Ciência
13/02/2013 às 07:24•1 min de leitura
Vampiros sempre existiram somente em contos fantasiosos e no imaginário popular, mas bebedores de sangue podem ser mais reais do que se imagina, ao menos é o que um caso macabro na Turquia vem revelando.
Médicos relataram a existência de algo que vem sendo chamado como o “vampiro da vida real”. O caso de estudo é um homem de 23 anos, casado e com aparência normal, mas que sente a necessidade constante do consumo de sangue, “tão urgente quanto respirar”.
O rapaz, que não teve cidade natal e nome revelados, passou a cortar seus próprios braços, peito e barriga com laminas de barbear para deixar o sangue escorrendo em copos e, em seguida, beber o conteúdo.
No entanto, em pouco tempo ele precisou procurar outras fontes e acabou sendo preso por diversas vezes após esfaquear e morder pessoas para recolher e beber o sangue. Além disso, o jovem aparentemente força seu pai a roubar sacos de bancos de sangue para que ele possa beber. O estudo foi feito no final do ano passado, mas publicado apenas essa semana no Journal of Psychotherapy and Psychosomatics.
Segundo os pesquisadores, diversos eventos traumáticos podem ter colaborado para as condições do paciente, como o fato de sua filha de 4 meses ter ficado doente e morrido, além do testemunho de dois assassinatos violentos, incluindo o de seu próprio tio e de um homem que teve a cabeça arrancada, além de seus órgãos genitais dilacerados.
O homem foi diagnosticado com transtorno dissociativo de identidade (mais conhecido como múltipla personalidade), alcoolismo, transtorno pós-traumático e depressão crônica. Os médicos afirmam que é a primeira vez que se constata a soma do “vampirismo” com o transtorno de personalidade em um paciente.
Embora o caso faça a ligação entre o comportamento do jovem e os contos de vampiros, não há nada de diferente no corpo do paciente, o que faz com que os médicos ressaltem que o corpo humano não reage bem ao digerir sangue em grandes quantidades, o que pode causar dezenas de complicações, além da transmissão de doenças das vítimas.