Comunidades mais pobres tendem a acreditar mais em Deus, sugere estudo

14/04/2015 às 12:302 min de leitura

De acordo com Sarah Griffiths do Daily Mail, uma pesquisa apontou que sociedades com menos acesso à comida e água são mais propensas a acreditar em Deus ou em algum tipo de divindade que, de certa forma, inspire a obediência de códigos morais e o sentimento de cooperação nas comunidades.

O estudo foi conduzido por cientistas do National Evolutionary Synthesis Centre — ou NESCent —, um centro de pesquisas voltadas para a biologia evolutiva localizado em Durham, nos EUA. O levantamento explorou a evolução das culturas humanas, e apontou que as crenças religiosas ajudam as pessoas a enfrentar situações adversas.

Pense em como os povos que habitam regiões inóspitas da Terra desenvolveram determinadas características que permitiram que eles se adaptassem a esses ambientes. A pesquisa realizada pelo pessoal do NESCent sugere que a religião surge em comunidades mais pobres pelo mesmo motivo: para que elas consigam encarar seus desafios cotidianos, ou seja, como uma vantagem para a sua sobrevivência.

Combinação de fatores

O estudo incluiu dados obtidos a partir de 583 sociedades, e levou em consideração fatores como índice de chuvas, temperatura e de crescimento de plantas. Além disso, a pesquisa envolveu cientistas de diversas áreas — como teologia, antropologia, ecologia, linguística e biologia —, e foi proposto depois de um especialista da área de biologia evolutiva criar um gráfico a partir de dados relacionados com sociedades que creem em deuses moralizadores.

Segundo descobriu, a distribuição desses povos era bem parecida ao mapa de reprodução comunitária em pássaros — sugerindo que a ecologia talvez tivesse algum papel no surgimento e propagação da religião. Além disso, um estudo recente também revelou que existe uma ligação entre a crença em divindades moralizadoras e a cooperação em grupo.

Avaliação multidisciplinar

Segundo um dos cientistas envolvidos no estudo, quando os pesquisadores tentam compreender as forças que “moldaram” a história da humanidade, sempre existiu um forte debate quando o assunto era estabelecer se o surgimento da religião é definido pela cultura ou pelo ambiente — mas os dois aspectos nunca eram considerados ao mesmo tempo.

Entretanto, o estudo atual, além de incluir esses fatores, também contemplou todos os elementos da experiência humana que poderiam potencialmente contribuir para formar os padrões de comportamento que vemos hoje em dia.

Os resultados indicam que, efetivamente, algumas práticas e características relacionadas com a religião — e que os pesquisadores acreditavam ser exclusivas dos humanos — surgem a partir de uma mistura de variáveis históricas, culturais e ecológicas. No entanto, os cientistas acreditam que é possível explorar muitos outros processos que influenciaram o comportamento humano a partir de uma avaliação multidisciplinar.

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