Entenda como uma técnica alemã do início do século 20, destinada a eliminar a dor do parto, se tornou um pesadelo para as mulheres.

<p>No início do século 20, o nascimento de um filho era um processo arriscado e doloroso para as mulheres. Com a promessa de revolucionar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/74078-13-lugares-inacreditaveis-onde-ja-aconteceram-partos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parto</a> e eliminar a dor, o “twilight sleep”, ou "sono crepuscular" surgiu como uma técnica inovadora na Alemanha.</p><p>Tratava-se de um estado de sedação leve ou anestesia, onde a paciente experimentava uma diminuição da consciência, mas ainda poderia responder a estímulos Aclamado como uma libertação feminina, o método, no entanto, escondeu um lado sombrio que causaria sofrimento e traumas.</p><h2>A esperança de um parto indolor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04113934809128.jpg" alt="Mãe e seu filho, nascido sob o método twilight sleep. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Mãe e seu filho, nascido sob o método "twilight sleep". (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O "twilight sleep" foi desenvolvido por Bernhardt Kronig e Karl Gauss na Alemanha, no início do século 20. A técnica consistia em administrar uma combinação de escopolamina e <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/45553-conheca-a-historia-de-como-a-morfina-foi-inventada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morfina</a> para induzir amnésia e aliviar a dor do parto sem apagar a consciência das mulheres.</p><p>A popularidade do método cresceu rapidamente, impulsionada por relatos positivos e pela defesa de feministas da época, que o viam como um passo significativo na libertação das mulheres da dor e do sofrimento associados à maternidade.</p><p>A técnica ganhou destaque internacional, especialmente nos Estados Unidos, onde foi promovida pela National Twilight Sleep Association (NTSA). Mulheres ricas e influentes viajaram para a Alemanha para experimentar o parto indolor e, ao retornar, espalharam relatos elogiosos.</p><p>A sedação parecia ser a solução definitiva para um parto sem dor, atraindo a atenção de médicos e pacientes em todo o mundo.</p><h2>O pesadelo da prática e suas consequências</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04114230727132.jpg" alt="Imagem  mostrando como as mulheres eram preparadas para o parto sob sedação, com os olhos cobertos e os braços imobilizados. (Fonte: IFL Science/Reprodução)"><figcaption>Imagem mostrando como as mulheres eram preparadas para o parto sob sedação, com os olhos cobertos e os braços imobilizados. (Fonte: IFLScience/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar das promessas iniciais, a prática da sedação logo revelou graves falhas. A técnica, que exigia doses personalizadas e administração cuidadosa, foi aplicada de forma padronizada em muitas clínicas, resultando em efeitos colaterais severos. As mulheres eram frequentemente deixadas em estado de delírio e, muitas vezes precisavam ser contidas para evitar ferimentos.</p><p>A amnésia induzida pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119506-escopolamina-a-droga-mais-assustadora-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escopolamina</a> impedia que as mães reconhecessem seus filhos ao nascer, contribuindo para altos índices de depressão pós-parto. Além disso, o uso de fórceps tornou-se comum devido à incapacidade das mulheres de colaborar no parto, aumentando os riscos de lesões para mãe e bebê.</p><p>A técnica também resultava em bebês nascidos com respiração deprimida, uma situação alarmante que muitas vezes exigia medidas drásticas para a ressuscitação dos recém-nascidos. Eventualmente, o método foi amplamente criticado e caiu em desuso.</p><p>O que começou como uma promessa de libertação da dor para as mulheres, logo se transformou em um dos episódios mais sombrios da história da obstetrícia. O caso trouxe à tona os perigos de práticas médicas mal executadas. Sua história serve como um lembrete de que soluções milagrosas podem levar a consequências trágicas.</p>

large_twilight-sleep-a-promessa-de-parto-sem-dor-que-virou-pesadelo-thumb.png

medium_twilight-sleep-a-promessa-de-parto-sem-dor-que-virou-pesadelo-thumb.png

small_twilight-sleep-a-promessa-de-parto-sem-dor-que-virou-pesadelo-thumb.png

thumbnail_twilight-sleep-a-promessa-de-parto-sem-dor-que-virou-pesadelo-thumb.png

twilight-sleep-a-promessa-de-parto-sem-dor-que-virou-pesadelo-thumb.png

Twilight Sleep: a promessa de parto sem dor que virou pesadelo

Conheça a história das moças que atuaram como assassinas durante a guerra.

<p>Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, vários assassinos atuaram nos conflitos de forma extremamente preparada para eliminar membros das nações inimigas. Mas o que nem sempre se fala é que algumas mulheres jovens desempenharam esse papel, cometendo vários assassinatos contra nazistas.</p><p>Sem dúvida, havia mais homens que mulheres nesse "papel", o que torna a história dessas assassinas ainda mais impressionantes. São casos de profissionais que usaram a astúcia para atrair soldados para então matá-los, sendo depois reconhecidas por seus feitos.</p><h2>1. Freddie Oversteegen</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/09/09193553357388.jpg" alt="(Fonte: Newshub / Reprodução)"><figcaption>Freddie Oversteegen seduzia nazistas em bares para depois matá-los. (Fonte: Newshub / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Freddie Oversteegen foi uma combatente da resistência holandesa que atuou durante a Segunda Guerra Mundial. Seu papel foi realmente inóspito: ela seduzia nazistas e depois os atraía a um local onde seriam assassinados. Por conta disso, foi considerada uma heroína em seu país.</p><p>O contexto em que ela atuava era interessante: a Holanda estava militarmente despreparada para lidar com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123525-noite-dos-cristais-veja-as-fotos-do-ataque-nazista-a-judeus-em-1938.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ataque nazista</a>, mas, mesmo assim conseguiu resistir à ocupação alemã. E um bom exemplo dessa resistência aparecia na atuação de duas irmãs adolescentes: Freddie e Truus Oversteegen.</p><p>Freddie era uma moça tímida que se juntou em 1940 à resistência holandesa, quando tinha 14 anos. Para isso, ela teve a autorização da mãe. Ela também foi a primeira do grupo a atrair um soldado nazista em um bar e levá-lo para uma floresta para matá-lo.</p><p>Mais tarde, ela declararia ao The Washington Post: "foi trágico e muito difícil e nós choramos sobre isso depois... Isso nunca convém a ninguém, a menos que sejam criminosos de verdade... A gente perde tudo. Isso envenena as coisas bonitas da vida".</p><p>Em 2014, Freddie recebeu um medalha de guerra do primeiro-ministro Mark Rutte. Quatro anos depois, ela morreu aos 92 anos.</p><h2>2. Truus Menger-Oversteegen</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/09/09193949128391.jpg" alt="(Fonte: Hanni Schaft / Reprodução)"><figcaption>Truus Menger-Oversteegen atuava em conjunto com sua irmã Freddie. (Fonte: Hanni Schaft / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Truus Menger-Oversteegen era a irmã mais velha de Freddie. Em 1940, ela se juntou ao Conselho de Resistência de Haarlem em 1940. Ao lado de outra militante chamada Hannie Schaft, as três mataram centenas de nazistas – embora não há como verificar totalmente esse número.</p><p>Uma história contada sobre ela no The Guardian fala de quando as moças foram enviadas para eliminar um oficial da SS. Truus o atraiu para fora de um restaurante para passear na floresta, enquanto sua irmã Freddie vigiava. Por fim, Hannie o matou, em um verdadeiro trabalho conjunto.</p><p>O trio também incendiou um armazém alemão, sabotaram pontes e linhas ferroviárias e esconderam <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125042-os-conselhos-judaicos-que-entregavam-seus-semelhantes-ao-nazismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">judeus</a> e outros grupos-alvo dos nazistas. Hannie Menger, filha de Truus, declarou ao The Guardian: "por serem três meninas, ninguém as notou".</p><p>Truus escreveu em 1998 um livro de memórias e também ganhou uma medalha na Holanda. Ela morreu em 2016 aos 92 anos.</p><h2>3. Hannie Schaft</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/09/09194109649392.jpeg" alt="(Fonte: Facebook / Reprodução)"><figcaption>Morta precocemente, Hannie Schaft se tornou uma heroína na Holanda. (Fonte: Facebook / Reprodução)</figcaption></figure></figure><div data-hveid="CAIQBw"><div data-ved="2ahUKEwjbx-2N97aIAxXrrpUCHYPmJLYQqPUHegQIFBAA"><div data-hveid="CBMQAA" data-ved="2ahUKEwjbx-2N97aIAxXrrpUCHYPmJLYQlcAGegQIExAA"><div data-ias="false"><p>Jannetje Johanna Schaft, também conhecida como "Hannie" Schaft, foi o terceiro membro do trio de assassinas. Ela cresceu em uma família envolvida com política e foi estudar Direito em Amsterdam em 1938. Depois, envolveu-se na <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/75474-conheca-a-historia-por-tras-de-10-bandeiras-nacionais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cruz Vermelha</a> quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia.&nbsp;</p><p>Em seguida, Hannie largou a faculdade por se recusar a declarar lealdade à Alemanha, entrando para a resistência holandesa. Ela teria sido responsável por pelo menos seis ataques, incluindo a morte de um padeiro e um cabeleireiro que colaboravam com os nazistas.</p><p>Antes de cada morte, Hannie Schaft se arrumava e se maquiava. Ela acabou sendo capturada e seu corpo foi encontrado mais tarde em uma vala. Hannie se tornou uma lenda na Holanda, ganhando várias ruas com seu nome e um memorial em Haarlem.</p><h2 aria-expanded="false" aria-haspopup="true" tabindex="0">4. Lyudmila Pavlichenko</h2></div></div></div></div><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/09/09194211946393.jpg" alt="X"><figcaption>Lyudmila Pavlichenko é conhecida como a melhor franco-atiradora de todos os tempos. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/99295-5-mulheres-incrivelmente-valentes-que-estiveram-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lyudmila Pavlichenko</a> foi uma franco-atiradora soviética a quem é creditada a morte de 309 soldados nazistas – número que pode chegar a 500. Por conta dessa trajetória, ela ficou conhecida como Lady Death.</p><p>Ela fez tudo isso sendo que saiu de combate em 1942, ao sofrer um ferimento no rosto com apenas 25 anos. O dano causado por Lyudmila aos nazistas foi tão grande que soldados alemães disseram uma vez: "se a pegarmos, vamos despedaçá-la em 309 pedaços e espalhá-los aos ventos!".</p><p>O fato é que Lyudmila Pavlichenko se tornou conhecida como uma das grandes atiradoras de elite do exército. Ela morreu em 1974, quando tinha 58 anos.</p><div aria-label="Resultados em destaque" data-ly="/desktop_layout/THHS" data-nmc="0" data-rs="1"><div data-num-cols="4"><div data-hveid="CBcQAA"><div data-hveid="CBcQAQ"><div data-ivep="true">&nbsp;</div></div></div></div></div><p>&nbsp;</p>

large_as-4-cacadoras-de-nazistas-mais-perigosas-da-segunda-guerra-mundial-thumb.png

medium_as-4-cacadoras-de-nazistas-mais-perigosas-da-segunda-guerra-mundial-thumb.png

small_as-4-cacadoras-de-nazistas-mais-perigosas-da-segunda-guerra-mundial-thumb.png

thumbnail_as-4-cacadoras-de-nazistas-mais-perigosas-da-segunda-guerra-mundial-thumb.png

as-4-cacadoras-de-nazistas-mais-perigosas-da-segunda-guerra-mundial-thumb.png

As 4 caçadoras de nazistas mais perigosas da Segunda Guerra Mundial

Uma pesquisadora de bruxaria moderna descobriu em suas palestras que há milhares de pessoas que se autodeclaram bruxas e praticam a Wicca.

<p>A estreia da série <i>Agatha Desde Sempre</i> no Disney+, na próxima quinta-feira (19), resgata um dos personagens mais icônicos do Universo Marvel, a bruxa Agatha Harkness, que foi coadjuvante em revistas do <i>Quarteto Fantástico</i> e na série <i>WandaVision</i>. Ela retorna agora mais poderosa do que nunca na pele da atriz Kathryn Hahn em um momento particularmente importante <strong>da chamada "bruxaria moderna"</strong>.</p><p>O conceito, citado em uma reportagem do <i>The New York Times&nbsp;</i>intitulada "<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/128649-bruxa-de-endor-conheca-a-unica-medium-citada-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quando todas se tornaram bruxas</a>?", lembra que "pode não haver necessidade de se esgueirar por aí", pois as bruxas já estão caminhando de cabeça erguida entre nós e "aparentemente em todos os lugares", diz a publicação.</p><p>Exemplos são garotas da geração Y lendo cartas de tarô em seus intervalos de almoço, convites para uma festa de Lua Nova para turbinar o "sucesso profissional" ou influencers que usam a hashtag #witchesofinstagram para <strong>compartilhar horóscopos, feitiços e memes</strong> com o slogan "Nós somos as netas das bruxas que vocês não conseguiram queimar".</p><h2>As bruxas do século 21</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/16/16144616864201.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Há muitos grupos de jovens bruxas no TikTok. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A bruxaria moderna tem sido tema de estudo há décadas pela professora Helen A. Berger, acadêmica do Centro de Pesquisa de Estudos Femininos da Universidade Brandeis, nos EUA. Ela sempre abordou o assunto em uma perspectiva histórica até que, em uma palestra ministrada em 1986, um membro da plateia perguntou <strong>se havia alguma bruxa praticante na sala,</strong> e muita gente levantou as mãos.</p><p>Falando com essas pessoas após a palestra, Berger foi convidada a se juntar a um <i>coven Wiccan</i> (encontro regular de bruxas). Ela topou na hora e acabou se deparando com um universo totalmente novo e desconhecido.&nbsp;</p><p>Hoje, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122175-wicca-um-ritual-de-bruxas-tentou-parar-invasao-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os praticantes da Wicca, uma religião minoritária alternativa&nbsp;</a>cujos adeptos, independentemente do gênero, se declaram bruxos, são mais de 1,5 milhão de praticantes, segundo uma pesquisa antiga (2014) da organização Pew Research Center. Em um artigo na plataforma <i>The Conversation</i>, Berger diz que <strong>os bruxos wiccans estão crescend</strong>o, em pesquisas e em grupos "como os do TikTok", diz a socióloga.</p><h2>Bruxaria e empoderamento feminino</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/16/16154726730220.jpg" alt="Nós alimentamos o poder da bruxa, diz Jung. (Fonte: Disney+/Divulgação)"><figcaption>Nós alimentamos o poder da bruxa, diz Jung. (Fonte: Disney+/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>Embora as bruxas não sejam, em essência, feministas, afirma Berger, algumas feministas, como a filósofa Mary Daly, passaram a incorporar a bruxaria como um símbolo de empoderamento feminino. Ela defendeu que <strong>o termo "bruxa" foi usado historicamente para demonizar e controlar mulheres poderosas ou independentes</strong>.&nbsp;</p><p>Ao ressignificar "bruxa", a líder do segundo movimento feminista pode ter iniciado uma virada de mesa. "É a noção de que essas palavras que foram usadas contra as mulheres foram retomadas e remodeladas em algo que poderíamos usar que fosse positivo", destaca Berger.</p><p>Estudando o arquétipo da bruxa, o fundador da psicologia analítica Carl Gustav Jung dizia que, como tudo que faz parte do inconsciente coletivo, a bruxa desaparece quando os tempos estão bons, <strong>mas ressurge quando as coisas estão tensas</strong>. "Seu poder arquetípico então infecta a humanidade,<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/125636-4-dos-casos-de-histeria-em-massa-mais-inexplicaveis-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;incitando a histeria em massa e os horrores das epidemias persecutórias</a>", afirmava. Temerosos e vulneráveis, nós alimentamos esse poder.&nbsp;</p>

large_bruxas-desde-sempre-empoderamento-feminismo-e-tiktok-thumb.png

medium_bruxas-desde-sempre-empoderamento-feminismo-e-tiktok-thumb.png

small_bruxas-desde-sempre-empoderamento-feminismo-e-tiktok-thumb.png

thumbnail_bruxas-desde-sempre-empoderamento-feminismo-e-tiktok-thumb.png

bruxas-desde-sempre-empoderamento-feminismo-e-tiktok-thumb.png

Bruxas desde sempre: empoderamento, feminismo e TikTok

Um novo estudo revela que produtos comuns de pele e cabelo usados por gestantes podem aumentar o risco de complicações graves para a mãe e o bebê.

<p>Muitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/85210-9-substancias-toxicas-que-estao-dentro-dos-seus-cosmeticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">produtos de beleza e cuidados pessoais</a> que as mulheres usam diariamente contêm substâncias que, embora invisíveis, podem causar efeitos perigosos à saúde, especialmente durante a gravidez.</p><p>Um estudo recente, publicado no periódico <i>Environmental Health Perspectives</i> e conduzido por instituições renomadas como a Emory University, Northeastern University e University of Michigan, descobriu que alguns químicos amplamente presentes em loções, xampus e cosméticos podem estar ligados a complicações gestacionais, como hipertensão e parto prematuro.</p><h2>Os químicos perigosos dos produtos de beleza</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/09/09122846287148.jpg" alt="Fenóis e parabenos, presentes em produtos de beleza, podem aumentar o risco de complicações graves durante a gravidez. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Fenóis e parabenos, presentes em produtos de beleza, podem aumentar o risco de complicações graves durante a gravidez. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os fenóis e parabenos são usados em diversos produtos de consumo diário, principalmente como filtros UV, e como conservantes em cosméticos, protetores solares, sabonetes e outros itens de higiene pessoal.</p><p>Embora sejam eficazes para preservar esses produtos, sua exposição durante a gravidez pode ser altamente prejudicial. Segundo o estudo, que analisou mais de mil gestantes em Porto Rico, altos níveis desses químicos podem levar ao desenvolvimento de hipertensão gestacional, o que aumenta os riscos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123042-por-que-o-nascimento-prematuro-e-um-problema-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parto prematuro</a> e baixo peso ao nascer.</p><p>Esses resultados são alarmantes, especialmente porque muitas mulheres grávidas não estão cientes da presença dessas substâncias químicas em seus itens de uso diário. Além disso, a hipertensão durante a gravidez é um fator de risco significativo para complicações maternas, como pré-eclâmpsia, e para problemas de saúde posteriores, incluindo diabetes e doenças cardíacas.</p><h2>Maior impacto na população mais vulnerável</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/09/09123145526151.jpg" alt="Os especialistas aconselham a limitar o uso de produtos contendo fenóis e parabenos e considerar alternativas mais seguras. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os especialistas aconselham a limitar o uso de produtos contendo fenóis e parabenos e considerar alternativas mais seguras. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O estudo destacou que a combinação de fenóis e parabenos não só aumenta o risco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118484-6-sintomas-que-podem-indicar-hipertensao-arterial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipertensão</a>, mas também representa um perigo maior para populações vulneráveis.</p><p>Por exemplo, além de enfrentarem exposição a esses químicos, as mulheres de Porto Rico que participaram do estudo também lidam com desafios adicionais como pobreza e desastres ambientais, o que agrava ainda mais os impactos na saúde materna.</p><p>Embora a exposição a esses químicos seja comum, há maneiras de reduzir o risco. Limitar o uso de produtos com altos níveis de parabenos e fenóis durante a gravidez, pode ajudar a mitigar os efeitos adversos, especialmente considerando o risco potencial do efeito combinado de diversas substâncias químicas no corpo humano.</p><p>A descoberta recente destaca a necessidade de maior conscientização sobre os produtos de beleza e higiene utilizados durante a gravidez. Embora muitos desses itens sejam considerados seguros, alguns químicos podem acarretar riscos graves tanto para a mãe quanto para o bebê.</p><p>Por isso, evitar produtos com esses componentes, sempre que possível, é uma medida preventiva importante para proteger a saúde durante um período tão delicado como a gestação.</p>

large_como-cosmeticos-prejudicam-a-saude-de-maes-e-bebes-thumb.png

medium_como-cosmeticos-prejudicam-a-saude-de-maes-e-bebes-thumb.png

small_como-cosmeticos-prejudicam-a-saude-de-maes-e-bebes-thumb.png

thumbnail_como-cosmeticos-prejudicam-a-saude-de-maes-e-bebes-thumb.png

como-cosmeticos-prejudicam-a-saude-de-maes-e-bebes-thumb.png

Como cosméticos prejudicam a saúde de mães e bebês

Mesmo diante das limitações e desigualdades da Idade Média, mulheres desafiavam o sistema judicial participando de duelos brutais para provar sua inocência em casos de violência sexual. 

<p style="text-align:justify;">Escondidos em manuscritos raros de bibliotecas europeias, como as da Dinamarca e da Baviera, registros visuais e escritos revelam uma prática surpreendente e brutal: duelos judiciais entre homens e mulheres na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128202-idade-das-trevas-afinal-a-idade-media-foi-realmente-tao-sombria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a>. Essas batalhas legais, onde a justiça era decidida pela força física em vez de provas concretas, refletiam um sistema judicial que lidava com crimes sexuais de uma forma que, para nós, parece absurda e desumana.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">No entanto, para a sociedade medieval, <strong>esses confrontos eram vistos como um último recurso para a resolução de disputas sem testemunhas</strong>, especialmente em casos de estupro, sequestro e agressão sexual contra mulheres.</p><h2 style="text-align:justify;">Duelo por justiça</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/28/28160650059286.jpg" alt="Apesar de raras, as disputas judiciais entre homens e mulheres aconteciam na Europa Medieval. (Fonte: Hans Talhoffer, The Public Domain Review/ Divulgação)"><figcaption>Apesar de raras, as disputas judiciais entre homens e mulheres aconteciam na Europa Medieval. (Fonte: Jörg Wilhalm Huter, The Public Domain Review/ Divulgação)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Durante os séculos XIII e XIV, em regiões como Alemanha, Áustria e Suíça, mulheres que acusavam homens de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/spycams-mulheres-sao-vigiadas-em-banheiros-publicos-na-coreia-do-sul" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crimes sexuais</a> enfrentavam uma escolha cruel: aceitar um juramento de inocência por parte do acusado ou lutar até a morte em um duelo judicial.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Se optassem pelo combate, o homem era colocado em uma posição desvantajosa, enterrado até a cintura em um buraco e armado com um porrete, enquanto a mulher circulava acima dele, munida de uma pedra presa na manga. A luta era brutal, e <strong>o perdedor enfrentava consequências terríveis — o homem era decapitado, enquanto a mulher tinha a mão amputada</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Esses duelos não eram comuns, mas <strong>sua existência é um reflexo das dificuldades extremas enfrentadas pelas vítimas de crimes sexuais para provar sua acusação na Idade Média</strong>. Sem as ferramentas forenses modernas, como testes de DNA, as mulheres dependiam de testemunhas que tivessem ouvido seus gritos durante a agressão ou de exames médicos que inspecionavam o hímen para determinar a virgindade.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Em um sistema onde a palavra da vítima tinha pouco peso sem provas concretas, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120995-conheca-6-leis-ridiculas-da-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">julgamento</a> por combate era uma forma drástica de buscar justiça, apelando para o que era considerado uma intervenção divina.</p><p style="text-align:justify;">A prática desses duelos não era exclusiva da Europa Central. Manuscritos como o <i>Fechtbuch</i> de Hans Talhoffer, um mestre de esgrima do século XV, descrevem essas batalhas com riqueza de detalhes. Talhoffer, que nunca testemunhou um duelo judicial pessoalmente, baseou suas ilustrações e instruções em histórias passadas e possivelmente em encenações.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127910-sala-secreta-com-desenhos-de-michelangelo-sera-aberta-ao-publico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desenhos</a> mostram cenários em que tanto homens quanto mulheres podem sair vitoriosos, mas sempre com um subtexto de que <strong>essas lutas eram algo sério, não um espetáculo exótico ou uma mera curiosidade</strong>.</p><h2 style="text-align:justify;">Desigualdade real</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/28/28161433873289.jpg" alt="Ilustração representa uma mulher dominando um homem durante um duelo judicial. (Fonte: Hans Talhoffer, The Public Domain Review/ Divulgação)"><figcaption>Ilustração representa uma mulher dominando um homem durante um duelo judicial. (Fonte: Hans Talhoffer, The Public Domain Review/ Divulgação)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">A ideia de que mulheres poderiam lutar em duelos judiciais pode parecer, à primeira vista, uma forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124540-igualdade-de-genero-em-relacionamentos-parte-da-geracao-z-aponta-melhora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">igualdade de gênero</a> na justiça medieval. No entanto, essa "igualdade" era superficial e perigosa.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Enquanto homens mais fracos ou inválidos podiam recorrer a campeões para lutar em seu lugar, as mulheres, em muitos casos, não tinham essa opção, especialmente em acusações de violência sexual. <strong>Isso as colocava em uma posição incrivelmente vulnerável, forçando-as a enfrentar seus agressores em condições desfavoráveis e com um grande risco de morte ou mutilação</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Embora raros, os duelos judiciais entre homens e mulheres capturaram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128082-6-sindromes-inacreditaveis-que-sao-frutos-da-imaginacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imaginação</a> popular e acadêmica por séculos. Em 1288, em Berna, uma mulher venceu seu agressor em um combate judicial, um feito tão marcante que inspirou ilustrações medievais e se manteve na memória coletiva como símbolo da luta pela justiça e pela vida.</p><p style="text-align:justify;">Com o passar dos séculos, esses duelos judiciais foram caindo em desuso, à medida que <strong>as sociedades começaram a buscar formas mais racionais e menos brutais de resolver disputas legais</strong>. No entanto, o legado desses combates ainda ressoa nos desafios modernos de processar crimes sexuais, onde o ônus da prova muitas vezes ainda recai pesadamente sobre a vítima.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Ao olhar para o passado, podemos ver como as mulheres, apesar de todas as adversidades, lutavam — literalmente — por justiça em um mundo onde suas vozes eram frequentemente silenciadas.</p>

large_mulheres-lutavam-em-julgamentos-durante-a-era-medieval-thumb.png

medium_mulheres-lutavam-em-julgamentos-durante-a-era-medieval-thumb.png

small_mulheres-lutavam-em-julgamentos-durante-a-era-medieval-thumb.png

thumbnail_mulheres-lutavam-em-julgamentos-durante-a-era-medieval-thumb.png

mulheres-lutavam-em-julgamentos-durante-a-era-medieval-thumb.png

Mulheres lutavam em julgamentos durante a Era Medieval

Mais de 50% dos partos no Brasil são por cesarianas, e isso reflete uma questão cultural que precisa de atenção.

<p>Segundo a Organização das Nações Unidas (OMS), <strong>cerca de 385 mil bebês nascem a cada dia</strong>, somando mais de 140 milhões por ano, sendo que mais de 1 em cada 5 (21%) de todos os partos são cesarianas. O número deve continuar aumentando na próxima década, com quase um terço de todos os nascimentos por cesariana até 2030, segundo a pesquisa. Atualmente, a República Dominicana, Brasil, Chipre, Egito e Turquia têm as maiores taxas de cesarianas, superando os partos vaginais.</p><p>A OMS relatou que é esperado que as nações das regiões com menor riqueza e menos acesso a cuidados médicos realizem partos cesáreos cada vez mais, sendo que o aumento das taxas globais, de 7% em 1990 para 21% hoje, supera a taxa ideal, que é de cerca de 10% a 15%. Isso é um problema porque atrai piores resultados de saúde e taxas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122934-como-os-bebes-sobreviviam-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mortalidade materna e fetal</a> mais altas.</p><p>Globalmente, o aumento de partos cesáreos significa uma crise porque nem todos são feitos por razões médicas, mas sim por métodos não indicados clinicamente, como a chamada "cesariana a pedido materno". Associado a isso, também encontramos a coerção das políticas institucionais da iniciativa privada na tomada de decisão das mães. E isso tudo é um problema que não para de se agravar.</p><h2>Nascendo à força</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/03/03162730075359.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Segundo a Organização das Nações Unidas, é esperado que 29% dos nascimentos anuais de bebês seja por cesariana até 2030. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122209-cesariana-por-que-o-parto-cirurgico-tem-esse-nome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parto cesáreo</a> se faz necessário em situações em que a mulher apresenta quadro de gravidez de risco ou em casos de complicações que surgem durante o trabalho de parto, como trabalho de parto prolongado ou obstruído, sofrimento fetal ou posição anormal do bebê, dificultando o parto vaginal e colocando a mãe ou o feto em risco. Fora isso, não.</p><p>Em "Intervenções para reduzir cesarianas desnecessárias em mulheres e bebês saudáveis”, publicado por um grupo de pesquisadores na revista <i>The Lancet</i>, podemos ver que as mulheres ainda acreditam que cesarianas são mais saudáveis e seguras do que um parto vaginal, apesar das evidências científicas dizerem o contrário. Dores do parto, preocupações com danos ao assoalho pélvico e até mesmo os <a href="https://megacurioso.com.br/saude-bem-estar/falta-de-sexo-pode-ser-mortal-sugere-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeitos negativos nas relações sexuais</a> após o puerpério afastam as mães de um parto vaginal. Ainda, algumas pacientes escolhem a cesariana para controlar a data do parto, fazer laqueadura ao mesmo tempo, ou devido a uma experiência negativa com o parto vaginal.</p><p>No entanto, a cesariana está mais associada a um maior risco de mortalidade materna, lesão do trato ureteral e vesical, placenta prévia, morte fetal, ruptura uterina em gestações futuras, histerectomia, dor abdominal e morbilidade respiratória neonatal. O tempo de recuperação é mais lento após o parto, fora atrasos no estabelecimento da amamentação, infecções, e aumento da probabilidade de complicações em gestações futuras, como placenta acreta.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/03/03162842131360.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>É recomendado que partos cesáreos sejam feitos apenas em situações de risco para o feto e a mãe. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Durante cesarianas, o bebê fica exposto a uma série de complicações desnecessárias de curto e longo prazo, aumentando suas chances de desenvolver diferentes Doenças Não Transmissíveis (DNTs) e condições imunológicas. Embora essa ligação permaneça controversa, estudos epidemiológicos previram que o parto cesáreo está associado à asma, alergias alimentares, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124192-8-formas-de-lidar-com-a-diabetes-de-forma-tranquila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a> tipo 1 e obesidade.&nbsp;</p><p>Foi demonstrado que os bebês de parto vaginal adquirem uma variedade de microrganismos responsáveis por aumentar e preparar a imunidade do bebê, enquanto os nascidos por cesárea adquirem microrganismos menos diversificados, semelhantes à pele materna e ambientes hospitalares, com maior risco de desenvolver infecções.</p><p>Apesar disso, como apontou o estudo da The Lancet, a mídia de alguns países continua apresentando uma imagem do parto cesáreo como algo elegante, confortável e mais seguro do que o vaginal. É verdade que cesarianas salvam vidas, mas isso acontece na mesma proporção que põem em risco o parto de uma gravidez saudável.</p><h2>Dinheiro vs. vida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/03/03162914563361.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Brasil tem uma taxa geral de cesariana acima de 50%.(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O Brasil tem uma taxa geral de cesariana acima de 50%, com impressionantes 80% a 90% dos bebês nascidos no setor privado por cesariana, em comparação com 30% a 40% daqueles nascidos no setor público.</p><p>O dinheiro está fortemente associado a esses números, como também acontece em outros países onde as taxas são maiores do que no Brasil. Os hospitais privados são incentivados a convencer mães a optarem por cesarianas porque são mais lucrativas para a instituição do que partos vaginais.</p><p>Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), o valor médio de uma cesárea particular em 2023 era de cerca de R$ 15 mil, podendo variar dependendo das escolhas, preferências, profissionais e a UTI neonatal. Já para um parto normal, o valor fica entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.</p><p>Ao podcast da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), a professora Simone Diniz, do Departamento de Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade, disse que o alto número de cesarianas no Brasil também está relacionado a uma questão cultural importante.&nbsp;</p><p>“A assistência ao parto tem sido descrita como abusiva e violenta. Muitas mulheres acreditam que a cesárea é uma forma de escapar dessa experiência negativa”, observou ela.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/03/03163025930364.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os hospitais privados são incentivados a convencer mães a optarem por cesarianas porque são mais lucrativas do que partos vaginais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Publicado em 2019, outro estudo da <i>The Lancet&nbsp;</i>que analisou dados de 12 milhões de gestações mostrou que as mortes maternas após cesarianas em países em desenvolvimento, como o Brasil, são 100 vezes maiores do que em países desenvolvidos, com até um terço de todos os bebês morrendo.</p><p>"Os resultados para as mulheres em países de baixa e média renda são muito piores do que esperávamos", disse o primeiro autor do estudo, o Dr. Soha Sobhy, da Queen Mary University of London. "Na África Subsaariana, uma em cada 100 mulheres que faz uma cesariana morrerá. Isso é 100 vezes mais do que as mulheres no Reino Unido. Os resultados para seus bebês são ainda piores, com 8% deles não sobrevivendo por mais de uma semana."</p><p>Espera-se que a tendência nas cesarianas aumente em muitos países, trazendo consequências graves para a saúde. Países de baixa e média renda precisam de incentivos financeiros para trabalhar com e não contra os cuidados maternos e neonatais, além de que é preciso que os formuladores de políticas e profissionais de saúde promovam o uso adequado do procedimento, melhorem o acesso a cirurgias de qualidade e intraparto, diminuam a desinformação e desarticule um lobby que brinca com a saúde humana visando o lucro.</p>

large_corrupcao-e-doenca-o-aumento-nos-partos-cesareos-e-uma-preocupacao-global-thumb.png

medium_corrupcao-e-doenca-o-aumento-nos-partos-cesareos-e-uma-preocupacao-global-thumb.png

small_corrupcao-e-doenca-o-aumento-nos-partos-cesareos-e-uma-preocupacao-global-thumb.png

thumbnail_corrupcao-e-doenca-o-aumento-nos-partos-cesareos-e-uma-preocupacao-global-thumb.png

corrupcao-e-doenca-o-aumento-nos-partos-cesareos-e-uma-preocupacao-global-thumb.png

Corrupção e doença: o aumento nos partos cesáreos é uma preocupação global

Desde a antiguidade, o batom vermelho é carregado de simbolismo.

<p>O batom vermelho é um clássico: o tempo passa, a moda muda, mas muitas pessoas continuam adeptas a ele. A cor, quando posta sobre os lábios, passa a ser vista como um símbolo de empoderamento, liberdade, sensualidade e poder.&nbsp;</p><p>De fato, os lábios vermelhos são carregados de significado há um bom tempo, e refletem traços culturais que vêm desde as civilizações antigas até a modernidade do século 21.</p><h2>Os sentidos do batom vermelho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/25/25123458570009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A cor vermelha nos lábios foi adotada já na antiga Mesopotâmia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>De acordo com a história, o primeiro registro que se tem de um "batom" vermelho remete ao ano de 3500 a.C., C. quando a rainha Puabi, da antiga Mesopotâmia, teria usado uma coloração vermelha nos lábios, feita com uma mistura de chumbo branco e pedras vermelhas trituradas. Com isso, ela expressava o seu poder, criando uma tradição que depois seria repetida pela rainha <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127039-qual-era-a-aparencia-de-cleopatra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cleópatra</a>, que usava na boca uma tinta retirada da cochonilha.</p><p>Na Grécia antiga, os lábios vermelhos eram associados às profissionais do sexo, enquanto no Império Romano a cor indicava um status social mais elevado das mulheres. Com o tempo, novos batons foram sendo criados a partir de experimentos feitos com insetos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117383-artista-utiliza-60-mil-abelhas-para-criar-incrivel-escultura-de-nefertiti.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cera de abelha</a> e pedras preciosas.</p><p>Por sua conotação supostamente negativa, ele sumiu durante a Idade Média, já que a igreja considerava que maquiagem era uma forma de pecado. Os cristãos pensavam que esse tipo de adereço, em oposição à beleza natural, feria os desígnios de Deus. O batom vermelho voltaria então entre as aristocratas a partir do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119307-as-7-imagens-mais-estranhas-em-pinturas-renascentistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Renascimento</a>, quando as mulheres ricas resolveram usá-los para conotar a sua superioridade.</p><h2>O batom vermelho na contemporaneidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/25/25124828356014.jpg" alt="Madonna está entre as celebridades que popularizaram o batom vermelho. (Fonte: Peakpx / Reprodução)"><figcaption>Madonna está entre as celebridades que popularizaram o batom vermelho. (Fonte: Peakpx / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Boa parte da permanência do significado do batom vermelho na cultura se deve ao uso dele na moda e no trabalho feito por profissionais do ramo da maquiagem, com a cosmetóloga canadense Elizabeth Arden.</p><p>Entretanto, durante a década de 1920, ativistas dos direitos das mulheres passaram também a adotá-lo. A feminista Elizabeth Stanton e a escritora Charlotte Perkins começaram a usar essa cor em suas bocas, o que também ajudou que o batom vermelho se tornasse um símbolo de mulheres empoderadas e bem-sucedidas.</p><p>Mais recentemente, a cor tem sido usada por celebridades importantes entre as mulheres, como a atriz <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122303-marilyn-monroe-5-fatos-curiosos-sobre-a-estrela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marilyn Monroe</a> e as influentes cantoras <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108677-madonna-60anos-relembre-as-vezes-em-que-a-rainha-do-pop-redefiniu-a-moda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Madonna</a> e Taylor Swift, entre outras celebridades. Ele também se tornou um adereço muito usado pelas personalidades da comunidade LGBTQIA+, como as <i>drag queens.</i></p><p>O fato é que, mesmo que nem todas as pessoas prefiram essa cor, ela segue até hoje carregada de significado. Os batons vermelhos permanecem como um ícone atemporal graças ao seu apelo universal e à forma como remetem à ideia de feminilidade e de poder. Por isso, é de se esperar que essa maquiagem continue atual por muito tempo.</p>

large_por-que-algumas-pessoas-pintam-os-labios-de-vermelho-thumb.png

medium_por-que-algumas-pessoas-pintam-os-labios-de-vermelho-thumb.png

small_por-que-algumas-pessoas-pintam-os-labios-de-vermelho-thumb.png

thumbnail_por-que-algumas-pessoas-pintam-os-labios-de-vermelho-thumb.png

por-que-algumas-pessoas-pintam-os-labios-de-vermelho-thumb.png

Por que algumas pessoas pintam os lábios de vermelho?

Nem todo mundo sabe, mas as mulheres também participavam de lutas na Roma Antiga.

<p>Quando falamos em gladiadores da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126798-5-misterios-nao-desvendados-sobre-a-roma-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga Roma</a>, é comum pensar em homens corajosos que se enfrentavam em batalhas sangrentas, muitas vezes entregando a própria vida. Mas, mesmo sendo mais raras, as mulheres também participaram dos jogos públicos de Roma.</p><p>Também chamadas de gladiatrix, as gladiadoras também são mencionadas em textos antigos como <i>ludia</i> (que compreende as participantes de um <i>ludi</i>, tido como festival ou entretenimento). Há ainda indícios históricos que tanto mulheres mais pobres quanto ricas faziam parte dessas lutas.</p><h2>A presença de mulheres nas lutas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29195724747009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>As gladiadoras existiram na antiga Roma, mas deixaram poucos registros. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Altamente controversas, as gladiadoras tiveram sua história de maneira bem menos detalhada do que a dos homens. O que se sabe sobre elas se fundamenta principalmente em duas representações visuais e em algumas referências registradas por historiadores romanos.</p><p>Os romanos adoravam essas lutas e as consideravam como um "entretenimento funerário". Prisioneiros de guerra e pessoas escravizadas eram forçados a participar, sendo que os políticos eram os organizadores desses jogos, que eram então assistidos por milhares de pessoas. “Na época da construção do Coliseu, o combate de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/gladiadores-x-coisas-que-hollywood-nos-ensinou-errado-sobre-eles" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gladiadores</a> havia se tornado uma forma ritual de entretenimento, oferecido apenas ocasionalmente e, portanto, muito aguardado”, afirmou Kathleen Coleman, professora da Universidade de Harvard, em entrevista ao Atlas Obscura.</p><p>Provavelmente as gladiadoras surgiram entre 40 a.C. e 19 a.C., em um período conturbado. &nbsp;“Após o assassinato de César em 43 a.C., houve um período em que as regras sociais não se aplicavam no mesmo grau, no qual as mulheres geralmente desfrutavam de mais destaque, e houve um aumento nos gastos com entretenimento”, agrega David Potter, professor de clássicos na Universidade de Michigan. Isso teria levado à entrada delas nesses jogos.</p><h2>Quem eram essas mulheres?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29200634188014.jpg" alt="(Fonte: Seyler / Reprodução)"><figcaption>Mulheres de classes baixas e altas podiam se tornar gladiadoras. (Fonte: Seyler / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ainda que muitas <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102034-gladiatrix-sabia-que-tambem-existiu-uma-versao-feminina-dos-gladiadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gladiadoras</a> fossem escravizadas, há fontes romanas que registram a presença de mulheres nobres, que provavelmente entravam na arena de forma voluntária em busca de uma maior liberdade para treinar e da conquista de poder. “Há uma grande variedade de explicações, dependendo do tempo e do lugar, mas proeminência, dinheiro e protesto social são razões pelas quais uma mulher desejaria voluntariamente ser uma gladiadora”, acrescenta Potter.</p><p>Fontes históricas documentam que os imperadores Nero e Domiciano gostavam de promover eventos luxuosos com gladiadoras mulheres. Nero teria realizado um festival em homenagem à sua mãe em que homens e mulheres de classe alta "conduziam cavalos, matavam feras e lutavam contra gladiadores, alguns voluntariamente e outros contra a vontade". Já o historiador e político romano Tácito teria se referido às gladiadoras de Nero como <i>feminarum,&nbsp;</i>que era um termo geralmente reservado para mulheres de classe alta.</p><p>Havia ainda as <i>venatrices</i>, nome dado às caçadoras de feras. Segundo Potter, elas eram capazes de derrotar veados, javalis e até leões com suas lanças e arcos. Mas diferente dos homens, elas dificilmente ficavam na arena até a morte.</p><p>Embora fossem criticadas pela sociedade, o público adorava ver gladiadoras combatendo. De acordo com Philip Matyzask, historiador e professor da Universidade de Cambridge, "algumas das lutas aconteciam no meio da tarde, e esse não é o momento para atos de novidade, comédias ou execuções. Esse é o momento para as principais lutas de gladiadores. Então, elas eram tratadas como lutadoras profissionais sérias".</p><p>Outro aspecto curioso era o seu traje. As gladiadoras provavelmente se enfrentavam vestindo uma tanga, mangas de metal e grevas que protegiam seus joelhos e canelas, além de espadas e escudos. Diferente dos homens, elas lutavam sem capacete, para que o público pudesse reconhecê-las como mulheres. Também era comum que elas aparecessem com os seios à mostra, para fazer referência às amazonas, que, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110411-10-fatos-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-a-mitologia-grega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia grega</a>, eram integrantes de uma antiga nação de mulheres guerreiras.</p>

large_a-incrivel-historia-das-gladiadoras-de-roma-banner.png

medium_a-incrivel-historia-das-gladiadoras-de-roma-banner.png

small_a-incrivel-historia-das-gladiadoras-de-roma-banner.png

thumbnail_a-incrivel-historia-das-gladiadoras-de-roma-banner.png

a-incrivel-historia-das-gladiadoras-de-roma-banner.png

A incrível história das gladiadoras de Roma

Pesquisadores afirmam que um medicamento comum, usado para evitar a rejeição de transplantes, pode estender a fertilidade feminina em alguns anos.

<p>Cada vez mais pessoas estão adiando o momento de ter filhos, mas isso pode levar a desafios para a concepção. Muitos casais enfrentam dificuldades para engravidar quando a mulher tem mais de 35 anos, devido à redução natural da fertilidade com a idade.</p><p>Nesse contexto, pesquisadores da University of Central Lancashire (UCLan) estão conduzindo um ensaio clínico inovador que explora o potencial da rapamicina – uma droga comumente utilizada para prevenir a rejeição de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127089-como-funciona-a-lista-de-transplante-de-orgaos-do-sus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transplantes</a> – para prolongar a fertilidade feminina.</p><h2>O impacto da idade na fertilidade feminina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29194051161002.jpg" alt="Após os 35 anos, é mais difícil conseguir engravidar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Após os 35 anos, é mais difícil conseguir engravidar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A fertilidade feminina começa a declinar significativamente por volta dos 35 anos, devido à redução da reserva ovariana. Desde o nascimento, as mulheres têm um número finito de folículos primordiais nos ovários, que diminuem ao longo do tempo. Durante cada ciclo menstrual, vários folículos são recrutados, mas apenas um libera um óvulo para fertilização, enquanto os outros são degradados. À medida que a reserva ovariana diminui com a idade, a quantidade e a qualidade dos óvulos disponíveis também se reduzem, dificultando a gravidez.</p><p>Esse processo culmina na menopausa, que ocorre geralmente por volta dos 51 anos, embora possa variar amplamente entre as mulheres. A diminuição da reserva e da qualidade dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124594-ovulos-sao-criados-a-partir-de-celulas-de-camundongos-machos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">óvulos</a> contribui para uma maior dificuldade em conceber e pode levar a problemas genéticos e dificuldades reprodutivas. Portanto, compreender o impacto da idade na fertilidade é fundamental para o planejamento reprodutivo e para o desenvolvimento de estratégias eficazes para apoiar a concepção em mulheres mais velhas.</p><h2>Um novo uso para um medicamento conhecido</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29194752919008.jpg" alt="A rapamicina pode retardar o envelhecimento ao melhorar a longevidade celular e potencialmente prolongar a fertilidade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A rapamicina pode retardar o envelhecimento ao melhorar a longevidade celular e potencialmente prolongar a fertilidade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A rapamicina é um composto bacteriano utilizado para evitar a rejeição de órgãos transplantados e tratar certas condições vasculares. Estudos prévios em camundongos mostraram que a rapamicina pode retardar o envelhecimento ovariano, aumentar a reserva de folículos primordiais e melhorar a longevidade dos animais.</p><p>Esses resultados forneceram a base para a pesquisa em humanos: um estudo piloto com 50 mulheres na perimenopausa que faz parte do ensaio clínico em andamento. O estudo mostrou que mulheres que receberam uma dose semanal de rapamicina apresentaram uma redução de 20% no envelhecimento ovariano, sem efeitos colaterais significativos. Os resultados iniciais indicam que a rapamicina pode ter o potencial de prolongar a fertilidade feminina em até cinco anos.</p><p>Embora o estudo piloto tenha mostrado resultados promissores, é necessário ampliar a pesquisa para confirmar a eficácia da rapamicina. Os pesquisadores planejam recrutar 1 mil mulheres para a próxima fase do estudo. Se os resultados iniciais forem confirmados, a rapamicina poderá se tornar uma importante ferramenta no tratamento do envelhecimento ovariano, beneficiando mulheres com baixa reserva ovariana e aquelas que desejam <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125050-os-5-tratamentos-de-fertilidade-mais-criativos-da-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prolongar sua fertilidade</a>.</p>

large_medicamento-que-pode-prolongar-a-fertilidade-das-mulheres-tem-bons-resultados-em-testes-thumb.png

medium_medicamento-que-pode-prolongar-a-fertilidade-das-mulheres-tem-bons-resultados-em-testes-thumb.png

small_medicamento-que-pode-prolongar-a-fertilidade-das-mulheres-tem-bons-resultados-em-testes-thumb.png

thumbnail_medicamento-que-pode-prolongar-a-fertilidade-das-mulheres-tem-bons-resultados-em-testes-thumb.png

medicamento-que-pode-prolongar-a-fertilidade-das-mulheres-tem-bons-resultados-em-testes-thumb.png

Medicamento que pode prolongar a fertilidade das mulheres tem bons resultados em testes

Há algumas tribos pelo planeta que estão totalmente lideradas por mulheres. 

<p>O matriarcado se define como um sistema social em que a mãe ou a mulher exerce autoridade sobre uma família ou um grupo. Ou seja, é o oposto do que quase sempre ocorreu nas diferentes sociedades do mundo: o famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123048-como-o-patriarcado-comecou-e-e-possivel-acabar-com-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">patriarcado</a>.</p><p>Mas as sociedades matriarcais existem em várias lugares e carregam muita riqueza cultural. São grupos em que as mulheres foram e são encarregadas de organizar a vida de todos, o que costuma ocorrer, claro, de uma forma muito diferente de quando o homem é o líder.</p><h2>1. O povo minangkabau de Sumatra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/24/24192837185387.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Entre os minangkabau, as mulheres são responsáveis por guardar e repassar a tradição. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112905-orangotango-sobrevive-apos-ser-atacado-a-balas-em-sumatra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha de Sumatra</a>, na Indonésia, vive a comunidade minangkabau, composta por cerca de quatro milhões de pessoas. Lá são as mulheres que controlam tudo. E detalhe: dentro de um contexto religioso islâmico.</p><p>Entre os minangkabau, o sistema de herança é matrilinear: ou seja, as posses e as tradições são transmitidas pelas mães para as filhas, mantendo a centralidade das mulheres na vida comunitária.</p><p>Se você acha que as mulheres são controladoras e abusivas nesse contexto, repense essa concepção. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121008-conheca-6-sociedades-comandadas-por-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">minangkabau</a> prezam por uma convivência harmoniosa entre os sexos. Os homens também têm papéis importantes, mas respeitam a liderança feminina, já que as mulheres são vistas como guardiãs da cultura e das tradições.</p><h2>2. A aldeia umoja, no Quênia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/24/24192957704388.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Umoja foi fundado para proteger mulheres da violência. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No norte do Quênia, localiza-se uma comunidade matriarcal chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/4-lugares-em-que-so-mulheres-podem-entrar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">umoja</a>, que foi fundada em 1990 por uma mulher chamada Rebecca Lolosoli. A ideia era funcionar como um refúgio seguro para mulheres que fugiam da violência de gênero. Ela existe até hoje, e tem uma peculiaridade: os homens não podem residir lá.</p><p>São as mulheres que tomam todas as decisões e controlam tudo na cidade. Seu modo de sobrevivência é um turismo sustentável, o que inclui um camping e a venda de artesanato que as ajuda a ter rendimentos.</p><p>Entre os umoja, as mulheres são as líderes indiscutíveis. Elas são responsáveis por todas as decisões e administram a economia da cidade. Para se sustentar, desenvolveram um modelo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/5-praticas-sustentaveis-do-cotidiano-que-realmente-ajudam-o-planeta" rel="noopener noreferrer" target="_blank">turismo sustentável</a> que inclui camping para visitantes e venda de joias artesanais. Estas atividades não só geram rendimentos, mas também permitem que as mulheres partilhem a sua cultura e histórias com o mundo.</p><p>As mulheres de lá são livres para decidir se querem ficar solteiras ou iniciar um relacionamento. Se escolherem a segunda opção, precisam deixar a vila para ter seus encontros. Caso engravidem, elas levam o bebê para o tribo.</p><h2>3. O povo wodaabe, na Nigéria</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/24/24193328903392.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>No povo wodaabe, os homens fazem uma dança para serem escolhidos pelas mulheres. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na Nigéria, a tribo wodaabe se destaca por ser liderada por mulheres e manter um estilo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120870-conheca-a-tribo-nomade-que-nada-ate-60-metros-debaixo-da-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida nômade.</a> Mas o grupo é famoso por causa de suas tradições culturais mais inóspitas.</p><p>Na tribo, por exemplo, o casamento é visto como uma instituição flexível. As meninas wodaabe têm um casamento arranjado pelos pais, mas podem dissolvê-lo e se casar novamente sem qualquer problema, o que reforça o respeito às mulheres dentro da tribo.</p><p>Mas talvez o aspecto mais curioso seja uma tradição mantida por eles chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122074-conheca-o-ritual-de-roubo-de-esposas-da-tribo-wodaabe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dança yaake</a>. Trata-se de uma competição em que os homens se enfeitam e dançam para chamar a atenção das mulheres. Assim, as mulheres podem escolher os homens que considerarem mais atraentes para se relacionar.</p><h2>4. A etnia akan, de Gana</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/24/24193547895393.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodução)"><figcaption>A etnia akan já foi definido como uma ginocracia, um sistema de governo centralizado nas mulheres. (Fonte: Pinterest / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A etnia akan, que compreende um grupo étnico que vive entre Gana e Costa do Marfim, está entre as mais influentes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a>. Ela se destaca por possuir uma estrutura única em que as mulheres são as fundadoras dos clãs e responsáveis pela sucessão das famílias.</p><p>Os homens até podem exercer posições de liderança, mas a sua principal responsabilidade é apoiar e fortalecer os seus familiares do sexo feminino. Assim, estudiosos definem os akan como uma ginocracia, que descreve um sistema de governo baseado no poder das mulheres</p>

Mulher

Novidades