Saúde/bem-estar
30/07/2019 às 08:30•4 min de leitura
Você já parou para pensar em como os antepassados de sua família mantinham a sua higiene? Como era a vida antes do vaso sanitário, sem o desodorante e sem aquele banho gostoso com shampoo e sabonete em abundância? Provavelmente, a vida era mais mal cheirosa e o seu ‘tatatataravô’ não tinha nem noção do que viria a ser um desodorante.
Para contar um pouquinho de como as pessoas do século 18 lidavam da higiene, o site List Verse enumerou algumas das principais agruras da época como você poderá ver a seguir.
A água não era encanada, os sistemas de esgoto ainda não existiam, os produtos de higiene pessoal ainda estavam em processo de criação. Então, dá para ter uma ideia de como era o cheirinho da galera? Confira abaixo alguns dos problemas enfrentados na questão de higiene e algumas soluções criadas naquela época.
Fonte da imagem: Shutterstock
Banho todo dia no século 18? Nem pensar! Naquela época, muitas pessoas acreditavam que o banho não era saudável e que a imersão em água, especialmente na quente, deixaria doenças entrarem no corpo.
Além disso, mesmo que alguém decidisse se banhar em uma tina, um barril com água ou mesmo em uma banheira (no caso dos mais nobres), isso era feito sem tirar as longas roupas de baixo — um hábito que se manteve até o final do século 19 em muitos países.
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Essa profusão de desodorantes que vemos hoje em dia nas prateleiras dos supermercados era algo inimaginável para qualquer pessoa do século 18. Afinal, para eles, o chamado “cecê” era completamente aceitável e a maioria das pessoas ficava confortável em cheirar como um bode a maior parte do tempo. Por essa razão, até por volta de 1880 o desodorante ainda não tinha sido inventado.
Se tomar banho já era algo difícil, imagine usar algo debaixo do braço para tirar o odor? Passar algo para perfumar debaixo dos braços foi uma ideia que já havia sido criada por Ziryab no século 9. Mas a tentativa não foi adiante e nunca pegou. Porém, chegou um momento em que o cheiro realmente começou a incomodar e isso já foi no século 19.
O primeiro desodorante comercializado Fonte da imagem: Reprodução/List Verse
Os ricos tentavam dar aquela camuflada na “sovaqueira” se encharcando de perfume. Mas todos nós sabemos que não funciona. Então, em 1888 o primeiro desodorante começou a ser produzido e comercializado com a marca “Mum”. Unindo com a popularização do banho, era o começo do fim da era da fedentina, pelo menos para grande parte das pessoas.
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Definitivamente, as mulheres do século 18 não se depilavam. Talvez nem sequer elas pensavam nisso. Afinal, o corpo inteiro ficava coberto por pesados vestidos e, para muitas delas, as relações sexuais eram feitas com camisolões e no escuro. No mundo ocidental, a remoção de pelos do corpo não se tornou comum até a década de 1920.
Claro que existem algumas nações em que esse hábito continua inexistente. Além disso, muitas mulheres defendem o livre crescimento dos pelos no corpo pela liberdade de padrões da sociedade. No entanto, a ideia, que só começou no início do século 20 só cresceu (assim como os pelos) e ganhou mais e mais adeptas, além de novas técnicas a cada dia.
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Há que se dizer que viver em lugares onde não havia vasos sanitários devia ser bastante difícil. Quando o “chamado da natureza” acontecia, as pessoas se aliviavam em penicos e as necessidades eram, muitas vezes, jogadas pela janela. Era algo comum que as casas cheirassem a fezes e urina. Eca!
Tempos depois, as visitas ao penico de estimação foram ficando menos frequentes, quando os banheiros ao ar livre foram inventados — mais como fossas. A famosa “casinha” com um buraco para tudo ficar mais escondido na terra durou por muito tempo, sendo que existe até hoje em locais de baixa renda, infelizmente.
Você deve estar se perguntando, mas e o vaso sanitário? Bem, apesar de ter existido fossas coletivas e modelos parecidos desde a época do Império Romano, a construção de uma rede subterrânea de tubos para levar resíduos sólidos e líquidos só foi iniciada na década de 1880, em Paris, substituindo gradualmente as fossas pelos vasos em cômodos dentro das casas.
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O papel higiênico só foi criado no final do século 19. Antes disso, a higiene era feita com o que tinha disponível ao alcance das mãos ou a própria mão. Os ricos podiam usar pedaços de tecido feito de linho limpos, enquanto os pobres usavam (além da mão) ??trapos velhos, musgo e folhas.
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No século 18, as mulheres tinham poucas opções quando o sangramento da menstruação chegava. Algumas usavam um pedaço de tecido que seria lavado e reutilizado várias vezes, enquanto outras simplesmente deixavam a gravidade agir e se lavavam na hora do banho (se ele acontecesse).
Os absorventes descartáveis foram inspirados em uma invenção de Benjamin Franklin, que criou um tipo de curativo mais grosso projetado para salvar soldados com ferimentos de tiros e que as enfermeiras passaram usar para outros fins. Porém, o primeiro modelo comercialmente disponível especificamente para isso só foi lançado no século 19, por volta de 1888.
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Para as pessoas que viveram no século 18, a higiene dental não ia muito além de tirar os excessos com a unha ou o dedo, ou talvez limpar os dentes e gengiva com um pano embebido em água. Alguns estilos de pasta abrasiva já haviam sido criados séculos antes, mas a fórmula mais moderna, com bicarbonato de sódio e peróxido de hidrogênio, além de flúor, só foi difundida a partir do final do século 19.
No entanto, quem era de baixa renda destinava seu pouco dinheiro para a comida. A pasta de dente ainda não era um item essencial e só passou a ter mais importância com o passar das décadas.
*Publicado originalmente em 20/03/2014.
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