Enterrada viva: a confusa e sinistra história do caso que chocou a Bahia

16/02/2018 às 14:362 min de leitura

Hoje em dia, as chances de alguém se enterrado vivo são praticamente nulas, mas a família de Rosângela Almeida dos Santos, de 37 anos, acredita que isso aconteceu com ela. E pior: a mulher teria ficado 11 dias dentro do caixão, até que populares arrombaram sua sepultura e abriram sua urna funerária.

O caso aconteceu em Riachão das Neves, no oeste baiano, a 960 km de Salvador. Segundo o atestado de óbito, Rosângela faleceu de choque séptico, que é quando uma infecção generalizada causa falência múltipla dos órgãos e derruba a pressão arterial. Sua morte foi constatada no dia 28 de janeiro, no Hospital do Oeste, em Barreira, a 90 km de onde a mulher  foi enterrada.

Porém, de acordo com reportagem do G1, vizinhos do cemitério ouviram gritos e pancadas vindo da sepultura de Rosângela, mas isso apenas no dia 9 de fevereiro, ou seja, 11 dias após a enterro da mulher. Uma multidão surgiu para tentar salvar a mulher, que, segundo consta, ainda estaria quente quando abriram o caixão.

Rosângela Almeida dos SantosRosângela faleceu em 28 de janeiro em decorrência de um choque séptico

Verdade ou boato?

A família de Rosângela alega que ela estava revirada dentro do caixão, com ferimentos nas mãos e na testa como se tivesse tentado arrombar a urna funerária. Eles alegam que sangue foi encontrado no local dos machucados e que a tampa do caixão estaria arranhado. Porém, a história talvez não seja bem assim...

De acordo com o delegado Antistenes Benvindo, o corpo da mulher estava intacto dentro do caixão. O próprio irmão da falecida teria confirmado essa informação. Mesmo assim, uma investigação vai apurar o caso, para saber o que realmente aconteceu nessa história pra lá de esquisita. Algumas fontes alegam que o oxigênio dentro de um caixão seria o suficiente para apenas 10 minutos, entretanto, esse não é um consenso, já que outros especialistas garantem que seria possível sobreviver enterrado vivo por até 36 horas – ambos os casos são bem inferiores às mais de 260 horas que Rosângela permaneceu em sua tumba.

Agora, em uma reviravolta bizarra, o pessoal que retirou a mulher de dentro de seu túmulo pode acabar respondendo na Justiça por crime de violação de urna funerária, que prevê detenção de até três anos. O delegado Antistenes alega que foram boatos que levaram os populares a acreditar que Rosângela ainda estaria viva, mas que o hospital explicou que os antibióticos administrados na paciente enquanto ainda estava internada foram os responsáveis pela decomposição mais lenta do corpo.  

Para ver o vídeo do momento em que o caixão é retirado, clique aqui. Mas atenção: as imagens podem ser muito fortes para pessoas mais sensíveis. 

caixãoPopulação retirou o caixão à força de dentro do jazigo

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