Diamante cobiçado pela realeza europeia é vendido por 9,5 milhões de dólares

16/05/2012 às 09:022 min de leitura

undefinedFonte: Divulgação/Sotheby's

(Reuters) - Um diamante cobiçado durante séculos por reis, rainhas e princesas, usado para reforçar alianças entre nações e penhorado para pagar dívidas das realezas foi vendido por 9 milhões de francos suíços (9,57 milhões de dólares) pela Sotheby's em um leilão em Genebra.

A casa de leilões descreveu o "Beau Sancy", com mais de 400 anos, como "um dos mais importantes diamantes históricos já leiloados".

"O lendário Beau Sancy é uma pedra realmente mágica, que já extasiou gerações de proprietários reais e continua exercendo uma poderosa influência sobre todos que o veem", disse em nota David Bennett, presidente de joalheira da Sotheby's na Europa e Oriente Médio. "Sua importância histórica suprema foi refletida nesta noite (terça-feira) na força dos lances e no notável resultado realizado."

Cinco interessados disputaram a pedra durante oito minutos de lances, elevando o preço a quase cinco vezes o valor estimado inicialmente, de 1,85 milhão de francos suíços. O comprador não foi identificado. O diamante de 35 quilates, com lapidação do tipo "pera rosa dupla", pertencia a Georg Friedrich, príncipe da Prússia e chefe da dinastia que outrora dominava o império germânico.

Bennett disse que foi difícil avaliar o Beau Sancy, por causa do seu caráter histórico. "Pedras de coleções reais dificilmente aparecem em leilão. Na minha carreira, isso é absolutamente único", disse Bennett à Reuters em fevereiro.

O diamante foi achado em minas indianas, e foi adquirido por Nicolas de Harlay, lorde de Sancy, no século 16 em Constantinopla (atual Istambul). Em 1604, foi comprado por 75 mil livres (moeda francesa da época) pelo rei da França Henrique IV, como presente à esposa, Marie de Médici.

Segundo a Sotheby's, a rainha passou anos cobiçando o diamante, especialmente depois de saber que Harlay havia vendido ao rei Jaime I da Inglaterra um diamante ainda maior, chamado Sancy, hoje exposto no Louvre.

Henrique IV foi assassinado em 1610, e após anos de rivalidade entre Marie e seu filho, o rei Luís XIII, ela fugiu para a Holanda. Seus bens foram usados para pagar dívidas, e isso incluiu o Beau Sancy, adquirido pelo príncipe Frederico Henrique de Orange-Nassau pela quantia de 80 mil florins, maior gasto no orçamento estatal de 1641.

No mesmo ano, o diamante foi usado como dote no casamento de um filho de Frederico com Maria Stuart, filha do rei Carlos Primeiro da Inglaterra. Com a morte de Maria, em 1660, o diamante foi penhorado para quitar dívidas dela. Mas em 1677 o diamante foi reincorporado ao tesouro da Casa de Orange-Nassau, graças ao casamento de Guilherme III com Maria Stuart.

O casal ascendeu ao trono inglês em 1689, e por isso o Beau Sancy entrou para a coleção da rainha da Inglaterra. Mas, como o casal não teve filhos, o diamante voltou para a Holanda.

De lá passou em 1702 para a monarquia prussiana, tornando-se o principal ornamento da nova coroa real. O diamante permaneceu em Berlim até que o último rei da Prússia fugisse para o exílio, ao final da 1a Guerra Mundial, em 1918. Ao final da 2a Guerra Mundial, foi transferido para uma cripta selada com tijolos.

Tropas britânicas encontraram a pedra e a devolveram ao espólio da Casa da Prússia, onde permaneceu desde então.

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