Ciência
26/06/2017 às 06:48•2 min de leitura
A droga considerada com maior poder de vício do mundo faz com que o nível de dopamina no cérebro aumente em até 200%. Outro perigo dessa droga, além do altíssimo potencial de vício, é o fato de que uma dose mortal é apenas cinco vezes maior do que a dose utilizada pelos usuários, ou seja: é muito fácil se confundir e ter uma overdose.
A cocaína tem o poder de mudar a forma de atuação da dopamina, impedindo que alguns neurônios se comuniquem quando estão ao seu redor, o que basicamente estimula a área de recompensa do cérebro de maneira anormal – testes já revelaram que o uso da substância triplica os níveis de dopamina no cérebro.
Altamente popular, a estimativa é de que existam 20 milhões de usuários em todo o mundo, um mercado que movimenta cerca de US$ 75 bilhões por ano. Das pessoas que experimentam a droga, 21% se tornarão dependentes dela em algum momento da vida, e, ainda que seja semelhante a outras drogas estimulantes, como a metanfetamina e a anfetamina, a cocaína é mais popular e mais perigosa por ser de fácil acesso.
Essa substância de rápida absorção, presente nos perigosos cigarros, é absorvida pelo pulmão assim que a fumaça é inalada e, a partir daí, já chega ao cérebro – só para você ter ideia, mais de dois terços das pessoas que experimentam cigarro acabam ficando viciadas ao longo da vida. A nicotina, quando chega ao cérebro, aumenta em até 40% os níveis de dopamina, que provoca a sensação de prazer.
Em 2002, havia mais de 1 bilhão de fumantes em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde – até 2030, mais de 8 milhões de pessoas devem morrer em decorrência de alguma doença provocada pelo cigarro.
Remédios utilizados para controlar crises de ansiedade e induzir o sono fazem efeito porque “desligam” algumas áreas do cérebro. Doses baixas causam efeito de euforia, mas em excesso podem levar à morte por suprimir as vias respiratórias. Esse tipo de remédio causou muita dependência quando era vendido sem controle de receituário, há algumas décadas. A utilização de barbitúricos deve ser feita apenas com recomendação médica e acompanhamento.
Eis uma substância bastante popular e de acesso fácil que também tem muitos efeitos no cérebro. Assim como outras drogas citadas nesta lista, o álcool aumenta a produção de dopamina, causando a sensação de euforia e de bem-estar. O perigo das bebidas alcoólicas, em termos de vício, é que, quanto mais a pessoa bebe, mais dopamina seu cérebro libera, e mais ela quer beber.
A estimativa é de que 22% das pessoas que experimentam alguma bebida alcoólica se tornem dependentes um dia. Em 2012, de acordo com a OMS, 3 milhões de pessoas morreram devido ao abuso de álcool. O segredo aqui é moderação. Sempre.
*Publicada originalmente em 19/09/2016.