ligeiramente superior. A capacidade m&iacute;nima &eacute; de duas pessoas, e a m&aacute;xima, oito. Rodrigo Matrone, um dos s&oacute;cios-fundadores do Puzzle Room, foi o respons&aacute;vel por nos explicar as regras do jogo e tamb&eacute;m a hist&oacute;ria por tr&aacute;s do desafio.
A situa&ccedil;&atilde;o era a seguinte: fomos presos por um crime que n&atilde;o cometemos e encaminhados diretamente para o Carandiru (local que entrou para a hist&oacute;ria de S&atilde;o Paulo ap&oacute;s o massacre de 1992). Para a nossa sorte, o verdadeiro bandido que nos colocou nessa furada &ndash; e que curte assaltar bancos usando uma roupa de palha&ccedil;o &ndash; armou algumas surpresinhas na sala para que possamos escapar de l&aacute;.
Rodrigo deixou bem claro que as salas do Puzzle Room s&atilde;o 5D, ou seja, bastante sensoriais. &Eacute; preciso olhar, tocar, sentir e escutar, tudo com bastante aten&ccedil;&atilde;o. V&aacute;rios quebra-cabe&ccedil;as s&atilde;o subjetivos e &eacute; necess&aacute;rio &ldquo;pensar fora da caixa&rdquo; para interpret&aacute;-los. Antes de sermos trancafiados, foi preciso guardar celulares e bolsas em um arm&aacute;rio. Por fim, nos foi oferecido um walkie talkie pelo qual poder&iacute;amos pedir at&eacute; tr&ecirc;s dicas nos momentos mais complicados.
Galeria 1
<h2>Vida de fugitivo</h2>
Entramos no pres&iacute;dio, e a porta se fechou. A sala impressiona de imediato. Como voc&ecirc; pode conferir nas imagens acima, a cenografia &eacute; caprichad&iacute;ssima. Paredes sujas, roupas esfarrapadas, rabiscos por todos os lados, colch&otilde;es detonados e at&eacute; baratas de mentira fazem com que os jogadores realmente se sintam dentro da brincadeira. Um televisor se responsabiliza por exibir o cron&ocirc;metro e informar quanto tempo resta para o fim do jogo.
Os puzzles s&atilde;o realmente desafiadores
&Eacute; imposs&iacute;vel n&atilde;o se sentir imerso na hist&oacute;ria. Voc&ecirc; encontra itens pessoais das pessoas que foram presas ali e precisa decifrar simples rabiscos deixados pelos criminosos. Os puzzles s&atilde;o realmente desafiadores, e acabamos precisando usar as tr&ecirc;s dicas para avan&ccedil;ar no enredo. A din&acirc;mica, no geral, consiste em encontrar chaves (e c&oacute;digos) para abrir os cadeados &ndash; que, na maior parte das vezes, d&atilde;o acesso a novos itens igualmente trancafiados. Tamb&eacute;m &eacute; necess&aacute;rio usar os itens certos em seus devidos lugares para acionar mecanismos.
&Eacute; dif&iacute;cil falar sobre a sala sem dar spoilers, mas basta dizer que, de fato, h&aacute; muita interatividade envolvida. No fim das contas, ap&oacute;s uma sess&atilde;o b&aacute;sica de desespero, conseguimos escapar do pres&iacute;dio com 58 minutos e 36 segundos. Miss&atilde;o cumprida, o time tem direito a tirar uma foto na frente da porta da sala e deixar uma assinatura no corredor de entrada do Puzzle Room. &Eacute; claro que o Mega Curioso n&atilde;o deixaria de fazer parte desse mural!
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/03/08/08173653645536.jpg" />
<h2>Uma experi&ecirc;ncia &uacute;nica</h2>
Por conta de nosso desempenho razo&aacute;vel, Rodrigo nos permitiu dar uma r&aacute;pida olhada na Inverso do Universo, que &eacute; uma sala virada de cabe&ccedil;a para baixo. &Eacute; no m&iacute;nimo perturbador andar no teto e ver cadeiras, mesas e at&eacute; um televisor pendurados l&aacute; em cima. O novo desafio ser&aacute; aberto no fim do m&ecirc;s, e a empresa tamb&eacute;m planeja criar uma sala batizada como Asylum &ndash; esta, obviamente, ter&aacute; um ar bem mais assustador e misterioso do que as outras.
O pre&ccedil;o da brincadeira? S&atilde;o R$ 299 para grupos de at&eacute; quatro pessoas, sendo que este valor vai crescendo aos poucos at&eacute; chegar em R$ 614 para oito integrantes. Fazendo as contas, com a capacidade m&aacute;xima, cada jogador paga cerca de R$ 77. Sim, &eacute; um valor que at&eacute; pode ser considerado alto, mas se trata de uma experi&ecirc;ncia &uacute;nica e que vale a pena viver pelo menos uma vez.
&Eacute; um programa bem diferente para ir com os amigos ou com a namorada, por exemplo. Quem est&aacute; cansado da mesmice de ir ao cinema, boliche e kart ou realizar outras atividades semelhantes, agora tem mais uma op&ccedil;&atilde;o para se divertir em grupo. &Eacute; &oacute;bvio que o fator replay de uma escape room &eacute; praticamente nulo (n&atilde;o tem gra&ccedil;a resolver um puzzle duas vezes), e &eacute; exatamente por isso que o investimento acaba valendo a pena. Se voc&ecirc; ficou interessado, <a href="http://www.puzzleroom.com.br/" target="_blank">clique aqui</a> e confira o site oficial do estabelecimento.
<a href="http://www.rexposta.com.br/curiosidades/3294249-voce-ja-visitou-um-escape-room.htm?utm_source=Artigo&amp;utm_medium=megacurioso" target="_blank" data-title="Voc&ecirc; j&aacute; visitou um escape room?">Voc&ecirc; j&aacute; visitou uma escape room?</a> Comente no F&oacute;rum do Mega Curioso

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Puzzle Room: fomos conhecer um novo conceito de entretenimento em SP

Imagem de Os pedófilos são vítimas de si mesmos? Fomos descobrir no megacurioso

Conheça a história de alguns doentes que fazem de tudo para não cometer um crime e viver uma vida normal

Aten&ccedil;&atilde;o: o Mega Curioso abomina qualquer tipo de abuso sexual, ainda mais em se tratando de crian&ccedil;as. O objetivo desta mat&eacute;ria &eacute; mostrar um lado pouco debatido sobre a pedofilia. Algumas imagens podem ser um pouco perturbadoras.
Ethan Edwards tem 60 anos. Ele mora na Filad&eacute;lfia, &eacute; um ped&oacute;filo e nunca molestou uma crian&ccedil;a. &ldquo;Eu s&oacute; fui perceber isso nos meus 50 anos&rdquo;, assume o norte-americano, entrevistado por email pelo Mega Curioso. &ldquo;Eu sempre achei que aquilo que eu sentia fosse um forte exemplo da afei&ccedil;&atilde;o que todos n&oacute;s temos por beb&ecirc;s. O aspecto sexual dessa afei&ccedil;&atilde;o, em oposi&ccedil;&atilde;o ao rom&acirc;ntico, foi algo que eu sempre suprimi durante minha vida&rdquo;.
Embora use um pseud&ocirc;nimo para se comunicar, Ethan n&atilde;o tem medo de assumir sua doen&ccedil;a no mundo virtual. Ele &eacute; um dos fundadores do Virtuous Pedophiles, grupo de apoio criado em 2012 para ajudar quem sofre desse mesmo problema e procura ajuda. Ele &eacute; um perfeito exemplo de ped&oacute;filo que tem plena convicc&ccedil;&atilde;o de que fazer sexo com menores de idade &eacute; errado, mas que faz tudo o que estiver ao seu alcance para n&atilde;o transformar suas fantasias em realidade.
&ldquo;N&oacute;s aceitamos ped&oacute;filos de todas as partes do mundo, mas exigimos que as discuss&otilde;es sejam em ingl&ecirc;s. Isso permite que n&oacute;s monitoremos o que as pessoas est&atilde;o dizendo e tenhamos certeza de que elas est&atilde;o alinhadas com nossos valores e princ&iacute;pios&rdquo;, explica, afirmando que o grupo j&aacute; teve alguns membros brasileiros. Uma vez aceitos, os novatos t&ecirc;m acesso a um f&oacute;rum no qual podem ler t&oacute;picos com algumas instru&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas de etiqueta.
&ldquo;As orienta&ccedil;&otilde;es para manter as crian&ccedil;as seguras v&ecirc;m quando os pr&oacute;prios internautas publicam seus dilemas. Devo continuar estudando para ser um professor? Como posso dizer ao meu irm&atilde;o que n&atilde;o quero ser bab&aacute; de suas crian&ccedil;as sem que ele pense que sou um ego&iacute;sta? Se aquela garota senta no meu colo e se aconchega em mim, est&aacute; tudo bem? Temos algumas regras b&aacute;sicas. Alguma delas &eacute; o teste parental &mdash; n&atilde;o fa&ccedil;a nada com uma crian&ccedil;a que voc&ecirc; n&atilde;o faria se seus pais estivessem ali. Outra regra &eacute; nunca ficar sozinho com uma crian&ccedil;a que voc&ecirc; ache atraente&rdquo;, explica.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/03/07/07191503730513.jpg" />
<h2 dir="ltr">Uma doen&ccedil;a dif&iacute;cil de curar</h2>
No geral, campanhas antipedofilia &mdash; tanto governamentais quanto de &oacute;rg&atilde;os privados &mdash; costumam promover a mesma frase em suas pe&ccedil;as publicit&aacute;rias: &ldquo;Pedofilia &eacute; crime&rdquo;. Tal slogan entrou na cabe&ccedil;a do povo e &eacute; comumente reproduzido nas redes sociais e na mesa do bar. O problema &eacute; que, do ponto de vista t&eacute;cnico e m&eacute;dico, essa ora&ccedil;&atilde;o est&aacute; um tanto equivocada e s&oacute; ajuda a espalhar um falso conceito capaz de piorar ainda mais a situa&ccedil;&atilde;o como um todo. Pedofilia, sem a a&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o &eacute; crime. O crime &eacute; o abuso sexual.
A vis&atilde;o puramente criminosa da pedofilia pode inibir a procura de ajuda profissional
Pedofilia &eacute; uma doen&ccedil;a, um transtorno mental do grupo das parafilias, devidamente reconhecido no Manual Diagn&oacute;stico e Estat&iacute;stico de Transtornos Mentais (DSM), publica&ccedil;&atilde;o de cunho global usada por todo e qualquer profissional de psicologia. Estima-se que apenas 20% dos abusos sexuais que ocorrem no Brasil sejam realmente protagonizados por ped&oacute;filos &mdash; de resto, os criminosos costumam ser oportunistas que realizam o ato simplesmente porque as crian&ccedil;as estavam dispon&iacute;veis sozinhas naquela hora e naquele lugar.
&ldquo;Se, por um lado, &eacute; importante haver campanhas na sociedade que procurem proteger os indiv&iacute;duos mais fr&aacute;geis da popula&ccedil;&atilde;o, por outro, a vis&atilde;o puramente criminosa da pedofilia pode inibir a procura de ajuda profissional por parte dos ped&oacute;filos&rdquo;, explica Milena Carbonari Krachevski, psic&oacute;loga especialista em educa&ccedil;&atilde;o e terapia sexual. Procurada pelo Mega Curioso, Milena lembrou tamb&eacute;m que existem alguns dispositivos psicol&oacute;gicos que deixam o mal ainda mais presente quando este &eacute; citado.
&ldquo;Existem poucos profissionais interessados em combater esse mal com profissionalismo e sobriedade. Digo isso porque a situa&ccedil;&atilde;o de abuso sexual costuma provocar alta repulsa na sociedade, acompanhada do desejo de castigo do abusador&rdquo;, comenta. &ldquo;&Eacute; necess&aacute;rio ter bastante claro que a pessoa que cometeu o delito precisa ser responsabilizada por seus atos de acordo com a lei vigente. Entretanto, &eacute; um ser humano com dores e quest&otilde;es a serem trabalhadas em sua hist&oacute;ria&rdquo;.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/03/07/07191535991514.jpg" />
<h2 dir="ltr">&Eacute; preciso mudar nossa vis&atilde;o sobre o problema?</h2>
Embora a medicina reconhe&ccedil;a a pedofilia como uma doen&ccedil;a, as explica&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas sobre sua origem ainda s&atilde;o obscuras. De acordo com a psicanalista Cristiane M. Maluf Martin, a pedofilia &eacute; comumente vista pela comunidade profissional como intera&ccedil;&atilde;o entre os fatores do desenvolvimento neurol&oacute;gico e o ambiente. &ldquo;A pedofilia &eacute; definida como uma pervers&atilde;o sexual, caracterizada pela atra&ccedil;&atilde;o sexual &nbsp;por crian&ccedil;as; a vasta maioria desse ass&eacute;dio envolve car&iacute;cias genitais e sexo oral, onde podemos incluir as fantasias atrav&eacute;s do consumo de pornografia infantil&rdquo;, explica.
V&aacute;rios ped&oacute;filos odeiam a si mesmos da mesma forma que voc&ecirc; os odeia&nbsp;
Ambas as especialistas concordam em um ponto: um dos maiores problemas &eacute; que os pr&oacute;prios ped&oacute;filos n&atilde;o se sentem &agrave; vontade para ir atr&aacute;s de tratamento. &ldquo;Muitas vezes pelo estigma, pela culpa, pela falta de acesso ao &nbsp;tratamento ou por n&atilde;o se considerarem doentes, os ped&oacute;filos resistem a procurar ajuda. Ressalto que, quanto mais adiarem e resistirem ao tratamento, menores s&atilde;o as chances de recupera&ccedil;&atilde;o&rdquo;, comenta Cristiane.
Ao ser questionado se devemos repensar a forma como enxergamos a pedofilia, Ethan &eacute; categ&oacute;rio: &ldquo;Com certeza. A principal quest&atilde;o &eacute; entender que &lsquo;pedofilia&rsquo; e &lsquo;molestador de crian&ccedil;as&rsquo; n&atilde;o s&atilde;o a mesma coisa. &Eacute; justo odiar os molestadores. E sim, h&aacute; exce&ccedil;&otilde;es, mas a maioria dos ped&oacute;filos nunca vai abusar de uma crian&ccedil;a, e eles merecem ser considerados inocentes &mdash; assim como n&oacute;s assumimos que adolescentes pobres s&atilde;o inocentes tamb&eacute;m, mesmo se eles estiverem numa faixa et&aacute;ria com altas taxas de criminalidade (pelo menos aqui nos EUA)&rdquo;, explica.
&ldquo;Isso nos ajudaria a entender que pedofilia &eacute; uma atra&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o &eacute; escolhida e que n&atilde;o pode ser mudada &mdash; n&atilde;o &eacute; como se algu&eacute;m decidisse ter essa doen&ccedil;a. V&aacute;rios ped&oacute;filos odeiam a si mesmos da mesma forma que voc&ecirc; os odeia. Um dia antes de um ped&oacute;filo abusar de uma crian&ccedil;a pela primeira vez, ele era algu&eacute;m que estava tentando n&atilde;o fazer isso. Mas se ele entende a mensagem de que ele vai molestar mais cedo ou mais tarde, que todo mundo o despreza, que ele &eacute; rejeitado pela sociedade e que n&atilde;o h&aacute; ningu&eacute;m oferecendo ajuda, as portas se abrem para seu primeiro crime&rdquo;, conclui.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/03/07/07191558081515.jpg" />
<h2>A f&aacute;brica de bonecas</h2>
Na luta para encontrar meios &eacute;ticos para inibir a a&ccedil;&atilde;o criminosa de ped&oacute;filos, h&aacute; quem apele para t&eacute;cnicas que s&atilde;o, no m&iacute;nimo, criativas. H&aacute; cerca de dez anos, Shin Takagi criou a Trottla, uma empresa que fabrica e comercializa bonecas sexuais que simulam crian&ccedil;as na faixa dos 5 anos. Recentemente, ap&oacute;s conceder uma entrevista para o jornal norte-americano The Atlantic, o empreendedor japon&ecirc;s causou uma pol&ecirc;mica absurda ao defender que seus produtos s&atilde;o capazes de impedir muitos crimes.
Ser um ped&oacute;filo &eacute; como viver com uma m&aacute;scara
&ldquo;Ser um ped&oacute;filo &eacute; como viver com uma m&aacute;scara. N&oacute;s dever&iacute;amos aceitar que n&atilde;o h&aacute; como mudar os fetiches de algu&eacute;m&rdquo;, afirmou ao site estrangeiro. &ldquo;Eu estou ajudando as pessoas a expressarem seus desejos, de forma legal e &eacute;tica. A vida n&atilde;o vale a pena quando voc&ecirc; precisa viver reprimindo seus desejos&rdquo;, completa. A f&aacute;brica da Trottla se localiza na cidade de Hachioji, dentro da prov&iacute;ncia de T&oacute;quio.
Takagi, que tamb&eacute;m &eacute; dono de um site que comercializa pacotes de fotos sensuais protagonizando &ldquo;bonecas juvenis&rdquo;, afirma que seus clientes enviam correspond&ecirc;ncias agradecendo seu trabalho. &ldquo;As cartas dizem, &lsquo;Obrigado pelas bonecas, eu posso evitar cometer um crime&rsquo;&rdquo;, conta. O Mega Curioso conseguiu entrar em contato com o empreendedor, e ele se mostrou interessado em nos conceder uma entrevista.
De acordo com o asi&aacute;tico, a Trottla &eacute; formada por apenas cinco funcion&aacute;rios, sendo que dois atuam diretamente com a produ&ccedil;&atilde;o das bonecas, e os outros tr&ecirc;s fazem &ldquo;trabalhos de escrit&oacute;rio&rdquo;. Embora n&atilde;o revele quantas encomendas ele receba de clientes brasileiros, Takagi afirma que nosso pa&iacute;s &eacute; um mercado importante para a sua empresa, mas explica que faltam recursos log&iacute;sticos para distribuir seus produtos em algumas regi&otilde;es.
As pessoas ainda t&ecirc;m dificuldades para entender a dor dos outros
Tal como Ethan, Takagi reafirma que a humanidade precisa aprender que n&atilde;o h&aacute; como controlar instintos biol&oacute;gicos &agrave; for&ccedil;a. &ldquo;&Eacute; natural que a sociedade proteja as crian&ccedil;as. Por&eacute;m, os adultos que est&atilde;o sofrendo n&atilde;o precisam ser ajudados tamb&eacute;m? Ambos &mdash; adultos e crian&ccedil;as &mdash; s&atilde;o igualmente seres humanos, e &eacute; preciso salvar os dois da mesma forma&rdquo;, afirma.
E, no fim das contas, ser&aacute; que a Trottla &eacute; um neg&oacute;cio rent&aacute;vel? &ldquo;Eu n&atilde;o sou um mercador, eu sou um artista&rdquo;, explica Takagi. &ldquo;Eu fa&ccedil;o as bonecas por causa da minha criatividade art&iacute;stica. Se elas podem salvar algu&eacute;m da pedofilia, &oacute;timo, mas esse &eacute; apenas meu objetivo secund&aacute;rio&rdquo;. O empres&aacute;rio tamb&eacute;m reclama da falta de capital para aumentar a capacidade de sua f&aacute;brica, j&aacute; que ningu&eacute;m quer investir em seu neg&oacute;cio para ajudar ped&oacute;filos. &ldquo;Eles n&atilde;o querem parecer malvados para a sociedade. As pessoas ainda t&ecirc;m dificuldades para entender a dor dos outros&rdquo;, finaliza.
Galeria 1
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<h2>Uma terapia ou um refor&ccedil;o?</h2>
Vale lembrar que, no Jap&atilde;o, tamb&eacute;m &eacute; comum encontrar materiais art&iacute;sticos de cunho pornogr&aacute;fico &mdash; ou hentais, no idioma original &mdash; que estrelam pr&eacute;-adolescentes e at&eacute; rec&eacute;m-nascidos. &Eacute; o famoso shotacon, que se subdivide em duas categorias distintas (toddlercon, com crian&ccedil;as de 0 a 6 anos, e lolicon, com personagens de 7 a 16 anos de idade). S&atilde;o hist&oacute;rias em quadrinhos e at&eacute; anima&ccedil;&otilde;es feitas para quem possui essa prefer&ecirc;ncia sexual.
Mas ser&aacute; que essas v&aacute;lvulas de escape realmente funcionam? As opini&otilde;es divergem. Para Ethan, as bonecas n&atilde;o aumentar&atilde;o o desejo do doente de abusar de uma crian&ccedil;a. &ldquo;Uma s&eacute;rie de estudos conduzidas por <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Milton_Diamond">Milton Diamond</a> e seus colegas mostraram que em pa&iacute;ses onde pornografia infantil real era d&iacute;ficil de encontrar e seu acesso foi facilitado, o n&uacute;mero de abusos n&atilde;o aumentou &mdash; pelo contr&aacute;rio: diminiu. Ningu&eacute;m est&aacute; sugerindo tornar pornografia infantil real dispon&iacute;vel para todos para esse prop&oacute;sito, mas a t&eacute;cnica provavelmente vale para bonecas e pornografia fict&iacute;cia&rdquo;, explica.
A medicina, por&eacute;m, parece pensar de modo diferente. Para Milena, as bonecas sexuais s&atilde;o uma tentativa superficial de solucionar quest&otilde;es mais profundas. &ldquo;A exposi&ccedil;&atilde;o frequente ao est&iacute;mulo sexual sugerido &mdash; bonecas de crian&ccedil;as &mdash; tende a refor&ccedil;ar o comportamento ped&oacute;filo, que pode ter origens patol&oacute;gicas. Ou seja, em vez de tratar o desvio de conduta, s&atilde;o oferecidos paliativos que n&atilde;o apresentam possibilidades de resolu&ccedil;&atilde;o em m&eacute;dio e longo prazo&rdquo;, afirmou a profissional.
Esse mesmo pensamento &eacute; compartilhado com a Dr. Cristiane. &ldquo;Este tipo de comportamento n&atilde;o pode ser explorado; o uso dessas bonecas n&atilde;o muda a orienta&ccedil;&atilde;o sexual b&aacute;sica do ped&oacute;filo em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s crian&ccedil;as. &Eacute; o tipo de comportamento que n&atilde;o pode e n&atilde;o deve ser incentivado. Pedofilia n&atilde;o pode ser encarada como uma vertente natural da sexualidade. Adultos que s&atilde;o sexualmente atra&iacute;dos por crian&ccedil;as s&atilde;o doentes&rdquo;, finaliza.
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<h2>Quando a castra&ccedil;&atilde;o &eacute; o &uacute;nico caminho</h2>
Ao observar o lado do ped&oacute;filo e tentar enxerg&aacute;-lo como um ser humano v&iacute;tima de seus pr&oacute;prios desejos sexuais, fica dif&iacute;cil n&atilde;o se lembrar de &ldquo;Ninfoman&iacute;aca&rdquo;, longa-metragem do renomado diretor Lars von Trier. Em determinada cena, a protagonista Joe assume ter conhecido um ped&oacute;filo que sempre reprimiu suas vontades sexuais, e, por ter ficado com pena do homem, decide present&aacute;-lo com um pouco de prazer.
Uma das falas da personagem resume a situa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Apenas 5% dos ped&oacute;filos machucam crian&ccedil;as. Os outros 95% jamais realizaram suas fantasias. Pense sobre o sofrimento deles. Sexualidade &eacute; a for&ccedil;a mais forte dos seres humanos. Nascer com uma sexualidade proibida pode ser agonizante. O ped&oacute;filo que consegue viver sua vida com a vergonha de seus desejos, sem nunca agir sobre eles, merece uma medalha&rdquo;.
No Brasil, um dos raros locais a atender ped&oacute;filos gratuitamente &eacute; o Ambulat&oacute;rio de Transtornos da Sexualidade (ABSex), que faz parte da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). O atendimento &eacute; feito no pr&oacute;prio campus da universidade (localizado em Santo Andre, S&atilde;o Paulo), e o instituto aceita indiv&iacute;duos que apresentem comportamentos sexuais distorcidos ou violentos, al&eacute;m de tratar disfun&ccedil;&otilde;es como impot&ecirc;ncia e ejacula&ccedil;&atilde;o precoce.
Nascer com uma sexualidade proibida pode ser agonizante
Em 2007, por&eacute;m, o psiquiatra Danilo Baltieri &mdash; respons&aacute;vel pelo servi&ccedil;o &mdash; criou pol&ecirc;mica ao confessar que havia aplicado a t&eacute;cnica de &ldquo;castra&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica&rdquo; em um dos seus pacientes a pedido do pr&oacute;prio doente. As aspas s&atilde;o necess&aacute;rias, j&aacute; que o pr&oacute;prio Baltieri a considera incorreta. Em entrevista ao jornal Estad&atilde;o, o profissional explicou que o tratamento se resume a inserir horm&ocirc;nios femininos no corpo do paciente para diminuir suas ere&ccedil;&otilde;es e seu apetite sexual, efeitos que cessam assim que as inje&ccedil;&otilde;es forem interrompidas.
Mesmo assim, Baltieri se viu sendo criticado pela comunidade m&eacute;dica brasileira por usar um m&eacute;todo que ainda n&atilde;o &eacute; regularizado no pa&iacute;s. De acordo com o Conselho Regional de Medicina de S&atilde;o Paulo (Cremesp), o m&eacute;dico precisava de autoriza&ccedil;&atilde;o especial para realizar a castra&ccedil;&atilde;o. &Agrave; Gazeta do Povo, o paulista afirmou: &ldquo;&Eacute; um tratamento mesmo, n&atilde;o &eacute; uma pesquisa. Essa pol&ecirc;mica toda s&oacute; traz preju&iacute;zo. Fiz o tratamento em apenas um paciente at&eacute; hoje, e ele que me pediu. Tinha feito uma consulta ao CRM h&aacute; uns oito meses. Se eu esperasse a resposta, ele molestaria alguma crian&ccedil;a&rdquo;, finaliza.
Pedofilia &eacute; algo abomin&aacute;vel, e ningu&eacute;m tem a m&iacute;nima d&uacute;vida disso. Trata-se de uma pr&aacute;tica reprovada tanto cient&iacute;fica quanto culturalmente. Contudo, ao olhar para todas essas quest&otilde;es e ouvir depoimentos de quem convive com a condi&ccedil;&atilde;o diariamente &mdash; seja no &acirc;mbito pessoal ou profissional &mdash;, fica claro que se trata de um problema de duas faces.
<a href="http://www.rexposta.com.br/curiosidades/12683290-qual-e-a-sua-opiniao-sobre-pedofilia-como-podemos-inibir.htm?utm_source=Artigo&amp;utm_medium=megacurioso" target="_blank" data-title="Qual &eacute; a sua opini&atilde;o sobre pedofilia? Como podemos inibir essa pr&aacute;tica?">Qual &eacute; a sua opini&atilde;o sobre pedofilia? Como podemos inibir essa pr&aacute;tica?</a> Comente no F&oacute;rum do Mega Curioso

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Os pedófilos são vítimas de si mesmos? Fomos descobrir

Imagem de Deep web: brasileiros entrevistam suposta máfia de assassinos de aluguel no megacurioso

O blog Deep Web Brasil publicou um extenso bate-papo com o representante do grupo que oferece seus serviços pela internet

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/98050-10-fatos-sinistros-sobre-a-deep-web-video.htm" target="_blank" title="10 fatos sinistros sobre a Deep Web [v&iacute;deo]">deep web</a>&nbsp;&eacute; um lugar cheio de bizarrices, e isso n&atilde;o &eacute; novidade para ningu&eacute;m. Al&eacute;m das lojas virtuais que comercializam drogas e dos f&oacute;runs obscuros sobre os mais diversos assuntos, este &ldquo;lado negro&rdquo; da <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/internet" target="_blank" title="Internet">internet</a>&nbsp;tamb&eacute;m ficou famoso pelas v&aacute;rias p&aacute;ginas nas quais &eacute; poss&iacute;vel &ndash; teoricamente &ndash; contratar assassinos de aluguel. O conceito &eacute; simples: o consumidor faz o pedido, paga uma quantia com bitcoins, e o servi&ccedil;o &eacute; feito da forma mais discreta poss&iacute;vel.
&Eacute; &oacute;bvio que, se algum jornalista j&aacute; teve a oportunidade de empregar um desses &ldquo;profissionais&rdquo; (ou teve contato com algu&eacute;m que fez isso), ele provavelmente n&atilde;o teria coragem de escrever uma reportagem contando sua experi&ecirc;ncia, j&aacute; que isso seria a confiss&atilde;o de um crime. Talvez seja por esse motivo que n&atilde;o costumamos ver a m&iacute;dia tradicional &ndash; ou seja, os grandes ve&iacute;culos jornal&iacute;sticos globais &ndash; abordando esse tema t&atilde;o pol&ecirc;mico.
Por&eacute;m, recentemente, o Mega Curioso recebeu uma colabora&ccedil;&atilde;o de um leitor identificado como Diego Costa, que nos convidou para conhecer seu blog e ler uma mat&eacute;ria exclusiva que sua equipe produziu: uma entrevista com os donos de um marketplace na deep web no qual qualquer pessoa pode encomendar um assassinato por valores a partir de US$ 5 mil. A p&aacute;gina em quest&atilde;o &eacute; a Deep Web Brasil, e o texto original pode ser acessado <a href="http://blog.deepwebbrasil.com/black-market-vendedores-invisiveis-assassinos-de-aluguel/" target="_blank">atrav&eacute;s deste link</a>.
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<h2>Mercado da morte</h2>
De acordo com a equipe do site, o marketplace &eacute; uma plataforma mantida por uma m&aacute;fia presente em v&aacute;rios pa&iacute;ses ao redor do globo, com destaque para Estados Unidos, Europa e Alb&acirc;nia. Os assassinos dispon&iacute;veis para contrata&ccedil;&atilde;o n&atilde;o fazem parte necessariamente desse grupo criminoso organizado, mas s&atilde;o testados e recrutados para prestar servi&ccedil;os em seu territ&oacute;rio de origem.
Ap&oacute;s se registrar, o cliente preenche um formul&aacute;rio determinando a miss&atilde;o que deseja cumprir. Matar algu&eacute;m custa de US$ 5 mil (para casos simples) a US$ 9 mil (quando &eacute; necess&aacute;rio forjar um acidente). Espancar algu&eacute;m &eacute; mais barato: US$ 500 para uma surra b&aacute;sica ou US$ 2 mil para quebrar ou cortar partes do corpo da v&iacute;tima. Tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel ordenar a queima de carros e casas, comprar armas, fazer empr&eacute;stimos ou contratar um hacker.
O pagamento, obviamente, &eacute; feito antecipadamente e por bitcoin, que &eacute; uma moeda an&ocirc;nima e cujas movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras s&atilde;o imposs&iacute;veis de rastrear. A quantia fica presa na carteira do marketplace e s&oacute; &eacute; transferida para o assassino quando este completa a sua miss&atilde;o com sucesso (algo parecido com o que acontece em plataformas como o Mercado Pago). Os administradores do site ficam com 20% do lucro. Confira abaixo a entrevista completa feita pela equipe da Deep Web Brasil.
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1) Um cliente pode pedir o assassinato de qualquer pessoa? Mesmo uma pessoa p&uacute;blica, como um m&uacute;sico ou pol&iacute;tico?
Sim, mas o pre&ccedil;o &eacute; muito maior e depende do alvo. N&oacute;s permitimos que os assassinos recusem servi&ccedil;os, porque o cliente n&atilde;o paga nada se rejeitarmos seu servi&ccedil;o. Quanto mais dif&iacute;cil &eacute; um servi&ccedil;o, mais ele custa. N&oacute;s n&atilde;o temos a log&iacute;stica ou o poder de fogo para matar presidentes de grandes pa&iacute;ses, por exemplo. Nossos assassinos s&atilde;o em sua maioria membros de gangues de v&aacute;rios estados e pa&iacute;ses que sabem usar computadores; eles t&ecirc;m uma conta no nosso site e ficam em contato conosco, pois assim veem pedidos de clientes nas suas &aacute;reas de atividade.
Eles s&atilde;o vendedores de drogas, participam de muitas atividades ilegais e est&atilde;o dispostos a ir &agrave; noite, ou &agrave; tarde ou de manh&atilde;zinha com uma camisa de gola alta e atirar em pessoas normais com uma pistola quando elas v&ecirc;m ou v&atilde;o para o trabalho. Eles tamb&eacute;m espancam, colocam fogo em carros etc. Atividades normais de membros de gangues.
Temos muitos assassinos registrados no nosso site que est&atilde;o sempre em contato com a gente, que s&atilde;o ex-militares com experi&ecirc;ncia de combate e possuem um rifle sniper e treino de luta. Eles podem matar pessoas que t&ecirc;m guarda-costas com eles, como empres&aacute;rios, atores ou m&uacute;sicos etc., mas o pre&ccedil;o seria mais de US$ 70 mil, &agrave;s vezes pode ultrapassar os US$ 200 mil ou US$ 300 mil para um empres&aacute;rio. A maioria das nossas v&iacute;timas s&atilde;o pessoas que fizeram inimigos, cometeram crimes, vendem drogas, pessoas com grandes d&iacute;vidas etc.
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2) Em quais pa&iacute;ses voc&ecirc;s n&atilde;o t&ecirc;m membros da m&aacute;fia? E nesses onde voc&ecirc;s n&atilde;o t&ecirc;m, h&aacute; a chance de conseguirem, mesmo assim, completar o servi&ccedil;o contatando algu&eacute;m?
Temos membros em todos os grandes pa&iacute;ses. Apenas pa&iacute;ses pequenos como Nepal ou Mal&aacute;sia n&atilde;o possuem membros. Nesses casos, fazemos servi&ccedil;os com assassinos dispostos a viajar com identidades falsas, mas o pre&ccedil;o &eacute; geralmente de US$ 30 mil a US$ 40 mil quando envolve viagem.
3) Geralmente s&atilde;o requisitados assassinatos de homens ou mulheres?
A maioria das encomendas s&atilde;o para homens, e quase todas as v&iacute;timas s&atilde;o pessoas comuns, pessoas de fam&iacute;lias normais que vacilam com os outros a ponto de o quererem morto. Existem encomendas para mulheres tamb&eacute;m (cerca de 30% das mortes), envolvendo trai&ccedil;&atilde;o, div&oacute;rcio ou seguro de vida.
4) H&aacute; algum relato de que o assassino acabou errando o alvo e assassinando outra pessoa por engano? Caso isso aconte&ccedil;a, h&aacute; alguma puni&ccedil;&atilde;o, mesmo que na reputa&ccedil;&atilde;o do contratado?
N&atilde;o, nossos assassinos n&atilde;o erram o alvo, pois pegam detalhes espec&iacute;ficos e fotos da v&iacute;tima correta. Mas houve alguns casos em que o assassino falhou no servi&ccedil;o, por v&aacute;rios motivos, e o cliente n&atilde;o pagou. A conta do assassino foi suspensa, e ele n&atilde;o p&ocirc;de mais pegar outros trabalhos pelo nosso sistema.
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5) H&aacute; uma faixa de idade do alvo para a contrata&ccedil;&atilde;o, ou eu posso, por exemplo, solicitar o assassinato de uma crian&ccedil;a?
N&atilde;o, nossos assassinos n&atilde;o matam crian&ccedil;as, pois n&atilde;o existem pedidos para mat&aacute;-las. Geralmente, nossos clientes s&atilde;o pessoas que t&ecirc;m algum problema com algu&eacute;m, e elas se vingam daquela pessoa, n&atilde;o de uma crian&ccedil;a.
6) Voc&ecirc;s contratam traficantes para alguns servi&ccedil;os, por&eacute;m o site parece ter uma equipe de assassinos &mdash;&nbsp;a lista dos &ldquo;top&rdquo; deixa isso n&iacute;tido. O que &eacute; preciso fazer para ser membro dessa equipe? E o que acarretaria a sua expuls&atilde;o de l&aacute;?
Sim, temos uma sele&ccedil;&atilde;o dos assassinos da casa, membros albaneses com muita experi&ecirc;ncia, mas tamb&eacute;m aceitamos novos assassinos que querem se registrar e trabalhar. Para ser um membro, a pessoa precisa se registrar no site; em seguida, lhe damos uma encomenda-teste. Se ela passar, se torna parte do time; se falhar, &eacute; expulsa do site.
7) Como &eacute; essa encomenda-teste que um assassino rec&eacute;m-registrado tem que cumprir para ser aceito?
Ele recebe dados de uma pessoa para matar, algu&eacute;m que saberemos com certeza se foi morto ou n&atilde;o. N&atilde;o podemos ser enganados com falsas evid&ecirc;ncias ou fotos com Photoshop ou v&iacute;deos falsos. O alvo &eacute; algu&eacute;m que conhecemos e queremos morto, e, antes de enviar nossos assassinos para isso, testamos novos membros lhes dando uma chance de fazer o servi&ccedil;o.
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8) O site restringe de alguma forma as a&ccedil;&otilde;es dos servi&ccedil;os ou cada prestador de servi&ccedil;o &eacute; livre para impor o que bem entender?
O site pega as encomendas dos clientes e as liga ao assassino mais pr&oacute;ximo; ele precisa fazer o servi&ccedil;o como especificado pelo cliente. O assassino &eacute; livre para passar a encomenda se n&atilde;o gostar dela, e ent&atilde;o outro pode peg&aacute;-la e finaliz&aacute;-la.
9) Qual &eacute; o servi&ccedil;o mais contratado? E quanto &agrave;s encomendas de assassinato, voc&ecirc;s t&ecirc;m ideia de quais s&atilde;o os maiores motivos para tais atos? Vingan&ccedil;a, &oacute;dio, d&iacute;vida?
A maioria das pessoas encomenda espancamentos e danos a propriedades, atear de fogo em carros etc. Os motivos mais comuns s&atilde;o d&iacute;vidas e vingan&ccedil;a por amor, como separa&ccedil;&atilde;o e trai&ccedil;&atilde;o, por exemplo. Os maiores motivos para assassinatos s&atilde;o grandes d&iacute;vidas ou problemas amorosos.
10) Para que um cliente possa sair da cidade na data do homic&iacute;dio, &eacute; escolhida uma data com o assassino. Isso significa que eles conversam um com o outro?
Quando um cliente faz uma encomenda, sua encomenda &eacute; aceita ou rejeitada pelo site. Se aceita, o cliente tem que adicionar fundos na sua carteira de bitcoins no marketplace ou de algum outro site confi&aacute;vel. Depois de os fundos serem adicionados, o cliente &eacute; questionado a escolher a data que quer que o trabalho seja feito. Ele geralmente conhece a v&iacute;tima e sabe onde estar&aacute; num certo lugar e dia, e o cliente pode sair da cidade. Sim, cliente e assassino podem conversar pelo nosso servi&ccedil;o de mensagens. O sistema de seguran&ccedil;a protege clientes e assassinos de fraudar um ao outro.
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11) &Eacute; rent&aacute;vel esse tipo de trabalho? Por m&ecirc;s, em m&eacute;dia, quanto voc&ecirc;s recebem (sem divis&atilde;o alguma, apenas o valor total da soma dos servi&ccedil;os)?
Assassinos ficam com 80% da remunera&ccedil;&atilde;o dos trabalhos, os administradores ficam com os outros 20%. Sim, &eacute; rent&aacute;vel; existem v&aacute;rias encomendas para espancamentos e danos &agrave; propriedade, e tamb&eacute;m um bom n&uacute;mero de encomendas de assassinatos. O valor exato da renda n&atilde;o ser&aacute; divulgado, n&atilde;o queremos que outras pessoas tenham ideias para tentar recrutar assassinos e entrar no mesmo neg&oacute;cio. N&oacute;s somos o &uacute;nico site/rede de assassinos reais na deep web e na internet; existem outros sites semelhantes, mas s&atilde;o falsos, eles pegam cart&otilde;es de cr&eacute;dito.
12) No caso de o assassino n&atilde;o cumprir a encomenda na data estipulada, ele &eacute; contatado novamente por algum motivo ou a encomenda passa direto para outro?
A encomenda vai para outro assassino, e uma nova data &eacute; estipulada.
13) Em quais pa&iacute;ses h&aacute; mais pedidos de servi&ccedil;os digitais e de assassinatos?
A maioria das encomendas &eacute; para EUA e Europa.
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14) J&aacute; aconteceu de algum assassino ser pego e, pela impossibilidade de mencionar o comprador, mencionar o site, e isso gerar problemas para voc&ecirc;s?
Houve poucos assassinos que foram pegos e n&atilde;o podiam mencionar a identidade do cliente, mas eles n&atilde;o podem nos trazer problemas nos mencionando, pois operamos na deep web. Nosso site n&atilde;o pode ser desligado, n&atilde;o possui um IP p&uacute;blico nem um whois; &eacute; protegido por uma criptografia forte e alta seguran&ccedil;a.
15) Voc&ecirc;s citam que queimam casas, carros e outros bens. Que tipos de bens? E qual &eacute; o mais pedido entre esses?
Bens como propriedades que algu&eacute;m n&atilde;o quer perder (concorr&ecirc;ncia). H&aacute; pessoas que nos pagam para colocar um estabelecimento concorrente em chamas, o estacionamento ou onde s&atilde;o fabricados os produtos, dep&oacute;sito etc. A maioria dos pedidos &eacute; para carros.
16) O que aconteceria se, por acaso, a encomenda fosse para um administrador do site?
Para encomendar um assassinato, algu&eacute;m tem que saber a identidade do alvo, dando foto e endere&ccedil;o. N&atilde;o pegamos assassinatos por endere&ccedil;o de ID, ou as pessoas n&atilde;o teriam o lugar exato. Os administradores t&ecirc;m suas identidades secretas, as pessoas n&atilde;o sabem quem s&atilde;o; e se algu&eacute;m da casa, como um administrador, encomendasse um servi&ccedil;o para outro, o administrador-alvo veria o pedido e poderia delet&aacute;-lo do sistema.
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17) Vimos que voc&ecirc;s batem, matam, cortam partes&hellip; Fora isso, algu&eacute;m pode escolher o jeito que quer que a pessoa morra ao contratar voc&ecirc;s? Se sim, qual foi o jeito mais bizarro que j&aacute; apareceu a&iacute;?
Sim, os clientes escolhem a forma, mas n&atilde;o vamos expor pedidos de nenhum.
18) Qual &eacute; geralmente a porcentagem de sucesso de uma encomenda?
A porcentagem de sucesso &eacute; de 99.98%.
19) Voc&ecirc; fecharia esse site por algum motivo? Qual? Se n&atilde;o, por qu&ecirc;?
Poder&iacute;amos fechar o site se houvesse evid&ecirc;ncias concretas de que alguma for&ccedil;a da lei tivesse se infiltrado nos nossos servidores, ou se receb&ecirc;ssemos muito dinheiro para fechar, pois assim poder&iacute;amos nos retirar e viver felizes sem preocupa&ccedil;&atilde;o de sermos pegos pelos federais.
20) O site provavelmente chama muito a aten&ccedil;&atilde;o de curiosos. Voc&ecirc;s j&aacute; sofreram algum tipo de trote por parte de algu&eacute;m?
N&atilde;o, n&atilde;o podemos sofrer trotes porque, antes de fazer encomendas, os clientes precisam adicionar fundos nas suas carteiras de bitcoins. Enquanto n&atilde;o virmos fundos, nenhum assassino faz o servi&ccedil;o.
21) Voc&ecirc;s n&atilde;o perguntam o motivo dos servi&ccedil;os. Voc&ecirc; acredita que possa existir algum tipo de ataque contra grupos devido ao seu g&ecirc;nero, por exemplo, religioso, sexual, pol&iacute;tico, apenas por &oacute;dio?
N&atilde;o perguntamos os motivos dos servi&ccedil;os porque n&atilde;o ligamos. Se um cliente paga por algo, ele tem um motivo para isso e n&atilde;o vai sair por a&iacute; matando ou espancando pessoas aleat&oacute;rias. N&atilde;o acredito que algu&eacute;m mataria pessoas aleat&oacute;rias por causa de sexo, religi&atilde;o ou outras coisas, ao menos n&atilde;o pelos nossos servi&ccedil;os.
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<h2>Ser&aacute; que &eacute; verdade?</h2>
Obviamente, &eacute; dif&iacute;cil ter provas concretas de que as m&aacute;fias e os assassinos de aluguel que anunciam seus servi&ccedil;os na internet sejam reais. Como voc&ecirc; pode ter percebido, o pr&oacute;prio entrevistado acaba se contradizendo &ndash; na pergunta de n&uacute;mero 9, por exemplo, ele consegue explicar os principais motivos que levam algu&eacute;m a contratar os servi&ccedil;os do marketplace, mas na quest&atilde;o 21 ele afirma jamais perguntar a raz&atilde;o pela qual algu&eacute;m encomenda um assassinato.
Al&eacute;m disso, o Mega Curioso tentou entrar em contato com o site em quest&atilde;o para obter algumas informa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o abrangidas pela entrevista do Deep Web Brasil, mas n&atilde;o conseguimos retorno por parte dos administradores. Por fim, como se n&atilde;o fosse inesperado o suficiente ver uma suposta m&aacute;fia internacional e organizada falando abertamente sobre suas atividades criminosas, &eacute; importante observar que o provedor de emails usado pelos administradores &eacute; o SIGAINT, que j&aacute; se provou n&atilde;o ser seguro o suficiente e foi hackeado pelo governo em 2015.
De qualquer forma, ningu&eacute;m duvida que a deep web &eacute; um lugar obscuro e onde tudo &eacute; poss&iacute;vel &ndash; dentro dela, &eacute; dif&iacute;cil dizer o que &eacute; verdade e o que &eacute; fic&ccedil;&atilde;o. E, &eacute; claro, quando se trata da veracidade de um grupo de assassinos de aluguel, voc&ecirc; com certeza n&atilde;o vai querer pagar para ver.
<a href="http://www.rexposta.com.br/curiosidades/4277539-qual-foi-a-coisa-mais-bizarra-que-voce-ja-viu.htm?utm_source=Artigo&amp;utm_medium=megacurioso" target="_blank" data-title="Qual foi a coisa mais bizarra que voc&ecirc; j&aacute; viu na deep web?">Qual foi a coisa mais bizarra que voc&ecirc; j&aacute; viu na deep web?</a> Comente no F&oacute;rum do Mega Curioso

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Deep web: brasileiros entrevistam suposta máfia de assassinos de aluguel

Imagem de 15 imagens panorâmicas que deram muito errado no megacurioso

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