Puzzle Room: fomos conhecer um novo conceito de entretenimento em SP

08/03/2016 às 11:433 min de leitura

Quem gosta de jogos eletrônicos com certeza já se divertiu pelo menos uma vez com algum título do gênero escape the room, no qual seu único objetivo é escapar de um cenário fechado resolvendo as dezenas de quebra-cabeças espalhados pelo ambiente. Os games desse estilo nasceram como uma vertente dos adventures e tinham controles bem simples: bastava clicar nos objetos para revelar chaves, inserir senhas, coletar itens, e assim por diante.

Pois é – nos últimos anos, algum gênio teve a excelente ideia de levar esse conceito para o mundo real. E foi assim que surgiram as escape rooms físicas, que são salas de verdade onde você é trancado junto com seus amigos e precisa rachar a cuca para sair de lá em um tempo predefinido. Essa nova forma de entretenimento surgiu na Ásia, foi levada para a Europa, conquistou a América do Norte e está chegando com tudo aqui na América Latina.

O Mega Curioso foi convidado para conhecer um desses estabelecimentos e ter a real experiência de como é passar por um aperto desses. Estamos falando do Puzzle Room, empresa que nasceu em Praga (República Tcheca) e aterrissou no Brasil em julho de 2015. Instalada no bairro de Mirandópolis – zona centro-sul de São Paulo capital –, a casa é atualmente equipada com duas salas diferentes, sendo uma tematizada com o seriado “CSI: Investigação Criminal” e outra simulando o complexo prisional do Carandiru.

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Escapando do presídio

Em um grupo de quatro pessoas, optamos por entrar nessa segunda sala, mesmo após sermos alertados de que seu grau de dificuldade era ligeiramente superior. A capacidade mínima é de duas pessoas, e a máxima, oito. Rodrigo Matrone, um dos sócios-fundadores do Puzzle Room, foi o responsável por nos explicar as regras do jogo e também a história por trás do desafio.

A situação era a seguinte: fomos presos por um crime que não cometemos e encaminhados diretamente para o Carandiru (local que entrou para a história de São Paulo após o massacre de 1992). Para a nossa sorte, o verdadeiro bandido que nos colocou nessa furada – e que curte assaltar bancos usando uma roupa de palhaço – armou algumas surpresinhas na sala para que possamos escapar de lá.

Rodrigo deixou bem claro que as salas do Puzzle Room são 5D, ou seja, bastante sensoriais. É preciso olhar, tocar, sentir e escutar, tudo com bastante atenção. Vários quebra-cabeças são subjetivos e é necessário “pensar fora da caixa” para interpretá-los. Antes de sermos trancafiados, foi preciso guardar celulares e bolsas em um armário. Por fim, nos foi oferecido um walkie talkie pelo qual poderíamos pedir até três dicas nos momentos mais complicados.

Galeria 1

Vida de fugitivo

Entramos no presídio, e a porta se fechou. A sala impressiona de imediato. Como você pode conferir nas imagens acima, a cenografia é caprichadíssima. Paredes sujas, roupas esfarrapadas, rabiscos por todos os lados, colchões detonados e até baratas de mentira fazem com que os jogadores realmente se sintam dentro da brincadeira. Um televisor se responsabiliza por exibir o cronômetro e informar quanto tempo resta para o fim do jogo.

Os puzzles são realmente desafiadores

É impossível não se sentir imerso na história. Você encontra itens pessoais das pessoas que foram presas ali e precisa decifrar simples rabiscos deixados pelos criminosos. Os puzzles são realmente desafiadores, e acabamos precisando usar as três dicas para avançar no enredo. A dinâmica, no geral, consiste em encontrar chaves (e códigos) para abrir os cadeados – que, na maior parte das vezes, dão acesso a novos itens igualmente trancafiados. Também é necessário usar os itens certos em seus devidos lugares para acionar mecanismos.

É difícil falar sobre a sala sem dar spoilers, mas basta dizer que, de fato, há muita interatividade envolvida. No fim das contas, após uma sessão básica de desespero, conseguimos escapar do presídio com 58 minutos e 36 segundos. Missão cumprida, o time tem direito a tirar uma foto na frente da porta da sala e deixar uma assinatura no corredor de entrada do Puzzle Room. É claro que o Mega Curioso não deixaria de fazer parte desse mural!

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Uma experiência única

Por conta de nosso desempenho razoável, Rodrigo nos permitiu dar uma rápida olhada na Inverso do Universo, que é uma sala virada de cabeça para baixo. É no mínimo perturbador andar no teto e ver cadeiras, mesas e até um televisor pendurados lá em cima. O novo desafio será aberto no fim do mês, e a empresa também planeja criar uma sala batizada como Asylum – esta, obviamente, terá um ar bem mais assustador e misterioso do que as outras.

O preço da brincadeira? São R$ 299 para grupos de até quatro pessoas, sendo que este valor vai crescendo aos poucos até chegar em R$ 614 para oito integrantes. Fazendo as contas, com a capacidade máxima, cada jogador paga cerca de R$ 77. Sim, é um valor que até pode ser considerado alto, mas se trata de uma experiência única e que vale a pena viver pelo menos uma vez.

É um programa bem diferente para ir com os amigos ou com a namorada, por exemplo. Quem está cansado da mesmice de ir ao cinema, boliche e kart ou realizar outras atividades semelhantes, agora tem mais uma opção para se divertir em grupo. É óbvio que o fator replay de uma escape room é praticamente nulo (não tem graça resolver um puzzle duas vezes), e é exatamente por isso que o investimento acaba valendo a pena. Se você ficou interessado, clique aqui e confira o site oficial do estabelecimento.

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