Artes/cultura
04/02/2015 às 10:10•4 min de leitura
Quando o assunto diz respeito aos adoradores do diabo, o comum é que a maioria das pessoas espere apenas coisas ruins vindas desse pessoal — e o que não faltam pelo mundo são histórias de supostos sacrifícios, torturas e assassinatos pavorosos que teriam sido cometidos em nome do Maligno.
É importante destacar que muitas vezes os casos que acabam sendo associados aos satanistas não têm qualquer relação com o cumprimento de comandos do Príncipe das Trevas — e infelizmente não passam de atrocidades praticadas por pessoas de má índole mesmo. Contudo, a verdade é que existem alguns crimes que realmente foram executados em nome de Satã, e nós aqui do Mega Curioso reunimos sete exemplos para você conferir:
No final da década de 90, o finlandês Jarno Elg — que era adorador de belzebu — torturou, estrangulou e devorou partes do corpo de um jovem de 23 anos. Por incrível que pareça, Elg conseguiu convencer outras três pessoas a participar do ritual, que aconteceu embalado ao som da banda de black metal norueguesa Ancient. A polícia chegou até o finlandês após encontrar uma das pernas da vítima, e Elg foi condenado à prisão perpétua.
Nikolai, na verdade, era o líder de um grupo de jovens russos que há alguns anos realizou sacrifícios humanos em nome de Satanás. Os garotos levaram quatro colegas de escola até um bosque e, depois de embebedá-los, esfaquearam cada um deles 666 vezes. Não satisfeitos, os jovens satânicos ainda removeram os genitais, os escalpelaram e comeram partes dos corpos das vítimas assadas em uma fogueira.
Quando foram presos, um dos membros do grupo de assassinos disse que não sentia medo já que, graças aos sacrifícios, tinha certeza de que o diabo o ajudaria a escapar da cadeia. Outro teria contado às autoridades que havia tentado seguir a Deus, mas, como não havia ganhado nenhum dinheiro com isso, ele teria se voltado ao demônio — e as coisas haviam melhorado.
No final da década de 90, o grupo italiano conhecido como as “Bestas de Satã” — composto por amigos fãs de black metal — assassinou dois adolescentes durante um ritual satânico e, depois de enterrá-los, teriam dançado sobre suas sepulturas gritando que os coitados haviam se transformado em zumbis. O grupo foi pego seis anos mais tarde depois de cometer outro duplo assassinato, e todos foram julgados e presos.
Preste atenção no rapaz acima. Ele parece meio desequilibrado para você? Na década de 80, Ricky Kasso não só vivia pra lá de louco por conta de problemas mentais e abuso de drogas como acreditava que devia seguir os comandos do Anjo das Trevas — que falava com ele por intermédio de um corvo.
Pois, obedecendo às ordens do tinhoso, Kasso convenceu um amigo — um jovem chamado Gary Lauwers — a acompanhá-lo até um bosque, colocou uma faca em seu pescoço e o obrigou a anunciar em voz alta que amava Satã. Depois disso, o discípulo do diabo matou Lauwers, arrancou seus olhos e o enterrou.
Eis um casal com o qual você não ia gostar de tropeçar um dia! Em 2001, Manuela e Daniel Ruda — que costumavam desfilar com dentes de vampiro e cruzes invertidas raspadas em suas cabeças — receberam uma mensagem do capiroto na qual ele pedia por um sacrifício humano. Como bons servos da escuridão, os dois obedeceram, assassinando Frank Hackert, um colega de trabalho.
Os Ruda convidaram Hackert para uma visita e o mataram com 66 facadas. Além disso, o casal ainda atacou seu rosto e mãos com um machado e desenhou um pentagrama em seu torso — além de beber o sangue da vítima para celebrar. A dupla maligna foi pega após a mãe de Manuela alertar as autoridades depois de receber uma carta sinistra da filha.
Quando chegaram ao apartamento do casal, além de muito sangue por todos os lados, os policiais encontraram o corpo de Hackert dentro de um caixão que Manuela às vezes usava como cama. Segundo os assassinos, Hackert foi escolhido devido a seu bom humor, assim sua alma poderia alegrar o diabo uma vez chegasse ao inferno, e Manuela confessou ter ficado muito decepcionada por não ter se transformado em vampira depois do sacrifício.
O grupo “Ripper Crew” era composto por quatro serial killers que entre 1981 e 1982 apavoraram as ruas de Chicago. Os jovens pegavam prostitutas com uma van e levavam as mulheres até o apartamento de um deles — onde as matavam enquanto liam passagens da Bíblia do Diabo. Depois de assassiná-las, os satânicos abusavam das vítimas e extirpavam seus seios, além de comer partes de seus corpos.
Em 2004, o chileno Rodrigo Gallardo — fã desequilibrado de black metal que, além de ter várias tatuagens satânicas pelo corpo, tinha um pentagrama marcado a ferro no lado esquerdo do peito — foi até a missa, esperou pacientemente até o final da celebração e, então, sacou uma adaga e cortou a garganta de Faustino Gazziero, o padre da congregação.
Depois, Gallardo se besuntou com o sangue do sacerdote e usou a mesma adaga para esfaquear o próprio corpo várias vezes. Segundo as autoridades, o chileno não estava sob influência de álcool e drogas, o que levou à dedução de que o crime era um ataque direto contra a igreja. Durante o julgamento, os advogados de Gallardo alegaram que o rapaz sofria de esquizofrenia e ele cumpriu apenas 3 anos de reclusão em uma instituição psiquiátrica.
Bônus
O caso que vamos contar agora envolve um trio de adolescentes inocentes que foram acusados de crimes atrozes simplesmente por serem fãs da banda errada e terem interesse em ocultismo. Tudo aconteceu na década de 90, quando os corpos de três meninos de 8 anos idade foram descobertos — nus, com as mãos e os pés amarrados com cadarços e cruelmente espancados — na cidade de West Memphis, nos EUA.
Os investigadores associaram os assassinatos com algum tipo de culto satânico e logo rumores sobre adoradores do diabo começaram a circular pela cidade, levando as autoridades até os adolescentes — tidos como supostos satanistas. Na época, algumas testemunhas chegaram a declarar que haviam visto uma das vítimas entrar em um carro com um homem negro, mas, como essa pista não correspondia à do ritual, ela foi abandonada.
Na falta de evidências, os policiais usaram uma das testemunhas para se aproximar dos adolescentes suspeitos, e foi então que os relatos de que os jovens bebiam sangue e realizavam reuniões sinistras começaram a vir à tona. E, com base nesses rumores, e no fato de que um dos garotos usava camisetas da banda Metallica e outro havia emprestado um livro sobre bruxaria na biblioteca local, os três de West Memphis foram acusados pelos assassinatos.
Em 2007, novas evidências foram apresentadas, e a testemunha que havia declarado contra os garotos se desculpou publicamente e revelou que, na época, apenas disse o que a polícia queria ouvir. Depois de uma longa batalha judicial, os três adolescentes tiveram suas sentenças finalmente suspensas — após passarem 18 anos atrás das grades — em 2011, e até hoje existem campanhas para limpar seus nomes.