Ciência
05/02/2016 às 14:56•4 min de leitura
Os terroristas são responsáveis por protagonizar alguns dos episódios mais tristes da história da humanidade – como a tragédia de 11 de setembro de 2001 e os recentes ataques em Paris. Porém, para a nossa alegria, nem sempre esses extremistas conseguem executar seus planos com maestria. Há casos em que eles falham miseravelmente e se transformam em verdadeiras piadas para o mundo inteiro dar risada.
O Mega Curioso resolveu selecionar sete terroristas que não pensaram muito antes de sair por aí brincando com explosivos e outros aparatos de destruição em massa. Divirta-se com a nossa lista e nos responda nos comentários: qual das histórias a seguir você achou a mais bizarra?
Com apenas 19 anos de idade, Sevdet Ramadan Besim resolveu tocar o terror nas ruas de Melbourne, na Austrália. Ele planejou realizar um ataque contra a polícia durante o Dia ANZAC, feriado celebrado em 25 de abril e que homenageia os soldados mortos durante a histórica batalha homônima. O problema é que o jovem decidiu usar um canguru – animal que é praticamente uma marca registrada do país – para atingir seu objetivo.
É isso mesmo. Besim queria esconder bombas no mamífero, pintar o símbolo do Estado Islâmico em seu corpo e soltá-lo em direção aos pobres policiais. O jihadista foi preso antes mesmo de começar os preparativos para seu ataque, visto que, como todos nós sabemos (e ele não), cangurus são extremamente ferozes e seria impossível equipá-los com explosivos – ou treiná-los para atingir um alvo tão específico.
Em 2013, três extremistas do Estado Islâmico tinham uma ideia bastante estranha para apavorar os cidadãos de Birmingham, famosa cidade da Inglaterra. Eles se disfarçaram como representantes de instituições de caridade durante um bom tempo e realizaram vários eventos para levantar fundos. O plano era usar a grana para adquirir bolsas de gelo esportivas, extrair o nitrato de amônia dos produtos e produzir um explosivo com o material.
Não sabia que bolsas de gelo esportivas contêm nitrato de amônia? É porque elas não possuem mais (a substância foi retirada da composição anos atrás). Só que o trio não sabia disso. De qualquer forma, eles só conseguiram arrecadar o suficiente para adquirir uma única bolsa, o que obviamente não seria o suficiente para fabricar um estalinho.
Mohammad Ashan, um comandante de médio nível do Talibã, estava precisando urgentemente de dinheiro – sendo mais específico, ele queria dólares estadunidenses. O desespero era tanto que ele resolveu se entregar em um posto das forças militares do Afeganistão, pedindo o pagamento da recompensa por ter capturado a si mesmo! O que o terrorista não sabia é que, como sua lista de crimes não era tão extensa, o valor oferecido por sua cabeça era de apenas US$ 100. E, é claro, ele jamais sequer viu a cor do dinheiro.
Vamos deixar os jihadistas de lado e falar sobre extremistas arianos. Em 2015, o nova-iorquino Michael O’Neill estava fabricando uma série de bombas no conforto de sua residência, utilizando cola quente para selar os explosivos e os incrementando-os com pregos para aumentar ainda mais o estrago quando eles fossem detonados. Um belo dia, um de seus “brinquedinhos” caseiros começou a pegar fogo.
O’Neill resolveu fazer a coisa mais ilógica possível: pisar na bomba para tentar apagar a chama. A explosão destruiu a perna do rapaz e chamou atenção da polícia, que foi até o local, encontrou a fábrica do neonazista e o levou para o hospital – para prendê-lo assim que ele fosse liberado, obviamente.
O culto religioso extremista Aum Shinrikyo é famoso por ter atacado o metrô de Tóquio com gás Sarin em 1995. Porém, embora o grupo tenha tido sucesso em vários de seus ataques terroristas, tantos outros falharam miseravelmente. Em 1993, por exemplo, alguns de seus integrantes encheram uma van com bactérias Clostridium botulinum (responsáveis pelo botulismo) e dirigiram pelas ruas da capital japonesa, com o intuito de infectar centenas de cidadãos.
Posteriormente, eles descobriram que estavam usando amostras inativas, incapazes de causar perigo para qualquer indivíduo. Não satisfeitos, os religiosos tentaram em seguida usar antraz para atacar os nipônicos, jogando bactérias cultivadas em casa a partir do terraço de prédios. O problema é que os terroristas usaram amostras de vacinação. Ou seja, em vez de morrerem, as “vítimas” no máximo ganharam resistência contra futuras investidas do grupo com o microrganismo.
O DC Five era chamado assim por um motivo simples: o grupo era composto por cinco jovens que moravam nos subúrbios de Washington D.C. Seguidores do Estado Islâmico, eles resolveram viajar juntos para o Paquistão e fazer uma série de ataques por lá. Mas nenhum dos integrantes avisou seus pais sobre a viagem: todos embarcaram juntos na véspera do Dia de Ação de Graças.
Preocupados, os familiares dos aprendizes de terroristas (que tinham entre 18 e 24 anos) acionaram o FBI ao perceber o sumiço em comum. Os cinco foram presos em um vilarejo do Paquistão – e, felizmente, eles não tiveram tempo de executar um plano sequer. Ensinamento do dia: se você pretende sair por aí explodindo pessoas, não se esqueça de avisar seus pais com antecedência.
Abdullah Hassan Tali Al-Asiri tinha uma missão simples: assassinar Mohammed bin Nayef, Ministro do Interior da Arábia Saudita. Só que o homem-bomba não sabia exatamente como chegar tão perto de tal figura pública sem chamar muita atenção. Foi aí que a Al-Qaeda resolveu convencê-lo a esconder os explosivos dentro de seu ânus. Você já deve ter presumido que essa história não acabou bem, correto?
Al-Asiri realmente chegou a guardar as bombas nesse lugar nada confortável e conseguiu marcar um encontro com o político. Os dois se cumprimentaram, e o jihadista detonou o seu traseiro. Para a infelicidade da Al-Qaeda, o terrorista foi reduzido a pedacinhos, mas Nayef não sofreu um arranhão sequer – apenas ficou um tanto sujo com o sangue e os órgãos do homem que tentou assassiná-lo.
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