Ciência
29/10/2018 às 09:00•2 min de leitura
Não são poucos os casos de histórias que se confundem entre realidade e ficção, e a de Walpurga Hausmannin parece ser um exemplo disso. Afinal, trata-se simplesmente de uma das histórias de bruxa mais aterrorizantes do mundo. Você já ouviu falar?
Segundo o que se sabe, ela teria nascido em algum momento entre 1510 e 1527 e, durante a maior parte de sua vida, não era uma pessoa conhecida. Trabalhou como parteira por vários anos, sem qualquer relato de mau comportamento; porém, a situação mudou em 1587, quando as acusações de bruxaria, vampirismo e assassinatos surgiram. Walpurga, já viúva, se tornou vítima de torturas terríveis e de um julgamento que a levou à morte.
Walpurga morreu em um dos mais famosos julgamentos de bruxas da história alemã. De acordo com os registros, a confissão dela foi especialmente chocante, considerada bem diferente das demais. Isso porque ela falou um bocado! Sofrendo intensas torturas e ciente de que não haveria saída, decidiu dar explicações detalhadas sobre os acontecimentos.
Para começar, Walpurga contou que em 1556 teve relações sexuais com um demônio chamado Federlin, logo após se tornar viúva. Ao retornar na noite seguinte, o poderoso teria prometido tirá-la da pobreza — em troca de alguns favores, é claro!
O primeiro seria se comprometer com o próprio Satanás. Na sequência, Federlin a teria levado até Lúcifer, descrito por ela como um homem alto e com barba longa e grisalha. Após a confirmação de seu contrato de lealdade, Lúcifer a teria convidado para beber vinho, comer bebês (isso mesmo) e fazer sexo.
Ainda segundo Walpurga, o demônio a visitava regularmente em busca de sexo, inclusive enquanto ela estava na prisão. E não para por aí... Seguindo orientações dele, decidiu matar 40 crianças antes do batismo e, depois, sugou o sangue delas. Para piorar, ela explicou que usava seus ossos e cabelos para feitiçarias e que havia comido os corpos dos pequenos.
Depois de tudo isso, as autoridades locais a condenaram à morte na fogueira. Walpurga foi então levada pela cidade, seguindo um trajeto com direito a paradas para mais mutilações e torturas em público antes de chegar ao local da execução. Suas cinzas foram atiradas no córrego mais próximo.
Na verdade, é difícil descobrir quem Walpurga verdadeiramente foi, afinal a maior evidência contra ela (a confissão em si) não é tão convincente assim nos dias atuais. Analisemos a situação: uma mulher viúva no século 16, em plena caça às bruxas, sendo brutalmente torturada. Será que os detalhes tratados como confissão eram reais? Ou apenas uma tentativa de acabar com o sofrimento?
De acordo com estudiosos, a história de Walpurga é "infelizmente típica de julgamentos de bruxaria". Como diversas outras mulheres que foram executadas devido às suspeitas de uma sociedade cegamente religiosa, ela morreu sem ter direito a um julgamento de verdade, que levasse em consideração fatos para definir seu destino.
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