4 crenças e histórias fantasiosas espalhadas como verdade durante a história

07/10/2023 às 07:002 min de leitura

A história é tão vasta e cheia de fatos incríveis que alguns deles até parecem fantasiosos. Porém, no meio de tantas histórias que ganharam repercussão, é natural que algumas informações falsas tenham sido propagadas por séculos.

Conheça quatro das histórias e crenças mais estranhas que já foram reproduziram durante séculos!

1. O Mito de Eldorado

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A descoberta das Américas causou todo tipo de comoção no Velho Mundo. Além das potenciais riquezas, histórias bizarras sobre os habitantes e animais do novo continente foram espalhadas por séculos.

Talvez a mais famosa seja a da existência de Eldorado, uma cidade totalmente feita em ouro. Aparentemente, a inspiração surgiu quando os espanhóis encontraram os Chibchas, um povo que vivia no planalto central da atual Colômbia e tinha um império bem desenvolvido, rico, e com muito ouro.

Em um dos rituais mais famosos, por exemplo, um sacerdote de Eldorado viraria "O Homem de Ouro" ao ser enfeitado com pó de ouro e ornamentos preciosos. Talvez tenha sido difícil para os exploradores não acreditarem nas lendas, já que cada nova conquista nas Américas levava à pilhagem de toneladas de ouro e preciosidades.

O fato é que muitos exploradores partiram atrás da cidade lendária entre os séculos XVI e XVII, muitos para nunca mais retornar.

2. Os gigantes da América Latina

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Na época das colonizações, outra lenda que se espalhou pela Europa foi sobre a existência de gigantes na América Latina. O primeiro relato, feito em 1519 por Ferdinand Magellan durante uma viagem pela Patagônia, afirmava que a expedição encontrara um selvagem tão alto que ninguém do grupo chegava sequer a altura da sua cintura. Outros relatos posteriores também afirmavam a existência de grupos de indígenas com mais de 3 metros de altura.

As histórias circularam por mais de 250 anos, até que em 1766, Sir Francis Drake, da Marinha Real Britânica, encontrou e fez contato com um dos principais grupos que habitavam a região. Realmente, seus 1,80 metros eram bem altos para os padrões europeus, mas nada como as lendas propagavam.

3. Uma pegadinha que durou 60 anos

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1917, na vila de Cottingley, na Inglaterra, Elsie Wright e sua prima, Frances Griffith, começaram a espalhar para a família que podiam ver e brincar com fadas. Ninguém as levou a sério, até que elas apareceram com fotos para provar. As imagens, em que elas aparecem brincando e admirando pequenas figuras femininas com asas, chegaram à mídia em pouco tempo e levantaram discussões sobre a existência desses seres.

A coisa saiu do controle quando a Theosophical Society, um grupo de estudos de acontecimentos religiosos e místicos, pediu as fotos e concluiu que elas eram reais. Este grupo continha membros importantes da sociedade britânica, como Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes.

No entanto, 60 anos depois, as primas confessaram que as fotos eram falsas. Frances entendia de técnicas de fotografia e desenhou as figuras aladas nos negativos, copiando de um livro infantil. Segundo elas, a pegadinha era para se vingar da família, mas depois que tanta gente importante entrou no debate, elas não souberam como desmentir.

4. Pés e calçados

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Em boa parte do mundo e em diferentes épocas históricas, muitos significados foram conferidos aos pés e aos sapatos. Alguns relatos dos antigos assírios, inclusive, dizem que reis e conquistadores subjugavam seus inimigos colocando os pés na sua cabeça ou pescoço após as batalhas.

Esse simbolismo chegou na Europa medieval e se tornou comum o ato de beijar o pé de reis para demonstrar submissão. Um caso interessante ocorreu quando o Rei Charles III da França fez um tratado para conceder a Normandia para Rollo, o Viking. Quando Charles III ergueu seu pé para que fosse beijado, como era esperado, Rollo o derrubou, pois se recusava a se ajoelhar perante outro homem.

Enquanto isso, em outras partes do mundo, os sapatos são considerados elementos sujos e praticamente impuros. Em partes da Ásia, por exemplo, não se pode entrar em casa calçando sapatos. Países islâmicos também possuem várias regras, como a proibição de entrar nas mesquitas com calçados.

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