Ciência
12/04/2021 às 14:00•2 min de leitura
No meio acadêmico existem tantas siglas e nomenclaturas que é mais do que comum surgirem dúvidas, especialmente quando se trata dos níveis de ensino. Entre elas, não é rara a pergunta: "o que significa ser um PhD em alguma coisa"?
Na teoria, a sigla é a abreviação de philosophy doctor, ou seja, doutor em filosofia. Mas para entender exatamente a expressão, é preciso voltar à origem da palavra filosofia: philosophiae, em grego, significa "amor pelo conhecimento". É por conta dessa etimologia que o título de PhD determina alguém que chegou ao mais alto status de estudo em certa área.
Níveis de formação acadêmica podem confundir quem não atua no meio científico. (Fonte: Pixabay)
Em relação ao grau de estudo, esses dois títulos são equivalentes, referindo-se a quem chegou a um nível além do mestrado. A diferença entre eles se dá devido à atuação, uma vez que o PhD é mais voltado à pesquisa. Vale lembrar que ambos consideram a contribuição para a comunidade científica, incluindo de dois a três anos de estudo, além da produção de uma dissertação.
Já a admissão para programas de doutorado e PhD considera o projeto de pesquisa apresentado bem como a trajetória profissional dos candidatos. Cada país e instituição de ensino, no entanto, tem suas próprias especificações em cada processo seletivo.
Formação acadêmica no Brasil é mais burocrática do que no resto do mundo. (Fonte: Pexels)
No Brasil, a determinação de PhD leva mais em conta a formação acadêmica do que a atuação prática, diferente do que acontece em outros países, como nos Estados Unidos, por exemplo. Já na Europa, os doutorados são voltados ao atendimento de necessidades sociais, sendo mais experimentais.
O sistema educacional brasileiro é mais rígido se comparado ao cenário internacional. Enquanto aqui um candidato precisa passar por uma graduação de quatro anos e um mestrado de até dois anos e meio para dar início ao doutorado, lá fora essa etapa do ensino pode ser iniciada cerca de cinco anos depois da entrada em uma universidade, pois os programas podem ser feitos em paralelo.
Uma coisa é certa: independentemente do caminho de estudo escolhido e em qual lugar do mundo for, a sociedade só tem a ganhar com a produção de ciência — e PhDs nunca serão demais!