Assassinato misterioso de Aída Curi assustou o Rio nos anos 1950

10/10/2019 às 16:002 min de leitura

No dia 14 de julho de 1958, fim da década de 1950, a jovem Aída Curi sofreu uma sessão de abuso psicológico e tortura física em um duplex em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Na época, o caso foi alvo de muita exploração da imprensa, principalmente pelo crime não ter um motivo declarado para ter acontecido.

Aída Curi era filha de imigrantes sírios, tinha 18 anos e morava na Gávea na época do crime, mas passara toda a sua infância em um colégio de freiras. No período, Aída estava trabalhando com o seu irmão em uma loja e fazia cursos em Copacabana — de datilografia, português e inglês.

No dia em questão, sem nenhum motivo, Aída Curi foi atraída para dentro do apartamento onde ocorreu o crime, na Avenida Atlântica, e foi cruelmente assassinada pelos jovens Cássio Murilo e Ronaldo Castro, ambos de classe média alta. Os dois ainda tiveram ajuda do porteiro, Antônio Souza.

 Aída Curi e Ronaldo Castro (Fonte: Wikipedia/Reprodução)

Para encobrir o crime, os três jogaram Aída do duplex querendo simular um suicídio. Porém, os peritos encontraram arranhões nas coxas, ventre e pescoço de Aída, além de machucados nos braços e punhos, mostrando uma luta corporal entre ela e os assassinos, além de uma tentativa de estrangulamento e abuso sexual.

Após o crime ter seus assassinos expostos, foi descoberto que os dois pertenciam ao movimento juventude transviada (os jovens rebeldes dos anos 1950), e a princípio não teriam um real motivo para estarem cometendo o crime.

O futuro após o crime

Durante o julgamento, os réus foram condenados, mas a defensa conseguiu inocentar Ronaldo e Antônio, condenando apenas Cássio Murilo que, por ser menor de idade, acabou inocentado.

Aída Curi (Fonte: Wikipedia/Reprodução)

Algum tempo depois, em um terceiro julgamento, condenaram Ronaldo Castro que, após cumprir sua pena, se tornou um empresário bem sucedido. Cássio virou militar, mas foi assassinado por volta de 1978. O caso Aída Curi se tornou mais uma fração do quadro de feminicídio no Brasil. Um crime que foi incorretamente julgado e explorado pela imprensa, que chegou a publicar fotos do corpo da jovem estirado no chão de Copacabana.

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