Ciência
10/02/2014 às 08:06•4 min de leitura
Tudo bem, hoje é segunda-feira, você está cansado, com preguiça e sono, a gente sabe. Mas antes que você se apegue às coisas ruins da vida e fique desanimado de vez, saiba que boas notícias estão a caminho e que as informações que você vai ter a seguir poderão animar um pouco o seu dia:
Fonte da imagem: Reprodução/Fanpop
Paz? Como assim? É natural que você questione essa afirmação, afinal, o século XX foi o mais violento da História, com duas guerras mundiais, conflitos eternos no Oriente Médio... E você sabe muito bem que inúmeras mortes acontecem injustamente todos os dias, a todo o momento.
A boa notícia é que mesmo com as guerras no Afeganistão e no Iraque, a primeira década do século 21 teve o menor número de mortes em batalha de todos os tempos. Segundo o professor Joshua Goldstein, se temos a impressão de que há mais violência do que há realmente é porque temos mais informações a respeito de guerras e conflitos do que guerras e conflitos propriamente ditos.
Outra questão: desde a Segunda Guerra Mundial não há conflitos entre países superpotentes. Se por um lado os EUA perderam 3,4 mil soldados no Afeganistão; por outro, a Guerra Civil Americana foi responsável pela morte de 4,7 mil tropas em apenas um dia de batalha. O gráfico abaixo mostra o número de mortes em todo o mundo devido a guerras – confira a diferença entre os anos de 1940 e 2000:
Fonte da imagem: Reprodução/Cracked
Por mais bizarro que pareça, os dois últimos séculos são considerados os mais pacíficos do mundo, o que inclui os períodos das duas guerras mundiais, vale lembrar. Essa tendência deve se manter daqui para frente, e os números diminuirão cada vez mais.
Se você está se perguntando como é possível que os dois últimos séculos possam ser pacíficos se, por um lado, o século 20 teve o maior número de mortes violentas do que em qualquer outro período histórico, a resposta é simples: a população mundial do século 20, comparada com a dos outros séculos, foi a maior.
A chance de uma pessoa morrer violentamente no século passado era de 3%. Só para você comparar, o mesmo índice era cinco vezes maior em sociedades pré-históricas.
Fonte da imagem: Reprodução/Edinburgh
Por mais que você ainda veja crianças e jovens fumando, bebendo e usando drogas, o número de novos usuários está cada vez menor. Até poucas décadas atrás ainda se via comerciais de cigarro na TV e, há mais tempo ainda, na época da psicanálise de Freud, a cocaína era usada como medicamento antidepressivo.
À medida que os danos causados pelo uso de drogas, cigarro e álcool foram se tornando mais conhecidos, o interesse pelo consumo dessas substâncias diminuiu. Em 2012 o número de crianças e adolescentes que fumam foi o menor de toda a História.
A única droga que não teve redução em seu consumo foi a maconha, até porque ela é legalizada em alguns países e autorizada para usos medicinais em outros.
Fonte da imagem: Reprodução/Klabonte
Tudo bem, você ainda vê casos de racismo facilmente, mas eles estão diminuindo, se compararmos os dias atuais com qualquer outro período histórico. Só para você ter ideia, uma pesquisa realizada nos EUA em 2013 revelou que 87% dos norte-americanos não enxergam problemas em casamentos inter-raciais. Cinquenta anos antes disso, uma mesma pesquisa descobriu que 90% da população era contra o casamento entre pessoas de raças diferentes.
E o casamento entre pessoas do mesmo sexo? Bom, a verdade é que a união ainda não é regularizada em diversas partes do mundo, mas a opinião popular é realmente dividida: 50% das pessoas já aprovam o casamento homoafetivo. Ainda que pareça idiota a ideia de que uma pessoa tenha o direito de aprovar ou não a união de duas outras pessoas, a aceitação era de apenas 20% nos anos de 1990. É um certo avanço, não é mesmo?
Outra coisa boa: nossas crianças são menos preconceituosas e têm a mente mais aberta para o que é diferente. Elas respeitam cada vez mais os grupos que antes, por serem minoria, eram ridicularizados publicamente. Obrigada, crianças. A humanidade agradece!
Fonte da imagem: Reprodução/Southernnomad
Todo mundo adora discursar a respeito de como a tecnologia matou leitores em todos os cantos do planeta, mas essa teoria de que redes sociais, jogos e aplicativos divertidos substituem George Orwell, Fernando Pessoa e Graciliano Ramos é uma impressão bastante errada.
Você sabia, por exemplo, que há 50 anos apenas 18% da população da Índia era capaz de ler? Hoje o número subiu para 60%. E olha que estamos falando de um país com 1,2 bilhões de habitantes! No Brasil, 90,4% da população é alfabetizada. Mundialmente falando, esse índice é de 84%.
E aí voltamos aos alvos favoritos de quem gosta de criticar a modernidade: graças às redes sociais, aos aplicativos e aos jogos com os quais as crianças e adolescentes se divertem, o número de leitura está aumentando, afinal, leitura não é apenas o livro, o objeto físico que se pode ter em mãos. Cada site visitado é uma leitura a mais, cada palavra nova em inglês aprendida no vídeo game, já é uma coisa boa. Legal mesmo seria unir tudo isso à Literatura propriamente dita. Ler é divertido, gente!
Fonte da imagem: Pinterest
Entre 1990 e 2012 o número de pessoas vivendo em situações consideradas como de extrema pobreza caiu pela metade, o que é considerado o primeiro grande declínio dos níveis de pobreza extrema.
Para calcular esse nível, são levados em consideração alguns índices relacionados à moradia, à educação, ao saneamento básico, à alimentação, ao acesso à água potável etc. Agora imagine: um bilhão de pessoas passaram a ter acesso a esses direitos pela primeira vez entre 1990 e 2012. Detalhe: isso tudo aconteceu antes do esperado, que era 2015.
Como isso foi possível? Com ajuda financeira internacional. Vários países oferecem desde alimentos até roupas, dinheiro, ajuda profissional, médicos e afins. Foi assim que a pobreza extrema foi varrida da Índia e da China. E é assim que países como Nepal e Bangladesh podem ficar completamente livres da miséria em um futuro próximo. Tomara!