Ciência
08/10/2018 às 12:30•2 min de leitura
Muitos a conhecem, mas poucos realmente a entendem. A lista dos dez foragidos mais procurados pelo FBI (no original em inglês, Ten Most Wanted) relaciona os indivíduos que, de acordo com a agência norte-americana, oferecem perigo para a sociedade estadunidense como um todo. Embora tal ranking seja relativamente famoso — tendo aparecido até mesmo em filmes e seriados —, existem algumas curiosidades que a maioria dos cidadãos comuns desconhecem.
Você sabia, por exemplo, que a lista nasceu como algo informal? Em 1949, o até então diretor do FBI — J. Edgar Hoover — estava conversando e jogando cartas com William Kinsey Hutchinson, editor-chefe do International News Service. Discutindo uma forma eficiente de encontrar os caras mais “durões”, William escreveu uma reportagem descrevendo os fugitivos mais importantes da época — e a ideia deu tão certo que Hoover começou a circular uma lista com um “top 10” para que os cidadãos pudessem ajudá-los.
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Por mais que isso pareça ilógico, a lista dos dez foragidos mais procurados nem sempre possui exatamente dez nomes. Às vezes, ela tem sete ou oito, o que costuma ocorrer quando alguém do ranking é preso e o FBI ainda não consegue “decidir” quem entrará em seu lugar. Em outras ocasiões, ela já chegou à marca de 16 criminosos. Qualquer pessoa que esteja na 11ª posição ou superior é batizada de “Adição Especial”.
Em 1983, Victor Manuel Gerena estava trabalhando na segurança de um caminhão da Wells Fargo (empresa que presta serviços financeiros) quando decidiu drogar seus colegas e sumir com US$ 7 milhões. Posteriormente, foi descoberto que ele fazia parte de uma gangue de Porto Rico; todos os 19 membros da trupe foram presos, mas Gerena nunca foi encontrado.
Seu nome foi excluído da lista em 2016, mas não por ele ter sido preso — o FBI, às vezes, elimina alguém de seu Top Ten por conta da morte do foragido, pela retirada das acusações ou por simplesmente não considerá-lo mais um perigo para a sociedade.
Observar os nomes da lista ao longo das décadas pode revelar muita coisa interessante a respeito das tendências criminais em cada período temporal. Na década de 50, por exemplo, o Top Ten era dominado por ladrões de bancos e carros; já nos anos 70, a maioria dos foragidos eram da contracultura e estavam envolvidos em sequestros ou sabotagens por motivos políticos. Hoje em dia, o mais comum é encontrar terroristas.
Famoso por suas “quebradas”, o estado da Califórnia é o berço da maioria dos criminosos que já entraram na lista do FBI. Dos 519 nomes já registrados no ranking, 58 cometeram seus crimes lá. Em seguida, temos Illinois com 38 e Nova York com 33. Quer saber as regiões mais pacíficas? Ninguém de Alasca, Havaí, Dakota do Norte e Rhode Island jamais entrou no Top Ten, para o orgulho dos moradores de tais localidades.
Ao longo de tantos anos, apenas dez nomes femininos foram registrados no ranking do FBI. Isso representa menos de 2% de todos os 519 criminosos que já estiveram na lista. A primeira a entrar nesse grupo seleto foi Ruth Eisemann-Schier, em 1968, acusada de sequestro, extorsão e outros crimes. Ela chegou a ser presa e sentenciada a 7 anos de prisão, mas foi liberada depois de 4 anos e voltou para Honduras, seu país de origem.
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