Unidos para sempre: os preparativos e o dia do casamento na ótica do noivo

10/03/2016 às 05:515 min de leitura

“Noivas é que devem se preocupar com os preparativos para o casamento, eu apenas pago as contas”. Muitos homens podem ter essa ideia quando estão numa roda de amigos falando sobre os preparativos para esse dia tão especial. Porém, o que talvez não saibam é que ter voz ativa nessas decisões é algo importante e capaz de tornar a data ainda mais memorável. Ao menos é o que acho. 

Dando continuidade aos textos de experiências pessoais publicados aqui no Mega Curioso, trago o relato da caminhada ao lado da minha esposa nos preparativos para o nosso casamento – o que envolveu não apenas a cerimônia em si, mas também alguns outros detalhes. 

O início de tudo 

Antes de partir para o casamento, um breve resumo da nossa história. Conheci a Bruna em novembro de 2012 no Facebook, quando nos unimos para presentear um casal de afilhados. Porém, a vida sempre traz algumas surpresas, e acabamos nos tornando mais que amigos às 18h35 do dia 8 de junho de 2013 (hora e data do nosso primeiro beijo).

A primeira foto juntos, tirada no dia em que começamos a namorar

Nesse meio tempo, já havíamos falado de tudo um pouco, inclusive da vontade que ambos tínhamos de nos casar e constituir uma família. Foi aí que pensei: “essa é a garota que eu estava esperando”, e seguimos apostando nessa ideia e no nosso relacionamento (que, como qualquer outro, teve momentos de alegria, choro, reviravoltas e até mesmo algumas brigas – afinal, ninguém vive eternamente em um conto de fadas). 

Por falar em reviravoltas, nos deparamos com um problema que talvez você, leitor, tenha enfrentado (ou pode enfrentar) durante o seu relacionamento: a distância. Quando nos conhecemos, ela morava no interior de São Paulo, mas se mudou para São Bernardo do Campo antes de começarmos a namorar (não era o cenário ideal, mas já estávamos mais próximos). Porém, como um indicativo de que tudo poderia dar certo, ela passou a viver na mesa cidade que eu, praticamente a um quarteirão da minha casa. 

Isso facilitou bastante não apenas a nossa convivência, mas também algumas conversas sobre o que gostaríamos de ter em nosso dia especial. Um pouco precoce? Talvez, se levarmos em conta que já nos víamos falando sobre o assunto de forma oficial com cerca de oito meses de namoro. Foi mais ou menos nesse período que começamos a brincar com lista de convidados e coisas do gênero e também a perceber uma coisa: essa seria uma “brincadeira” que sairia caro. Bem caro. 

Os passos decisivos 

Lembro-me que, na metade de 2014, já estávamos olhando aqui e ali para ter uma noção de quanto gastaríamos com o nosso casamento. Sim, o que dizem por aí é verdade: casar não é barato, e percebemos isso quando nos deparamos com preços que, para a nossa realidade, estavam um pouco distantes (afinal, não tínhamos condições de desembolsar R$ 14 mil apenas para locar o salão para a festa). 

Nesse período, já estávamos procurando um lugar para morar, portanto tínhamos que pensar bem no quanto teríamos disponível para investir no dia especial. Não foram poucas as vezes em que nos debruçamos em folhas e mais folhas fazendo contas e tentando ajustar nossos planos. Pensamos até em adiar o nosso casamento, mas muitos amigos próximos diziam coisas como “não se preocupem, marquem a data do casamento que Deus encaminha o restante” (somos católicos) ou mesmo “não desistam, sigam em busca do sonho e ele se realizará”. 

E o que confirmamos posteriormente é que isso realmente se concretiza. Em outubro de 2014, quando já estávamos quase desistindo de procurar um lugar para morar, encontramos um apartamento. Porém, a compra não se concretizou antes da primeira quinzena de fevereiro de 2015, e nesse período já havíamos marcado o dia em que diríamos o nosso sim: 17 de outubro. 

Antes disso, tomei a decisão que geralmente deixa muitas pessoas com borboletas no estômago: fazer o pedido de casamento. Sempre quis tornar esse momento especial para a minha futura esposa e, de tanto pensar, acabei me enrolando. No fim das contas, fiz o pedido de uma forma bem simples: após uma missa de Natal em uma igreja de Santo Antônio. Gaguejei (estava mais nervoso que no pedido de namoro), mas ao menos consegui transmitir a mensagem desejada e, o mais importante, fazer com que ela dissesse sim.

E que comecem os jogos! 

No início de 2015, já estávamos com muitas coisas definidas. Já tínhamos escolhido a igreja, a decoradora, o buffet (optamos por fazer a recepção em um buffet infantil, algo que foi extremamente positivo – e mais barato!), músicos e por aí vai. Pouco tempo depois, pegamos a chave do nosso apartamento e já havíamos definido alguns dos móveis que teríamos. “Ah, vocês já estavam bem adiantados”, alguns podem pensar. Foi a mesma coisa que passou pela minha cabeça, e descobri pouco tempo depois que estava errado. 

Num determinado momento, a Bruna e eu começamos a enumerar algumas coisas que tínhamos que fazer. Para deixar tudo com a nossa cara, optamos por colocar a mão na massa e fazer muitas coisas em casa, do convite dos padrinhos às “lágrimas de alegria”. Após algumas conversas, chegamos à lista que você confere a seguir:

Não, você não está vendo errado: por mais que tivéssemos corrido para antecipar boa parte das coisas, o trabalho estava longe de terminar. Como optei por ajudar (à época) minha noiva em tudo que fosse possível, perdi as contas de quantas vezes fomos dormir tarde cortando papel, fechando saquinhos, escrevendo mensagens, fazendo mais contas (elas nunca terminam) e muitas outras coisas. 

Com tanto trabalho, era de se esperar que teríamos desentendimentos no caminho. Nesse processo, ainda que sem querer, acabamos nos magoando algumas vezes e falando coisas sem pensar. Porém, o desejo de seguir em frente era maior, e a única certeza que tínhamos era que, no fim das contas, tudo valeria a pena. 

Tornando o especial ainda mais especial 

Se você observou a imagem que está um pouco mais para cima, vai ver que o item 57 indica “Doug fazer as surpresas”. Mesmo com todas as correrias e a participação em diversas reuniões (homens, acreditem, elas não são poucas, mas a nossa presença é fundamental até mesmo naquelas que parecem menos importantes, ainda que seja só para ouvir e balançar a cabeça), decidi que iria preparar algumas surpresas para a minha noiva. Porém, ela também tinha pensado o mesmo. 

Fiz diversas coisas como forma de contagem regressiva, como o vídeo que está mais para baixo e traz uma retrospectiva dos nossos dois anos de namoro (com 40 fotos, já que foi publicado quando faltava essa quantidade de dias para a cerimônia), uma surpresa no trabalho dela na marca de dez dias e até algumas para 17 de outubro. Em contrapartida, ela gravou diversas mensagens de amigos e conhecidos, além de ter me presenteado com um conjunto de arco e flecha (de verdade!) e preparado outros mimos. 

Curiosamente, mesmo pensando separado, percebemos que tínhamos planejado coisas iguais. Para muitos, poderia parecer apenas uma coincidência. Para nós, a certeza de que, de alguma forma, tínhamos uma sintonia até mesmo quando estávamos longe. 

O grande dia 

Enfim chegamos ao tão esperado 17 de outubro de 2015. Muitos dizem que esse dia passa rápido e você nem percebe, enquanto outros acreditam ser apenas uma data para cumprir formalidades. No meu caso, foram horas de inquietação e, sobretudo, ansiedade. 

Lembro-me claramente que um filme passou pela minha cabeça durante o dia: tudo o que havíamos vivido e compartilhado e, sobretudo, a expectativa de imaginar o que mais ainda me aguardava. Para minha sorte, não demorou muito para que a tarde chegasse e eu ficasse mais próximo de enfim encontrar aquela que se tornaria minha esposa. 

Fui para a igreja às 15h50, pois havíamos combinado de nos reunir para rezar antes da cerimônia. Nesse meio tempo, fui recepcionando os convidados que chegavam, e sempre que alguém questionava se eu estava tranquilo, eu mostrava minha mão trêmula. A essa altura, já estava com bastante frio na barriga e ansioso para encontrar aquela que chamo de “minha pequena”. 

Não demorou muito para que isso acontecesse, já que nos “encontramos” às 16h35 – e ali vai com aspas mesmo porque eu não tive muitas condições de ver o que estava acontecendo (estava de olhos vendados). O contato visual só foi possível posteriormente, por volta das 17h30, quando as portas da igreja se abriram e eu, num esforço para conter o choro, a vi entrando.

Devo confessar: ela estava mais linda do que eu esperava. Por dias ela ficou me provocando para tentar adivinhar como era o vestido, como ela estaria e coisas do gênero. Nunca teria acertado por mais chances que tivesse, exceto em uma coisa: sempre disse que estaria linda, e nisso tenho certeza de que não errei.

Enfim casados!

Alguns minutos depois, estávamos casados oficialmente, prontos para deixar a igreja e começar a nossa jornada juntos. Quatro meses e 22 dias se passaram desde então, e estamos prestes a completar Bodas de Chocolate. Aprendemos e crescemos mais nesse período, já tropeçamos algumas vezes, mas sempre levantamos e continuamos a nossa caminhada como deve ser: unidos. Amo você, minha pequena!

E você, ainda se lembra de como foram os preparativos para o seu casamento? Comente no Fórum do Mega Curioso

Fonte

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