Morte do faraó Tutancâmon pode ter sido causada por atropelamento

06/11/2013 às 07:202 min de leitura

Você já conferiu aqui no Mega Curioso um artigo que conta sobre a suposta maldição de Tutancâmon, o chamado “faraó menino”. Agora, um novo documentário britânico mostra o resultado de alguns estudos feitos com a múmia, que demonstraram que o então rei do Egito (da época de 1300 a.C.) pode ter morrido atropelado aos 19 anos de idade por uma carruagem (ou biga).

Mas não foi somente essa evidência que a pesquisa concluiu. Segundo avaliações feitas com os restos mumificados, o corpo carbonizado do faraó — que causou grande mistério quando foi descoberto em 1922 pelos egiptólogos Howard Carter e Lord Carnarvon — foi resultado de uma combustão espontânea dentro do sarcófago causada pelos óleos de embalsamento.

Processos de pesquisa

Para chegar a essa conclusão, um fragmento do corpo do jovem faraó foi testado por pesquisadores, que confirmaram que o seu corpo foi queimado enquanto ele estava selado em seu caixão devido a um embalsamento malfeito ou realizado às pressas.

 />Fonte da imagem: Reprodução/Discover Magazine

Alguns especialistas em incêndio, que também participaram do estudo, acreditam que o que houve foi uma reação dos óleos com oxigênio, calor da tumba e telas de linho usadas para enrolar o corpo.

"Apesar de toda a atenção que a múmia de Tutancâmon tem recebido ao longo dos anos, toda a extensão da sua estranha condição tem sido amplamente negligenciada. A carbonização e a possibilidade de que a mumificação fracassada levou o corpo à combustão espontânea logo após o enterro foram totalmente inesperadas, uma revelação de fato”, disse o pesquisador Chris Naunton em um comunicado à imprensa.

Impacto

Em relação aos ferimentos que indicam um atropelamento, Chris Naunton — que é também diretor do Egypt Exploration Society — realizou uma autópsia virtual do corpo usando técnicas de avaliações radiográficas e varredura tomográfica, que revelaram os ferimentos de Tutancâmon. Um estudo do DNA da múmia feito em 2010 indicou também que havia sinais de malária em seu sistema.

Além dessas avaliações, Dr. Naunton contou com a ajuda e o conhecimento de cientistas forenses e investigadores de acidentes para revelar as circunstâncias que deixaram a múmia real com um padrão muito distinto de lesões, além de uma misteriosa falta de seu coração e do esterno (osso do tórax).

Segundo o pesquisador, o faraó sofreu um impacto muito forte no torso, causando a fratura de costelas e também da perna esquerda, que estava infeccionada.

Ele acredita que Tutancâmon estava de joelhos no momento do atropelamento, o que também causou um esmagamento da pélvis. As novas descobertas vão ao ar no dia 10 de novembro no documentário do canal britânico Channel 4. 

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