Artes/cultura
08/11/2019 às 14:00•2 min de leitura
O caso envolvendo o psicopata russo Anatoly Moskvin que ficou mundialmente conhecido como o “Fazedor de Bonecas” está entre os mais bizarros já registrados na história. Mas, ao contrário da maioria, ele não matava as suas vítimas: as roubava depois de estarem enterradas.
No ano de 2009, algumas famílias de mulçumanos começaram a perceber atos de vandalismo nos túmulos dos seus falecidos. Mesmo com as investigações a polícia demorou um pouco para entender o que, de fato, estava acontecendo.
Apesar das poucas pistas e suspeitos, os investigadores conseguiram concluir que as violações nos túmulos coincidiam com datas em que o psicopata visitava os cemitérios em Nizhny Novgorod, sua cidade.
Porém, Moskvin foi deixado de lado a princípio. Afinal, o sujeito era jornalista, historiador e graduado em estudos celtas, o que justificou suas idas aos cemitérios como visitas para fins acadêmicos — isso sem contar os 13 idiomas que fala e suas diversas publicações para jornais locais.
Meses mais tarde, em 2011, finalmente Moskvin foi preso. Desta vez não havia muito o que fazer, já que foi flagrado vandalizando itens e fotos de mulçumanos falecidos. Após esse episódio a polícia decidiu fazer buscas em seu apartamento.
Ao chegar à residência de Moskvin, os policiais imaginaram que as bonecas em tamanho real dispostas no sofá e em vários lugares da casa se tratassem de algo relacionado a algum hobby. Porém, o cheiro levantou ainda mais suspeitas e, após uma primeira análise, ficou constatado que se tratavam de 29 múmias de meninas mortas — elas tinha de 03 a 12 anos.
O bizarro da história ainda não para por aí: ao remover os corpos roubados, eles começaram a tocar música, dando a entender que, além de cobrir e posicionar suas vítimas como se fossem bonecas, o psicopata russo ainda havia embutido caixas de músicas nelas!
Em 2019, por meio de um movimento legal, foi solicitada a sua soltura mesmo sob protestos dos familiares. Porém, um juiz exigiu uma série de testes psiquiátricos para analisar a situação de Anatoly e os especialistas avaliaram negativamente o quadro do psicopata.
A justiça russa costuma seguir a recomendação de médicos nesses casos. Recentemente, foi divulgado que um juiz decidiu por sua permanência na clínica psiquiatra já que ele não tinha condições de ser julgado segundo os laudos médicos.