Artes/cultura
09/12/2016 às 02:53•2 min de leitura
Embora os avanços tecnológicos tenham facilitado muito diversas tarefas do nosso dia a dia, principalmente ao automatizar alguns processos mais repetitivos, certas atividades realizadas por robôs ou sistemas inteligentes ainda ficam bem aquém do trabalho humano. Um exemplo disso é o fato de um morador da Nova Zelândia ter tido a sua foto de passaporte negada porque, aparentemente, ele estava de olhos fechados. O problema? O rapaz é asiático.
O caso foi publicado por Richard Lee em seu perfil no Facebook no início desta semana e mostrou que, apesar de os recursos de reconhecimento facial estarem revolucionando o modo como os aplicativos e equipamentos fotográficos funcionam, eles ainda são “levemente preconceituosos”. Apesar de tudo, Lee – que nasceu em Taiwan e atualmente estuda em Melbourne, na Austrália – disse não ter ficado ofendido com a tentativa frustrada de renovar a sua documentação através do sistema online do governo neozelandês.
Já passou da hora de esse sistema ser refinado, não é?
Na verdade, ele parece até acostumado com esse tipo de situação, mesmo que, na imagem postada na rede social, seus olhos estejam claramente abertos. “Sempre tive os olhos bem pequenos e a tecnologia de leitura facial é relativamente nova e sem muita sofisticação”, suavizou o taiwanês ao comentar o ocorrido em uma entrevista à Reuters. Eventualmente, o engenheiro em formação acabou conseguindo fazer com que um de seus retratos fosse aceito pelo site – felizmente, antes que suas tentativas para o período acabassem.
O que aconteceu com Lee, no entanto, não é um caso isolado e é algo que, muito possivelmente, tem que entrar na agenda dos desenvolvedores. Segundo a reportagem do Quartz, muitos dos atuais algoritmos de reconhecimento facial têm uma taxa de erro de 20% ao analisar o rosto de orientais, entendendo que eles estão de olhos fechados. De acordo com a revista Time, esse tipo de problema existe desde pelo menos 2010, quando as câmeras da época indicavam repetidamente que os asiáticos estavam piscando na hora do clique.
Esse tipo de problema existe desde pelo menos 2010
Será que esse tema será devidamente corrigido dentro dos próximos anos ou os orientais ainda vão ter que sofrer com esse tipo de chateação? Você já viveu alguma situação do tipo ou viu isso acontecer com um conhecido seu? Deixe o seu comentário mais abaixo.