Ciência
11/08/2011 às 17:07•3 min de leitura
As aplicações de botox fazem bastante sucesso entre as mulheres que desejam manter a aparência jovem da pele sem precisar recorrer às cirurgias plásticas – que implicam riscos maiores, como a necessidade de anestesias e internações. Diferentemente das cirurgias, as sessões de botox são rápidas, de fácil recuperação e não exigem o afastamento das atividades normais no período do tratamento.
Para alcançar uma pele mais jovem, as mulheres procuram o método em consultórios médicos. Os profissionais fazem uso de uma substância chamada de toxina botulínica (tipo A), que estica a pele, eliminando o aspecto cansado e deixando o rosto com um aspecto rejuvenescido em pouco tempo. Com agulhas bem finas, a substância é injetada em pequenas quantidades no tecido subcutâneo. Uma sessão dura, em média, 30 minutos. Depois das aplicações, não é preciso se preocupar com manchas ou inchaços – para a maioria dos pacientes o produto não deixa sinais no rosto. Pessoas muito sensíveis podem apresentar reações, mas nada que afete a rotina do paciente.
O botox reduz consideravelmente as rugas de expressão, como as linhas da testa, na região entre as sobrancelhas ou os famosos “pés de galinha”, que tanto incomodam as mulheres. Ao preencher os espaços que causam marcas à pele, a elasticidade confere ao rosto uma expressão renovada. É bastante comum vermos fotos do antes e depois das pacientes que passaram pelo tratamento e o resultado surpreende. Esse também é um dos motivos que certamente conquista muitas mulheres.
Desmistificando o botox
Mesmo sendo uma técnica bastante difundida, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre as vantagens e desvantagens de recorrer ao botox para melhorar a aparência da pele. Por isso, antes de optar por fazer um tratamento, é fundamental que saber exatamente como ele funciona.
Botox é o nome mais difundido no país, mas existem outros compostos, como o Dysport e o Prosigne, que também são derivados da toxina botulínica e é possível encontrá-los no Brasil. A toxina botulínica age no rosto como um paralisante muscular. Ela vai agir diretamente na liberação de acetilcolina – um neurotransmissor responsável por enviar informações do cérebro aos músculos. O botox vai impedir que os nervos liberem a acetilcolina para os músculos que, assim, não sofrerão contrações. Por trabalhar junto aos músculos é que o botox é recomendado para atenuar as rugas dinâmicas – que são mais conhecidas como marcas de expressão.
Logicamente, essa aplicação envolve riscos de paralisia, pois se trata de uma toxina. Mas seria necessária uma dose muito grande para que isso aconteça. Os profissionais capacitados para efetuar tratamentos estéticos aplicam apenas a quantidade adequada nos locais certos do rosto para que o resultado seja o melhor possível, sem oferecer maiores riscos à paciente.
Logo que a técnica surgiu no Brasil, os médicos costumavam aplicar as substâncias em pontos exatos do rosto. Com o passar dos anos e com os avanços dos estudos e da tecnologia, os profissionais desenvolveram habilidades que permitem um tratamento diferenciado para cada paciente de acordo com a necessidade. Por isso, antes de fazer um procedimento, busque recomendações de médicos da área e consulte o resultado dos trabalhos que ele já fez.
O efeito de paralisia dos músculos – ou relaxamento muscular temporário, como alguns preferem chamar – dura de quatro a seis meses, esse seria o prazo de validade do botox. Passado esse tempo, a ação muscular volta ao normal gradativamente e não tem como escapar: as ruguinhas voltam também. Se a paciente fizer várias aplicações seguidas – sempre respeitando o intervalo entre uma sessão e outra –, o músculo começa a atrofiar devido à falta de uso que a paralisia implica e, no final, a musculatura enfraquece a ponto de não gerar mais as marcas.
A toxina em prol da saúde
Além de ser usada conforme foi descrito acima, a toxina botulínica ainda pode ser uma grande aliada para muitos outros tratamentos. Ela permite o controle da hiperidrose, que é a transpiração excessiva que geralmente ataca os pés, mãos, testas e axilas. Ainda pode ser usada para corrigir estrabismo, torcicolo espasmódico, distonia cervical, paralisia cerebral e auxiliar na reabilitação muscular, entre muitas outras.
Mas é preciso ficar atenta e sempre consultar um especialista. As toxinas do tipo A possuem ação bastante semelhante, entretanto, dependendo do fabricante, pode ser necessário ajustar a dose exata para o tratamento e pode haver variação na duração do efeito.
Apesar de parecer simples como um passe de mágica, o uso da toxina também prevê contraindicações. Pacientes com doenças crônicas que influenciam nos músculos ou que fazem uso de medicação com ação muscular, gestantes e lactantes devem evitar o tratamento.
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