5 fatos sobre a máfia que O Poderoso Chefão te ensinou errado

07/08/2022 às 07:003 min de leitura

Poucos filmes são tão emblemáticos e marcantes quanto O Poderoso Chefão. O longa-metragem do diretor Francis Ford Coppola adaptou o livro escrito por Mario Puzo sobre a máfia. Publicado em 1969, a obra homônima ficou 67 semanas seguidas na lista de mais vendidos do jornal norte-americano The New York Times.

Para escrever o livro, Puzo usou informações que coletou sobre os mafiosos de origem italiana durante o período em que atuou como jornalista. No entanto, alguns detalhes distorcem a realidade. Eles acabaram sendo levados para a telona e ensinaram erroneamente aspectos da máfia para as pessoas. Conheça cinco destes fatos conosco.

1. O código de silêncio é um mito

Omertà é um termo de origem na língua napolitana que diria respeito a um código de honra entre os mafiosos do Sul da Itália. Esse conceito seria fundamentado pela ideia de família e envolveria um voto de silêncio entre seus integrantes. Na prática, nenhum mafioso poderia cooperar com autoridades policiais ou judiciárias.

No entanto, a omertà não passa de um mito. Ao longo dos "anos de ouro" da máfia nos Estados Unidos, muitos dos principais mafiosos se beneficiaram de acordos de delação com as autoridades, testemunhando contra seus ex-colegas. A ideia de um código de silêncio, ao fim e ao cabo, não passa de mito.

2. A máfia real era bem diferente da vista em "O Poderoso Chefão"

De modo geral, a ideia de máfia vista em O Poderoso Chefão é bem diferente da máfia que existiu no mundo real. Um dos pontos centrais é que os mafiosos sempre tiveram um perfil diferente da classe média retratada na franquia. Eram, na maior parte das vezes, seres psicóticos, traidores, sem escrúpulos e pessoas que fariam qualquer coisa por dinheiro.

Outro mito presente na franquia é que a máfia não se envolvia com o narcotráfico. Na realidade, foi a partir do comércio de drogas que os mafiosos conseguiram definir seu poder e dominar determinadas áreas de Nova Iorque, por exemplo. Elas foram responsáveis por gerar bilhões de dólares em renda ao longo das décadas, de acordo com autoridades federais.

3. Don Corleone não existiu

Muitos analistas da obra de Mario Puzo defendiam que Don Corleone seria a representação de algum dos grandes chefes da máfia ítalo-americana. Porém, antes de falecer, em 1999, o autor do clássico deu entrevistas salientando que Don foi criado baseando-se em diferentes chefes da máfia da vida real.

Entre eles, Joe Profaci, criador e chefe da família Colombo, que também usava a importação de produtos para ocultar seus crimes, e Frank Costello, chefe da família Genovese, uma das mais importantes dos grupos criminosos ítalo-americanos. Outros traços da personalidade de Don Corleone vieram de Joseph Bonanno, da família Bonanno.

4. A máfia sempre teve ligação com as elites

Nos filmes da franquia, são comuns as cenas pintando os mafiosos como homens interessados no melhor de sua comunidade. Não era incomum que se envolvessem em problemas de seus vizinhos, como se estivessem querendo ajudá-los. Saiba: isso é um mito.

A máfia sempre foi muito próxima dos ricos e poderosos, muitas vezes contratados para aterrorizar camponeses (no caso italiano) e pequenos comerciantes (no caso norte-americano), atuando como capangas. Entre muitas missões realizadas pela máfia estava a de intimidar sindicalistas, atuando na opressão dos que já eram oprimidos.

5. As máfias ítalo-americanas não surgiram em Nova Iorque

Nova Iorque foi, realmente, o primeiro destino nos Estados Unidos de milhões de imigrantes italianos entre o final do século XIX e o início do século XX. No entanto, as origens da máfia ítalo-americana não estão na Big Apple, mas em Dixie, cidade de Nova Orleans.

Durante os anos iniciais da imigração italiana, Nova Orleans foi o principal destino nos Estados Unidos, mais do que Nova Iorque. Ali, assassinos, falsificadores e ladrões de origem siciliana se uniam em uma forma de parceria ou sociedade, de modo a dominar a cidade. Anos depois, a maior concentração na Big Apple mudaria esse cenário. O resto é história.

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