Os micronutrientes do deserto viajam milhares de quilômetros para impulsionar a biodiversidade oceânica

Você sabia que a poeira do deserto do Saara, um dos lugares mais secos do mundo, ajuda a manter a vida nos oceanos? Pequenas partículas, cheias de ferro, são carregadas pelos ventos do norte da África até o Oceano Atlântico, em uma longa viagem.Um estudo recente, feito por cientistas de universidades da Califórnia, Flórida, Leeds e Rutgers, mostrou que além de levar nutrientes para o oceano, a poeira também funciona como um fertilizante natural!As descobertas foram publicadas na revista Frontiers in Marine Science.<h2>O papel do ferro na vida marinha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/08/08152048239281.jpg" alt="O fitoplâncton precisa de ferro para crescer. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O fitoplâncton precisa de ferro para crescer. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Você já parou para pensar no que faz o oceano funcionar tão bem? Um dos segredos está em um micronutriente muito especial: o ferro! Esse mineral é como uma supervitamina para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120676-planctons-entenda-o-que-sao-porque-brilham-e-sua-importancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fitoplâncton</a>, uma pequena alga que serve de alimento para muitos seres marinhos.Sem o ferro, a fotossíntese e a respiração celular dessas algas ficariam comprometidas, e o impacto na cadeia alimentar seria significativo. É aí que entra a poeira do deserto do Saara.Imagine só: ventos fortes levantam partículas do solo árido do norte da África e as carregam em uma longa viagem pelo ar até o Oceano Atlântico.Essas partículas estão cheias de ferro, mas não é só despejar a poeira no mar que resolve tudo. O ferro precisa passar por uma transformação durante o trajeto, tornando-se mais fácil de ser absorvido pelos organismos marinhos.<h2>Como a poeira afeta o oceano</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/08/08152312807282.jpg" alt="A poeira do Saara consegue percorrer grandes distâncias através dos ventos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A poeira consegue percorrer grandes distâncias através dos ventos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A jornada começa em uma espécie de corredor, que se estende da Mauritânia ao Chade. É lá que os ventos fazem seu trabalho e transportam essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126871-poeira-do-saara-remove-metano-da-atmosfera-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poeira</a>, que muitas vezes aparece nas imagens de satélite como grandes nuvens no céu.Durante a viagem, o ferro passa por algumas mudanças químicas quando exposto à luz solar e ao ar, se torna mais biodisponível e, assim, mais acessível.Curiosamente, esse ferro biorreativo é mais abundante nas amostras de sedimentos marinhos coletadas perto da África, enquanto diminui nas amostras mais próximas das Américas. Isso sugere que grande parte do ferro é absorvida antes de atingir o fundo do oceano.Apesar de uma parte desse ferro ser absorvida logo no início dessa "viagem", sabia que uma fração consegue chegar até locais mais distantes, como as Bahamas e a bacia amazônica? Acontece que, enquanto viaja, o ferro restante fica exposto ao ar e à luz do sol por mais tempo, o que o torna ainda mais fácil de dissolver na água, continuando o ciclo de fertilização.No final das contas, essa conexão entre a terra, o ar e o mar nos mostra como uma poeira que sai do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116313-saara-o-maior-deserto-do-mundo-pode-ficar-cheio-de-vida-novamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto do Saara</a> consegue fertilizar ecossistemas inteiros e moldar a vida em nosso planeta.

large_poeira-do-saara-e-fundamental-para-a-vida-no-oceano-revela-estudo-thumb.png

medium_poeira-do-saara-e-fundamental-para-a-vida-no-oceano-revela-estudo-thumb.png

small_poeira-do-saara-e-fundamental-para-a-vida-no-oceano-revela-estudo-thumb.png

thumbnail_poeira-do-saara-e-fundamental-para-a-vida-no-oceano-revela-estudo-thumb.png

poeira-do-saara-e-fundamental-para-a-vida-no-oceano-revela-estudo-thumb.png

Poeira do Saara é fundamental para a vida no Oceano, revela estudo

A febre pode ser uma aliada do sistema imunológico, mas também um possível risco.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128289-o-que-acontece-com-nosso-corpo-durante-uma-febre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">febre</a> é um dos sinais mais óbvios de que o corpo está travando uma batalha contra uma infecção. Sentir o corpo quente, os calafrios, a fraqueza... tudo isso faz parte da experiência. Mas, será que ela é só uma resposta incômoda, ou realmente está ajudando nosso organismo?Um estudo recente, realizado por pesquisadores do Vanderbilt University Medical Center (VUMC), investigou o papel da febre na nossa defesa contra invasores. As descobertas foram publicadas na revista Science Immunology.<h2>A febre como aliada do corpo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09141302452197.jpg" alt="Febres acima de 39 °C fortalecem a resposta imunológica, acelerando a atividade das células T. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Febres acima de 39 °C fortalecem a resposta imunológica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A febre tem um papel essencial no combate a infecções. O aumento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121187-qual-e-a-temperatura-normal-do-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperatura corporal</a> dificulta a ação dos micróbios e impulsiona o sistema imunológico.Segundo os pesquisadores, as temperaturas típicas da febre, em torno dos 39 °C, aceleram a atividade de células T, responsáveis por várias funções importantes na defesa do corpo. Essas células se tornam mais eficientes, aumentando sua capacidade de responder a infecções. É como se o calor “turbinasse” a ação das células defensoras.Ao mesmo tempo, a febre também reduz a atuação das células que costumam segurar o ímpeto do sistema imunológico, dando mais liberdade para ele agir com força total. Mas, como tudo na vida, o excesso pode ser prejudicial.Não são todas as células do sistema imunológico que lidam bem com o calor. As células Th1, que ajudam a combater <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111660-nem-todos-os-virus-sao-prejudiciais-e-alguns-podem-proteger-a-nossa-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus</a>, sofrem bastante em temperaturas altas e muitas acabam morrendo com o estresse causado pela febre. Contudo, as que sobrevivem voltam ainda mais fortes, mais rápidas e eficientes em sua função.<h2>Quando a febre deixa de ser amiga</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09141441729198.jpg" alt="Febres altas prolongadas podem aumentar o risco de doenças inflamatórias, como a de Crohn. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Febres altas prolongadas podem aumentar o risco de doenças inflamatórias, como a de Crohn. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar desses benefícios, é importante lembrar que nem toda febre é boa. Quando ela se torna muito alta ou dura por muito tempo, o corpo pode começar a pagar o preço.O calor constante afeta o sistema imunológico e também prejudica o funcionamento das mitocôndrias, que são as usinas de energia das nossas células. Sob temperaturas elevadas, elas ficam menos eficientes, o que pode causar danos às células e até ao DNA.Esse cenário se torna mais preocupante quando pensamos em inflamações crônicas. Por exemplo, doenças como Crohn, que causam inflamações prolongadas no intestino, já estão associadas a um risco maior de câncer de cólon.E agora, os cientistas suspeitam que o calor gerado pela inflamação possa contribuir para mutações celulares que levam ao crescimento de tumores. Ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar essa relação, mas os primeiros indícios já nos deixam alerta.Ou seja, uma febre moderada, de vez em quando, pode ser ótima para o corpo se defender de infecções. Mas quando a temperatura alta se torna constante ou muito intensa, ela pode causar mais problemas do que realmente ajudar.

large_afinal-a-febre-realmente-ajuda-a-combater-infeccoes-thumb.png

medium_afinal-a-febre-realmente-ajuda-a-combater-infeccoes-thumb.png

small_afinal-a-febre-realmente-ajuda-a-combater-infeccoes-thumb.png

thumbnail_afinal-a-febre-realmente-ajuda-a-combater-infeccoes-thumb.png

afinal-a-febre-realmente-ajuda-a-combater-infeccoes-thumb.png

A febre realmente ajuda a combater infecções ou é um perigo fatal?

Alguns animais são mais espertos do que imaginamos e mostram habilidades incríveis que se aproximam das nossas próprias capacidades.

Quando falamos sobre animais inteligentes, é comum que nos venham à mente espécies como golfinhos ou chimpanzés. Mas a verdade é que a natureza esconde uma série de outras criaturas surpreendentemente espertas.Desde pássaros que conseguem resolver problemas complexos até moluscos capazes de estratégias avançadas, muitos animais exibem habilidades que vão muito além do que normalmente imaginamos.Quer saber quais são? Aqui estão seis exemplos de animais que podem te surpreender pela inteligência.<h2>1. Pombo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05203257622000.jpg" alt="Pombos se reconhecem em espelhos e até aprendem a contar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pombos se reconhecem em espelhos e até aprendem a contar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Pode até parecer estranho, mas os pombos, aqueles que vemos aos montes nas cidades, são muito mais espertos do que aparentam. Eles conseguem se reconhecer em espelhos, algo raro no reino animal, e até aprender a contar e classificar objetos em categorias.O mais incrível? Na Segunda Guerra Mundial, eles foram treinados para guiar mísseis! Isso dá uma ideia da capacidade de aprendizado desses pássaros.<h2>2. Polvo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05203343480002.jpg" alt="Polvos resolvem problemas e escapam de tanques com facilidade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Polvos resolvem problemas e escapam de tanques com facilidade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com cerca de 500 milhões de neurônios, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120131-6-curiosidades-fantasticas-sobre-os-polvos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos</a> estão entre os invertebrados mais inteligentes do planeta. Eles têm habilidades incríveis de resolução de problemas, conseguem usar ferramentas e até pregam peças nas pessoas!Não é incomum ouvir histórias de polvos que escapam de tanques ou abrem frascos complicados. A flexibilidade mental deles é tão surpreendente quanto sua capacidade física de se adaptar a qualquer ambiente.<h2>3. Rato</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05203444773004.jpg" alt="Ratos aprendem truques e até superam humanos em alguns testes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ratos aprendem truques e até superam humanos em alguns testes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora sejam vistos como pragas, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121857-6-fatos-impressionantes-sobre-os-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos</a> são verdadeiros mestres em aprender truques e resolver desafios. Eles são capazes de demonstrar empatia por outros ratos e, em alguns testes, até superam os humanos em certas tarefas, como a capacidade de generalização.Além disso, os ratos têm uma incrível habilidade de adaptação, o que explica por que sobrevivem em praticamente qualquer ambiente.<h2>4. Corvo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05203536662006.jpg" alt="Corvos usam ferramentas e reconhecem rostos humanos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Corvos usam ferramentas e reconhecem rostos humanos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os corvos são os gênios do mundo das aves. Eles conseguem criar e usar ferramentas, resolver quebra-cabeças complexos e até lembrar dos rostos das pessoas.Isso significa que se você fizer amizade com um corvo, ele se lembrará de você — o mesmo vale se você não for tão gentil! Em alguns testes, os corvos demonstraram uma capacidade de raciocínio semelhante à de uma criança humana.<h2>5. Abelha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05203625242007.jpg" alt="Abelhas contam, resolvem labirintos e se comunicam por danças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Abelhas contam, resolvem labirintos e se comunicam por danças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Pode ser difícil de acreditar, mas as pequenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39591-20-fatos-curiosos-sobre-as-abelhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abelhas</a> têm uma capacidade cognitiva impressionante. Elas conseguem contar, resolver labirintos e se comunicar por meio de uma dança elaborada para transmitir informações importantes para o grupo.Cada abelha tem uma função, e sua cooperação é um exemplo brilhante de como até pequenos cérebros podem realizar grandes feitos.<h2>6. Cabra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05203825839010.jpg" alt="Cabras resolvem problemas e aprendem observando outras cabras. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cabras resolvem problemas e aprendem observando outras cabras. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As cabras, frequentemente lembradas por sua fama de "cabeça-dura", não são apenas teimosas, mas também incrivelmente inteligentes.O que muitos veem como teimosia é, na verdade, sua habilidade de resolver problemas complexos — como escapar de cercados ou alcançar comida em lugares que você nem imaginaria. Além de serem ótimas em superar desafios, elas aprendem umas com as outras, observando e replicando estratégias.

large_6-animais-extremamente-inteligentes-que-voce-provavelmente-nao-fazia-ideia-thumb.png

medium_6-animais-extremamente-inteligentes-que-voce-provavelmente-nao-fazia-ideia-thumb.png

small_6-animais-extremamente-inteligentes-que-voce-provavelmente-nao-fazia-ideia-thumb.png

thumbnail_6-animais-extremamente-inteligentes-que-voce-provavelmente-nao-fazia-ideia-thumb.png

6-animais-extremamente-inteligentes-que-voce-provavelmente-nao-fazia-ideia-thumb.png

6 animais que você não fazia ideia que eram extremamente inteligentes

Descubra como os tubarões usam seu olfato afiado no mar, e por que você não precisa entrar em pânico a cada corte na praia!

Você já assistiu a um filme e ficou pensando que, se um personagem se machucasse no mar, a água logo ficaria cheia de tubarões <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128265-7-animais-sedentos-por-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sedentos por sangue</a>? É um clichê recorrente, não é?Essas cenas dramáticas, com música de suspense e a água se tingindo de vermelho, fazem o coração disparar! Mas, será que essa representação tem alguma base na realidade?<h2>Estrutura e funcionamento dos narizes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05121257548002.jpg" alt="Os tubarões localizam de onde vem o cheiro e conseguem nadar em direção à fonte do odor com precisão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os tubarões localizam de onde vem o cheiro e conseguem nadar em direção à fonte do odor com precisão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/37615-conheca-alguns-fatos-curiosos-sobre-os-tubaroes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarões</a> possuem um sistema olfativo altamente especializado. Na frente de suas cabeças, encontram-se duas cavidades nasais que permitem que eles “respirem” o ambiente ao seu redor. Dentro dessas cavidades, há uma estrutura conhecida como roseta olfativa, repleta de dobras de pele e células sensoriais.As células capturam partículas de cheiro que flutuam na água e enviam as informações para o bulbo olfatório no cérebro do tubarão. É nesse local que os odores são processados, permitindo que o animal identifique o que está presente em seu entorno.E os tubarões são extremamente habilidosos em rastrear odores. Eles conseguem perceber pequenas diferenças no tempo que um cheiro leva para alcançar cada narina. Quando um odor entra em uma narina antes da outra, essa diferença de tempo ajuda os tubarões a identificarem a direção de onde o cheiro está vindo.<h2>Sensibilidade olfativa em diferentes espécies</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/05/05121712861003.jpg" alt="Os tubarões são mais atraídos pelo cheiro de suas presas naturais, como peixes e mamíferos marinhos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os tubarões são mais atraídos pelo cheiro de suas presas naturais, como peixes e mamíferos marinhos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora a ideia de que eles possam sentir o cheiro de sangue a quilômetros de distância seja um exagero, em condições ideais, os tubarões são capazes de perceber o cheiro a várias centenas de metros.Mas, cada espécie tem seu próprio nível de sensibilidade olfativa. Algumas são tão sofisticadas que conseguem detectar uma gota de sangue em até um milhão de partes de água. Espécies como o grande tubarão-branco, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121615-6-fatos-sobre-o-tubarao-tigre-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarão-tigre</a> e o tubarão cinzento possuem bulbos olfativos maiores, sugerindo que têm um olfato excepcionalmente aguçado.Além disso, os animais que se alimentam de presas com odores fortes, como focas ou carcaças de baleias, apresentam adaptações olfativas mais robustas. Essa evolução permite que eles detectem rapidamente alimentos que podem estar a grandes distâncias nas correntes oceânicas.Curiosamente, apesar de seu olfato apurado, os tubarões não são tão atraídos pelo cheiro de humanos. Em vez de caçar humanos, esses magníficos predadores preferem focar em suas presas naturais, como peixes e mamíferos marinhos. Isso explica por que os ataques de tubarão a pessoas são tão raros.Então, da próxima vez que você estiver no mar, lembre-se: enquanto você se preocupa com tubarões, eles estão muito mais interessados em suas opções do cardápio subaquático. Que alívio, não é?

large_afinal-os-tubaroes-realmente-sentem-o-cheiro-de-sangue-debaixo-dagua-thumb.png

medium_afinal-os-tubaroes-realmente-sentem-o-cheiro-de-sangue-debaixo-dagua-thumb.png

small_afinal-os-tubaroes-realmente-sentem-o-cheiro-de-sangue-debaixo-dagua-thumb.png

thumbnail_afinal-os-tubaroes-realmente-sentem-o-cheiro-de-sangue-debaixo-dagua-thumb.png

afinal-os-tubaroes-realmente-sentem-o-cheiro-de-sangue-debaixo-dagua-thumb.png

Tubarões realmente conseguem sentir o cheiro de sangue debaixo d'água?

Estudo descobriu mais de 100 genes associados à ansiedade.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/109709-qual-e-a-diferenca-entre-estar-ansioso-e-ter-ansiedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a> é uma das grandes questões de saúde mental hoje no mundo. O Brasil, por exemplo, está entre os que têm maior incidência desse transtorno na América Latina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com a condição, o que corresponde a cerca de 9,3% da população.&nbsp;<div data-cid="_SC_4ZtuxMdDc1sQP-fnIiQ0_38"><div aria-label="Abrir" data-hveid="CCEQAQ" data-ved="2ahUKEwjb9YL8h-aIAxVQrpUCHfk8MtEQ3fYKegQIIRAB" tabindex="0">Mas diferente do que muita gente pode pensar, ter ansiedade (ou qualquer outro tipo de transtorno) não tem nada a ver com escolha, ou mesmo "frescura". E agora uma pesquisa revelou que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/pesquisa-identifica-centenas-de-genes-que-podem-causar-cancer" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genes</a> podem fazer com que as pessoas estejam mais propensas a passar por isso.&nbsp;</div><h2>Os genes da ansiedade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/28/28134121989005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Pesquisa feita pela Escola de Medicina de Yale identificou 100 genes associados à ansiedade. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure></div>Um estudo realizado por autores vinculados ao departamento de psiquiatria da Escola de Medicina de Yale e publicado no periódico Nature Genetics analisou os perfis genéticos de mais um milhão de participantes, que foram coletados em vários grupos do mundo todo.A partir disso, eles acabaram constatando a existência de mais de 100 genes associados à ansiedade. Essa descoberta é muito importante, uma vez que os transtornos e sintomas de ansiedade afetam negativamente milhares de pessoas. Entender a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/7-anomalias-geneticas-que-beneficiam-os-humanos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">predisposição genética</a> para essa questão pode então implicar no desenvolvimento de terapias e tratamentos mais eficazes para os pacientes que passam por isso.“Este esforço destaca o poder dos estudos genéticos em larga escala para dissecar a patogênese complexa da ansiedade, demonstrando como múltiplos genes que atuam em diferentes funções cerebrais contribuem para definir o risco genético individual”, afirmou Renato Polimanti, que é um dos autores do estudo.<h2>Como agem os genes da ansiedade?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/28/28140545102000.jpg" alt="Informações genéticas sobre a ansiedade pode levar à criação de novos tratamentos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Informações genéticas sobre a ansiedade pode levar à criação de novos tratamentos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores acreditam que a integração das informações genéticas com outras características moleculares pode ajudar a entender como os genes aumentam os riscos para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade. Eles observaram também que alguns desses genes podem provocar predisposição a outras doenças mentais, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/6-biotipos-de-depressao-conheca-estudo-e-possibilidades-de-tratamento" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>, esquizofrenia e transtorno bipolar.“Essas descobertas abrem novas possibilidades para entender a base molecular da psicopatologia e avaliar os mecanismos responsáveis pela comorbidade entre ansiedade e outros resultados negativos para a saúde", complementou Polimanti.A pesquisa ainda demonstrou que o risco genético da ansiedade também está correlacionado com condições não psiquiátricas. Entre eles, as evidências mais fortes diziam respeito a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128220-6-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-o-norovirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">distúrbios gastrointestinais</a> e episódios relacionados à dor.“Ao estudar transtornos de ansiedade em cinco diferentes ancestralidades pela primeira vez, fomos capazes de descobrir a arquitetura genética dos transtornos de ansiedade com mais poder de associação genética. Nosso esforço destaca a importância de aumentar a diversidade em estudos genéticos para entender melhor os correlatos específicos de ancestralidade dos transtornos de ansiedade, mas também para alavancar o poder da descoberta genética entre ancestrais", concluiu Eleni Friligkou, também autora do estudo.

large_sofre-de-ansiedade-a-razao-pode-estar-nos-seus-genes-thumb.png

medium_sofre-de-ansiedade-a-razao-pode-estar-nos-seus-genes-thumb.png

small_sofre-de-ansiedade-a-razao-pode-estar-nos-seus-genes-thumb.png

thumbnail_sofre-de-ansiedade-a-razao-pode-estar-nos-seus-genes-thumb.png

sofre-de-ansiedade-a-razao-pode-estar-nos-seus-genes-thumb.png

Genes ansiosos? Ciência diz que ansiedade pode ter fatores genéticos

Paleontólogos revelam a descoberta de um fóssil de 375 milhões de anos que não apenas ilumina a evolução dos peixes, mas também desafia a ideia de que os celacantos não evoluíram desde a extinção em massa do Cretáceo.

Um recente fóssil achado na Austrália Ocidental está desafiando nossas ideias sobre a evolução dos celacantos. Batizado de Ngamugawi wirngarri, esse peixe, com cerca de 375 milhões de anos, foi descoberto na famosa Formação Gogo, oferecendo uma visão fascinante de um período crítico da história da Terra, quando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127861-placas-tectonicas-tudo-sobre-os-blocos-de-construcao-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tectônica de placas</a> e as extinções em massa moldavam a vida aquática.&nbsp;O estudo que detalha essa descoberta foi publicado na conceituada revista Nature Communications e revela que a atividade tectônica não apenas influenciou a evolução do celacanto, mas também ajudou a moldar novos habitats que facilitaram o surgimento de novas espécies.<h2 style="text-align:justify;">Questões naturais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/03/03113931111110.jpg" alt="Celacantos são chamados de "><figcaption>Celacantos são chamados de "fósseis vivos" por terem uma pequena evolução dentro de milhões de anos. (Fonte: GattyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os celacantos, conhecidos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124015-celacanto-o-fossil-vivo-redescoberto-na-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"fósseis vivos"</a>, são peixes de nadadeiras lobadas — tipo de estrutura óssea que se assemelha aos nossos membros — que habitam águas profundas, sendo hoje representados por apenas duas espécies: uma encontrada na costa da África (Latimeria chalumnae) e outra na Indonésia (Latimeria menadoensis).&nbsp;Durante um bom tempo, a crença era que os celacantos não tinham sobrevivido às diversas extinções em massa do período Devoniano (aproximadamente 416 milhões e 359 milhões de anos atrás), até que as duas espécies de Latimeria foram encontradas no século 20. &nbsp;Porém, a nova espécie encontrada em Gogo está ligada a um período em que os movimentos das placas tectônicas do período estavam intensificados, criando novas oportunidades evolutivas.&nbsp;As extinções em massa que ocorreram durante o período Devoniano, que afetaram cerca de 70 a 80% de todas as espécies marinhas, tiveram um impacto profundo na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125295-quase-50-das-especies-na-terra-estao-caminhando-para-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodiversidade</a> da época. Embora os cientistas ainda não saibam ao certo o que causou essas extinções, acredita-se que mudanças climáticas rápidas, impactos de asteroides e as atividades tectônicas tenham desempenhado papéis significativos.A Formação Gogo, onde o Ngamugawi foi encontrado, é famosa por ser um dos locais mais ricos em fósseis do mundo. Estima-se que há 380 milhões de anos, essa região era um vibrante recife tropical repleto de diversas espécies de peixes.<h2 style="text-align:justify;">Conhecendo nossa evolução</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/03/03113554405108.jpg" alt="Imagem mostra as relações filogenéticas e as datas de divergência dentro dos celacantos. (Fonte: Alice M. Clement/ Divulgação)"><figcaption>Imagem mostra as relações filogenéticas e as datas de divergência dentro dos celacantos. (Fonte: Alice M. Clement/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>O que torna essa descoberta ainda mais fascinante é o que ela revela sobre nossa própria evolução. Os celacantos estão mais intimamente relacionados aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/por-que-a-maioria-dos-mamiferos-tem-5-dedos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tetrápodes</a>, os vertebrados com braços e pernas, do que a muitos outros peixes.&nbsp;Isso significa que algumas características da nossa anatomia, como mandíbulas e corações com câmaras, têm raízes que remontam a mais de 350 milhões de anos. De acordo com os autores do estudo, o Ngamugawi wirngarri nos dá uma perspectiva de como era a anatomia inicial que provavelmente levou aos humanos.Historicamente, pensava-se que os celacantos não tinham evoluído significativamente desde o período Cretáceo, quando desapareceram do registro fóssil, possivelmente devido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/estamos-mesmo-passando-por-uma-6-extincao-em-massa" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção em massa</a> provocada por um impacto de asteroide. Contudo, a descoberta de Ngamugawi&nbsp;questiona essa narrativa.&nbsp;Enquanto os pesquisadores exploram a Formação Gogo, novas evidências podem emergir, esclarecendo tanto a história dos celacantos quanto a evolução da vida na Terra. O estudo dessa espécie promete ampliar nossa compreensão de como as espécies sobrevivem, se adaptam e evoluem diante de grandes mudanças ambientais.

large_fossil-encontrado-na-australia-sobreviveu-a-extincao-em-massa-thumb.png

medium_fossil-encontrado-na-australia-sobreviveu-a-extincao-em-massa-thumb.png

small_fossil-encontrado-na-australia-sobreviveu-a-extincao-em-massa-thumb.png

thumbnail_fossil-encontrado-na-australia-sobreviveu-a-extincao-em-massa-thumb.png

fossil-encontrado-na-australia-sobreviveu-a-extincao-em-massa-thumb.png

Fóssil misterioso na Austrália é de animal que sobreviveu a extinção em massa de 375 milhões de anos atrás

Pesquisadores finalmente decifram o mistério da eletricidade estática e suas implicações.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119419-por-que-tomamos-choque-quando-o-clima-esta-frio-e-seco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eletricidade estática</a>, fenômeno que já intrigava filósofos da Grécia antiga, finalmente encontrou sua explicação científica mais clara. Uma equipe da Northwestern University, liderada pelo professor Laurence Marks, lançou luz sobre essa questão, revelando que a resposta é surpreendentemente simples e se relaciona a deformações que ocorrem durante o atrito entre materiais.Desde as primeiras observações de Tales de Mileto até os experimentos de Benjamin Franklin, muito se aprendeu, mas a verdadeira mecânica por trás da eletricidade estática sempre permaneceu envolta em mistério. Sim, por mais que você já tenha visto várias pessoas com os cabelos em pé após o contato com essa manifestação física, o seu funcionamento não era totalmente esclarecido pela ciência. Até agora.<h2 style="text-align:justify;">Choque de resistência</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/27/27094741169026.jpg" alt="Você certamente já se divertiu com a eletricidade estática. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Você certamente já se divertiu com a eletricidade estática. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo recente revela que a eletricidade estática é gerada quando dois objetos deslizam um sobre o outro, criando diferenças de carga elétrica em suas superfícies. Essas diferenças são resultado de uma mecânica chamada "cisalhamento elástico", que ocorre quando um material resiste a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/tsunami-gigante-surpreendeu-cientistas-na-groenlandia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">força de deslizamento</a>.&nbsp;Para entender isso, imagine deslizar um prato sobre uma mesa: ao parar de empurrá-lo, o prato rapidamente se detém, e essa resistência gera uma acumulação de cargas elétricas que podem resultar em uma corrente elétrica. É esse fenômeno que explica por que esfregar dois materiais resulta em um choque, uma resposta que antes parecia inatingível.Antes dessa pesquisa, muitos cientistas tentaram decifrar o que acontecia quando dois objetos eram esfregados, mas frequentemente faziam suposições que não eram sustentáveis.&nbsp;A nova abordagem do grupo de Marks, que investiga as interações em uma escala nanométrica, não só conseguiu explicar o que antes era um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-enigma-de-altamura-revelando-os-segredos-do-neandertal-preso-na-caverna" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enigma</a>, como também demonstrou que pequenas imperfeições na superfície dos materiais desempenham um papel crucial na geração da eletricidade estática. Mas como?Ao esfregar dois materiais, as irregularidades criam variações nas cargas que, quando combinadas com o movimento de deslizamento, levam à formação de uma corrente elétrica. É justamente isso que ocorre quando você toma um choque ao tentar pegar um pet que passou o dia todo deitado rolando de um lado para o outro.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">O fenômeno no dia a dia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/27/27094339719024.jpg" alt="A eletrecidade estática é a responsável pelo choque que a pessoa leva ao tocar em animais. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A eletrecidade estática é a responsável pelo choque que a pessoa leva ao tocar em animais. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora muitos associem a eletricidade estática a situações divertidas, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/por-que-sentimos-um-choque-quando-batemos-o-cotovelo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">choque</a> ao tocar um objeto, ela também pode causar incêndios industriais e problemas no manuseio de medicamentos em pó. Com essa nova compreensão, especialistas poderão criar soluções que reduzem os riscos, tornando o trabalho mais seguro e os processos industriais mais eficientes.Marks também destaca o impacto da eletricidade estática em fenômenos naturais e cotidianos. Ele explica que a formação de planetas, por exemplo, depende de interações eletrostáticas entre partículas, um processo que, sem a eletricidade estática, poderia ser radicalmente diferente.&nbsp;Além disso, a forma como os grãos de café são moídos e o sabor resultante podem ser influenciados pela eletricidade estática acumulada. Essa capacidade de afetar tanto o micro quanto o macrocosmos nos lembra de como fenômenos aparentemente simples podem ter efeitos profundos em nossas vidas e no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/colisao-cosmica-adiada-a-incerteza-sobre-o-futuro-da-via-lactea" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universo</a>.Como se pode ver, a pesquisa não apenas preenche lacunas em nosso entendimento científico, A pesquisa não só preenche lacunas científicas, mas também abre portas para inovações tecnológicas, como melhorar processos de fabricação e criar materiais que controlem a eletricidade estática, aumentando a segurança em várias aplicações.

large_finalmente-descobrimos-como-de-fato-funciona-a-eletricidade-estatica-thumb.png

medium_finalmente-descobrimos-como-de-fato-funciona-a-eletricidade-estatica-thumb.png

small_finalmente-descobrimos-como-de-fato-funciona-a-eletricidade-estatica-thumb.png

thumbnail_finalmente-descobrimos-como-de-fato-funciona-a-eletricidade-estatica-thumb.png

finalmente-descobrimos-como-de-fato-funciona-a-eletricidade-estatica-thumb.png

Finalmente descobrimos como de fato funciona a eletricidade estática

Entenda as estratégias adaptativas que os animais utilizam para encontrar comida suficiente em condições desafiadoras.

Quando a comida começa a ficar escassa, como os animais conseguem encontrar o que precisam para sobreviver? A resposta para essa pergunta é fundamental para entender como as diferentes espécies lidam com as mudanças sazonais e a competição por recursos limitados.Para responder essa pergunta, pesquisadores da Brown University, em parceria com o Instituto de Ecologia da Universidade de Utah e o Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, investigaram como os grandes herbívoros do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124651-ursos-de-yellowstone-comem-40-mil-mariposas-diariamente-para-sobreviver.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Parque Nacional de Yellowstone</a> conseguem alimento mesmo nos momentos mais difíceis.As descobertas, publicadas na Royal Society Open Science, são impressionantes.<h2>Adaptações sazonais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/02/02171100379307.jpg" alt="Durante o verão, a natureza oferece uma abundância de alimentos para os herbívoros. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A natureza oferece uma abundância de alimentos para os herbívoros. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Durante o verão, a natureza oferece um banquete para os animais, com florestas repletas de flores silvestres e uma grande variedade de plantas, que os herbívoros aproveitam ao máximo. No entanto, com a chegada do inverno, o que era fartura se transforma em uma luta pela sobrevivência.Os pesquisadores descobriram que, enquanto no verão todos os animais se beneficiam das flores silvestres, no inverno, cada um desenvolve sua própria estratégia.Animais menores, como cervos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108419-confira-15-fatos-divertidos-e-totalmente-aleatorios-sobre-ovelhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovelhas</a>, se espalham durante o verão, mas buscam refúgio em vales protegidos no inverno, vivendo do que restou da vegetação, como folhas secas, pequenos arbustos e gramíneas que ainda conseguem encontrar.&nbsp;Já animais maiores, como os bisões, exploram áreas cobertas de neve, onde conseguem desenterrar gramíneas e outras plantas que os animais menores não conseguem acessar.Ou seja, embora compartilhem categorias alimentares, essas espécies adaptam suas dietas de maneiras únicas, de acordo com as estações e suas características físicas, garantindo sua sobrevivência em um ambiente desafiador.<h2>Diversidade de habitat</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/02/02171438193308.jpg" alt="A diversidade de habitats é crucial para a sobrevivência dos herbívoros em Yellowstone. (Fonte: Getty Image/Reprodução)"><figcaption>A diversidade de habitats é crucial para a sobrevivência dos herbívoros em Yellowstone. (Fonte: Getty Image/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Não é apenas o "cardápio" alimentar que muda para cada espécie em tempos de escassez; suas preferências por habitats também se adaptam. Isso é o que permite que os animais encontrem o que precisam, mesmo quando a comida é limitada.Os pesquisadores confirmaram que essa diversidade de habitats é vital para a sobrevivência dos herbívoros em Yellowstone, especialmente durante o inverno. Afinal, cada animal se ajusta às condições, utilizando os recursos disponíveis de acordo com suas necessidades e características únicas.Por exemplo, os cervos e as ovelhas buscam áreas mais abrigadas, já os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124866-cientistas-querem-clonar-bisao-extinto-encontrado-no-permafrost.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bisões</a> ficam nas áreas abertas cobertas de neve. Vivendo em diferentes habitats, as espécies evitam competir entre si por comida em uma época já escassa.Além da sobrevivência individual, essa interação entre diferentes espécies e seus habitats é fundamental para a saúde do ecossistema. Cada animal, por menor que seja, desempenha um papel indispensável na natureza, contribuindo para a beleza e o equilíbrio da natureza.

large_como-os-animais-sobrevivem-em-tempos-de-escassez-de-alimentos-thumb.png

medium_como-os-animais-sobrevivem-em-tempos-de-escassez-de-alimentos-thumb.png

small_como-os-animais-sobrevivem-em-tempos-de-escassez-de-alimentos-thumb.png

thumbnail_como-os-animais-sobrevivem-em-tempos-de-escassez-de-alimentos-thumb.png

como-os-animais-sobrevivem-em-tempos-de-escassez-de-alimentos-thumb.png

Como os animais sobrevivem em tempos de escassez de alimentos?

Segundo pesquisadores, os fósseis encontrados na Alemanha revelam que os pandas extintos, diferentes dos modernos, eram onívoros e já viveram na Europa.

Um grupo internacional de cientistas fez uma descoberta que promete mudar tudo o que sabemos sobre os pandas. Fósseis encontrados na Alemanha mostram que uma espécie extinta de panda, chamada Kretzoiarctos beatrix, não só vivia na Europa, como também tinha uma dieta bem diferente dos animais de hoje. Enquanto os pandas modernos são quase vegetarianos e adoram bambu, esses antigos eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121398-conheca-7-animais-que-sao-onivoros-e-o-que-eles-comem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">onívoros</a>. E, ao que tudo indica, eles gostavam de uma variedade de comidas! A análise dos dentes fossilizados deu pistas sobre como esses bichos viveram há cerca de 11 milhões de anos.Os pandas gigantes de hoje são famosos por serem bem preguiçosos e comerem quase só folhas de bambu, mesmo pertencendo à ordem dos carnívoros. Isso levanta várias perguntas sobre quando e como essa especialização aconteceu. Já o K. beatrix tinha hábitos alimentares mais flexíveis, mostrando que seus ancestrais eram mais aventureiros na hora de escolher o que comer. Os fósseis foram encontrados na região de Allgäu, na Alemanha, e a maioria dos achados anteriores era na Espanha. Isso sugere que os pandas podem ter começado na Europa antes de fazer as malas e migrar para a China.<h2>Dieta variada e adaptação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/30/30182904241324.jpeg" alt="Dentes da mandíbula superior do K. beatrix mostram as superfícies de mastigação marcadas em cores diferentes. (Fonte: Kargopoulos/Reprodução)"><figcaption>Dentes da mandíbula superior do K. beatrix mostram as superfícies de mastigação marcadas em cores diferentes. (Fonte: Kargopoulos/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A equipe de pesquisa, que inclui cientistas de vários países, analisou os dentes do K. beatrix e os comparou com os de outros ursos, como os polares e os pardos. E adivinha? Eles descobriram que, enquanto os pandas modernos têm dentes que são praticamente feitos para comer bambu, o K. beatrix tinha dentes que indicavam que ele gostava de um menu diversificado, com plantas e até carne.&nbsp;“Esses resultados são importantes para entender a evolução dos ursos e como os pandas gigantes se tornaram tão exigentes”, comenta a professora Madelaine Böhme, da Universidade de Tübingen. Os dentes do K. beatrix mostravam características que permitiam mastigar diferentes tipos de alimentos.&nbsp;Por um lado, eram adequados para uma dieta variada; por outro, as marcas e arranhões indicavam que eles também apreciavam <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126765-6-formas-bizarras-como-ossos-ja-foram-usados-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ossos</a>. Isso sugere que eles tinham uma dieta bem parecida com a dos ursos-pardos de hoje, que também gostam de misturar plantinhas e carne.<h2>Um ecossistema notável</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/30/30183113817326.jpg" alt="Passado dos pandas mostra que eles um dia foram onívoros. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Passado dos pandas mostra que eles um dia foram onívoros. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O sítio de Hammerschmiede, onde foram encontrados os fósseis do Kretzoiarctos beatrix, já era famoso por suas descobertas impressionantes. Na mais recente escavação, a equipe fez uma nova descoberta incrível: nada menos que 166 espécies fossilizadas. “Um ecossistema tão diverso oferece muitos nichos ecológicos para as espécies que ali vivem”, comenta Böhme. Isso mostra que, naquela época, a região era rica em vida, com uma paisagem florestal vibrante.Além do antigo <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117053-pandas-gigantes-adoram-rolar-em-coco-de-cavalo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">panda</a>, o sítio revelou predadores de todos os tamanhos, desde pequenos animais parecidos com doninhas até grandes hienas e tigres-dentes-de-sabre. “As fontes de alimento eram bem variadas, com carnívoros puros, como o tigre-dente-de-sabre, e animais que se alimentavam de ossos, como as hienas. Algumas espécies, como o panda e o marta, eram mais flexíveis e comiam de tudo um pouco”, explica o Dr. Nikolaos Kargopoulos.&nbsp;Essas descobertas sobre o K. beatrix nos ajudam a entender melhor a história dos pandas e revelam como os ecossistemas antigos eram complexos, cheios de vida e interações. Quem diria que nossos amigos pandas tinham um passado tão interessante?

large_fossil-antigo-de-panda-recem-descoberto-revela-segredos-da-especie-thumb.png

medium_fossil-antigo-de-panda-recem-descoberto-revela-segredos-da-especie-thumb.png

small_fossil-antigo-de-panda-recem-descoberto-revela-segredos-da-especie-thumb.png

thumbnail_fossil-antigo-de-panda-recem-descoberto-revela-segredos-da-especie-thumb.png

fossil-antigo-de-panda-recem-descoberto-revela-segredos-da-especie-thumb.png

Fóssil antigo de panda recém-descoberto revela segredos da espécie

A piezoeletricidade não só tem aplicações tecnológicas, como também pode ter moldado aspectos importantes da história.

A ideia de que certos cristais podem gerar eletricidade pode parecer coisa de ficção científica, mas é real e bem conhecida no mundo da física. A piezoeletricidade é uma propriedade observada em alguns materiais naturais e sintéticos, que ao serem comprimidos, geram uma pequena corrente elétrica. Entre os cristais que possuem essa propriedade, o quartzo é o mais famoso. Descoberta no final do século XIX, a piezoeletricidade não só tem aplicações tecnológicas importantes, como também pode ter moldado aspectos importantes da nossa história, como a formação de ouro em veios de quartzo.O legado da piezoeletricidade começa com os irmãos Pierre e Jacques&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119614-por-que-as-coisas-de-marie-curie-continuam-radioativas-apos-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Curie</a>, que em 1880 descobriram que certos cristais geram uma diferença de potencial quando submetidos a uma pressão. Essa descoberta revolucionou a ciência da eletricidade na época, ainda em seus primeiros passos, e levou ao desenvolvimento de várias inovações tecnológicas ao longo dos anos. A palavra piezoeletricidade vem do grego piézo, que significa “pressionar” — e é justamente essa pressão que faz os cristais “trabalharem” eletricamente.<h2>Como funciona a piezoeletricidade?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01193515608356.jpg" alt="O quartzo é o único elemento natural comum que é piezoelétrico, o que significa que pode produzir eletricidade quando comprimido. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>O quartzo é o único elemento natural comum que é piezoelétrico, o que significa que pode produzir eletricidade quando comprimido. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Quando um cristal piezoelétrico, como o quartzo, é pressionado ou deformado, ele gera cargas elétricas em suas extremidades. Isso acontece porque os átomos dentro do cristal ficam desalinhados, criando uma diferença de potencial. A intensidade dessa eletricidade gerada é proporcional à força aplicada sobre o material. Ou seja, quanto mais você pressiona, maior a quantidade de eletricidade gerada. Esse fenômeno é conhecido como efeito piezoelétrico direto.Além disso, também existe o efeito piezoelétrico inverso. Quando uma corrente elétrica é aplicada a esses cristais, eles sofrem uma pequena deformação. Essa deformação é tão sutil que geralmente não é visível a olho nu, mas pode ser extremamente útil em tecnologias que dependem de vibrações precisas, como os sonares utilizados para mapear o fundo do oceano. A piezoeletricidade também é amplamente usada em isqueiros, aparelhos de ultrassom, e até em sistemas de ignição de fogões a gás.Outro ponto interessante é que nem todos os cristais possuem essa propriedade. A estrutura atômica do material precisa ser assimétrica para que a piezoeletricidade ocorra. Materiais simétricos, mesmo quando pressionados, não geram cargas elétricas. Por isso, cristais como o quartzo e o sal de Rochelle foram os primeiros a ser estudados. O quartzo, além de ser o mais abundante, demonstrou ser um dos melhores materiais para explorar esse fenômeno.<h2>Por que a piezoeletricidade é importante?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01194439829362.jpg" alt="A invenção dos sonares foi baseada na piezoeletricidade. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>A invenção dos sonares foi baseada na piezoeletricidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A piezoeletricidade tem inúmeras aplicações práticas. Um dos exemplos mais comuns está nos isqueiros de pederneira, aqueles que produzem uma faísca quando pressionados. A pressão aplicada ao cristal piezoelétrico gera uma diferença de potencial suficiente para criar a faísca que acende o gás. Mas essa tecnologia vai muito além de simples isqueiros. Em sensores de pressão e vibração, por exemplo, os cristais piezoelétricos são essenciais para medir pequenas mudanças de força e deformação.Durante a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/desmistificando-6-equivocos-persistentes-sobre-a-segunda-guerra-mundial" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, os cristais piezoelétricos foram usados em sonares e rádios de comunicação aérea. Esses sistemas dependiam da capacidade dos cristais de gerar vibrações rápidas, o que permitia mapear o fundo do mar e possibilitar a comunicação entre aviões. A invenção dos sonares, baseada na piezoeletricidade, teve um impacto significativo no campo da guerra naval, ajudando a detectar submarinos inimigos.Além das aplicações tecnológicas, estudos recentes indicam que a piezoeletricidade pode ter influenciado fenômenos naturais. A formação de veios de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/terremotos-podem-criar-pepitas-de-ouro-entenda-o-que-sugere-novo-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ouro</a> em cristais de quartzo, por exemplo, pode estar ligada à piezoeletricidade natural. Se isso for confirmado, podemos dizer que essa propriedade dos cristais ajudou a moldar a geologia do planeta e, por consequência, a história humana, já que a busca por ouro tem sido um dos motores do desenvolvimento de civilizações ao longo dos séculos.

Ciência

Novidades