Wilma Mankiller dedicou sua vida para a defesa dos direitos dos nativos americanos.

<p>Wilma Mankiller foi uma mulher admirável. Nascida na pobreza na Nação Cherokee, ela acabou se tornando a primeira mulher a chefiar a sua grande tribo, no ano de 1987.</p><p>Contudo, sua história não foi nada fácil, mas ela mostra o poder de perseverança desta nativa americana para representar e defender os seus iguais.</p><h2>A infância em Oklahoma</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18193611521002.jpg" alt="(Fonte: OK History / Reprodução)"><figcaption>Wilma Mankiller mudou muito jovem para São Francisco com sua família. (Fonte: OK History / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Nascida em 1945, Wilma Mankiller é a sexta de onze filhos de uma família de Tahlequah, Oklahoma, capital da <a href="https://megacurioso.com.br/artes-cultura/o-misterioso-povo-dos-olhos-de-lua-das-lendas-dos-indigenas-cherokee" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nação Cherokee</a>, em 1945. Ela cresceu na pobreza, em uma casa rural sem eletricidade, sem encanamento interno e sem telefone.</p><p>Por conta da Lei de Realocação Indígena de 1956, o Bureau of Indian Affairs havia prometido bons empregos aos nativos americanos que deixassem terras subsidiadas pelo governo federal. Em razão disso, a família Mankiller se mudou para o oeste para São Francisco.</p><p>Wilma Mankiller declarou em 1993, para o The New York Times, que aquela foi uma viagem melancólica. "Lembro-me que, quando dirigimos para o trem, me senti tão triste. Eu estava tentando memorizar cada árvore, e como era a escola, quais flores estavam florescendo no quintal da frente do meu avô, todo esse tipo de coisa", explicou.</p><p>Quando estava na Califórnia, aos 17 anos, Wilma se casou com um homem chamado Hector Hugo Olaya de Bardi, com quem teve duas filhas. Aparentemente, ela seria uma dona de casa. Mas algumas coisas mudaram o rumo do seu destino.</p><h2>A ocupação de Alcatraz</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18192352678000.jpg" alt="(Fonte: Got2Globe / Reprodução)"><figcaption>A Ocupação de Alcatraz mudou os rumos da vida de Wilma Mankiller. (Fonte: Got2Globe / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em novembro de 1969, um movimento chamado American Indian Movement ocupou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121869-alcatraz-como-era-a-vida-na-penitenciaria-que-ninguem-escapava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilha de Alcatraz</a> no intuito de chamar a atenção para as reivindicações dos nativos americanos. Wilma Mankiller se juntou ao protesto, o que a fez a tomar consciência sobre a necessidade de defesa dos direitos dos indígenas.</p><p>A manifestação acabou durando 19 meses, e levou à reforma de políticas dos direitos dos indígenas nos Estados Unidos. Wilma declarou que esse evento foi transformador em sua vida. "Eu senti que havia algo errado comigo porque não estava feliz sendo uma dona de casa tradicional. Comecei a ouvir o que essas pessoas diziam. O que Alcatraz fez por mim foi, me permitiu ver pessoas que se sentiam como eu, mas podiam articular muito melhor", declarou ao The New York Times.</p><p>Isso a levou a se tornar diretora do Centro da Juventude Nativa Americana em Oakland. Ao voltar para Oklhoma, já nos anos 1970, ela continuou seu ativismo, lutando pela vida de famílias Cherokee que sofriam várias necessidades, como a falta de acesso a água.</p><h2>Wilma Mankiller torna-se chefe Cherokee</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18193544319001.jpg" alt="(Fonte: US Mint / Reprodução)"><figcaption>Wilma Mankiller foi homenageada com a maior honraria civil de seu país. (Fonte: US Mint / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Por conta de seu trabalho, o chefe Ross Swimmer da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113421-tribo-cherokee-doa-sementes-para-o-banco-global-de-sementes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nação Cherokee</a> pediu a Mankiller para servir como seu vice-chefe em 1983. Quatro anos depois, em 1987, ela se tornou a primeira mulher a ser eleita chefe da Nação Cherokee – e de qualquer outra grande tribo indígena americana.&nbsp;</p><p>Por conta de sua boa gestão, ela foi reeleita no posto em 1991, com 83% dos votos. Dentre os seus feitos, estão a expansão o sistema de saúde e os serviços de moradia do país para os nativos americanos. E não apenas isso: as taxas de mortalidade infantil caíram, as taxas de emprego dobraram e o nível de escolaridade aumentou.&nbsp;</p><p>Ela recebeu vários reconhecimentos por sua liderança, como a introdução no National Women's Hall of Fame. Em 1998, o presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/44430-5-pessoas-inteligentes-que-fizeram-coisas-estupidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bill Clinton</a> concedeu a ela a mais alta honraria civil do país: a Medalha Presidencial da Liberdade.</p><div data-google-query-id="COSQpLCMrIcDFVBPuAQd3W4N0g">Em 2010, Wilma Mankiller morreu de câncer no pâncreas, quando tinha 64 anos, mas segue viva na história da defesa dos indígenas americanos. Em 1993, ela escreveu em sua biografia: "se eu for lembrada, quero que seja porque tenho a sorte de ter me tornado a primeira chefe feminina da minha tribo. Mas também quero ser lembrada por enfatizar que temos soluções indígenas para nossos problemas".</div>

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Conheça Wilma Mankiller, a 1ª mulher chefe da nação Cherokee

Muitas mulheres foram avaliadas (quase sempre injustamente) como bruxas, sofrendo as consequências por causa disso.

<p>Nem todo mundo sabe, mas a bruxaria diz respeito a um dos sistemas de crenças mais antigos da história da humanidade. As bruxas (e bruxos) eram indivíduos que faziam uso de seus conhecimentos da natureza para tentar dominar o desconhecido e buscar explicar o mundo a partir de uma consciência que ia além da mente racional.</p><p>Ao longo da história, várias pessoas (sobretudo mulheres) praticaram rituais e cerimônias de bruxaria, o que fizeram com que elas fossem perseguidas, mas também se tornassem bastante conhecidas. Algumas delas, inclusive, são relembradas até hoje.</p><h2>1. As Bruxas de Salem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16211604947389.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Talvez não haja "bruxas" mais conhecidas dos que as que foram mortas injustamente em Salem. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A história da bruxaria passa, necessariamente, pelo caso das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122612-a-historia-da-ultima-bruxa-de-salem-que-foi-perdoada.htm#:~:text=O%20julgamento%20das%20bruxas%20de,julgamentos%2C%2020%20pessoas%20foram%20executadas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bruxas de Salem</a>. Trata-se de um acontecimento ocorrido em 1692, na pequena cidade de Salem, Massachusetts, nos Estados Unidos. Basicamente, havia um grupo de jovens da região que começou a apresentar vários comportamentos estranhos, como convulsões que os médicos não conseguiam explicar.</p><p>Por causa disso, várias pessoas começaram a dizer que essas jovens eram vítimas de bruxaria. Isso levou a uma grande caçada que culminou na prisão de mais de 200 suspeitos. O que se seguiu foi uma histeria coletiva descontrolada envolvendo os julgamentos dos réus, que eram especialmente mulheres. No fim, 20 pessoas foram executadas sob a acusação de serem bruxas.</p><h2>2. As Bruxas de Berwick</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16211722301390.jpg" alt="(Fonte: Historic UK / Reprodução)"><figcaption>O caso das Bruxas de Berwick envolve uma perseguição do rei da Escócia. (Fonte: Historic UK / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outro caso famoso é o das chamadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112084-10-mulheres-condenadas-por-bruxaria-por-motivos-ridiculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bruxas de Berwick</a>, ocorrido na Escócia no final do século XVI. No ano de 1590, o rei Jaime VI da Escócia e sua esposa Ana da Dinamarca passaram por uma terrível viagem marinha.</p><p>Ao retornar, eles atribuíram a questão ao diabo e a ação de bruxas que queriam assassiná-los. A principal acusada foi a parteira Agnes Sampson. Para que se arrancasse uma confissão dela, Agnes sofreu torturas terríveis, o que a fez declarar que era uma bruxa. Por conta disso, ela, ao lado de outras mulheres, acabou sendo estrangulada e o seu corpo foi queimado.</p><h2>3. Madame Blavatsky</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16211817518392.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Madame Blavatsky era respeitada por seu conhecimento esotérico. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outra bruxa famosa é a russa Helena Petrovna Blavatsky, que ficou conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/107034-mais-misterioso-que-atlantis-conheca-lemuria-o-continente-perdido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Madame Blavatsky</a>. Ela é lembrada como a fundadora da teosofia, uma doutrina esotérica e sincrética que mistura religiões orientais e propõe uma visão mística da natureza e do universo.&nbsp;</p><p>Nascida em 1831, Helena viajou para lugares como a Índia, o Tibete e o Egito, onde coletou muito conhecimento esotérico. Mais tarde, em 1875, ela fundou a Sociedade Teosófica de Nova York, uma organização que dedicava ao estudo da filosofia religiosa e do misticismo.&nbsp;</p><p>Madame Blavatsky também escreveu livros que se tornaram famosos, como<i>&nbsp;Ísis Sem Véu</i> e <i>A Doutrina Secreta</i>. Mesmo que ela não tenha sido uma bruxa perseguida, entrou para a história por conta de seu suposto conhecimento mediúnico.</p><h2>4. Elly Kedward</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16212039263393.png" alt="(Fonte: Blair Witch Wiki / Reprodução)"><figcaption>A lenda de Elly Kedward inspirou a história de<i>&nbsp;A Bruxa de Blair.</i> (Fonte: Blair Witch Wiki / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107337-sabia-que-o-final-de-a-bruxa-de-blair-era-para-ser-diferente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>A Bruxa de Blair</i></a>, de 1999, foi um grande sucesso do cinema de horror. Embora seja uma ficção, ele parte de uma lenda que realmente existe: a de Elly Kedward, também conhecida como Bruxa de Blair.&nbsp;</p><p>De acordo com a história, Elly foi acusada de bruxaria em 1785 na cidade de Blair, Maryland. Crianças da vila teriam alegado que foram seduzidas por ela a entrar na floresta, onde seriam usadas em experimentos.</p><p>Por conta disso, Elly Kedward foi caçada pelos aldeões e expulsa da cidade durante o inverno, o que a fez morrer de frio. Então, seu espírito teria voltado em busca de vingança, encerrando a vida de vários habitantes da cidade.</p>

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Conheça algumas das bruxas mais famosas da história

Apesar da posição da Igreja sobre aborto e contracepção, alguns líderes católicos demonstraram compreensão e até mesmo apoio a essas práticas.

<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> é amplamente conhecida por sua posição firme contra o aborto e a contracepção, conforme estabelecido no Catecismo e em documentos papais como a <i>Humanae Vitae</i>. No entanto, ao longo da história, alguns papas e santos mostraram atitudes mais tolerantes ou mesmo favoráveis em relação a essas práticas. Conheça cinco figuras católicas que desafiaram a posição oficial da Igreja sobre saúde reprodutiva.</p><h2>1. Papa João XXIII</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13220744192002.jpg" alt="Papa João XXIII. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Papa João XXIII era a favor da reforma contraceptiva. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na década de 1960, o Papa João XXIII demonstrou abertura para mudanças nas leis da Igreja sobre a contracepção. Ele organizou a Comissão Papal sobre População, Família e Controle de Natalidade, onde a maioria dos membros se mostrou favorável à reforma contraceptiva. Ao final dos três anos de existência do conselho, existiam 72 membros, entre teólogos, psicólogos, leigos e casais. Dos 72 membros, apenas quatro se opuseram à reforma contraceptiva. Infelizmente, o Papa João XXIII faleceu antes que pudesse ver o resultado dessa comissão, e sua postura mais liberal foi substituída pela rigidez do Papa Paulo VI.</p><h2>2. Santo Antonino</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13221053607003.jpg" alt="Estátua de Santo Antonino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estátua de Santo Antonino. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Santo Antonino de Florença, um teólogo e arcebispo do século XV, é frequentemente citado por católicos pró-escolha. Ele escreveu que o aborto poderia ser justificado se a saúde da mãe ou da criança estivesse em risco. Ou seja, Antonino defendia que, em casos onde a vida da mãe estivesse em perigo, o aborto poderia ser uma medida aceitável. Ele foi canonizado apenas 64 anos após sua morte, sugerindo que a Igreja não teve problemas com suas posições.</p><h2>3. São Tomás de Aquino</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13221317061004.jpg" alt="Vitral representando São Tomás de Aquino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Vitral representando São Tomás de Aquino. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>São Tomás de Aquino, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119985-os-sete-pecados-capitais-e-suas-interpretacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos maiores filósofos da Igreja</a>, escreveu sobre o conceito de infusão da alma, sugerindo que um feto só obtém uma alma humana entre 60 e 80 dias após a fertilização. Ele argumentou que até esse momento, o feto não possui uma "alma humana" e, portanto, o aborto realizado antes desse período não poderia ser considerado homicídio. Esse conceito tem sido usado por alguns católicos para argumentar que o aborto até esse período é moralmente aceitável.</p><h2>4. Santa Brígida de Kildare</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13221652837005.jpg" alt="Vitral representando Santa Brígida. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Vitral representando Santa Brígida. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Santa Brígida de Kildare, uma das figuras mais veneradas da Irlanda, realizou um aborto milagroso em uma de suas freiras, aliviando-a da gravidez de maneira indolor. De acordo com escritos de Cogitosus, monge irlandês que escreveu sobre a vida da santa, Brígida fez com que o feto "desaparecesse sem nascer e sem dor". Esse ato foi visto como um exemplo poderoso de compaixão e cuidado dentro da tradição católica.</p><h2>5. Santa Hildegarda</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13222828047006.jpg" alt="Estátua em homenagem a Hildegarda de Bingen, a santa que escreveu minuciosos textos científicos sobre medicina. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estátua em homenagem a Hildegarda de Bingen, a santa que escreveu minuciosos textos científicos sobre medicina. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Santa Hildegarda de Bingen, uma freira e médica medieval, escreveu sobre várias ervas que poderiam induzir o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/polonia-indonesia-e-brasil-quais-paises-do-mundo-proibem-qualquer-tipo-aborto" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aborto</a> ou estimular a menstruação. Seus textos médicos detalham o uso de plantas como gengibre selvagem, verbasco, erva-de-santa-maria e mil-folhas para esses fins. Ela descreveu como a ingestão dessas plantas poderia levar ao aborto ou à retomada do ciclo menstrual, mostrando que tinha uma compreensão e uma certa tolerância em relação a essas práticas, embora não haja registros de que tenha ela mesma realizado tais procedimentos.</p>

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5 figuras católicas que eram a favor do aborto e da contracepção

A análise sugere que as mulheres se recuperam mais rápido dos impactos causados pelo espaço no organismo humano.

<p><strong>As mulheres são mais aptas às viagens espaciais do que os homens</strong>, tendo uma tendência menor para sofrer com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122422-quais-sao-os-efeitos-das-viagens-espaciais-no-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeitos no corpo provocados por esse tipo de experiência fora da Terra</a>. É o que sugere um novo estudo sobre o tema, publicado na revista <i>Nature Communications</i> no dia 11 de junho.</p><p>Na pesquisa, liderada pelo professor de fisiologia da Weill Cornell Medicine (Estados Unidos), Christopher Mason, o objetivo era entender os <strong>impactos no sistema imunológico causados pelas viagens ao espaço</strong>. Para a investigação, a equipe analisou os dados de dois homens e duas mulheres que participaram da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117845-mulher-mais-jovem-que-vai-viajar-ao-espaco-venceu-cancer-quando-crianca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missão Inspiration4</a> da SpaceX em 2021.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27184054242005.jpg" alt="Tripulantes da missão Inspiration4. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Tripulantes da missão Inspiration4. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Essas informações foram comparadas com as de outros 64 astronautas, entre homens e mulheres, que participaram de missões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128591-x-59-nasa-apresenta-aviao-supersonico-que-nao-faz-barulho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>. Os especialistas queriam entender como a <strong>microgravidade, a radiação e as mudanças de fluido</strong>, condições encontradas nas viagens espaciais, afetaram as respostas imunológicas da tripulação.</p><p>De acordo com o estudo, os resultados da comparação mostraram que <strong>as mulheres toleram melhor o estresse fisiológico provocado pelas condições espaciais</strong>. Além disso, podem apresentar uma recuperação muito mais rápida quando retornam à Terra.</p><h2>Impactos do espaço no corpo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27184445209006.jpg" alt="O corpo pode sofrer alterações durante as missões espaciais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O corpo pode sofrer alterações durante as missões espaciais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ao analisar os dados dos astronautas, os pesquisadores identificaram <strong>mudanças em marcadores relacionados à inflamação, envelhecimento e homeostase muscular depois do voo para fora da Terra</strong>. No entanto, essas alterações ocorreram de maneira diferente entre os sexos dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210202-astronautas-vivem-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viajantes</a>.</p><p>Também foram notadas modificações na expressão genética, <strong>igualmente em maior intensidade nos homens</strong>. Desempenhando um papel essencial na coagulação do sangue, o fibrinogênio foi uma das proteínas mais afetadas, assim como a IL-6 e a IL-8, responsáveis por combater infecções e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124326-cafe-com-leite-tem-acao-anti-inflamatoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inflamações</a>, respectivamente.</p><p>Essas mudanças celulares, moleculares e fisiológicas surgiram até mesmo nas missões espaciais curtas, com a <strong>maioria delas voltando ao normal algumas semanas depois do fim da viagem</strong>. Porém, parte das medições ainda se mostrou fora dos padrões por mais de três meses, exigindo uma investigação mais aprofundada.</p><h2>Por que as mulheres são mais resistentes às viagens espaciais?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27190130015008.jpg" alt="Christina Koch é a mulher que passou mais tempo no espaço. (Fonte: NASA/Divulgação)"><figcaption>Christina Koch é a mulher que passou mais tempo no espaço. (Fonte: NASA / Divulgação)</figcaption></figure></figure><p><strong>Os motivos que tornam as mulheres mais resistentes às alterações fisiológicas ocorridas durante as missões espaciais ainda não foram esclarecidos</strong>. Mas os autores do artigo desconfiam que isso tenha relação com a preparação do organismo para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123151-6-sinais-de-que-voce-pode-estar-gravida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a>.</p><p>“Ser capaz de tolerar grandes mudanças na fisiologia e na dinâmica dos fluidos pode ser ótimo para gerenciar a gravidez, mas também para <strong>controlar o estresse dos voos espaciais em um nível fisiológico</strong>”, sugeriu Mason, em entrevista ao <i>The Guardian</i>.</p><p>Apesar da descoberta, ele afirma que <strong>são necessários mais estudos para confirmar a tendência</strong>, que pode influenciar na seleção de astronautas para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128657-quais-serao-os-primeiros-animais-nas-colonias-da-lua-e-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">futuras missões de longa duração</a>.</p>

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Mulheres são mais tolerantes a viagens espaciais que homens, diz a ciência

Toda mulher, aos 20 e poucos anos, deveria se atentar a esses cinco aspectos

<p>Quando estamos com vinte e poucos anos, temos a certeza de que vivemos a plenitude de nossa juventude. Isso é verdade. Mas vale dizer que esse também um momento importante para ter um cuidado especial com a saúde, prevenindo o que vem pela frente.</p><p>No caso das mulheres, há algumas questões especiais que precisam ser consideradas, de acordo com os especialistas. Prepare então seu <i>checklist</i> e garanta que as próximas décadas sejam ótimas.</p><div data-testid="prism-GridRow"><div data-testid="prism-GridColumn"><h2>1. Encontre um médico de confiança</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18202955383419.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>É recomendado ter um médico que a acompanhe ao longo da vida. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na infância e juventude, costumamos fazer visitas periódicas ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121769-criando-criancas-medicos-desmentem-5-mitos-sobre-o-assunto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pediatra</a>. Mas, ao chegar na vida adulta, nem toda mulher procura um médico para chamar de seu e acompanhar a sua saúde ao longo da vida.</p><p>A cardiologista Stacey Rosen explica: "não há relacionamento mais importante além dos entes queridos do que aquele que você desenvolve com um médico. Estabelecer esses relacionamentos quando você é jovem e provavelmente saudável é a coisa mais importante que você pode fazer quando jovem", declarou ao portal da National Geographic.</p><p>Esse médico ou médica pode ser o <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/102578-para-evitar-constrangimento-no-ginecologista-tailandesas-usam-mascaras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ginecologista</a>, o obstetra ou mesmo um clínico geral. Mas o importante é que seja um especialista que avalie o corpo todo, e não apenas a saúde íntima. “Procure um médico de sua confiança que saiba que todas as partes do seu corpo estão conectadas", afirma Rosen.</p><p>Também coloque na rotina a visita ao dentista e ao oftalmologista, para fazer exames e limpezas regulares e sempre monitorar a sua saúde ocular.</p><h2>2. Coloque o <i>checkup</i> na agenda, incluindo exames de câncer</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18203016874421.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>As mulheres devem cuidar da saúde desde muito jovens. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Autocuidado é um conceito amplo, e vai além dos hábitos de comer, dormir bem e fazer exercícios. Ele envolve, por exemplo, manter os seus exames sempre atualizados.</p><div data-testid="prism-editors-note">Isso inclui o acompanhamento de possíveis focos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125518-5-grandes-avancos-historicos-na-luta-contra-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a>, cuja incidência ocorre também segundo as variações genéticas inscritas no DNA de cada uma. “Reunir o histórico familiar para saber se o risco de diferentes condições é alto, baixo ou médio é muito importante aos vinte anos”, afirma Rosen. Ela diz ainda que é bom ter essa conversa com pais, avós e, se possível, até com os bisavós, mapeando os casos na família.</div><p>Dentre as doenças que têm um forte fator genético, estão o câncer (melanoma, colorretal, mama, ovário, pâncreas e outros) e o risco para diabetes, doenças cardíacas, doenças mentais e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274889-alzheimer-luz-sol-simulada-reduzir-sintomas-doenca-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a>.&nbsp;</p><h2>3. Foque na atividade física</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18203035593423.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O exercício frequente prepara o corpo para a velhice. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Aos vinte e poucos anos, pode ser que pareça cedo demais para se dedicar com afinco à atividade física. Mas isso é uma ilusão. E outra coisa: manter esse hábito não significa necessariamente se enfiar na academia todos os dias.</p></div></div><p>A recomendação é realizar pelo menos 150 minutos de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. Mas foque um tempo para o treinamento de resistência ou a alguma outra atividade de fortalecimento muscular. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128596-por-que-sentimos-dores-musculares-apos-praticar-atividades-fisicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">musculação</a>, conforme dizem algumas pessoas, é uma "poupança" que se faz para a velhice.</p><h2>4. Não deixe de dormir</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18203050445425.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os hábitos de sono costumam ser mantidos durante toda a vida. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><div data-testid="prism-GridRow"><div data-testid="prism-GridColumn"><p>Na juventude, é bem comum a gente pular algumas noites de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128796-como-sempre-ter-a-melhor-noite-de-sono-de-acordo-com-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono</a>, ao menos parcialmente. "As pessoas na faixa dos vinte e poucos anos têm a tendência de pensar que não precisam dormir”, diz Stacey Rosen.</p><p>Só que isso é extremamente arriscado. A razão é simples: os nossos hábitos de sono aos vinte anos quase sempre se tornam hábitos para toda a vida. Ou seja, manter desde cedo um sono de má qualidade é um “risco cardiovascular silencioso e tácito”, afirma a médica..</p><h2>5. Cuide da pele</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18202935661416.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O cuidado com a pele deve ser iniciado desde cedo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>E, por fim, mas não menos importante: proteja desde cedo a sua pele. Todo mundo deveria aplicar um protetor solar de pelo menos FPS 30 sempre que tiver exposição direta à luz solar – o que inclui as vezes que estamos no carro, no transporte público ou mesmo no escritório.</p><p>Além de se prevenir quanto ao câncer de pele, essa prática também retarda o envelhecimento precoce. Para complementar o cuidado, é possível ainda aplicar todas as noites um creme de retinol (vitamina A), preservando ainda mais a juventude.</p></div></div>

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O que mulheres jovens devem cuidar para envelhecer com saúde?

Segundo pesquisadores, os efeitos da menstruação no desempenho esportivo são muito diferentes do que o senso comum poderia imaginar.

<p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126815-copa-do-mundo-feminina-4-recordes-em-que-mulheres-superaram-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Atletas femininas</strong></a><strong> têm tempos de reação mais rápidos e cometem menos erros quando estão menstruadas</strong>, indica um novo estudo feito pela University College London com mais de 200 atletas. Contudo, a pesquisa também demonstrou que elas sentem que seu desempenho é prejudicado em comparação com outras fases do ciclo menstrual.</p><p>O estudo buscava entender o motivo das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123524-quais-sao-as-lesoes-mais-comuns-no-futebol-e-como-preveni-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">taxas de lesões</a> serem muito mais elevadas em atletas do sexo feminino do que em homens. <strong>À medida que a popularidade dos esportes femininos aumentou, os números de lesões tiveram o mesmo resultado</strong>, o que gerou um debate sobre os eventuais motivos. As descobertas foram surpreendentes.</p><h2>Ciclo menstrual entre atletas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13190643347031.jpg" alt="Apesar de percepção contrária, atletas que menstruam atingiram pico cognitivo durante a menstruação. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Apesar da percepção contrária, atletas que menstruam atingiram pico cognitivo durante a menstruação. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Segundo os investigadores, os hormônios são a diferença mais óbvia entre pessoas que têm <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127854-como-o-ciclo-menstrual-afeta-o-funcionamento-e-a-estrutura-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclos menstruais</a> e aquelas que não têm ou usam contracepção hormonal. Até então, o efeito que esses hormônios têm à medida que oscilam ao longo do ciclo menstrual não era claro, embora investigações passadas apontassem para alterações nas funções cerebrais que poderiam afetar o desempenho de uma atleta.</p><p>“Mudanças na cognição espacial poderiam, em teoria, ser um fator de risco contribuinte para lesões, especialmente em esportes de ritmo acelerado que exigem precisão de milissegundos nas interações com objetos em movimento”, destacou a cientista esportiva da University College London, Flaminia Ronca, em artigo publicado.</p><p>Conforme o estudo, atletas femininas muitas vezes relatam se sentirem desajeitadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120432-sincronizacao-menstrual-mito-ou-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">durante a ovulação</a> ou até mesmo uma piora no desempenho na última parte do ciclo menstrual. Porém, os dados que tentaram medir esses efeitos foram inconclusivos, demonstrando que <strong>a força e potência atingem um pico próximo à ovulação</strong>.</p><h2>Aumento de lesões</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13190720682033.jpg" alt="Estudo indica que variações hormonais podem aumentar riscos de lesões em mulheres. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo indica que variações hormonais podem aumentar riscos de lesões em mulheres. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Os resultados do estudo mostraram que <strong>a </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/4-atletas-olimpicos-que-provaram-que-idade-e-so-um-detalhe" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>resistência das atletas</strong></a><strong> aparentemente diminuiu durante a menstruação</strong>, o que explicaria as taxas mais altas de lesões no sexo feminino — sobretudo em casos de ruptura dos ligamentos cruzados anteriores (LCA). Para medir essas informações, Ronca e colegas recrutaram 241 participantes para o seu estudo, sendo 96 atletas do sexo masculino, 105 atletas do sexo feminino que menstruavam e 47 que usavam contracepção hormonal.</p><p>Os atletas foram submetidos a uma bateria de testes cognitivos online, projetados para imitar o que o cérebro dos esportistas precisam fazer durante os jogos. O estudo não conseguiu explorar diferenças individuais no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123565-reserva-cognitiva-o-que-e-e-por-que-deve-ser-fortalecida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desempenho cognitivo</a> ao longo das fases do ciclo menstrual. No entanto, as atletas que menstruaram tinham pior desempenho em tarefas cognitivas na fase folicular tardia do ciclo, à medida que se aproximam da ovulação, e na fase lútea posterior, pouco antes do sangramento.</p><p>Mas seu desempenho atingiu um máximo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124450-a-vida-das-mulheres-menstruadas-nos-campos-de-concentracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">durante a menstruação</a>, mesmo que elas relatassem se sentir piores nessa fase. Como próxima etapa, os pesquisadores pretendem explorar como diferentes tipos de contraceptivos hormonais podem afetar a função cerebral das atletas, ou até mesmo protegê-las de lesões.&nbsp;</p>

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Qual é o efeito da menstruação em atletas de alto desempenho?

Em alguns locais do mundo, os homens não são bem-vindos.

<p>Vivemos ainda em uma sociedade patriarcal em que os homens levam bem mais vantagens em quase tudo em relação às mulheres. Contudo, se há alguns espaços&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/5-destinos-turisticos-pelo-mundo-que-proibem-a-entrada-de-mulheres" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em que elas ainda não entram</a> de jeito nenhum, há também locais que foram capturados ou projetados para que as mulheres possam estar sem ser incomodadas.</p><p>São lugares como ilhas, hotéis e clubes em que se pode conviver mutuamente em paz, fazer programas juntas ou apenas relaxar em paz, sentindo-se segura. Ah, e um detalhe importante: obviamente, há bem menos locais exclusivos para as mulheres do que exclusivas para homens.</p><ul><li><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/5-destinos-turisticos-pelo-mundo-que-proibem-a-entrada-de-mulheres" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>5 destinos turísticos pelo mundo que proíbem a entrada de mulheres</strong></a></li></ul><h2>1. &nbsp;Luthan Hotel em Riad, Arábia Saudita</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19203032686013.jpg" alt="(Fonte: Instagram / Reprodução)"><figcaption>No Luthan Hotel, as mulheres sauditas podem desfrutar de prazeres que não gozam na vida social. (Fonte: Instagram / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Sem dúvida, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/tubo-de-lava-na-arabia-saudita-abrigou-humanos-durante-7-mil-anos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arábia Saudita</a> não é reconhecida como um país amigável às mulheres de forma geral. Mas, ironicamente, o conservadorismo social proporcionou que fosse criado um hotel de luxo destinado apenas para elas.</p><p>No Luthan Hotel em Riade, as mulheres sauditas têm direitos que não desfrutam em outros locais do país. Para começar, Luthan significa, literalmente, refúgio, o que se justifica pelas características das instalações. Não há homens trabalhando no hotel, seja no atendimento às clientes ou na administração. Aliás, ele é de propriedade de 20 princesas sauditas!</p><p>Assim, o hotel se tornou um verdadeiro oásis para as mulheres que querem descansar e aproveitar os tratamentos de <i>spa</i>, além de praticar ioga e fazer ginástica. Até para nós, ocidentais, parece um sonho.</p><h2>2. lha SuperShe em Raseborg, Finlândia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19202943603012.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>A Ilha SuperShe oferece serviços maravilhosos – mas apenas para elas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Falando em sonho, uma americana chamada Kristina Roth concretizou um desejo de muitas mulheres: ela fundou uma ilha em que só elas podem frequentar. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105823-alerta-de-treta-resort-em-ilha-particular-e-exclusivo-para-as-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilha SuperShe</a> fica localizada na Finlândia e é um destino para um turismo voltado para a saúde, mas apenas para as hóspedes do sexo feminino. Os homens são proibidos de pisar lá.</p><p>A proposta da empreendedora Kristina é oferecer uma atração para mulheres poderosas e com muito dinheiro no bolso. Ao chegar até lá, elas podem realizar várias atividades, como ioga, saunas, massagens, natação e passeios pela natureza.</p><h2>3. Aldeia Umoja em Samburu, Quênia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19202836931011.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>No Quênia, há uma aldeia que reúne mulheres vítimas de violência. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A aldeia Umoja, no Quênia, foi criada em 1990 por uma matriarca chamada Rebecca Lolosoli por um motivo muito nobre: funcionar como um refúgio para as mulheres que fogem de abuso sexual. Por conta disso, os homens foram totalmente banidos da vila.&nbsp;</p><p>A própria Rebecca sofria violência doméstica do marido e resolveu fundar uma aldeia com outras 14 mulheres que passavam pela mesma situação. Elas construíram suas casas, uma escola para os seus filhos e montaram um comércio de artesanato para turistas.</p><p>Além de receber as vítimas de violência, a aldeia também acolhe as que foram empurradas para casamentos forçados e sofreram <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119311-a-pandemia-de-mulheres-diagnosticadas-errado-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mutilações genitais</a>. Atualmente, 47 mulheres vivem no local.</p><h2>4. &nbsp;Noiva do Cordeiro em Belo Vale, Brasil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19202704591010.jpeg" alt="(Fonte: Instagram / Reprodução)"><figcaption>Em Minas Gerais, há uma comunidade rural em que as mulheres dão as regras. (Fonte: Instagram / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>E aqui no Brasil, há uma comunidade rural em Minas Gerais que ganhou fama pelo motivo curioso de estar cheia de mulheres. A Noiva do Cordeiro conta com mais de 600 habitantes, com média de idade entre 20 a 35 anos, e que decoraram belamente as suas casas e a paisagem local.</p><p>A história da comunidade começou em 1890, quando uma mulher chamada Maria Senhorinha de Lima foi forçada por seu pai a casar-se com um homem chamado Arthur Pierre. No entanto, ela amava outro e manteve um relacionamento com o antigo amor, que se chamava Chico, mesmo estando casada. Quando se descobriu que ela estava grávida, fugiu do casamento para viver com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125620-4-amantes-reais-que-foram-extremamente-influentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amante</a>.</p><p>Foi um verdadeiro escândalo. Maria Senhorinha foi excomungada pela Igreja e sua descendência foi amaldiçoada pelo padre local. Por conta disso, o casal foi viver isoladamente em terras herdadas por Chico, no mesmo local onde está hoje a comunidade de Noiva do Cordeiro.</p><p>Há até homens no local, mas eles são forçados a se adaptar às regras das mulheres, que mandam e coordenam tudo. Por conta disso, o vilarejo ficou famoso inclusive internacionalmente. Soma-se a tudo isso o boato de que todas as habitantes são muito bonitas.</p>

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4 lugares em que só mulheres podem entrar

Em 1940, o Código Penal brasileiro era modificado para descriminalizar o aborto provocado em casos de estupro. Em 2024, há a possibilidade que essa situação retroceda.

<p dir="ltr">O Congresso brasileiro está em vias de avaliar o chamado "<a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/275527-policia-reino-unido-investiga-primeiro-caso-estupro-virtual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">PL do Estupro</a>", um projeto de lei que visa criminalizar mulheres que realizarem aborto após as 22 semanas de gestação. Se isso acontecer, elas correriam o risco de serem acusadas de homicídio.</p><p dir="ltr">A ideia é restringir mais as possibilidades de aborto legal no país, que é quando a mulher tem direito, por lei, de interromper a gravidez. Atualmente, as condições já são bem reduzidas: isso pode ocorrer em casos de gravidez por estupro, de risco de vida à mulher e de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/49288-4-pessoas-que-nasceram-com-condicoes-superestranhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anencefalia</a> fetal.</p><p dir="ltr">A questão é que a proposta desse PL ignora certas situações recorrentes no país, como o caso de crianças estupradas, cuja gestação, muitas vezes, só é constatada depois das 22 semanas. Por isso, o projeto sinaliza um retrocesso, uma vez que, há mais de 80 anos, esse tema já entrava em pauta.</p><h2 tabindex="-1">Como o Brasil descriminalizou o aborto por estupro?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15115829486003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>No Código Penal de 1940, o aborto em caso de estupro foi descriminalizado pela primeira vez. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Esta história se iniciou durante o Estado Novo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a>, com o projeto do Código Penal de 1940. Na época, juristas foram convocados para atualizar a lista de leis do país, tendo como espelho as legislações europeias da época. "A maior influência veio das leis italianas criadas durante o regime fascista de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120077-as-atrocidades-cometidas-por-mussolini-nao-conheceram-limites.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benito Mussolini</a>, que já previam a exceção do aborto em caso de estupro", explicou o professor Sérgio Salomão Schecaira, professor de Direito Penal da USP, em entrevista à <i>BBC</i>.</p><p>Estabeleceu-se então no código penas de 1 a 3 anos para a mulher que provoca o aborto em si mesma ou permite que outra pessoa o faça. Já quem realiza um aborto em uma gestante pode pegar até 20 anos de prisão, caso ela morra. Só poderia escapar dessa condenação em duas situações: o aborto ser necessário ou no caso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107842-como-a-biblia-influencia-a-cultura-do-estupro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estupro</a>.</p><p>De acordo com a professora Maria Cristina Carmignani, que leciona História do Direito da USP, a exceção posta em lei aos casos de aborto refletia o contexto de sua época, e tinha pouco a ver com o direito da mulher ao próprio corpo. " Não era exatamente (para proteger) a honra da mulher, que era vista como a filha, irmã ou mulher de um homem. Era para proteger a honra destes homens. Se uma mulher fosse deflorada, isso manchava a honra da família toda", declarou à BBC.</p><p>Antes dessa "evolução", o aborto havia sido expressamente criminalizado no Código Penal de 1830, criado no período imperial. Uma pessoa que ajudasse uma gestante a abortar poderia pegar até 5 anos de prisão, pena que era duplicada caso isso ocorresse sem consentimento.</p><p dir="ltr">O mais curioso desse momento histórico é que a mulher que abortava não era então considerada uma criminosa. "Isso foi fruto do espírito liberal da época. Não se punia a mulher que fizesse um aborto, porque ela não estava fazendo mal a outra pessoa", complementa Carmignani. Ou seja, caso se expusesse a um aborto, ela estaria assumindo os riscos contra a própria vida.</p><h2 dir="ltr">A criminalização da mulher e a "honra" da família</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15115736369001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A única mudança na lei desde 1940 foi a inclusão da exceção por casos de anencefalia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p dir="ltr">A mulher passou a ser vista como alguém passível a ser punida pelo aborto a partir do Código Penal de 1890, reformado após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120375-3-curiosidades-que-voce-nao-sabe-sobre-a-proclamacao-da-republica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Proclamação da República</a>. Ela passou a ficar suscetível a penas de 6 meses a 5 anos de prisão, mas poderia ter sua condenação abrandada caso o aborto tivesse sido feito para "ocultar a desonra própria".</p><p>O atenuante da defesa da honra caiu no Código Penal de 1940, quando foi criada uma exceção aos casos de gravidez decorrente de um estupro. "Com o desenvolvimento da Ciência e da Medicina, passou a predominar a questão em torno da proteção da vida. Mas ainda era preciso ter no código um atenuante que substituísse a honra, que ressurge sob a ótica da violência", explica Maria Cristina Carmignani.</p><p>O mais chocante aqui é que o estupro não era visto exatamente como uma violência contra a mulher, mas contra a sua família. Por conta disso, vigorou na lei que, se o estuprador se casasse com a vítima, ele poderia não ser punido – atenuante que só desapareceu no Brasil em 2005.</p><p>Mudar a lei, contudo, não significava mudar os valores que circulam na cultura. "O conceito de honra se torna anacrônico em uma época em que passam a prevalecer os direitos individuais, porque a honra nunca foi individualizada, mas familiar. Mas ela reaparece no novo código com outro significado", afirma a antropóloga Lia Zanotta Machado, da Universidade de Brasília (UnB).</p><p>Desde então, só teve uma mudança significativa na lei quanto ao crime do aborto, e ela decorre de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, em 2012, que incluiu a exceção dos casos de feto em anencefalia, um tipo de malformação cerebral que leva o bebê à morte ainda na gestação ou pouco tempo após nascer.&nbsp;</p><p dir="ltr">De acordo com o professor Sérgio Salomão Schecaira, "todas as reformas penais apresentadas — e não foram poucas — que propunham novas regras para o aborto ficaram paradas. Por pragmatismo, passou-se a não tratar do aborto nestas propostas e a discutir temas menos conflituosos para conseguir avançar de alguma forma".&nbsp;</p><p dir="ltr">A inserção de uma ideologia religiosa por muitos parlamentares, "sequestrando" a pauta, também tem feito que a questão não avance, e que muitas mulheres que sofreram violência (o que inclui sobretudo a camada mais vulnerável: as crianças), tenham agora a chance de ser ainda mais violadas, caso o PL seja aprovado.</p>

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Há mais de 80 anos, o Brasil descriminalizava o aborto em caso de estupro

A aprovação da "PL do Estupro" pode colocar o Brasil do lado dos países mais restritivos quanto ao aborto.

<p>O Congresso brasileiro está atualmente discutindo um projeto de lei que tem sido chamado popularmente de "PL do Estupro". Trata-se de um projeto que tenta aprovar uma mudança na legislação, acabando com o acesso das mulheres ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124757-aborto-entenda-como-e-uma-gravidez-de-ate-10-semanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aborto legal</a> quando a gestação passar das 22 semanas.</p><p>Caso o projeto seja aprovado, mulheres que fizessem aborto nessa condição poderiam ter que responder na justiça por homicídio simples. Ou seja, no caso de elas terem sido estupradas, a pena pode ser maior do que dada ao seu estuprador.</p><p>O fato é que o Brasil tem já uma legislação bastante restritiva quanto ao direto ao aborto, e só o autoriza em três condições: em casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123151-6-sinais-de-que-voce-pode-estar-gravida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a> por estupro, de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal. Se aprovada, o país pode se equiparar a outros países que possuem legislação semelhante.</p><h2>A atual situação nos Estados Unidos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15164012618011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Estados Unidos retrocedeu sua legislação quanto ao aborto em 2022. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2022, nove juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos votaram para reverter a decisão <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125226-mifepristona-a-polemica-sobre-a-pilula-do-aborto-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roe vs. Wade</a>, de 1973, que era vista como a mais importante no direito ao aborto e do direito das mulheres sobre os seus corpos. Isso passou a dar liberdade aos estados para que mudassem suas leis quanto ao aborto.</p><p>Dos estados americanos que mais impõem restrições à interrupção da gravidez, há 14 que proíbem o procedimento em todos os casos ou com poucas exceções: Alabama, Arkansas, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Idaho, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Oklahoma, Tennessee, Texas, West Virginia e Wisconsin.</p><h2>O caso da Irlanda e da Polônia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15164039384013.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Irlanda e Polônia sofreram reveses na sua legislação quanto ao direito ao aborto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A Irlanda está entre os países que, até 2013, tinha uma das legislações mais rigorosas do mundo contra o aborto. Uma mulher que engravidasse ao se tornar vítima de estupro ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/89249-tudo-em-familia-conheca-5-casos-famosos-de-incesto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incesto</a>, por exemplo, poderia pegar até 14 anos de prisão caso abortasse.</p><p>Um começo de mudança se deu por conta da comoção popular ocorrida pela morte de Savita Halappanavar, uma dentista de origem indiana, residente na Irlanda, que morreu de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113206-sepse-tem-relacao-em-uma-a-cada-cinco-mortes-no-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sepse</a> depois que seu pedido de aborto foi negado por motivos legais. Caso sua gestação tivesse sido interrompida, ela poderia ter sido salva.</p><p>Na Polônia, uma lei foi introduzida em 2021 que provoca uma proibição quase completa do aborto, que passou a ser permitido apenas para casos de anomalias fetais graves e irreversíveis. Isso levou à ocorrência de manifestações em massa na Polônia em novembro de 2021, depois que uma mulher aos 22 anos morreu por não ter direito a um procedimento que salvaria a sua vida.</p><h2>Outros países altamente restritivos quanto ao acesso ao aborto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15163916592005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Há 24 países no mundo que restringem totalmente o aborto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>De acordo com o mapa do Centro para os Direitos Reprodutivos, que é uma organização global de defesa jurídica, há 24 países no mundo onde o aborto é completamente proibido. Eles incluem Andorra e Malta, na Europa, e Chile, República Dominicana, El Salvador e Nicarágua, na América Latina.&nbsp;</p><p>Já no Oriente Médio, todos os países autorizam o aborto caso a vida da mãe esteja em perigo. O Afeganistão – um país que pratica a violação dos direitos das mulheres pelo governo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119659-afeganistao-a-vida-a-partir-de-agora-com-o-controle-do-taliba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Talibã</a> – promove penas variadas à mulher que provocar o aborto, que podem chegar a sete anos de prisão.</p><h2>O caso da Indonésia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15163855932003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Na Indonésia, uma mulher pode pegar 12 anos de prisão caso faça um aborto. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A Indonésia também é conhecida pela rigidez na criminalização do aborto, podendo condenar uma mulher a até quatro anos de prisão, caso ela não esteja entre as exceções legais. Quem pratica o aborto em uma mulher grávida pode receber até 12 anos de pena, no caso de haver agravantes.</p><p>As leis da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124234-sidoarjo-conheca-o-vulcao-que-expele-lama-na-indonesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a> permitem a realização do aborto para salvar a vida da mulher, caso ela esteja em risco. Entretanto, no caso de estupro ou na inviabilidade fetal, mas sem colocar a mulher em risco, é necessário pedir a autorização do cônjuge para realizar o procedimento.</p><h2>A situação do Brasil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/15/15163827339001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Nos últimos anos, o Brasil sinalizo a retrocessos no direito ao aborto legal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A legislação brasileira considera que o aborto é ilegal, exceto quando envolve três situações: ocorrida em casos de estupro, por causar riscos para a vida da mãe ou quando o feto tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/49288-4-pessoas-que-nasceram-com-condicoes-superestranhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anencefalia</a> (essa última situação foi incluída na legislação em 2012, por conta de uma decisão do Supremo Tribunal Federal).</p><p>Nessas situações, a mulher tem direito ao aborto legal. Para isso, ela precisa passar por uma avaliação feita por um médico e por pelo menos três outros especialistas clínicos. Entretanto, os últimos anos de governo de extrema direita no país trouxeram episódios que expuseram a intenção de restringir esse direito, como um regulamento do Ministério da Saúde que exigia que os profissionais médicos recolhessem provas e denunciassem à polícia qualquer pessoa que pretenda a interrupção legal de uma gravidez após um estupro.</p><p>O PL que está sob análise pode ter ainda mais efeitos nocivos, uma vez que há pessoas vulneráveis, como as crianças, que nem sabem que foram estupradas ou só têm a gestação constatada após as 22 semanas. Por isso, caso aprovada, a lei deverá jogar o Brasil entre as nações mais atrasadas neste direito das mulheres.</p>

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Polônia, Indonésia e... Brasil? Quais países do mundo proíbem qualquer tipo aborto?

A talentosa poeta utilizou suas habilidades e sua marcante personalidade para revelar os desejos, as angústias e, sobretudo, a essência de muitas mulheres do início do século XIX.

<p style="text-align:justify;"><strong>Renée Vivien</strong>, poetisa britânica que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109224-serie-fotografica-revela-o-lado-nao-tao-romantico-de-paris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escolheu morar em Paris</a> e escrever em francês, é uma figura intrigante e complexa, cuja vida e obra transcenderam as normas sociais e literárias de sua época. Nascida <strong>Pauline Mary Tarn</strong> em 1877, em Londres, ela trocou a sobriedade inglesa pelo vibrante cenário artístico parisiense, adotando um novo nome e uma nova identidade.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Vivien chegou a Paris com uma herança robusta, oriunda de seu pai, que lhe proporcionou a liberdade de viver de maneira independente e de seguir sua paixão pela poesia. Aos 16 anos, ela já declarava a poesia como sua vocação, vendo nela uma ferramenta poderosa para elevar, inspirar e revelar verdades.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Esse profundo senso de missão refletiu-se em toda sua obra, que desafiava as normas literárias e sociais ao expressar de forma explícita e poética o amor entre mulheres. Renée Vivien se tornou um ícone do amor sáfico, marcando a história com sua poesia profundamente sentimental e sua vida cheia de excessos e controvérsias.</p><h2 style="text-align:justify;">Relacionamentos inspiradores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03110634936052.png" alt="Renné era uma mulher muito a frente de seu tempo. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução) "><figcaption>Renée era uma mulher muito a frente de seu tempo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Seu relacionamento com <strong>Natalie Clifford Barney</strong>, uma famosa dramaturga e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123419-enheduana-a-primeira-escritora-conhecida-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escritora</a>, foi um dos mais significativos de sua vida. Barney, uma mulher igualmente notável, <strong>rejeitava a monogamia e vivia abertamente como lésbica, influenciando profundamente Vivien</strong>.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Juntas, compartilharam um amor pela poetisa grega Safo (entre 630 e 604 a.C.), cuja obra foi uma inspiração central para Vivien. Ela se empenhou tanto que aprendeu grego antigo para traduzir e reescrever os poemas de Safo, <strong>publicando a primeira tradução explicitamente lésbica da poesia da antiga poeta.</strong></p><p style="text-align:justify;">Além de Barney, Vivien teve outros romances intensos e muitas vezes trágicos. <strong>Um de seus amores mais profundos foi com a baronesa Hélène van Zuylen</strong>, uma mulher casada e membro da famosa família Rothschild. Apesar das restrições sociais que impediam que seu relacionamento fosse público, Vivien considerava-se casada com Hélène.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">No entanto, a relação terminou dolorosamente quando <strong>Hélène a deixou por outra mulher, levando Vivien a uma espiral de depressão e vícios</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Vivien também teve um relacionamento apaixonado com Kérimé Turkhan Pasha, esposa de um diplomata turco, mas as restrições <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123699-6-pratos-e-tradicoes-culinarias-que-sao-patrimonios-culturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culturais e sociais</a> impediram que seu amor se realizasse plenamente. Na verdade, a interação entre as duas só ficou contida a conversas por meio de cartas.</p><p style="text-align:justify;">Todas essas experiências amorosas intensas e muitas vezes dolorosas foram imortalizadas em seus poemas, que frequentemente exploravam temas de desejo, saudade e perda.</p><h2 style="text-align:justify;">Uma mulher moderna, exótica e intensa</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/06/04/04153813294115.jpg" alt="Renée_Vivien_-_Sehab_&amp;_Joaillier,_circa_1901._(Image_No._SIA2015-006912).jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/06/04/04153813340116.jpg 111w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/04/04153813372118.jpg 356w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/04/04153813356117.jpg 534w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/04/04153813387119.jpg 712w," sizes="100vw"><figcaption>Renée Vivien fotografada por Sehab &amp; Joaillier em c.1901. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure><p style="text-align:justify;">Renée Vivien não só se destacou por sua poesia, mas também por seu estilo de vida extravagante. Ela era conhecida por suas roupas opulentas, frequentemente inspiradas na arte pré-rafaelita, e por manter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128156-qual-e-a-melhor-alternativa-para-manter-animais-em-zoologicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zoológico</a> de animais exóticos, incluindo uma leoa de estimação chamada Djuna.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Sua vida social era igualmente notável, cercada por figuras proeminentes da Belle Époque como a escritora Colette e a própria Barney.</p><p style="text-align:justify;">A vida de Renée Vivien foi curta, mas cheia de intensidade. <strong>Ela morreu aos 32 anos</strong>, <strong>após anos de luta contra a depressão, anorexia e vícios (principalmente em álcool e em drogas famosas na época, como o&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124804-laudano-a-droga-favorita-da-epoca-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>láudano</strong></a><strong>&nbsp;e o cloral)</strong>. Sua morte prematura não obscureceu sua influência; pelo contrário, solidificou sua posição como uma figura trágica e fascinante da literatura.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;"><strong>Sua obra poética</strong>, marcada por <strong>uma mistura de influências decadentes, parnasianas e simbolistas</strong>, é um testemunho duradouro de sua tentativa de reescrever <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128910-5-historias-que-fazem-parte-da-mitologia-gnostica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitos antigos</a> a partir de uma perspectiva feminina e lésbica.</p><p style="text-align:justify;">Hoje, Renée Vivien é lembrada como uma pioneira que desafiou as convenções de seu tempo. Sua poesia e sua vida continuam a inspirar e a fascinar, oferecendo um olhar raro e sincero sobre o amor sáfico em uma época de grande transformação cultural.</p>

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