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Crianças etíopes hackeiam o Android em cinco meses

31/10/2012 às 06:262 min de leitura

(Fonte da imagem: Reprodução/Dvice)

Quais são os pré-requisitos de um bom aprendizado? Um professor atencioso com uma respeitável bagagem cultural? Talvez. O problema é que, em certas regiões da África, não apenas é difícil encontrar adultos instruídos como é bastante raro topar com alguém que saiba ler e escrever.

Isso dificulta as coisas, é claro — mas também serve de estopim para algumas propostas realmente criativas, como a mais recente empreitada do projeto OLPC (One Laptop Per Child). Munidos de milhares de Motorola Xoom, alguns membros da organização partiram para a Etiópia, a fim de distribuir os exemplares para diversas crianças que não apenas desconheciam tecnologias do gênero, mas que jamais haviam visto uma única palavra impressa.

De nenhum conhecimento a um “hack” de Android

O diferencial? As caixas foram apenas deixadas lá, sem qualquer tipo de instrução — pelo menos, nada além de “Que tal estas caixas? Façam o que quiserem com elas”. A ideia era simples: aplicar uma lição de autodidatismo às crianças e, posteriormente, colher os resultados da experiência que seriam registrados em um cartão de memória embutido em cada Xoom.

(Fonte da imagem: Reprodução/MIT)

Eis a grata surpresa, entretanto, conforme descreveu o próprio fundador da OLPC, Nicholas Negroponte, durante conferência realizada no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets):

“Nós deixamos as caixas no vilarejo. Fechadas. Lacradas. Sem qualquer tipo de instrução e sem ninguém para explicar. Eu achava que as crianças iriam brincar com as caixas! Mas em alguns minutos, uma criança não apenas abriu a caixa como também encontrou o botão on/off. Ele jamais havia visto um botão on/off. Ele ligou o tablet. Em cinco dias, eles estavam utilizando uma média de 47 aplicativos por criança por dia.”

E ele continua:

“Em algumas semanas, passaram a cantar músicas em inglês pelo vilarejo. E após cinco meses eles hackearam o Android. Isso porque algum idiota da nossa organização ou do Media Lab havia desabilitado a câmera. Eles descobriram que havia uma câmera e alteraram o Android [negrito nosso].”

O experimento da OLPC começou no início deste ano e se propunha a verificar se as crianças poderiam aprender a ler e a escrever em inglês. De fato, a experiência foi além dos meninos e meninas. Conforme alguns estudos prévios da organização mostraram, é comum que os filhos acabem aprendendo e ensinando os próprios pais.

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