Navio congelado há 170 anos é encontrado por arqueólogos

04/09/2019 às 17:002 min de leitura

O destino da expedição de Sir John Franklin se tornou um dos grandes mistérios da história. O que se sabe é que o grupo zarpou da Grã-Bretanha em maio de 1845 com uma tripulação de 133 homens e ordens de desbravar a chamada Passagem Noroeste, uma via marítima composta por uma sequência de estreitos na América do Norte, acima do Círculo Polar Ártico, que à época chamava atenção de inúmeros exploradores.

Para a odisseia, Franklin recebeu dois navios: Terror e Erebus, completamente equipados para 3 anos de ação. No fim de julho de 1845, mesmo ano da partida, tripulantes de alguns barcos próximos avistaram a dupla cortando as águas na travessia da Groenlândia em direção à remota Ilha de Baffin, no Canadá. Depois disso, ninguém nunca mais viu os navios ou mesmo quem estava neles.

(Fonte: Parks Canada/National Maritime Museum/Reprodução)

Com o passar do tempo e a ausência de notícias, equipes de busca foram enviadas. Equipamentos foram encontrados pelo trajeto que os navios teriam supostamente seguido, além de esqueletos e evidências perturbadoras de canibalismo que deixaram evidente que a expedição enfrentou um grande desastre. No entanto, os detalhes ainda não foram desvendados.

O navio Terror foi descoberto em 2016, para a surpresa de todos, nas águas geladas da Ilha do Rei Guilherme, no extremo norte do Canadá. Contudo, só agora foi possível estudar os destroços. Uma agência do governo canadense (Parks Canada), em parceria com a Inuit, fez uma série de mergulhos para analisar a situação do navio e descobriu que tudo estava em extremo estado de conservação. Segundo os mergulhadores, pratos e copos continuaram nas prateleiras, instrumentos científicos permaneceram em seus devidos estojos e as camas e mesas se mantiveram em completa ordem.

(Fonte: Mental Floss/Reprodução)

"Os sedimentos, com a água fria e a escuridão, criam um ambiente anaeróbico quase perfeito, ideal para preservar materiais orgânicos delicados, como tecidos e papel", declarou Ryan Harris, arqueologista líder do projeto. "Existe uma probabilidade muito alta de encontrarmos roupas ou documentos, alguns deles possivelmente ainda legíveis".

Por que os dois navios se distanciaram, como eles afundaram e por qual motivo são questões que os arqueólogos ainda esperam responder. O maior mistério, no entanto, é como o navio Terror conseguiu permanecer tão conservado e em ordem por tantas décadas.

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