O objetivo das designers foi criar uma peça que interagisse com o usuário

<img src="/files/assets/pictures/000/020/575/content_20575.jpg?1371650575">Crédito: Divulgação/vespoe.comAs designers Melodi Bozkurt e Erin Turkoglu, do coletivo <a href="http://www.muzzdesign.com/">Muzz Design</a>, baseadas em Istambul, na Turquia, são as responsáveis por uma série de copos muito diferentes dos tradicionais.Em sua busca constante por novas técnicas e materiais, a dupla de designers desenvolveu a série Meld Glass, que é composta por copos para vinho e whiskey. O diferencial está no formato da peça, que se encaixa e interage perfeitamente com as mãos.Leia também:<ul><li><a href="/moda/voce-usaria-uma-bolsa-em-forma-de-prendedor-de-papel">Você usaria uma bolsa em forma de prendedor de papel?</a></li><li><a href="/comidas-e-bebidas/schweppes-cria-aplicativo-para-drinks-personalizados-por-ocasiao">Schweppes cria aplicativo para drinks personalizados por ocasião</a> </li></ul>Para obter esse formato, as jovens explicam que utilizam peças de alumínio esculpidas no formato das mãos enquanto seguram um copo. Essas peças são utilizadas para modelar o vidro enquanto ele ainda está quente. Dessa maneira, cada um dos copos apresenta pequenas diferenças que fazem deles únicos.Ao trabalhar com duas formas familiares, que são o vidro e as mãos, as designers esperam ter criado um objeto que interage com o usuário em um novo jeito de fazer design. Cada copo custa 65 dólares, o que equivale a pouco mais de 120 reais, e pode ser encontrado na loja online <a href="http://www.vespoe.com/muzzdesign/shop/meld-wine">Vespoe</a>.

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Meld Glass: o copo que se encaixa perfeitamente na sua mão

As montanha Candy Cane são feitas de xisto e outras rochas sedimentares que mudaram de cor com base no contato com a água de um antigo mar.

Um dos destinos de viagem mais procurados na Ásia Central, as chamadas Montanhas Candy Cane são formações rochosas listradas no Azerbaijão, que lembram aquelas bengalinhas doces de Natal, devido aos seus padrões geológicos únicos em vermelho e branco.Chamadas localmente de Qirmizi Qaya (Rocha Vermelha), essas montanhas, que fazem parte da cordilheira do Grande Cáucaso, teriam recebido esse apelido do escritor de viagens britânico Mark Elliot, reconhecido por suas obras sobre aquela região, em seu livro Azerbaijão: com excursões à Geórgia, de 1999.&nbsp;Hoje, o apelido é reconhecido no mundo inteiro.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122588-vinicunca-a-montanha-das-sete-cores-que-encanta-turistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vinicunca: a "Montanha das Sete Cores' que encanta turistas&nbsp;</a></li></ul>As listras vermelhas e brancas características são resultado de diferentes camadas geológicas: arenito vermelho rico em ferro e calcário/dolomita branca. Esse impressionante padrão foi criado naturalmente ao longo de milhões de anos por processos geológicos de erosão e dobramento das rochas.<h2>Os fósseis de Candy Cane</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/27/27161544855067.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os belemnites tem uma estrutura parecida com uma bala de rifle. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além de suas listras impressionantes, as Montanhas Candy Cane são também famosas por seu rico registro fóssil. Durante o período Cretáceo, entre cerca de 145 a 66 milhões de anos, o local estava submerso sob um antigo oceano, que permitiu a formação de um ecossistema marinho.Entre os fósseis mais relevantes encontrados nessas rochas estão os belemnites, antepassados extintos das lulas modernas. Esses cefalópodes tinham um rostro, estrutura calcária interna em forma de bala de rifle, que se fossilizou bem e pode ser encontrada em vários locais.A combinação entre esses fósseis marinhos e a alternância entre camadas vermelhas ricas em ferro e brancas calcárias não são apenas um padrão visual inesquecível, mas um importante registro paleontológico do Cretáceo ao vivo, e em cores.&nbsp;<h2>Candy Cane é o novo símbolo do Azerbaijão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/27/27170552229085.jpg" alt="x. (Fonte: Azernews/Divulgação)"><figcaption>Os picos coloridos da região de Khizi são hoje um importante destino turístico. (Fonte: Azernews/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Antes pouco visitadas, principalmente devido à sua localização remota e falta de infraestrutura, as montanhas Candy Cane são consideradas hoje o novo símbolo do Azerbaijão. Sua localização entre a capital Baku e Quba tem atraído caravanas de turistas em busca de paisagens deslumbrantes.&nbsp;O crescente interesse por paisagens naturais únicas contribuiu para o incremento do turismo no Azerbaijão. Hoje, ao subir pelas trilhas, o visitante geralmente se surpreende com festas de aniversário animadas e com transmissões ao vivo de youtubers.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/descoberta-no-azerbaijao-pode-reescrever-a-historia-dos-jogos-de-tabuleiro" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Descoberta arqueológica no Azerbaijão pode reescrever a história dos jogos de tabuleiro</a></li></ul>O fenômeno reflete a rápida mudança cultural no turismo moderno, no qual as redes sociais desempenham um papel importante. Nas encostas vermelhas e brancas das montanhas Candy Cane, influenciadores indianos dominam a cena, antes explorada por chineses. Assim, o turismo digital vai dando rápida visibilidade a destinos antes desconhecidos.&nbsp;

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Candy Cane: as montanhas com cara de bengalas de Natal no Azerbaijão

Onkalo é uma caverna subterrânea na ilha de Olkiluoto, preparada durante 15 anos para receber os resíduos nucleares das usinas da Finlândia durante 100 anos.

Foram concluídos recentemente os primeiros testes de uma instalação pioneira no mundo: o repositório de Onkalo, na Finlândia. Trata-se de um repositório de combustível nuclear usado, ou seja, resíduos radioativos. A ideia é que o perigoso lixo nuclear fique armazenado a uma profundidade de 430 metros em um leito rochoso, quando for inaugurado em 2026.Onkalo, palavra que significa "cavidade" ou "esconderijo" em finlandês, fica em Olkiluoto, uma ilha na costa oeste da Finlândia, dentro do município de Eurajoki.<ul><li>Conheça:&nbsp;Runit Dome: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125621-runit-dome-o-tumulo-de-lixo-nuclear-dos-eua-que-pode-romper-a-qualquer-momento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o "túmulo" de lixo nuclear dos EUA que pode romper a qualquer momento</a></li></ul>Dimensionada para os próximos cem anos, a instalação receberá o combustível nuclear usado das usinas nucleares finlandesas, tanto as existentes (Loviisa 1 e 2, e Olkiluoto 1, 2 e 3), quanto da planejada Olkiluoto 4. Os resíduos serão acomodados em latas de cobre e ferro fundido e soldados antes do armazenamento. A instalação será lacrada em 2120.<h2>O problema do lixo nuclear&nbsp;</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/ZGFtBAkENUo?list=PLzFr_hn5mPF5c8Ucu6YaL_AQSZJ_U4GbL" title="The first stage of the Trial Run of Final Disposal at Posiva’s facility was successfully completed" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Normalmente apresentado como mais limpo e menos poluente do que os combustíveis fósseis, o combustível nuclear apresenta alguns paradoxos desafiadores, e o maior deles é o gerenciamento dos seus resíduos radioativos que, embora representem uma pequena fração do volume, carregam uma perigosíssima radiação de longo prazo.&nbsp;Os resíduos nucleares podem ser divididos em três categorias: a maior parte (90%) é de baixo nível de radioatividade, como roupas e ferramentas. Outra parcela (7%), vinda de componentes internos dos reatores, é de nível intermediário. Já a fração menor restante é de resíduos de alto nível (HLW).Apesar de pequena em relação ao volume total de resíduos radioativos, essa parcela contém 99% da radioatividade, explica o site da Agência de Energia Nuclear (NEA). "Além disso, leva cerca de 10 mil anos para que a radioatividade de tais resíduos decaia até o nível que teria sido gerada pelo minério original a partir do qual o combustível nuclear foi produzido, caso esse minério nunca tivesse sido extraído", alerta.&nbsp;<h2>Como sinalizar a caverna para as gerações futuras?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/27/27091224462003.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Onkalo ficará perto das usinas nucleares existentes em Olkiluoto. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Resolvido o problema dos próximos 100 anos, uma outra questão que se apresenta é: como avisar civilizações futuras sobre os perigos enterrados, quando não sabemos que língua elas falarão ou até mesmo se serão humanas?&nbsp;Entre as propostas está a criação deliberada de uma paisagem hostil e ameaçadora, usando materiais escuros que absorvem e irradiam calor, tornando aquela área desconfortável e inóspita. Contudo, o próprio conceito de "ambiente hostil" soa um tanto &nbsp;diluído em um país que realiza periodicamente um festival cultural que combina heavy metal e tricô.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/china-cria-primeiro-reator-nuclear-a-prova-de-fusao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China cria primeiro reator nuclear à prova de fusão</a></li></ul>Entre as sugestões mais criativas está a criação a criação de gatos geneticamente modificados que mudariam de cor próximos à radiação, criando uma espécie de mito duradouro sobre "gatos sinalizadores". No curto prazo a instalação terá apenas a tradicional sinalização de segurança humana.

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Onkalo: caverna finlandesa transformada em túmulo nuclear por 100 mil anos 

Descubra os conflitos que desafiaram o poderio de Roma durante seu período de maior estabilidade.

A Pax Romana, ou Paz Romana, que se estendeu entre 27 a.C. e 180 d.C., é lembrada como um período de estabilidade e prosperidade no vasto Império Romano.Apesar da aparente tranquilidade, conflitos internos e externos revelaram que o domínio de Roma enfrentava desafios significativos. Liderados por povos e líderes determinados, esses embates deixaram marcas profundas na história do império. Confira cinco episódios marcantes desse período.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/o-que-causou-a-queda-do-imperio-romano" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que causou a queda do Império Romano?</a></li></ul><h2>1. Primeira Guerra Judaica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/02/02001733769002.jpg" alt="Vista aérea da Fortaleza de Massada. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Vista aérea da Fortaleza de Massada. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Primeira Guerra Judaica (66-73 d.C.) destacou-se como um dos conflitos mais intensos do domínio romano no Oriente Médio. Iniciada em reação a impostos altos e repressão religiosa, a revolta&nbsp;levou à expulsão das forças romanas de Jerusalém.No entanto, sob o comando de Tito, Roma retaliou com força, destruindo o Segundo Templo em 70 d.C., um evento traumático na história judaica. A resistência terminou com a queda de Massada em 73 d.C., resultando na dispersão do povo judeu (diáspora) e no controle direto da Judeia por Roma.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/99071-confira-a-estimativa-de-mortos-de-5-conflitos-historicos-sangrentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Confira a estimativa de mortos de 5 conflitos históricos sangrentos</a></li></ul><h2>2. Revolta de Saturnino</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/02/02002202373003.jpg" alt="Domiciano. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Domiciano. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 89 d.C., durante o reinado de Domiciano, Lúcio Antônio Saturnino, governador da Germânia Superior, liderou uma breve revolta contra Roma com apoio de legiões descontentes e tribos germânicas.A insurreição foi rapidamente sufocada por forças leais ao imperador, comandadas por Lápio Máximo, mas expôs tensões no exército e descontentamento com o governo autoritário de Domiciano. Em reação, o imperador reforçou o controle sobre os governadores e intensificou purgas políticas, consolidando o poder, mas agravando o descontentamento da elite romana.<h2>3. Guerras dácias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/02/02002441415004.jpg" alt="Ruínas romanas antigas da província da Dácia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ruínas romanas antigas da província da Dácia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No século 1 d.C., a Dácia, rica em recursos naturais, tornou-se um alvo estratégico para Roma. Após um tratado desfavorável firmado com Domiciano, o imperador Trajano decidiu reverter a situação. Entre 101 e 106 d.C., liderou campanhas que destruíram a capital Sarmizegetusa e levaram ao suicídio do rei Decébalo.A conquista, que consolidou o domínio romano na região, foi imortalizada na Coluna de Trajano, em Roma.<h2>4. Guerra de Kitos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/02/02003145917005.jpg" alt="Estátua do imperador romano Trajano. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estátua do imperador romano Trajano. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Entre 115 e 117 d.C., durante as campanhas de Trajano contra os partas, algumas comunidades judaicas na diáspora se revoltaram em regiões como Cirene, Chipre e Mesopotâmia. A chamada Guerra de Kitos foi marcada por violência e destruição de ambos os lados.Sob o comando de Lucius Quietus, Roma reprimiu os levantes de forma implacável, deixando um rastro de devastação e ampliando as tensões entre judeus e romanos.<h2>5. Revolta de Bar Kochba</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/02/02004430675006.jpg" alt="A Knesset Menorah, em frente ao parlamento israelense, retratando a Revolta de Bar Kochba. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Knesset Menorah, em frente ao parlamento israelense, retratando a Revolta de Bar Kochba. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>De 132 a 136 d.C., a Judeia foi palco da Revolta de Bar Kochba, liderada por Simão Barcoquebas, proclamado Messias por muitos judeus. Inicialmente bem-sucedido, o movimento conseguiu expulsar os romanos de Jerusalém e declarar um breve período de independência.No entanto, a reação de Roma foi implacável. Após cercos e batalhas, a revolta foi sufocada, culminando na queda de Betar, uma das últimas fortalezas onde os rebeldes judeus estavam resistindo. Como retaliação, o imperador Adriano impôs duras restrições, renomeou a região como Síria Palestina e proibiu os judeus de viverem em Jerusalém.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/5-lugares-que-resistiram-a-dominacao-romana" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 lugares que resistiram à dominação romana</a></li></ul>

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Conheça 5 guerras que ameaçaram a Pax Romana

Muita gente já declarou ter recebido ajuda de uma presença invisível em situações em que estavam entre a vida e a morte.

Ao longo de toda a história, muitas pessoas que passaram por situações de perigo disseram ter sentido uma presença invisível que as ajudaram a ficar mais seguras. Esse fenômeno já foi descrito cientificamente como Síndrome do Terceiro Homem, mas há quem prefira chamar como uma interferência de "anjos da guarda".<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/4-expedicoes-que-terminaram-em-desastre" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 expedições que terminaram em desastre</a></li></ul>Casos desse tipo já foram descritos por pessoas que estiveram entre a vida e a morte, seja por estarem presas em montanhas, em cavernas subaquáticas e até nas Torres Gêmeas antes que elas ruíssem. A seguir, conheça três casos famosos.<h2>1. Ernest Shackleton</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06120348050080.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Ernest Shackleton foi ajudado por uma presença invisível em uma missão. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em maio de 1916, o explorador britânico Ernest Henry Shackleton partiu em uma missão aterrorizante. Ele estava no Ártico e seu navio Endurance ficou preso no gelo. Por isso, ele e mais dois membros da tripulação saíram para buscar ajuda em uma estação baleeira em Stromness.&nbsp;Mais tarde, Shackleton afirmou que teria sentido a presença de uma quarta pessoa que os guiou durante a difícil jornada pelas montanhas. “Sei que durante aquela longa e extenuante marcha de trinta e seis horas sobre as montanhas e geleiras sem nome da Geórgia do Sul, muitas vezes me pareceu que éramos quatro, não três”, escreveu ele em um livro biográfico.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127375-terra-nova-a-expedicao-ao-polo-sul-mais-catastrofica-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra Nova, a expedição ao Polo Sul mais catastrófica do mundo</a></li></ul>Seus companheiros de jornada, Tom Crean e Frank Worsley, também sentiram a presença de um quarto membro. Worsley chegou a escrever: "Havia de fato uma coisa sobre nossa travessia da Geórgia do Sul, uma coisa que eu nunca fui capaz de explicar. Sempre que eu revisava os incidentes daquela marcha, eu tinha a sensação subconsciente de que éramos quatro, em vez de três".<h2>2. Frank Smythe&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06120600222087.jpg" alt="x"><figcaption>Ao escalar o Everest, Frank Smythe sentiu que não estava sozinho. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 1933, o montanhista inglês Frank Smythe se desafiou a um feito inédito: chegar ao topo do Monte Everest. Só que, ao longo do caminho, ele sentiu que alguém estava ao seu lado.A ideia de Smythe não era de escalar a famosa montanha sozinho, já que havia iniciado a expedição com outros colegas. Mas situações complicadas começaram a tornar a jornada mais difícil e seus companheiros desistiram da subida. Enquanto isso, Smythe continuou.Conforme subia em direção ao cume, o montanhista começou a experimentar a síndrome do terceiro homem. De acordo com seu relato, ele sentiu uma presença tão forte que em um certo momento chegou a se virar para oferecer um lanche para seu companheiro invisível.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122869-a-expedicao-na-amazonia-que-quase-matou-o-presidente-roosevelt.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A expedição na Amazônia que quase matou o presidente Roosevelt</a></li></ul>Ele acabou não chegando ao cume da montanha, mas sobreviveu. Mais tarde, Smythe declararia: “Todo o tempo em que eu estava escalando sozinho, eu tinha uma forte sensação de que estava acompanhado por uma segunda pessoa. A sensação era tão forte que eliminou completamente toda a solidão que eu poderia ter sentido".<h2>3. Reinhold Messner</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06120715051088.jpg" alt="x"><figcaption>Reinhold Messner sentiu uma presença estranha em uma montanha na Himalaia. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O montanhista italiano Reinhold Messner resolveu, em 1970, fazer uma escalada perigosa na montanha Nanga Parbat, no Himalaia, ao lado de seu irmão Günther. Os dois conseguiram chegar no topo da montanha, mas tiveram problemas durante a descida da Face Diamir.Neste momento da aventura, uma estranha terceira presença teria aparecido para ajudá-los. Messner descreveria essa sensação em um livro em 2011: “Em uma seção, as pontas frontais dos nossos grampos estavam apenas alguns milímetros de profundidade no gelo duro e vítreo. (...) De repente, havia um terceiro alpinista ao meu lado. Ele estava descendo conosco, mantendo uma distância regular um pouco à minha direita e a alguns passos de mim, fora do meu campo de visão. Eu não conseguia ver a figura e ainda manter minha concentração, mas tinha certeza de que havia alguém lá. Eu podia sentir sua presença; eu não precisava de provas".Contudo, o "terceiro homem" não podia fazer milagres, e Günther morreu tragicamente durante a descida. Anos depois, Messner daria uma nova explicação para o fenômeno que ele havia experimentado: “Consegui entender que o terceiro homem era apenas eu me observando de um plano diferente de existência”.

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3 casos de pessoas que sentiram uma presença estranha em momentos de perigo

Se pudéssemos atingir a velocidade da luz, os efeitos seriam catastróficos.

Costumamos ver na ficção científica as naves espaciais se movendo na velocidade da luz ou até mais do que isso. Mas, na realidade terrestre, viajar na velocidade da luz (que corresponde a cerca de 299.792.458 metros por segundo) seria uma impossibilidade física.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/42048-voce-sabe-como-e-quando-a-velocidade-da-luz-foi-medida-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Você sabe como e quando a velocidade da luz foi medida?</a></li></ul>Isso porque, de acordo com o professor de física Gerd Kortemeyer, da Michigan State University, esta é "a velocidade na qual coisas sem massa viajam". Mas, caso fosse possível que o corpo humano atingisse esse marco, o que aconteceria com ele?<h2>Os efeitos da velocidade da luz</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/24/24110938863001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Nem todo o combustível do mundo tornaria possível atingirmos a velocidade da luz. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para começo de conversa, uma nave espacial tripulada com humanos provavelmente não conseguiria alcançar esse marco. Seria necessário muito combustível e energia para impulsionar qualquer nave até essa velocidade.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290274-conheca-taquions-particulas-rapidas-velocidade-luz.htm#:~:text=Essa%20afirma%C3%A7%C3%A3o%20vem%20de%20um,299.792.458%20metros%20por%20segundo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Conheça os táquions, as partículas mais rápidas que a velocidade da luz</a></li></ul>Pelos cálculos de Kortemeyer, chegar a 99% da velocidade da luz em uma nave pesando 10 toneladas métricas (um pouco mais leve do que a maior parte das naves espaciais) requisitaria mais de 200 vezes a quantidade de energia consumida na Terra em um ano. Além disso, seria impossível obter um combustível perfeitamente eficiente (o que significa que, com ele, a massa se converteria em energia propulsora sem nenhuma perda de calor).Mas suponhamos que esse combustível existisse. Qual seria o efeito dessa velocidade no corpo humano?<h2>Como seria viajar na velocidade da luz?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/24/24110238598000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Na velocidade da luz, as cores e os brilhos pareceriam com esta imagem. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Se tivéssemos a possibilidade de nos mover na velocidade da luz, as cores e os brilhos pareceriam muito diferentes. Experimentaríamos uma espécie de efeito Doppler visual — mais ou menos como acontece quando vemos uma ambulância passando em alta velocidade com sua sirene tocando, e o barulho parece mudar conforme ela se move.Quando houvesse um movimento em direção a um objeto, isso faria com que ele parecesse mais azul, já que o seu comprimento de onda se encurtaria visualmente. Por outro lado, ao afastarmo-nos de um objeto, aconteceria o oposto, mudando sua aparência para mais o vermelho.Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121592-por-que-e-proibido-ultrapassar-a-velocidade-da-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que é 'proibido' ultrapassar a velocidade da luz?</a>Outra questão importante é a noção do tempo. Caso conseguíssemos atingir 299.792.450 metros por segundo (um pouco abaixo da real velocidade da luz), dois minutos de viagem a essa velocidade pelo espaço seriam equivalentes a cerca de seis dias de tempo passando em nosso planeta.&nbsp;Mas o mais chocante talvez fosse o efeito da aceleração, que nos atingiria por estarmos nos movendo muito mais rápido do que podemos aguentar. Vale lembrar que todos nós na Terra estamos girando em torno do sol a cerca de 67.000 milhas por hora. Nós não sentimos esse movimento porque essa velocidade nunca muda.No entanto, se pudéssemos atingir a velocidade da luz em relação à Terra, a coisa seria diferente. "Você não pode simplesmente decolar e atingir a velocidade da luz. Você seria achatado", diz Kortemeyer. Isso ocorre porque nós, humanos, somos adaptados para sobreviver a 1 G, a força gravitacional na Terra, que causa a sensação de "empurrão" ou "puxão" quando se está em movimento.A maioria das pessoas consegue suportar até 4 a 6 G em rajadas curtas por alguns segundos. Mas, por períodos mais longos, a força G se tornaria fatal, já que a dinâmica interna dos fluidos do nosso corpo ficaria simplesmente congestionada. Por isso, é bom que tudo isso continue existindo só na ficção científica mesmo.

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O que ocorreria com o corpo humano se ele se movesse na velocidade da luz?

A experiência sensorial das antigas civilizações era bem diferente da nossa.

As emoções que sentimos parecem razoavelmente claras para nós, assim como os lugares em que elas seriam "geradas". Para nós, o pensamento sóbrio e racional vem do cérebro, o nervosismo se manifesta no estômago, a raiva tem a ver com o fígado e o amor nasce no coração.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127924-comunidade-recria-pratos-mesopotamicos-de-5-mil-anos-atras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Comunidade recria pratos mesopotâmicos de 5 mil anos atrás</a></li></ul>Mas será que se acreditava nisso nas culturas antigas? Agora, tábulas recém encontradas mostram que os mesopotâmicos pensavam de modo diferente.<h2>Os sentimentos nas culturas antigas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/03/03110746677010.jpg" alt="x"><figcaption>Os mesopotâmicos localizavam suas emoções em regiões estranhas do seu corpo. &nbsp;(Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O mapeamento das emoções no corpo é um tema que há tempos interessa aos historiadores e antropólogos. Pesquisas pregressas documentaram que essas associações entre sentimentos e órgãos do corpo eram relativamente compartilhadas entre as culturas: diferentes povos liam suas sensações de forma semelhante.Acontece que essas percepções eram sempre captadas por meio de autorrelatos – ou seja, um método que consiste que os participantes cedam informações sobre si mesmos voluntariamente. O problema é que essa metodologia acaba compreendendo apenas entrevistas com pessoas que ainda estão por aqui. Por isso, não se tinha muita noção de como isso se dava em culturas muito antigas.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127901-escultura-de-2-7-mil-anos-e-descoberta-no-iraque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escultura de 2,7 mil anos é descoberta no Iraque</a></li></ul>Em um novo estudo multidisciplinar, pesquisadores analisaram um grande corpo de textos para ver se os povos antigos no que era a Mesopotâmia (que hoje compreende a região do Iraque moderno) vivenciavam emoções em seus corpos. Isso for feito por meio da análise de um milhão de palavras registradas em tábulas cuneiformes pertencentes à antiga língua acádia de 934–612 a.C."Mesmo na antiga Mesopotâmia, havia uma compreensão aproximada da anatomia, por exemplo, da importância do coração, do fígado e dos pulmões", explicou o professor Saana Svärd, da Universidade de Helsinque, que participou do estudo. Mas a surpresa é que os sentimentos não apareciam nos mesmos órgãos que hoje percebemos.<h2>Como os mesopotâmicos expressavam as emoções?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/03/03110628506009.jpg" alt="As tábulas de argila não eram registradas pela população em geral. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>As tábulas de argila não eram registradas pela população em geral. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os mesopotâmicos tinham experiências corporais parecidas com as nossas, mas a curiosidade estava justamente nas diferenças. Sentimentos de felicidade eram associados a palavras como “aberto”, “brilhante” ou estar “cheio”. Mas o estranho é que essa emoção não era localizada no coração, e sim no fígado.A raiva e o amor também inspiravam sensações diferentes. Quando estavam raivosos, os antigos mesopotâmicos sentiam-se "aquecidos", "enfurecidos" ou "bravos" nos pés. Da mesma forma, os neoassírios associavam o amor mais ao fígado, ao coração e até aos joelhos.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/achado-de-700-ac-desvenda-antigos-rituais-de-enterro-de-caes?utm_term=Autofeed&amp;utm_medium=Social&amp;utm_source=Facebook&amp;fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR1RPJ6IG7S7FQgB7BtAYjgOP5nuuBVh9spj76ETzvOTElwwj-OzhozYpv8_aem_wBk0XtMyTP-QTmOxYzxBkw#Echobox=1735250033" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Achado de 700 a.C. desvenda antigos rituais de enterro de cães</a></li></ul>"Resta saber se podemos dizer algo no futuro sobre que tipo de experiências emocionais são típicas para humanos em geral e se, por exemplo, o medo sempre foi sentido nas mesmas partes do corpo. Além disso, temos que ter em mente que textos são textos e emoções são vividas e experimentadas", acrescentou Svärd.Os pesquisadores ainda alertam que é preciso ter cuidado na hora de fazer comparações, já que as civilizações antigas eram muito diferentes das atuais. Como as taxas de alfabetização eram baixas, deve-se também ter noção que um número limitado de pessoas podia escrever em tábulas de argila. Ainda assim, as constatações são interessantes para que as pesquisas em torno desse tema sigam sendo desenvolvidas. "Pode ser uma maneira útil de explorar diferenças interculturais na maneira como vivenciamos as emoções", finalizou Svärd.

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