Artes/cultura
01/10/2018 às 05:30•4 min de leitura
No próximo dia 7 de outubro, os brasileiros vão novamente às urnas para eleger presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Enquanto o país teme pela segurança por conta dos extremismos possíveis e dos direitos básicos que estão em jogo neste pleito eleitoral, nossa edição semanal da coluna Drops Históricos resgata um triste episódio da história do país, ocorrido justamente na mesma data em que se realizam as eleições presidenciais deste ano, em 1934: a Revoada dos Barrigas-Verdes.
Embora existam dois fatos ocorridos fora do Brasil, os grandes destaques desta edição são momentos marcantes da nossa história nacional, envolvendo arte, cultura, imprensa e muito mais. Confira!
1908: É lançado primeiro carro popular da História
Com 110 anos de história, o primeiro carro popular da história foi o Ford T, fabricado e vendido por Henry Ford a partir de 1º de outubro de 1908. Na época custando US$ 850, o carro tinha como grande apelo junto ao público a facilidade de condução e manutenção.
O carro foi um sucesso, principalmente por ser acessível para a maioria das pessoas, e vendeu 15 milhões de unidades até o dia em que sua produção foi interrompida, em 1927. Foi um dos primeiros veículos a serem fabricados em linha de produção no sistema chamado de fordista (em referência ao próprio Ford), implantado em 2013.
1947: Lançamento e inauguração do MASP
Foi na sede dos antigos Diários e Emissoras Associados que o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) encontrou seu espaço quando foi inaugurado, em 2 de outubro de 1947.
Dono de um dos grandes monopólios midiáticos do país e considerado o responsável por trazer a TV para o Brasil, Chateaubriand era um entusiasta de história e arte, bem como de valorização da cultura, e a ideia de inaugurar o museu surgiu durante um almoço com amigos na casa dele, no Rio de Janeiro.
O MASP foi importantíssimo para a cultura da época, tornando-se o primeiro museu moderno. Foi, inicialmente, comandado por um crítico e marchand italiano chamado Pietro Maria Bardi. O museu permaneceu em sua sede na rua Sete de Abril até 1968, quando mudou para seu novo prédio, projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi.
1931: É instituído o Horário de Verão
Está quase chegando aquela hora que muitos brasileiros amam, mas outros detestam: o dia em que atrasamos o relógio em 1 hora para curtir 60 minutos a mais de sol no fim do dia. Mas, não se engane, o Horário de Verão não foi criado para satisfazer nossa necessidade de repor a vitamina D e nossa alegria de sair do trabalho com ainda algumas horinhas de claridade para aproveitar.
As razões, obviamente, foram econômicas. Instituído em 1931 por Getúlio Vargas, ele foi até 31 de março de 1932 em sua primeira edição e se chamava então Hora de Economia de Luz no Verão.
No fim, a economia atingiu o nome, que mudou para Horário de Verão, mas o país não repetiu a medida no ano seguinte. Ele foi implementado novamente entre 1949 e 1953, e depois entre 1963 e 1968. Somente em 1985 ele passou a ser o que é hoje, e agora dura 4 meses, com o objetivo de aproveitar melhor a claridade do dia, economizando energia elétrica.
1942: Nova moeda do Brasil é o Cruzeiro
Getúlio Vargas também foi o responsável pela instituição do Cruzeiro como moeda oficial do Brasil, em 4 de outubro de 1942. No dia seguinte, um decreto-lei instituiu o Cruzeiro pela primeira vez do país, juntamente com os centavos. Na época, ele equivalia a 1 mil réis, a moeda do país até então.
O Cruzeiro ficou em vigor até 1967 e foi resgatado em 1970, permanecendo até 1986, com retomada em 1990 e 1993, quando o Real se tornou o padrão monetário do país.
1897: A Guerra de Canudos é encerrada
Depois da abolição da escravatura e com o início da formação de algumas cidades no sertão brasileiro, a população, desacreditada e necessitando de trabalho para o seu sustento e de esperança para continuar em frente, encontrou em Antônio Conselheiro um peregrino que passava a sensação de que tudo podia melhorar. Em torno dele, uma comunidade se formou na aldeia de Canudos e reuniu cerca de 25 mil pessoas.
A independência que a comunidade foi ganhando incomodava os latifundiários da região, e uma disputa começou para que eles abandonassem o local. O governo brasileiro enviou soldados para resolver a situação, mas os sertanejos resistiram e revidaram, de forma que o conflito, que começou em 1896 e foi chamado de Guerra de Canudos, só terminou em 5 de outubro do ano seguinte, com 20 mil sertanejos e 5 mil soldados mortos.
1927: Estreia do primeiro filme falado da História
Ele se chamava "O Cantor de Jazz" e teve sua pré-estreia em Nova York no dia 6 de outubro de 1927. Mal dá para acreditar que menos de 100 anos atrás o cinema ainda era mudo. E foi um filme sobre música que mudou isso! Com direção de Alan Crosland, a produção da Warner conta a história de um cantor que sonhava em seguir carreira no jazz, mas era impelido por seu pai a cantar apenas no coral.
1934: Revoada dos Galinhas Verdes
Se você acha que a política não está fácil agora, imagine no começo do século passado! Em 7 de outubro de 1934, por exemplo, manifestantes de dois grupos opostos, os integralistas e os antifascistas, se encontraram no centro de São Paulo no que ficou conhecido como Batalha da Praça da Sé ou Revoada dos Galinhas Verdes.
Conflitos entre pertencentes a ambos os grupos iniciaram com a crise dos anos 30, quando os ânimos se acirraram no país e os dois grupos que se opunham chegaram a trocar agressões físicas mais do que uma vez. Nesta data, no entanto, três integralistas, um antifascista, dois policiais e um guarda civil terminaram mortos, e mais de 30 pessoas foram feridas.
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