Ciência
12/10/2018 às 09:01•2 min de leitura
Quando falamos sobre civilizações antigas, é quase impossível não se lembrar dos maias — que, junto com os astecas, representam um dos mais populares grupos étnicos da Mesoamérica.
Diferente do que muita gente pensa, os maias ainda existem, e, embora estejam reduzidos a poucos representantes reclusos (principalmente no México), mantêm vivas várias tradições de seu povo, incluindo cerimônias religiosas, idiomas, escrita e outros costumes fascinantes.
Quer saber quais são as características mais marcantes quando falamos sobre a civilização maia? O Mega Curioso selecionou algumas informações para você ficar por dentro do assunto e se divertir conhecendo mais sobre essa cultura única.
Os maias ocupavam um vasto território da Mesoamérica, vivendo desde o sul do México até regiões da América Central que hoje são conhecidas como Guatemala, El Salvador, Honduras e Belize. Por mais estranho que isso possa parecer ao homem moderno, é importante ressaltar que eles não constituíam um “país”; eram estruturados em pequenas comunidades independentes, mas que trocavam conhecimentos e interagiam comercialmente sempre que necessário.
Por conta da diversidade geográfica, os maias se adaptaram a uma série de ambientes diferentes: savanas, florestas pluviais, planaltos semiáridos e até mesmo alguns pântanos. A criatividade desse povo permitiu que eles utilizassem a fauna e a flora de cada um desses ecossistemas para sobreviver, praticando caça e agricultura.
Os maias eram um povo bastante religioso, chegando a fazer sacrifícios — de animais e de humanos, em casos extremos — ao seu panteão de deuses. Acreditava-se que oferecer o sangue de um maia às divindades poderia evitar catástrofes e resolver problemas, como colheitas pobres ou falta de chuva. Também era comum o autossacrifício ou a sangria terapêutica por parte de governantes, nobres e sacerdotes, pelo bem de sua comunidade.
Tal como ocorria nas culturas incas e astecas, os maias tinham sua religião baseada na contagem cíclica natural do tempo — a interpretação dos ciclos podia revelar profecias sobre o futuro.
A arquitetura maia é, de longe, uma das suas características mais fascinantes. Seu principal símbolo são as gigantescas pirâmides, erguidas para fins religiosos e adornadas com esculturas de entidades sagradas. Os maias também gostavam de praças amplas e palácios extensos, que serviam como casa para os nobres.
O mais incrível é que, ao que tudo indica, eles não utilizavam ferramentas modernas que seriam cruciais para reproduzir tais construções nos dias de hoje — tudo era feito com muito trabalho braçal. Outra curiosidade é que, embora os maias se esforçassem para adornar o exterior de suas edificações, o interior sempre foi muito simples, abrindo mão da beleza para priorizar o funcional.
O sistema de escrita dos maias é considerado o mais avançado dentre as civilizações mesoamericanas. Ele era completo e representava com exatidão a língua falada, sendo tão eficiente quanto os idiomas do Velho Mundo. A composição envolve símbolos fonéticos e ideogramas, que, embora pareçam ter alguma relação com a escrita do Antigo Egito, eram 100% originais e não tinham inspirações africanas (naturalmente).
Os maias chegaram a escrever livros, mas a maioria deles foram queimados durante a invasão dos espanhóis. As poucas obras que restaram ainda podem ser apreciadas, tanto traduzidas quanto no idioma original.
Os maias também foram muito inteligentes no que tange ao desenvolvimento matemático — tudo indica que eles desenvolveram independentemente o conceito do zero (inclusive muito antes do Velho Mundo) e conseguiam fazer equações com somas de até centenas de milhões. Isso possibilitou observações astronômicas precisas e a criação do famoso calendário maia, que é bem parecido com o que utilizamos atualmente.
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