Ciência
09/07/2018 às 04:58•2 min de leitura
Existiram assassinos em todos os períodos da história, mas a ordem dos assassinos foi uma seita conhecida por seu extremismo. Eles possuíam técnicas avançadas de camuflagem e infiltração, colocando medo em grandes líderes da época.
Segundo registros, eles atuaram na região da Pérsia, da Síria e da Turquia, com alguns relatos de presença no Oriente Médio. Eles acreditavam que seus atos garantiriam seu lugar no paraíso — algo como acontece hoje com os extremistas islâmicos. Eram impiedosos e cruéis ao cumprir seus objetivos — e ficaram conhecidos por isso.
Uma prática comum era a inserção de um espião nos meios de convívio da futura vítima, fazendo com que uma missão pudesse durar anos, até que se conquistasse a confiança das pessoas certas. Uma vez infiltrados, esperavam o momento exato para eliminar o alvo com a máxima probabilidade de sucesso.
O uso de técnicas arrojadas fez com que vários líderes do Oriente Médio entrassem em pânico, sendo que muitos deles passaram a utilizar cota de malha sob suas roupas, para tentar dificultar alguma ação inesperada.
Não existe certeza sobre a origem do nome, mas a explicação mais simples diz que o termo vem da palavra árabe hashishi, que significa usuário de haxixe. Registros apontam que eles agiam sob efeitos de drogas, e o nome teria sido dado de forma natural.
Por mais que exista a coincidência, a ordem tinha muita influência do Alcorão, que considera o uso de drogas algo inaceitável. Outra explicação possível é que o nome veio da palavra egípcia hashasheen, que significaria algo como pessoa barulhenta ou criadora de problemas.
Determinar satisfatoriamente a história desse grupo é algo complicado. Quando seu principal forte foi conquistado, em 1256, a biblioteca foi destruída. Por isso, os únicos registros que existem atualmente foram feitos por seus inimigos ou através de relatos europeus, que provavelmente foram sendo alterados à medida que eram transcritos.
Até onde se sabe, a ordem dos assassinos foi um desdobramento da seita ismaili, do islamismo xiita. Foi fundada pelo missionário Nizari Ismaili, conhecido como Hassan-i Sabbah, que com seus seguidores conseguiu tomar o castelo do rei de Dayam em 1090, com um golpe sem embate físico significativo.
A partir da primeira fortaleza conquistada, eles começaram a expandir seus domínios e ganharam relevância para desafiar os turcos seljúcidas, islâmicos sunitas que controlavam a Pérsia na época. Sempre focados nos governantes e em seus aliados, eles aproveitaram os ataques dos cruzados cristãos, que enfraqueceram o poder dos sunitas, como forma de tentar compensar a rejeição sofrida em épocas anteriores.
Após o assassinato de um grupo de comerciantes mongóis pelo líder de Khwarzen, que se localizava em uma região próxima à Pérsia, Genghis Khan deslocou suas tropas para lá e dominou grande parte dos povos. Os assassinos se aliaram a eles, conseguindo manter as suas fortalezas intactas da fúria mongol.
Algum tempo depois, o neto de Genghis Kahn, Mongke Khan, planejava dominar o Oriente Médio a qualquer custo e, para isso, atacou a sede do califado: a cidade de Bagdá. Isso enfureceu a ordem dos assassinos, que elaborou um plano para matar o líder mongol.
No entanto, a missão não deu certo, e isso enfureceu Khan, que atacou a ordem dos assassinos com todas as forças. Os mongóis fizeram com que o líder dos assassinos, na época, se rendesse e conquistaram todas as fortalezas dos antigos aliados.
Eles ainda utilizaram o líder como refém para facilitar os ataques, mas após a conquista total ele foi morto, junto de seus seguidores. Todas as fortificações foram destruídas, com o intuito de que não restasse nada para contar a história do que um dia foi a ordem dos assassinos.
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