Cientistas planejam curar mais bebês infectados com o HIV

06/03/2014 às 13:162 min de leitura

Há um ano, em março de 2013, um grupo de cientistas norte-americanos afirmou que conseguiu curar um bebê que nasceu com o vírus da AIDS, o HIV, com um tratamento bastante agressivo nas primeiras 30 horas de vida da criança. Você pode ler mais sobre isso nesse outro artigo do Mega Curioso.

Eis que, nessa semana, foi anunciado no The New York Times que um segundo bebê infectado com HIV no nascimento foi curado, e está sendo chamado de "HIV- negativo" por seus médicos, após um tratamento medicamentoso agressivo também administrado durante suas primeiras horas de vida. O anúncio foi feito ontem (05.03) durante uma conferência sobre a AIDS, em Boston.

O bebê recebeu uma alta dose de AZT, 3TC e nevirapina — três tipos de medicamentos anti-retrovirais fortes, que são comumente usados ​​para o tratamento de adultos e não administrados em recém-nascidos.

Assim como aconteceu com a primeira criança curada de HIV, o segundo bebê está atualmente livre do vírus. No entanto, seus médicos hesitam em usar termos como "curado", porque ele ainda está tomando anti-retrovirais.

Por essa razão, os cientistas estão optando por chamá-lo de "HIV- negativo" ou "sero-revertido". Essa hesitação pode ter acontecido porque os cientistas que fizeram o anúncio sobre a primeira criança mais tarde se justificaram, chamando o processo de “remissão”.

Planejamento ambicioso

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia

De qualquer forma, as duas “remissões” comprovadas do vírus HIV nos bebês pode ter um impacto ainda maior na luta contra a AIDS. Esta mesma equipe de cientistas está planejando a realização de um processo em que 50 bebês, todos nascidos com HIV, receberão o mesmo tratamento agressivo nas suas primeiras 48 horas de vida. Segundo o The New York Times, o processo começará nos próximos três meses.

No entanto, a experiência pode ser difícil se for conduzida nos Estados Unidos, porque pouquíssimas crianças norte-americanas nascem com HIV. Isso acontece porque as mães infectadas por lá já são tratadas com drogas que as impedem de passar o vírus para seus filhos. Neste caso da segunda criança relatada pelos cientistas, a mãe tinha deixado de tomar os medicamentos prescritos por irresponsabilidade.

Dessa forma, mesmo se o processo for bem sucedido, ele vai levar um longo tempo antes que os médicos mudem a forma como as crianças nascidas com HIV são tratadas em hospitais de todo o mundo. Os pesquisadores terão de acompanhar essas crianças de perto durante anos para garantir que o vírus não retorne. Ainda assim, é um grande passo para a luta contra a doença. 

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