Embora sejam umas das criaturas mais notáveis a viver nas extremidades da Terra, os ursos polares estão por lá há menos tempo do que acreditávamos. 

O Ártico não é exatamente um lugar acolhedor. No entanto, algumas das criaturas que habitam essa região congelada, como renas e lobos, possuem uma série de adaptações genéticas que as ajudam a sobreviver em um ambiente tão inóspito. E com os ursos polares, um dos principais predadores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/diretamente-das-profundezas-fontes-hidrotermais-sao-descobertas-no-artico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ártico</a>, não seria diferente.&nbsp;Um estudo recente revelou, no entanto, que esses ursos se adaptaram às condições extremas de frio há apenas 70 mil anos — um piscar de olhos em termos evolutivos. A pesquisa foi publicada na revista BMC Genomics no dia 15 de setembro e destaca que as mudanças genéticas dos ursos polares ocorreram de maneira gradual, e não de uma só vez, como se acreditava anteriormente.<h2>Adaptando-se ao frio extremo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/30/30185014848333.jpg" alt="Embora sejam muito próximos dos ursos marrons, os ursos polares possuem adaptações cruciais para sobreviver ao frio. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Embora sejam muito próximos dos ursos-pardos, os ursos polares possuem adaptações cruciais para sobreviver ao frio. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Para entender como os ursos polares se tornaram mestres da sobrevivência no Ártico, o estudo analisou os genomas de 119 ursos polares modernos, 135 ursos-pardos e dois fósseis de ursos polares antigos. Essa abordagem permitiu aos pesquisadores identificar os genes que provavelmente foram selecionados ao longo do tempo para garantir a sobrevivência dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/qual-e-o-maior-urso-do-planeta" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ursos</a> no ambiente ártico.&nbsp;A equipe de cientistas focou em sete genes que desempenham papéis essenciais nas adaptações biológicas dos animais. Entre eles, quatro genes (ABCC6, AIM1, COL5A3 e POLR1A) apresentaram variações fixas em todos os genomas de ursos polares estudados. Isso indica que esses genes, responsáveis por funções como regulação da pigmentação e metabolismo, estavam presentes no DNA de antigos ancestrais e contribuíram para a adaptação dos ursos desde cedo em sua história evolutiva.No entanto, três genes em particular (APOB, LYST e TTN) só apareceram como variantes fixas nos ursos polares modernos, mas não nos fósseis mais antigos. Esses genes estão associados a funções cardiovasculares e pigmentação, sugerindo que as mudanças mais recentes podem ter sido cruciais para os ursos sobreviverem ao final da última era glacial. A presença de alelos diferentes nos genomas dos ursos-pardos também indica que os ursos polares passaram por um processo de seleção genética mais prolongado e específico para enfrentar o frio extremo.<h2>A sobrevivência através dos genes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/30/30185056707334.jpg" alt="Passado genético dos ursos polares mostram como animais sobreviveram ao gelo congelante. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Passado genético dos ursos polares mostram como animais sobreviveram ao gelo congelante. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Esses genes têm uma influência direta nas adaptações mais notáveis dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121862-veja-5-curiosidades-incriveis-sobre-os-ursos-polares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ursos polares</a>. O gene APOB, por exemplo, ajuda a metabolizar grandes quantidades de gordura, permitindo que os ursos consumam e processem blubber (gordura de foca) sem prejuízos ao coração. LYST e TTN, por sua vez, estão ligados à pigmentação e outras características fisiológicas que ajudaram os ursos a manter o calor corporal e caçar em um ambiente onde as temperaturas raramente sobem acima de zero.A descoberta lança uma nova luz sobre a história evolutiva dos ursos polares e mostra que, embora sejam considerados mestres do Ártico, suas adaptações ainda são relativamente jovens em termos evolutivos. “Nossos resultados sugerem que a adaptação ao Ártico foi um processo mais gradual do que imaginávamos inicialmente”, reforçou o biólogo evolucionário da Universidade de Copenhague e coautor do estudo, Michael Westbury.&nbsp;A pesquisa abre portas para mais estudos sobre como essas adaptações ocorreram e quais foram os fatores ambientais que moldaram a evolução dos ursos polares, tornando-os os reis do gelo.&nbsp;

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Ursos polares se adaptaram ao Ártico há apenas 70 mil anos, diz estudo

Eventos de aquecimento extremo há milhões de anos podem servir de alerta para o futuro climático da Terra.

Há cerca de 252 milhões de anos, a Terra enfrentou um dos momentos mais dramáticos de sua história: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110816-conheca-a-grande-agonia-maior-extincao-em-massa-que-aconteceu-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção do Permiano-Triássico</a>, também chamada de Grande Morte. Nesse período, cerca de 90% de todas as espécies desapareceram.&nbsp;Erupções vulcânicas maciças e mudanças climáticas extremas, conhecidas como Mega El Niños, estiveram entre os principais causadores desse evento devastador. Esses intensos ciclos de aquecimento, fundamentais para a extinção em massa, servem como alerta para o que pode acontecer caso as atuais mudanças climáticas sigam sem controle.<h2>O impacto dos Mega El Niños e as condições extremas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/30/30114540837127.jpg" alt="Os Mega El Niños causaram um caos climático extremo, resultando em temperaturas insustentáveis e colapso dos ecossistemas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os Mega El Niños causaram um caos climático extremo, resultando em temperaturas insustentáveis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Durante o período da Grande Morte, os Mega El Niños causaram um caos climático sem precedentes. Esses eventos resultaram em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/clima-maluco-por-que-a-terra-esta-passando-por-eventos-extremos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperaturas elevadíssimas e padrões climáticos caóticos</a>, que persistiram por décadas.Em conjunto com as erupções vulcânicas na atual região da Sibéria, que liberaram grandes quantidades de dióxido de carbono, as condições climáticas tornaram-se insustentáveis para a vida na Terra.O excesso de gases de efeito estufa desencadeou um colapso completo dos ecossistemas. Os efeitos desse aquecimento fez com que a Terra entrasse em um ciclo vicioso em que os Mega El Niños exacerbavam o calor extremo e os padrões de precipitação erráticos.Espécies em diversas regiões enfrentaram uma situação inescapável, sem tempo para se adaptar ou migrar, já que a variabilidade do clima aumentava drasticamente.<h2>O papel das plantas para a sobrevivência</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/30/30115114638132.jpg" alt="A morte em massa das plantas levou ao colapso dos ecossistemas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A morte em massa das plantas levou ao colapso dos ecossistemas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A morte em massa da vegetação foi um dos eventos mais críticos desse período. As plantas, responsáveis por retirar o dióxido de carbono da atmosfera e sustentar as cadeias alimentares terrestres, não sobreviveram ao aquecimento extremo.Sem vegetação, a Terra perdeu sua principal defesa contra o acúmulo de CO2, o que resultou em uma escalada no colapso dos ecossistemas. A partir disso, muitas espécies de animais também desapareceram, já que sua fonte de alimento e abrigo desapareceu com as florestas.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105040-19-curiosidades-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oceanos</a>, inicialmente protegidos do aumento de temperatura, logo começaram a aquecer além dos limites suportáveis para a vida marinha, o que levou à extinção de muitas espécies aquáticas.Poucos organismos, como os conodontes, conseguiram sobreviver e deixar fósseis que hoje permitem aos cientistas entender melhor o que aconteceu durante essa fase. Eles fornecem pistas cruciais sobre como as mudanças de temperatura ocorreram e como afetaram a vida na Terra.O alerta é claro: o aquecimento global não se limita ao aumento das temperaturas, mas também intensifica eventos climáticos extremos que podem criar um ambiente hostil para a vida no planeta. Assim como há milhões de anos, o futuro da vida na Terra pode depender da nossa capacidade de responder a essas mudanças antes que seja tarde demais.

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El Niños monstruosos podem ter acabado com 90% da vida na Terra!

Quando você sacode uma lata de refrigerante, não está aumentando a pressão dentro dela.

Todo mundo sabe que, quando a gente sacode uma garrafa ou lata de refrigerante e depois a abre, o estrago é certo: a bebida vai se espalhar por todos os lugares.Mas, diferente do que você pode imaginar, a pressão do gás não aumenta dentro dela. Então por que será que ela explode?<h2>Por que o refrigerante explode quando é agitado?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/15/15150724556005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Quando são agitadas, as latas não adquirem mais pressão interna. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora todo mundo ache que a pressão aumenta quando a garrafa é sacudida, isso não faz muito sentido. A razão disso passa pela física: a garrafa (ou a lata) é um sistema fechado, e a única maneira de aumentar sua pressão é espremê-la em um formato menor, ou então adicionar mais pressão (colocando mais gás para dentro).Um modo de verificar isso é fazendo um experimento: apertar uma garrafa de plástico com <a href="http://refrigerante" rel="noopener noreferrer" target="_blank">refrigerante</a>, fechá-la, sacudi-la e espremer novamente. Ela vai ficar tão "espremível" quanto antes, ao invés de ficar mais pressurizada e difícil de pressionar.&nbsp;A explicação correta é a seguinte: as garrafas e latas de refrigerante são pressurizadas acima da pressão atmosférica, e sua "efervescência" surge do dióxido de carbono que é dissolvido no líquido.&nbsp;É isso o que explica Michael W. Crowder, que é professor de química e bioquímica na Universidade de Miami. "A carbonatação envolve a dissolução do gás <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115240-ate-2025-niveis-de-co2-serao-maiores-do-que-ha-3-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dióxido de carbono</a> incolor e inodoro (CO2) em um líquido. Quando o dióxido de carbono é adicionado a uma garrafa ou lata selada contendo água, a pressão na garrafa ou lata aumenta, e o dióxido de carbono se dissolve no líquido", disse em entrevista ao portal The Conversation."O CO2 acima do líquido e o CO2 dissolvido no líquido atingem o equilíbrio químico. Equilíbrio químico significa essencialmente que a taxa em que o CO2 se dissolve no líquido é igual à taxa em que o CO2 é liberado do líquido. É baseado nas quantidades de CO2 tanto no ar quanto no líquido". Assim, abrir a garrafa acaba fazendo com que a pressão no ar acima do líquido caia para corresponder ao ambiente ao redor. O ácido carbônico (H2CO3) se converte de volta em CO2, e deste modo sobe à superfície.<h2>A velocidade com que o gás escapa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/15/15151856078007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Em um refrigerante que é agitado, o gás carbônico vai se espalhar pela superfície. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A velocidade com que o gás carbônico sai da garrafa vai variar de acordo com a área de superfície do líquido. Se você despejar o refri diretamente no fundo de um copo, isso acaba aumentando a área de superfície em comparação ao ato de despejá-lo lentamente pelas laterais. Assim, quando isso é feito devagar, o copo retém a efervescência por mais tempo.Mas quando você agita uma garrafa de refrigerante, o gás dentro da garrafa que está acima do refrigerante se mistura com líquido. Como o líquido já está em saturação máxima, o gás carbônico não consegue mais se dissolver, o que faz com que se forme bolhas que se espalham pela superfície da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126918-garrafa-de-agua-tem-40-mil-vezes-mais-bacterias-do-que-um-vaso-sanitario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">garrafa</a>."Sem agitar, a única superfície exposta é o gargalo da garrafa. Mas se você agitar, as bolhas se dispersam pelo líquido e a área da superfície se torna muito grande, pois cada bolha agora representa uma interface líquido-gás. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112987-dioxido-de-carbono-pode-afetar-sua-inteligencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dióxido de carbono</a> dissolvido evapora rapidamente em cada bolha, fazendo com que as bolhas se expandam, impulsionando assim o líquido para fora da garrafa como uma espuma", conclui o cientista Joe Schwarcz, que é conhecido por seu trabalho dedicado à aplicação cotidiana da ciência.

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Por que a garrafa de refrigerante explode quando é agitada?

Objeto de desejo de exploração dos seres humanos, a Lua é um poço de segredos pouco conhecidos por nós. 

A Lua sempre foi uma fonte de fascínio para a humanidade, desde a antiguidade, quando os romanos a adoravam como a deusa Luna, até os dias atuais. Mas, além de ser um símbolo de romance e mistério, a Lua guarda segredos surpreendentes que poucos conhecem. Por exemplo, você sabia que ela não é a única “lua” da Terra?&nbsp;A seguir, apresentamos seis fatos incríveis sobre a Lua e suas peculiaridades, revelando mistérios que vão muito além do que vemos a olho nu.<h2>1. A Lua é a maior, mas não a única</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01202750022000.jpg" alt="Ilustração que demonstra a posição de uma das nuvens de poeira Kordylewski em relação à Terra, à Lua e ao Sol. (Fonte: Ilustração/Gabor Horvath/Reprodução)"><figcaption>Ilustração que demonstra a posição de uma das nuvens de poeira Kordylewski em relação à Terra, à Lua e ao Sol. (Fonte: National Geopraphic Brasil/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora a Terra tenha apenas uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125273-como-saber-que-horas-sao-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, existe a possibilidade de que ela tenha mais companheiras. Astrônomos descobriram que há dois objetos na órbita da Terra, conhecidos como Nuvens de Poeira Kordylewski. De acordo com o que foi relatado pela equipe encarregada da pesquisa na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, foram capturadas imagens das nuvens enigmáticas a uma distância de apenas 402 mil quilômetros, quase equivalente à distância até a Lua.&nbsp;Elas foram identificadas pela primeira vez há 62 anos, mas só recentemente foram confirmados graças a novas técnicas de observação. Como afirmou um cientista, “a câmera conseguiu coletar e concentrar a luz, provando assim a existência dessas nuvens”. Então, além da Lua, temos mais dois satélites para explorar!<h2>2. Poeira lunar perigosa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01203510279001.jpg" alt="A poeira lunar pode danificar trajes espaciais e causar irritações nos olhos e pulmões. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>A poeira lunar pode danificar trajes espaciais e causar irritações nos olhos e pulmões. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A superfície da Lua é coberta por um material conhecido como “rególito lunar”, uma poeira fina e afiada como vidro. Esse material se formou ao longo de milhões de anos, resultado de impactos de micrometeoritos. O problema? “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124702-escudo-de-poeira-lunar-poderia-reduzir-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A poeira lunar</a> causou muitos problemas aos astronautas”, afirma um especialista.&nbsp;Isso porque, além de se grudar em tudo, ela pode danificar trajes espaciais e causar irritações nos olhos e pulmões. Durante as missões Apollo, os astronautas relataram que o rególito se infiltrava em seus trajes, tornando a exploração lunar um verdadeiro desafio.<h2>3. NASA e o Projeto Nuclear</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01203809530002.jpg" alt="A NASA considerou a ideia de detonar uma bomba nuclear na Lua. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>A NASA considerou a ideia de detonar uma bomba nuclear na Lua. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em uma reviravolta surpreendente, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/nasa-explica-origem-dos-sons-fantasmagoricos-da-nave-starliner-na-iss" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> considerou um plano inusitado: detonar uma bomba nuclear na Lua! Após o lançamento do Sputnik 1 pela União Soviética, a NASA iniciou o Projeto A119, liderado pelo físico Leonard Reiffel. Ele revelou que o principal objetivo do projeto era “um exercício de relações públicas”, buscando mostrar força contra os soviéticos. “Era uma forma de mostrar o que podíamos fazer”, disse Reiffel em entrevista.&nbsp;Graças a decisões mais sensatas, a Lua foi poupada desse destino, permitindo que as missões Apollo pudessem acontecer sem maiores complicações.<h2>4. Luzes estranhas na superfície lunar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01204227777006.jpg" alt="No século XII, pessoas descreveram “uma tocha flamejante” no céu lunar. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>No século XII, pessoas descreveram “uma tocha flamejante” no céu lunar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Ao longo dos séculos, observadores relataram fenômenos luminosos estranhos na Lua, conhecidos como “fenômenos lunares transitórios” (TLP). Desde o século XII, testemunhas como monges em Canterbury descreveram “uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/revezamento-da-tocha-olimpica-a-tradicao-que-comecou-como-propaganda-para-a-alemanha-nazista" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tocha</a> flamejante” no céu lunar. A partir da década de 1960, astrônomos começaram a investigar esses relatos, resultando em mais de 300 observações documentadas.&nbsp;O famoso astrônomo britânico Sir William Herschel também fez suas observações e especulou que as luzes poderiam ser causadas por atividade vulcânica. A verdadeira natureza desses fenômenos ainda permanece um mistério.<h2>5. Forma de limão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01204540624007.jpg" alt="Segundo cientistas, a Lua é ligeiramente achatada com um arqueamento protuberante nas áreas "><figcaption>Segundo cientistas, a Lua é ligeiramente achatada com um arqueamento protuberante nas áreas "equatoriais". (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Você sabia que a Lua tem uma forma peculiar, parecendo um limão? Um estudo publicado na revista Nature sugere que a gravidade da Terra moldou a Lua ao longo do tempo.&nbsp;Segundo a teoria do impacto gigante, a Lua se formou a partir de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123532-os-detritos-espaciais-estao-destruindo-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">detritos</a> após uma grande colisão com a Terra. Os cientistas afirmam que “a gravidade da Terra criou uma bulge na superfície lunar”, resultando nas características que vemos hoje. Essa peculiaridade é um lembrete de como forças cósmicas podem moldar os corpos celestes.<h2>6. Astronautas e as “luzes de fogo”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01205200668009.jpg" alt="Astronautas da Missão Apollo 11. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Astronautas da Missão Apollo 11. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Durante a histórica missão <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266657-erro-ter-matado-tripulacao-apollo-11.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apollo 11</a>, os astronautas não só exploraram a Lua, mas também enfrentaram um fenômeno curioso: as “luzes de fogo”. Michael Collins mencionou que viu “uma série de flashes” enquanto orbitava a Lua, e Alan Bean teve uma experiência semelhante na superfície.&nbsp;O ex-astronauta Dr. Story Musgrave descreveu essas luzes como “fogos de artifício”, chamando-as de “fireflies”. O que exatamente são essas luzes ainda não está claro, mas certamente adicionam um toque de mistério à exploração espacial.Esses seis fatos nos mostram que a Lua, além de ser linda, ainda guarda muitos segredos esperando para serem desvendados, não é mesmo?&nbsp;

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6 fatos científicos pouco conhecidos sobre a Lua

A Polínia Maud Rise, como foi chamada, é uma grande área aberta de água rodeada por gelo e a maior registrada em 40 anos. 

Em 2016, uma surpresa gelada chamou a atenção dos cientistas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-que-ha-sob-o-gelo-da-antartida" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártida</a>: um buraco gigantesco se abriu no gelo marinho do Mar de Weddell, atingindo uma área quase do tamanho da Suíça. Embora o fenômeno das polínias — áreas abertas de água rodeadas por gelo — seja conhecido, a Maud Rise Polínia foi a maior já registrada em 40 anos e deixou os especialistas intrigados.Inicialmente, meteorologistas atribuíram o surgimento desse buraco descomunal a uma combinação de condições oceânicas nada comuns e uma tempestade intensa. Para investigar melhor o fenômeno, eles contaram com uma ajuda inesperada: elefantes-marinhos equipados com sensores. Com esses “cientistas marinhos improvisados” coletando dados, os pesquisadores começaram a desvendar o enigma. Mas, em 2023, novas pesquisas trouxeram à tona um fator inesperado que parecia ter passado despercebido anteriormente.<h2>O efeito do Giro de Weddell</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01185534869333.jpeg" alt="Polínia é o nome dado para qualquer área de água aberta rodeada por gelo fixo. (Fonte: Observatório da Terra da NASA/Divulgação)"><figcaption>Polínia é o nome dado para qualquer área de água aberta rodeada por gelo fixo. (Fonte: Observatório da Terra da NASA/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Uma das peças principais do quebra-cabeça está relacionada ao Giro de Weddell, uma corrente circular no Oceano Antártico que, entre 2015 e 2018, se mostrou surpreendentemente forte. Isso fez com que uma camada profunda de água salgada e mais quente subisse à superfície, facilitando o derretimento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/gelo-queima-mesmo-como-funcionam-as-queimaduras-causadas-pelo-frio" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gelo</a>. "À medida que o gelo derrete, a água doce que se forma na superfície deveria interromper a mistura, então outro processo deve estar acontecendo para a polínia persistir”, disse o professor Fabien Roquet, da Universidade de Gotemburgo.Usando os dados fornecidos pelos elefantes-marinhos e flutuadores autônomos, os cientistas identificaram que o sal subia em redemoinhos turbulentos enquanto a corrente passava pela Maud Rise, uma elevação submarina que deu nome à polínia. Esse processo criou uma concentração de sal que estabilizava a água na superfície, mantendo a área livre de gelo.No entanto, o buraco não se formou diretamente sobre o pico da elevação, mas em sua face norte. Isso aconteceu por conta de um fenômeno chamado transporte de Ekman, onde a água se desloca em ângulos retos à direção do vento. Segundo o professor Alberto Naveira Garabato, da Universidade de Southampton, “o transporte de Ekman foi o ingrediente essencial que faltava para equilibrar a quantidade de sal e manter a mistura de sal e calor na água superficial”.<h2>O impacto climático e as polínias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01185714131335.jpg" alt="Pesquisadores afirmam que aquecimento global não é o principal causador das polínias, mas está relacionado. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Pesquisadores afirmam que aquecimento global não é o principal causador das polínias, mas está relacionado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Embora o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-o-aquecimento-global-contribui-para-a-inflacao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> não seja apontado como o causador direto da polínia de Maud Rise, o fenômeno não está completamente desvinculado das mudanças climáticas. O gelo age como um isolante natural, bloqueando a troca de energia entre o oceano e a atmosfera. Sem essa proteção, há um aumento no fluxo de calor e de dióxido de carbono.&nbsp;“A marca deixada pelas polínias pode permanecer na água por muitos anos, alterando a movimentação das correntes e o transporte de calor para o continente”, destacou a professora Sarah Gille, da Universidade da Califórnia em San Diego. Isso mostra como o impacto de um evento desse tipo pode reverberar por anos, influenciando a circulação oceânica global e os padrões climáticos.Embora as condições para a formação de grandes polínias tenham diminuído desde 2018, o surgimento da Maud Rise Polínia deixou muitos questionamentos ainda no ar. Afinal, o que mais a Antártida guarda de surpresas sob seu manto gelado? Esses são mistérios que a ciência ainda deverá desvendar.&nbsp;<h2>&nbsp;</h2>

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Há 8 anos um buraco do tamanho da Suíça surgiu na Antártida; mas por quê?

Lançada em 1977, a sonda Voyager 1 está a mais de 24 bilhões de km da Terra, fazendo história como o objeto humano mais distante.

Há mais de 24 bilhões de km da Terra, a Voyager 1, uma das duas sondas espaciais lançadas pela NASA em 1977, continua sua jornada pelo espaço interestelar. Projetadas para explorar os limites do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127313-5-grandiosidades-encontradas-no-sistema-solar.htm#:~:text=Marte%20e%20seu%20vulc%C3%A3o%20quilom%C3%A9trico,mais%20alto%20que%20o%20Everest!" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>, essas sondas não apenas chegaram mais longe do que qualquer outro objeto feito pelo homem, mas também nos proporcionaram imagens e informações sem precedentes sobre o universo.&nbsp;O lançamento das sondas Voyager 1 e 2 foi um grande avanço para a ciência. Embora a Voyager 2 tenha sido lançada primeiro, a Voyager 1, graças a sua trajetória mais rápida, foi a primeiro a alcançar Júpiter. Ambas passaram por Júpiter e Saturno, mas a Voyager 2 foi ainda mais longe, explorando Urano e Netuno. Mas o que torna essas missões tão especiais? E por que a Voyager 1, em particular, continua a ser um marco na exploração espacial?<h2>Explorando o espaço interestelar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/19/19144822119235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Voyager 1 segue explorando os limites do Sistema Solar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Agora, essas sondas estão muito além do nosso Sistema Solar, numa região chamada de espaço interestelar, onde a influência do vento solar é contrabalanceada por ventos interestelares. &nbsp;Desde que as sondas deixaram a heliosfera — a bolha protetora criada pelos ventos solares —, elas têm coletado dados valiosos sobre o ambiente do espaço interestelar.&nbsp;Segundo a NASA, "as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128332-nova-edicao-dos-discos-de-ouro-da-voyager-pode-ir-ao-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voyagers</a> são as únicas espaçonaves a amostrar diretamente o espaço interestelar", o que torna suas descobertas fundamentais para o entendimento dessa região. Apesar da enorme distância, os engenheiros da NASA ainda conseguem se comunicar com as sondas e receber informações de volta. No caso da Voyager 1, a comunicação leva mais de 22 horas para alcançar a Terra, devido à distância de mais de 24 bilhões de km.Mesmo após décadas no espaço, a Voyager 1 continua a fornecer dados valiosos. Em 2024, ela voltou a operar normalmente após um problema com seus instrumentos em 2023. Agora, está novamente capturando informações sobre ondas de plasma, campos magnéticos e partículas. A longevidade dessas sondas e a capacidade de continuar transmitindo dados demonstram a engenharia impressionante e a importância desses projetos para a ciência.<h2>O legado do "pálido ponto azul"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/19/19145100260237.jpg" alt="A imagem original (acima) foi feita a uma distância de 6 bilhões de km da Terra. (Fonte: NASA/JPL/BBC News Brasil)"><figcaption>Imagem original da Voyager foi feita a uma distância de 6 bilhões de km da Terra. (Fonte: NASA/JPL/BBC News Brasil)</figcaption></figure></figure>Um dos momentos mais icônicos da missão Voyager 1 ocorreu em 1990, quando a sonda tirou uma das fotos mais famosas da exploração espacial: o "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116872-10-fotos-da-terra-tiradas-de-angulos-bem-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pálido ponto azul</a>". A imagem, capturada a uma distância de quase 6 bilhões de km da Terra, mostra nosso planeta como um minúsculo ponto de luz, suspenso em um raio de sol. Essa visão impactante, composta por uma série de 60 imagens, foi capturada enquanto a Voyager 1 passava além de Netuno. Carl Sagan, o renomado cientista e divulgador científico, destacou a importância dessa imagem ao dizer: "A Terra é um pequeno palco em uma vasta arena cósmica."Além de capturar a Terra, a Voyager 1 também fotografou os outros planetas do nosso Sistema Solar, como Júpiter, Saturno e Vênus, compondo o chamado Retrato de Família do Sistema Solar. Pouco tempo depois dessas imagens, as câmeras da sonda foram desligadas para economizar energia, mas seu legado visual já estava consolidado.Enquanto os objetos continuam suas jornadas rumo ao desconhecido, seus impactos na ciência e na compreensão do universo perdura. Ainda resta tempo para recebermos mais dados dessas sondas, mas eventualmente, suas baterias se esgotarão, encerrando uma das missões mais longas e fascinantes da história da humanidade. Até lá, continuamos aprendendo com essas pequenas, mas poderosas, exploradoras espaciais.

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Você sabe qual é o objeto humano mais distante da Terra?

Batizado de "Cristal de Memória 5D", o objeto é capaz de suportar radiação cósmica e foi feito para durar bilhões de anos. 

Pesquisadores recentemente deram um passo impressionante na preservação da espécie humana ao codificar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/genoma-europeu-tumba-de-45-mil-anos-revela-dados-da-ancestralidade-europeia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genoma</a> humano inteiro em um "cristal de memória 5D". É isso mesmo que você está lendo: uma pequena peça de vidro que pode armazenar informações por bilhões de anos. A ideia por trás dessa tecnologia é que, no caso de uma catástrofe que ameace a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125295-quase-50-das-especies-na-terra-estao-caminhando-para-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> humana, o cristal serviria como uma espécie de backup para armazenar nosso código genético para uma possível recriação no futuro.Esse cristal não é novo no mundo da ciência. Na verdade, ele foi desenvolvido em 2014 por uma equipe da Universidade de Southampton, liderada por Peter Kazansky. Esse disco de vidro nanostruturado pode armazenar 360 terabytes de dados e é incrivelmente resistente. Para se ter uma ideia, ele pode durar 300 quintilhões de anos a temperatura ambiente! Mesmo se aquecido a 190ºC, sua vida útil ainda seria de impressionantes 13,8 bilhões de anos — o tempo que o universo existe.&nbsp;<h2>Desenvolvendo o cristal de memória</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/24/24184818346368.jpeg" alt="O cristal de memória detém o recorde mundial do Guinness para o meio de armazenamento digital mais durável. (Fonte: University of Southampton/Divulgação_"><figcaption>O cristal de memória detém o recorde mundial do Guinness para o meio de armazenamento digital mais durável. (Fonte: University of Southampton/Divulgação)</figcaption></figure></figure>O segredo por trás da durabilidade do "cristal de memória" está na forma como os dados são gravados. Ao contrário dos métodos tradicionais, como papel ou fita magnética (2D), o novo objeto utiliza duas dimensões ópticas e três coordenadas espaciais. Isso significa que a equipe de Kazansky usou lasers ultrarrápidos para gravar o genoma humano em espaços minúsculos no disco, com apenas 20 nanômetros de largura.&nbsp;Essas gravações são tão precisas que podem manter a informação intacta por bilhões de anos, mesmo sob condições extremas de temperatura, pressão e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128222-segundo-raio-cosmico-mais-intenso-da-historia-veio-de-vazio-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiação cósmica</a>. O disco também contém mais do que apenas o código genético.&nbsp;Seguindo o exemplo dos discos dourados da missão Voyager, que continham informações sobre a Terra para eventuais civilizações extraterrestres, o cristal de memória inclui uma chave visual explicando como usar o dispositivo, além de ilustrações de seres humanos e os elementos químicos fundamentais da vida, como hidrogênio, carbono e nitrogênio.<h2>Recriando humanos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/24/24184918367370.jpg" alt="Embora não exista tecnologia no mundo capaz de recriar humanos, cientistas esperam que avanços científicos ajude na reconstrução da espécie em caso de extinção. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Embora não exista tecnologia no mundo capaz de recriar humanos, cientistas esperam que avanços científicos ajude na reconstrução da espécie em caso de extinção. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Embora essa tecnologia pareça coisa de ficção científica, a equipe de Kazansky está ciente de que ainda não temos as ferramentas necessárias para usar o cristal como planejado. No entanto, avanços na biologia sintética mostram que estamos caminhando nessa direção. Em 2010, cientistas criaram a primeira bactéria sintética, o que indica que, em um futuro não muito distante, talvez possamos criar seres humanos a partir de informações genéticas armazenadas.Kazansky destacou que o cristal "abre possibilidades para outros pesquisadores criarem um repositório eterno de informações genéticas", que poderia ser usado para restaurar organismos complexos, como plantas e animais, caso a ciência evolua o suficiente para permitir essa façanha.Por enquanto, o "cristal de memória 5D" que contém o genoma humano está guardado em um projeto de cápsula do tempo chamado Memória da Humanidade, localizado na mina de sal mais antiga do mundo na Áustria. A esperança é que ele nunca precise ser usado, mas, se o futuro exigir, a humanidade terá um último recurso para se recriar.

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Pesquisadores armazenam genoma humano em cristal para caso de extinção

Saiba quando uma inocente mosca pousando na sua comida pode virar um grande problema.

Quando uma mosca pousa na sua sopa, não é nada agradável, não é mesmo? A maior parte de nós considera uma mosca encostando na nossa comida algo extremamente nojento. Mas será que isso é prejudicial à saúde?A seguir, você descobre se precisa ou não jogar seu sanduíche fora depois que esse inseto chato parou sobre ele.<h2>O que acontece quando uma mosca pousa na sua comida?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/24/24083728730010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Ao pousar no seu doce, a mosca costuma dar uma lambida bem molhada. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Existe uma espécie de boato de internet que diz que, quando uma mosca para sobre uma comida, ela vomita. Se você está em dúvida se isso é verdade ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128568-pesquisar-por-conta-propria-pode-levar-pessoas-a-fake-news-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fake news</a>, sentimos dizer: sim, a mosca vomita.“Quando uma mosca come, ela tem que vomitar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estetica/79576-aposte-nas-enzimas-para-eliminar-a-gordura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enzimas</a> digestivas na refeição. Essas enzimas também contêm alguns restos do que ela comeu por último, e isso pode ter sido uma refeição cheia de patógenos. Moscas comem algumas coisas bem nojentas", aponta Brian Labus, professor assistente de epidemiologia e bioestatística na Escola de Saúde Pública da Universidade de Nevada, em entrevista ao Reader's Digest.<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm?ab=true&amp;">Aproveite o cupom Amazon e adicione novos livros à sua coleção com desconto!</a>&nbsp;</li></ul>Mas não é só isso. Antes de a mosca vomitar, ela usa as antenas para provar a comida. Por incrível que pareça, os seus sensores de sabor ficam nas patinhas. Caso ela goste do que tem ali, a mosca enfia sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/a-lingua-com-apenas-um-falante-fluente-no-mundo-corre-risco-de-extincao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">língua</a> (cujo nome técnico é probóscide) e cobre a comida com a sua saliva, que está cheia de enzimas digestivas (o que não deixa de ser uma forma de vômito).Para completar a nojeira, ela ainda pode fazer cocô sobre a comida. Realmente, uma mosca na sopa nunca é uma coisa agradável.<h2>Que tipos de doenças a mosca pode espalhar?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/24/24083755074012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Se vários fatores se acumularem, a visita de uma mosca pode sim causar doenças. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agora, vamos à parte mais importante: o que a mosca pode transmitir quando encosta na nossa comida. A má notícia é que, sim, ela pode espalhar doenças, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/101837-salmonelas-fazem-seus-hospedeiros-comerem-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salmonela</a>, E. coli, parasitas e disenteria.&nbsp;De acordo com um estudo de 2023, as moscas podem transmitir <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121443-6-doencas-causadas-por-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a>, incluindo cepas resistentes a antibióticos. “As moscas domésticas servem como um vetor para mover doenças de um lugar para outro. Como vivemos juntos, elas podem espalhar muitos patógenos diferentes entre humanos, animais e o meio ambiente", afirma Brian Labus.Mas não precisa se assustar: as moscas conseguem espalhar uma quantidade pequena de germes. Por isso, não é muito provável que ela cause muitos estragos. Isso tende a acontecer apenas caso ocorra uma grande cadeia de eventos.Por exemplo: pode não haver bactérias suficientes da mosca a ponto de causar danos, mas se você deixar a comida em temperatura ambiente por muito tempo, essas bactérias podem se multiplicar.O risco aumenta se a mosca pousou no lixo antes de ir até a sua comida. Por isso, é preciso descartar o alimento caso a mosca tiver pousado em carne crua ou em cocô de animal antes de visitar seu prato.Como dificilmente você saberá por onde a mosca andou, o mais recomendado é a precaução, como colocar telas nas janelas e pendurar armadilhas que ajudem a espantar o inseto. Já em piqueniques e churrascos ao ar livre, mantenha os pratos cobertos. “Certifique-se de que os alimentos sejam mantidos na temperatura certa e não fiquem expostos por muito tempo, pois isso pode transformar um pequeno problema em um grande”, conclui Labus.&nbsp;

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O que a mosca faz quando pousa na sua comida?

Conheça o pequeno mamífero africano que impressiona pelo seu surpreendente parentesco com os gigantes da natureza.

Imagine um pequeno mamífero que vive em meio às rochas da África e do Sudoeste Asiático, com hábitos intrigantes e habilidades adaptativas, e que, para surpresa de muitos, é um parente próximo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45501-20-fatos-interessantes-que-voce-talvez-desconheca-sobre-os-elefantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefantes</a>.Esse é o damão-do-cabo, também conhecido cientificamente como Procavia capensis. Apesar de sua aparência inofensiva, que lembra a de um roedor, ele traz em seu DNA uma história de evolução e sobrevivência que o conecta a animais muito maiores e poderosos.<h2>Características físicas e comportamentais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/19/19113608197130.jpg" alt="O damão-do-cabo tem um corpo robusto, sem cauda, e patas curtas e musculosas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O damão-do-cabo tem um corpo robusto, sem cauda, e patas curtas e musculosas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com um corpo compacto e sem uma cauda visível, o damão-do-cabo pesa entre 2 e 5 kg e mede até 56 cm, mas impressiona pelo contraste entre sua pequena estatura e suas habilidades.&nbsp;Suas patas curtas, porém fortes, possuem solas emborrachadas que agem como ventosas, permitindo que ele se mova com agilidade em terrenos rochosos e íngremes. Seus pelos longos e esparsos funcionam como sensores que ajudam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123557-jerboa-pigmeu-do-baluchistao-8-fatos-sobre-o-menor-roedor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pequeno animal</a> a se deslocar com confiança, mesmo em ambientes mais escuros.Apesar de sua aparência dócil, ele não é indefeso. Seus incisivos afiados são ferramentas de defesa eficazes, capazes de causar sérios danos quando necessário.No entanto, ele não se baseia apenas na força física para se proteger. Esses animais são extremamente sociais e vivem em grupos que podem variar de uma pequena família de 2 a grandes comunidades de até 50 indivíduos.Outro aspecto curioso de sua vida social é o uso de "latrinas" coletivas, onde o grupo deposita urina em um único local; uma forma de marcar território, estabelecendo uma comunicação silenciosa e eficaz com outros grupos da mesma espécie.<h2>Alimentação e adaptações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/19/19113821587131.jpg" alt="Os animais da espécie são sociáveis e vivem em grupos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os animais da espécie são sociáveis e vivem em grupos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A alimentação do damão-do-cabo também revela sua incrível capacidade adaptativa. Sua dieta é composta principalmente por vegetação, como gramíneas, ervas e folhas.No entanto, ele tem a habilidade notável de consumir <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126738-5-plantas-toxicas-que-podem-estar-no-seu-jardim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantas venenosas</a> para outros animais, como as da família Solanaceae, o que lhe oferece uma vantagem ecológica significativa.Ele também consegue extrair quase toda a água necessária de sua dieta, sobrevivendo em regiões áridas com pouca disponibilidade de água. Mas quando se alimenta, o damão-do-cabo age com extrema cautela.Eles estão sempre em grupo, então um ou mais membros da comunidade permanecem atentos a possíveis predadores enquanto os demais se alimentam rapidamente. Ao menor sinal de perigo, o grupo corre para o abrigo seguro das rochas, em um comportamento estratégico e socialmente coordenado.Além disso, a espécie tem um jeito único de lidar com as variações de temperatura do seu habitat, usando o ambiente rochoso para aquecer seu corpo ou resfriá-lo, conforme necessário.Com estratégias de sobrevivência tão engenhosas, esse pequeno animal nos mostra que tamanho definitivamente não é documento.

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Damão-do-cabo: o curioso animal que parece um roedor, mas é parente dos elefantes

Por mais que algumas espécies de tubarões precisem se manter em movimento para obter oxigênio, necessidade de se movimentar não é uma unanimidade entre esses animais. 

Você já ouviu falar na expressão "afundar ou nadar"? Ela simboliza situações de extremo estresse e pressão, onde a única saída é lutar ou sucumbir. Embora seja uma metáfora amplamente utilizada, a ideia de que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-misterioso-ponto-de-encontro-dos-tubaroesbrancos-no-meio-do-pacifico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarões</a> morrem se pararem de nadar também se tornou um mito bastante popular. No entanto, como muitas crenças sobre o comportamento animal,&nbsp;essa afirmação não é completamente verdadeira para todos os tubarões.A ideia de que "um tubarão morre se parar de nadar" não se aplica a todas as espécies, pois diferentes tubarões adotam diferentes estratégias para se manterem vivos. O que pode parecer uma verdade simples é, na realidade, uma questão muito mais complexa, envolvendo tanto aspectos de respiração quanto de flutuabilidade.<h2>Nadando para sobreviver?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/18/18172201131356.jpg" alt="Ausência de bexiga natatória prejudica a flutuabilidade dos tubarões. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Ausência de bexiga natatória prejudica a flutuabilidade dos tubarões. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Há dois principais fatores que fazem com que algumas espécies de tubarões precisem continuar nadando: a respiração e a flutuabilidade. Diferente da maioria dos peixes, que possuem uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111558-peixinho-dourado-ganha-cadeira-de-rodas-apos-ser-acometido-por-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bexiga natatória</a> — um órgão que ajuda a controlar a flutuabilidade —, os tubarões pertencem ao grupo dos condrictes, ou seja, peixes cartilaginosos que não possuem essa estrutura.&nbsp;Para se manterem flutuando e não afundarem, os tubarões usam suas grandes nadadeiras peitorais, que funcionam como asas de avião e geram sustentação. Além disso, o fígado dos tubarões armazena grandes quantidades de óleo, o que também ajuda a mantê-los "boiando".&nbsp;Contudo, sem a bexiga natatória, eles precisam nadar constantemente para evitar afundar, gastando energia para se manter na coluna d’água. Esse gasto de energia é compensado pela sua capacidade de se mover livremente em diferentes profundidades, algo que muitos peixes ósseos não conseguem fazer com facilidade, já que mudanças bruscas de profundidade podem causar a expansão perigosa da bexiga natatória.<h2>Exceções no reino dos tubarões</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/18/18172334282358.jpg" alt="Tubarão-enfermeiro é uma das espécies que pode sobreviver parado no fundo do mar. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Tubarão-enfermeiro é uma das espécies que pode sobreviver parado no fundo do mar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Certas espécies, como o tubarão-branco e o tubarão-mako, são obrigadas a nadar para garantir que a água continue fluindo sobre suas brânquias, um processo chamado ventilação ramificada. Sem esse fluxo constante de água, esses tubarões não conseguem obter <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127361-nova-forma-rara-de-oxigenio-desafia-cientistas-e-a-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oxigênio</a> suficiente e eventualmente sufocariam. Eles são chamados de ventiladores obrigatórios.No entanto, nem todos os tubarões dependem desse mecanismo. Espécies de fundo, como o tubarão-enfermeiro e os cações, têm a capacidade de respirar enquanto estão parados — utilizando uma técnica chamada ventilação bucal.. Essas espécies têm estruturas chamadas espiráculos, pequenas aberturas atrás dos olhos que ajudam na entrada de água, permitindo que respirem sem a necessidade de natação constante.Portanto, a ideia de que todo tubarão morreria se parasse de nadar é um mito. Na realidade, apenas algumas espécies de tubarões são obrigadas a manter o movimento contínuo para respirar e flutuar, enquanto outras podem descansar no fundo do oceano por longos períodos sem risco de afogamento.

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