Estilo de vida
27/04/2016 às 05:20•3 min de leitura
Ao contrário do que se pensa, a companhia canina pode ser uma ótima forma de auxiliar no desenvolvimento das crianças. Os cãezinhos podem ensinar muitas responsabilidades aos pequenos, fazer com que eles lidem melhor com os próprios sentimentos e, ainda, ser o melhor amigo por muitos anos de vida.
No entanto, antes de levar um cachorro para dentro de casa, é necessário consultar a criança: será que ela quer ter um pet de estimação? Para muitas delas, é um sonho, mas outras podem se sentir inseguros na presença de um animal e a convivência não vai ser nada fácil. Quanto mais velha for a criança, mais consciente será a vontade dela, por isso, nada de dar ao seu recém-nascido um bichinho.
Avaliar as possibilidades que a família tem de incluir mais um membro na casa também é fator de decisão antes de encontrar o cachorro ideal. O animal irá acompanhar a família durante muitos anos e ter um pet significa atenção, cuidados e ainda mais gasto. Será que vocês estão prontos para tudo isso de uma vez só?
Se, ao considerar todos os fatores precisos antes da escolha do cãozinho, a resposta ainda for sim, é hora de pensar no perfil da família e na raça mais adequada para ter muitos anos de alegria ao lado do novo pet.
Se a criança ainda for um bebê, ela terá pouco contato direto com o animal nos primeiros dois anos de idade. Entre os dois e cinco anos de idade, o relacionamento entre as crianças e os pets se estreita e as brincadeiras começam. Contudo, nesta fase seu filho ainda desconhece o tratamento adequado para o bichinho, por isso, raças frágeis podem acabar se machucando com facilidade.
Além disso, é preciso supervisionar o contato com os cachorros de grande porte, que podem ser desastrados e derrubar as crianças no meio da diversão. Já os mais velhos são capazes de se adaptar a praticamente qualquer tipo de cão, pois conseguem identificar suas necessidades e atendê-las com sucesso.
As duas raças são muito parecidas: de médio porte, simpáticos e bastante agitados, estes dois companheiros adoram brincadeiras. Eles podem ser treinados e receber comandos, pois também são extremamente inteligentes. Para ficarem saudáveis física e emocionalmente, precisam de uma dieta equilibrada e um bom espaço para circulação, além de passeios diários. O Golden possui o pelo mais longo e adora entrar na água, enquanto que o Labrador tem pelagem curta, que pode ser melhor opção se o animal tiver acesso livre ao interior da casa.
Shih-tzu e Yorkshire
Os dois cães são de porte pequeno, por isso é importante que a criança não faça brincadeiras bruscas com eles. As raças são extremamente sociáveis e adoram o contato com seus donos, seja para ficar em casa ou sair para o passeio, por isso, quando passam muito tempo sozinhos, acabam ficando carentes de atenção, e são ciumentos e possessivos com outras pessoas ou animais. Devido ao tamanho e ao silêncio, cabem em apartamentos e podem ser educados para fazer as necessidades no espaço adequado e evitar os latidos. Apesar dos pelos longos, quase não deixam vestígios pela casa. Entretanto, é necessário manter a limpeza e escovação em dia para conservar a beleza desses bichinhos.
Apesar de ter um rostinho um pouco assustador, o Pug é muito dócil e paciente. Também pequeno,consegue se adaptar facilmente aos espaços menores. Esta raça, porém, não é muito ativa, por isso, não necessita de muitos exercícios e brincadeiras, embora não recuse um passeio ao ar livre. Eles soltam bastante pelo, por isso pode não ser a melhor opção para as crianças que têm dificuldades respiratórias ou alergias e, quando ficam mais velhos, tendem a ter problemas de saúde.
Essa raça deve ser a mais conhecida pelas crianças, já que é a mesma do cãozinho Snoopy, amigo de Charlie Brown. Como as próprias tirinhas mostram, o Beagle é inteligente, brincalhão e independente, por isso, requer muitas brincadeiras, jogos e passeios, pois a solidão pode deixá-lo ansioso e ele pode acabar fazendo bagunça pela casa, já que adora se divertir. A raça não cresce muito e se mantém leve, mesmo quando adulto, entretanto, suas grandes orelhas precisam de cuidados frequentes para não se tornarem um problema de saúde.
Os vira-latas são os cachorros sem raça definida (SRD), mas não é por isso que não são bons companheiros caninos. Muito fiéis, estes pets adoram ficar perto dos donos, mas também se adaptam aos momentos de solidão. Para prever o comportamento e o tamanho que o cachorro terá, é bom saber qual foi o cruzamento de raças que o originou. Muito resistentes, dificilmente apresentam problemas de saúde e intolerância alimentar. Podem ser encontrados vagando sozinhos pelas ruas ou em abrigos, disponíveis para serem adotados por um dono que dará muito carinho.
Independente da raça do animal, antes de adotar ou comprar, um profissional pode realizar um teste de personalidade para verificar características como a mordida, a paciência e a resistência dos pets em determinadas situações que eles passarão com as crianças. Além disso, todo animal deve ser consultado em uma clínica veterinária, para ser vacinado, desverminado ou apenas para uma consulta rotineira, podendo evitar a incidência de doenças que são verdadeiras pragas e que podem contaminar seus donos.
Para se sentirem bem cuidados, a limpeza do local onde fazem as necessidades é essencial, e colocar objetos ou roupas da família à disposição, são, além da interação, estímulos necessários para que eles se sintam amados, como todo animal de estimação deve ser.
Via assessoria