Pesquisa sugere que bactéria vaginal pode funcionar como camisinha natural

20/10/2015 às 09:542 min de leitura

Você já deve ter ouvido falar a respeito de alguns grupos de mulheres que têm um menor risco de contrair determinadas doenças sexualmente transmissíveis e até o HIV, não é mesmo? Pois um estudo realizado por pesquisadores das Universidades da Carolina do Norte e de Maryland, nos EUA, pode ter descoberto um dos mecanismos relacionados com essa caraterística.

De acordo com Peter Dockrill, do portal Science Alert, os cientistas descobriram que um tipo específico de bactéria que pode ser encontrado no muco produzido pelo colo do útero de algumas mulheres é capaz de tornar essa secreção — que funciona como uma barreira natural — mais eficiente.

Proteção natural

Para realizar o estudo, os pesquisadores coletaram amostras do muco cérvico-vaginal de 31 mulheres em idade reprodutiva e observaram como as partículas do HIV interagiam com a secreção. Os cientistas perceberam, então, que as participantes que continham bactérias da espécie Lactobacillus crispatus em sua mucosidade eram menos propensas a ser contagiadas.

Segundo os pesquisadores, embora outras bactérias também tenham sido identificadas no muco — como a Lactobacillus iners e a Gardnerella vaginalis, por exemplo —, a Lactobacillus crispatus é especialmente efetiva na hora de “capturar” o vírus da imunodeficiência humana e evitar que ele se solte da secreção.

Bactéria do bem

Os pesquisadores explicaram que a L. crispatus faz com que o muco se torne mais pegajoso, impedindo a circulação de partículas do HIV e, provavelmente, de outros patógenos também. Segundo disseram, a secreção “reforçada” pode ser considerada como uma espécie de camisinha biológica, e seria muito interessante se eles encontrassem uma maneira de alterar a flora vaginal de forma que as mulheres pudessem contar com uma proteção natural melhor.

Conforme disse Peter, os pesquisadores já suspeitavam que a presença das bactérias do gênero Lactobacillus era benéfica para a saúde vaginal. O que eles não sabiam é que uma variedade específica — a L. crispatus — tivesse propriedades defensivas tão eficientes. De qualquer forma, vale destacar que a potencial camisinha biológica não substitui a convencional! Ela apenas reforça a proteção natural das mulheres.

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