Explore conosco as curiosidades por trás dos esportes olímpicos e descubra termos divertidos que dão cor e vivacidade aos bastidores das competições.

A cada edição, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/9-esportes-que-fazem-parte-das-olimpiadas-e-voce-provavelmente-nao-sabia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos</a> nos proporcionam momentos emocionantes de competição e nos convidam a explorar diferentes modalidades esportivas. Nesse cenário, conhecemos muitas gírias e termos usados nos esportes que não são apenas linguagem técnica, mas também refletem a cultura, a criatividade e o humor presentes nas Olimpíadas.Conheça seis expressões curiosas que revelam um lado divertido e intrigante dos bastidores das competições.<h2>1. Pneu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11210757422005.jpg" alt="Tenista durante uma partida. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Tenista durante uma partida. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121457-tenis-como-o-esporte-considerado-da-elite-social-mudou-a-moda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">No mundo do tênis</a>, quando um jogador vence um set por 6-0, ele conquista um "pneu", uma referência à forma redonda do zero. Além disso, há uma variação dessa expressão conhecida como "bicicleta", que ocorre quando um jogador vence dois sets consecutivos por 6-0. Nesse caso, o jogador não apenas "dá um pneu" no oponente, mas aplica uma "bicicleta", destacando ainda mais a dominância na partida. Essas gírias são usadas para enfatizar a superioridade do vencedor e a falta de resistência do oponente.<h2>2. Pé murcho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11210852744006.jpg" alt="Um jogador de futebol chutando uma bola. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Um jogador de futebol chutando uma bola. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No futebol, "pé murcho" é uma expressão usada para descrever um jogador cujo rendimento está abaixo do seu potencial esperado durante uma partida. Isso pode incluir falhas na execução de jogadas, falta de intensidade ou contribuição insuficiente para o desempenho da equipe.<h2>3. Lavadeira</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11211549745007.jpg" alt="Cesta de basquete. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cesta de basquete. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No basquete, a "lavadeira" descreve um tipo específico de arremesso, conhecido como "underhand free throw" em inglês, em que o jogador lança a bola do meio das pernas, de baixo para cima, durante uma tentativa de lance livre. Apesar de não ser tão comum quanto o arremesso tradicional por cima, a "lavadeira" é uma técnica alternativa que alguns jogadores adotam devido à sua potencial eficácia.<h2>4. Bola morta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11211804736010.jpg" alt="Partida de tênis de mesa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Partida de tênis de mesa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No tênis de mesa, a "bola morta" é uma expressão que descreve uma bola com pouco ou nenhum efeito. Quando a bola é golpeada com pouca rotação ou sem nenhum efeito, ela é considerada "morta" porque não apresenta desvio significativo em sua trajetória. Esse tipo de bola pode ser mais previsível para o jogador receptor e, portanto, pode exigir ajustes rápidos na técnica para ser jogada corretamente.<h2>5. China</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11211914015011.jpg" alt="Partida de voleibol feminino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Partida de voleibol feminino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No voleibol, China é uma técnica de ataque que se tornou quase exclusiva do vôlei feminino. Nessa jogada, geralmente realizada pela central, a jogadora engana a marcação adversária com movimentos de pernas, simulando uma corrida para o centro da quadra, mas direcionando-se para as costas da levantadora. Em seguida, a atleta salta com apenas uma das pernas para alcançar a bola na saída da rede, em um movimento que a faz parecer estar indo para fora da quadra. A jogada recebeu esse nome em homenagem à Seleção Chinesa de Voleibol Feminino do início dos anos 1980 que popularizou a jogada.<h2>6. Flutz</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11212240603013.jpg" alt="Patinação artística. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Patinação artística. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125102-patinacao-artistica-veremos-pessoas-do-mesmo-sexo-dancando-juntas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">patinação artística</a>, a técnica é essencial, e um movimento mal-executado pode custar pontos preciosos. O flutz é um exemplo disso. Esse termo refere-se a um erro durante a execução do salto lutz, no qual o patinador acaba executando um flip involuntariamente. Ou seja, o flutz (lutz + flip) ocorre quando um movimento incorreto durante o lutz resulta em um salto mais parecido com o flip.

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6 gírias curiosas usadas nos esportes olímpicos

Originário da cultura hip hop dos EUA, o break dance agora também vale medalha olímpica.

Assim como na edição anterior, os Jogos Olímpicos de Paris 2024 terão novas modalidades estreando. Além da canoagem slalom extremo e de duas categorias adicionadas à vela, o breaking&nbsp;também fará parte das competições que vão agitar a capital francesa entre os dias 26 de julho e 11 de agosto.Popularmente chamada de break dance, a modalidade se baseia em um estilo de dança urbana originada na década de 1970 nos Estados Unidos. Parte da cultura de rua americana, ela surgiu em festas realizadas na região do Bronx, em Nova York, berço do rap e do <a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/273665-dia-mundial-hip-hop-relembre-9-rappers-nos-games.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hip hop</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04170510333255.jpg" alt="Os jogos de Paris 2024 começam em julho. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os jogos de Paris 2024 começam em julho. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Caracterizado por movimentos acrobáticos, o esporte de dança olímpico é formado por quatro elementos primários: toprock (baile dos pés), footwork/downrock (trabalho de pés e mãos no solo), power move (movimentos de dificuldade) e freeze (posturas congeladas). Os praticantes são chamados de b-boys (homens) e b-girls (mulheres).O breaking passou a fazer parte de competições internacionais na década de 1990, levando essa forma de dança na qual o DJ e o mestre de cerimônias (MC) exercem papel fundamental para um público muito maior. A transformação em modalidade olímpica aconteceu em 2018, nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/4-fatos-controversos-que-moldaram-a-historia-dos-jogos-olimpicos-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos</a> da Juventude de Buenos Aires (Argentina).<h2>Como será a competição de breaking nas Olimpíadas de Paris?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04171547631260.jpg" alt="As batalhas do break dance serão um contra um em Paris. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As batalhas do break dance serão um contra um em Paris. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/9-esportes-que-fazem-parte-das-olimpiadas-e-voce-provavelmente-nao-sabia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos de Paris</a>, o break dance terá dois eventos, um para homens e outro para mulheres, que acontecerão nos dias 9 e 10 de agosto no Parque Urbano La Concorde. Serão 16 b-boys e 16 b-girls participando de duelos um contra um, fazendo seus movimentos e improvisando ao ritmo das músicas tocadas pelo DJ.Os atletas poderão usar uma combinação de movimentos, incluindo seis passos, congelamento e moinhos de vento, para se adaptarem às batidas, tentando conquistar as melhores notas dos jurados. A cada música,&nbsp;os competidores terão 60 segundos para se apresentar, mostrando todo o seu talento.Para as notas, os juízes levarão em conta aspectos como personalidade, técnica de execução dos movimentos, criatividade, variedade, performance e musicalidade. Quem obtiver a maior pontuação segue avançando para a próxima etapa do torneio, em busca da sonhada <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119572-por-que-o-brasil-nao-ganha-mais-medalhas-nas-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medalha de ouro olímpica</a>.<h2>Quem vai participar?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04171444581259.jpg" alt="Pictograma do breaking. (Fonte: COI/Divulgação)"><figcaption>Pictograma do breaking. (Fonte: COI/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Faltando pouco mais de três meses para o início das Olimpíadas de Paris, a competição olímpica de break dance ainda não definiu todos os participantes. Restam 10 vagas para as batalhas masculinas e nove para as femininas, que serão preenchidas via torneios pré-olímpicos e princípio da universalidade.Já a lista de classificados traz nomes como Victor Montalvo (EUA), Danis Civil (França) e Shigeyuki Nakarai (Japão), entre os b-boys. No caso das b-girls, garantiram vaga Sunny Choi (EUA), India Sardjoe (Holanda) e Liu Qingyi (China), além de outras competidoras.

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Breaking: conheça a modalidade que estreia nos Jogos Olímpicos de Paris

Imagem de Munique 1972 e o momento mais triste da história das Olimpíadas no megacurioso

Atentado na Vila Olímpica de 1972 vitimou 11 atletas israelenses e manchou de sangue a história do evento

As Olimp&iacute;adas de Munique, em 1972, ficaram marcadas na hist&oacute;ria pelo ataque terrorista que tirou a vida de 11 atletas israelenses. O desastre aconteceu em uma ter&ccedil;a-feira, 5 de setembro de 1972, o 11&ordm; dia do evento, faltando menos de 1 semana para tudo acabar, no domingo seguinte.
Tr&ecirc;s d&eacute;cadas depois do Holocausto, o time de Israel ia &agrave;s Olimp&iacute;adas na Alemanha para mostrar que o passado havia ficado para tr&aacute;s. Em uma triste ironia, v&aacute;rios de seus atletas acabaram morrendo nesse mesmo pa&iacute;s, "na m&atilde;o" de terroristas palestinos &mdash; e, em parte, pela incompet&ecirc;ncia da pol&iacute;cia alem&atilde;. Entenda como esse desastre aconteceu.
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<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104346-os-10-ataques-terroristas-mais-mortais-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os 10 ataques terroristas mais mortais da Hist&oacute;ria</a></li>
</ul>
<h2>Os Jogos da Alegria</h2>
As Olimp&iacute;adas s&atilde;o uma celebra&ccedil;&atilde;o da uni&atilde;o entre os povos e da supera&ccedil;&atilde;o de limites dos atletas, com disputas saud&aacute;veis dentro das arenas esportivas. Era nesse clima que a Alemanha preparou os Jogos de Munique 1972, cujo slogan era &ldquo;Os Jogos da Alegria&rdquo;. A ideia, al&eacute;m disso, era mostrar um pa&iacute;s otimista e moderno, depois que as Olimp&iacute;adas de 1936 foram cooptadas&nbsp;por Hitler como propaganda do Partido Nazista.
Exatamente 7134 atletas de 121 pa&iacute;ses foram para Munique, incluindo 81 do Brasil. Chiaki Ishii ganhou nossa 1&ordf; medalha no jud&ocirc;, e Nelson Prud&ecirc;ncio garantiu outra no salto triplo, sendo as 2 de bronze.
Com arenas esportivas modernas, hostesses&nbsp;vestidas como b&aacute;varas tradicionais e at&eacute; a primeira <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119463-conheca-o-mascote-das-olimpiadas-de-toquio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mascote das Olimp&iacute;adas</a>, o c&atilde;ozinho Waldi, tudo parecia estar correndo de acordo com os planos. O nadador norte-americano Mark Spitz surpreendeu o mundo ao conquistar 7 medalhas de ouro (marca que s&oacute; seria superada por Michael Phelps em 2008) e a ginasta sovi&eacute;tica Olga Korbut impressionou com seus movimentos incr&iacute;veis.&nbsp;
Por&eacute;m, a lembran&ccedil;a de Munique, em 1972, mudaria para sempre ap&oacute;s o dia 5 de setembro.
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<h2>A surpresa na madrugada</h2>
Em seu depoimento sobre a cobertura dos jogos ol&iacute;mpicos ao projeto Mem&oacute;ria Globo, o narrador Luciano do Valle conta que a Vila Ol&iacute;mpica era bastante aberta na &eacute;poca: os guardas n&atilde;o pediam muitas informa&ccedil;&otilde;es, de modo que os jornalistas podiam entrar l&aacute; e conversar tranquilamente com os atletas. Ele conta que era isso que ele fazia na madrugada de 5 de setembro.&nbsp;
Mais ou menos na mesma hora, &agrave;s 4h30, os atletas israelenses dormiam em seus apartamentos ap&oacute;s terem uma noite agrad&aacute;vel, pois haviam assistido a uma pe&ccedil;a de teatro, quando 8 terroristas palestinos do grupo Setembro Negro invadiram a Vila Ol&iacute;mpica &mdash; pulando a fr&aacute;gil cerca de arame que protegia o local.&nbsp;
Os terroristas tiveram a ajuda de atletas de outros pa&iacute;ses, que pensaram se tratar de competidores que, como eles, tinham passado uma noitada proibida fora e estavam tentando entrar sem serem vistos e sem levar bronca. Por&eacute;m, esses homens carregavam malas com rifles, pistolas e granadas.&nbsp;
Eles foram direto para o alojamento de Israel, na Connollystra&szlig;e 31, e invadiram 2 dos 3 apartamentos usando chaves roubadas. No apartamento 1, o &aacute;rbitro Yossef Gutfreund ouviu um barulho estranho, gritou e tentou impedir a invas&atilde;o. O t&eacute;cnico de luta Moshe Weinberg tamb&eacute;m tentou brigar com os terroristas, mas levou um tiro no rosto.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/30/30181628602381.jpeg" alt="O apartamento onde os israelenses foram feitos ref&eacute;ns (Imagem: Wikimedia Commons)" />O apartamento onde os israelenses foram feitos de ref&eacute;ns. (Imagem: Wikimedia Commons)
<h2>As primeiras mortes</h2>
O grito de Gutfreund permitiu que um de seus colegas escapasse, mas ele e Weinberg ficaram em poder dos terroristas &mdash; mandaram o t&eacute;cnico ir at&eacute; os outros israelenses. Ele enganou os palestinos, dizendo que n&atilde;o havia israelenses no apartamento 2, levando-os para o apartamento 3, onde os atletas da luta e levantamento de peso dormiam.&nbsp;
Acredita-se que Weinberg fez isso por estrat&eacute;gia, pensando que os homens mais fortes teriam chances de neutralizar os terroristas. Ele fez mais um ataque sobre os invasores, mas levou outro tiro e uma facada, sendo morto. Na mesma hora, o halterofilista Yosseff Romano tamb&eacute;m partiu para cima dos terroristas, por&eacute;m foi morto. D&eacute;cadas depois, documentos comprovaram que ele foi castrado ap&oacute;s a morte.
Os 9 ref&eacute;ns restantes foram levados para o apartamento 1 e amarrados. Sabe-se que os israelenses foram brutalmente agredidos, com muitos ossos quebrados e mutila&ccedil;&otilde;es. O corpo de Romano foi deixado em frente a seus colegas, como um aviso.
Ainda assim, as tentativas de Weinberg e Romano serviram para alertar seus colegas no apartamento 2, que conseguiram escapar.&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106092-a-aeromoca-que-deu-a-vida-para-salvar-passageiros-em-um-atentado-terrorista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A aeromo&ccedil;a que deu a vida para salvar passageiros em um ataque terrorista</a></li>
</ul>
<h2>Os jogos continuam</h2>
Na manh&atilde; do dia 5 de setembro, o presidente do Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional, Avery Brundage, ordenou que as Olimp&iacute;adas continuassem, mesmo com a situa&ccedil;&atilde;o ca&oacute;tica de Israel. "Os jogos devem continuar", ele disse. &Eacute; interessante observar que as not&iacute;cias n&atilde;o corriam t&atilde;o r&aacute;pido na &eacute;poca, e as primeiras atualiza&ccedil;&otilde;es diziam que os terroristas tinham sido mortos, e os ref&eacute;ns estavam vivos.
Mas com os 9 israelenses ainda como ref&eacute;ns, os terroristas fizeram suas exig&ecirc;ncias: a liberta&ccedil;&atilde;o de 234 prisioneiros palestinos em poder de Israel, al&eacute;m de outros presos pol&iacute;ticos internacionais. O Setembro Negro era um bra&ccedil;o armado da Organiza&ccedil;&atilde;o para a Libera&ccedil;&atilde;o da Palestina, em um conflito com Israel que j&aacute; durava d&eacute;cadas na &eacute;poca e que continua sem solu&ccedil;&atilde;o at&eacute; hoje.
A primeira-ministra Golda Meir se recusou a negociar com terroristas, temendo que isso encorajasse outros ataques. Ent&atilde;o, a pol&iacute;cia alem&atilde; tentou lidar com eles por pr&oacute;pria conta e risco &mdash; adicionando um novo ingrediente ao desastre.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/30/30191640596408.jpeg" alt="Terrorista sai para negociar com a pol&iacute;cia (Imagem: Deutsche Welle/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Terrorista sai para negociar com a pol&iacute;cia. (Imagem: Deutsche Welle/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>As negocia&ccedil;&otilde;es sem sucesso</h2>
&Eacute; verdade que o governo alem&atilde;o tentou convencer os palestinos das formas que eles podiam: ofereceram ref&eacute;ns alem&atilde;es em troca dos israelenses, at&eacute; disseram que dariam todo o dinheiro que os terroristas quisessem pela liberdade dos atletas. A essa oferta, o Setembro Negro respondeu que o dinheiro n&atilde;o lhes interessava nem suas vidas.&nbsp;
Enquanto isso, acredita-se que Avery Brundage tentou fazer que a pol&iacute;cia tirasse os israelenses e os terroristas do local, para que os jogos pudessem continuar. Foi apenas &agrave;s 15h50 que as competi&ccedil;&otilde;es foram paralisadas, sob press&atilde;o internacional.&nbsp;
Durante a tarde, policiais alem&atilde;es at&eacute; pensaram em invadir a Vila Ol&iacute;mpica para matar os terroristas. O problema &eacute; que c&acirc;meras de TV de todo mundo estavam seguindo cada passo das a&ccedil;&otilde;es e mostrando-as ao vivo. Os pr&oacute;prios terroristas puderam ver tudo, e as tentativas tiveram que parar.
J&aacute; na noite do dia 5 de setembro, ap&oacute;s mais de 20 horas de negocia&ccedil;&otilde;es fracassadas, os palestinos pediram um avi&atilde;o para voar at&eacute; um pa&iacute;s &aacute;rabe que os apoiasse. A&iacute; se deu o ato final do desastre: a tentativa de encurralar os terroristas.
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<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/42235-6-tragedias-terriveis-com-finais-surpreendentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 trag&eacute;dias terr&iacute;veis com finais surpreendentes</a></li>
</ul>
<h2>O desastre da incompet&ecirc;ncia</h2>
Primeiro, os alem&atilde;es pensaram em matar os terroristas j&aacute; na sa&iacute;da da Vila Ol&iacute;mpica, uma vez que eles precisariam passar por um estacionamento para chegar ao helic&oacute;ptero que os levaria ao aeroporto e da&iacute; ao avi&atilde;o. O l&iacute;der dos palestinos, Issa, sabia que era uma armadilha e ordenou um &ocirc;nibus para levar todos em seguran&ccedil;a ao helic&oacute;ptero.
Chegando ao aeroporto, um time de policiais alem&atilde;es foi escalado para se passar pela equipe de bordo do aeroporto, mas sabendo que os terroristas eram preparados &mdash; e se tratava de uma miss&atilde;o suicida, portanto &mdash; todos desertaram sem comunicar o resto da equipe alem&atilde;. Quando Issa entrou para inspecionar o avi&atilde;o e n&atilde;o viu ningu&eacute;m, soube que se tratava de uma emboscada.
Enquanto isso, atiradores alem&atilde;es ficaram escondidos para tentar acertar os terroristas. S&oacute; que n&atilde;o havia nenhum sniper com experi&ecirc;ncia, ainda mais em um campo escuro &mdash; j&aacute; passava das 10h da noite. A pol&iacute;cia alem&atilde; acertou tiros em alguns, mas isso foi tarde demais: os terroristas atiraram uma granada nos helic&oacute;pteros onde os ref&eacute;ns israelenses estavam amarrados. Outros atletas morreram com tiros, assim como um policial alem&atilde;o.&nbsp;
Nas primeiras entrevistas, a pol&iacute;cia alem&atilde; disse que a emboscada foi um sucesso. Apenas na madrugada do dia 6 que a verdade foi revelada: todos haviam morrido.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/30/30192329268410.jpeg" alt="Policiais alem&atilde;es tentam invadir a Vila Ol&iacute;mpica (Imagem: Japan Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Policiais alem&atilde;es tentam invadir a Vila Ol&iacute;mpica. (Imagem: Japan Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Ap&oacute;s o massacre</h2>
A verdade &eacute; que a pol&iacute;cia de Munique estava absolutamente despreparada para lidar com terroristas como os do Setembro Negro. Apenas anos depois foi revelado que um pesquisador alem&atilde;o levantou a possibilidade de um ataque palestino nos jogos, mas foi ignorado. Parte disso se deve ao desejo de mostrar uma nova Alemanha, amig&aacute;vel e desmilitarizada nas Olimp&iacute;adas de Munique. Nas edi&ccedil;&otilde;es seguintes, os esquemas de seguran&ccedil;a se tornaram muito mais complexos para evitar trag&eacute;dias parecidas.&nbsp;
As Olimp&iacute;adas de 1972 ficaram paralisadas por mais 24 horas, enquanto uma cerim&ocirc;nia em mem&oacute;ria dos atletas mortos foi sediada no Est&aacute;dio Ol&iacute;mpico. Em seu discurso, Avery Brundage mal mencionou as v&iacute;timas e apenas disse que o "esp&iacute;rito ol&iacute;mpico" continuava vivo, apesar do terrorismo. A bandeira ol&iacute;mpica e a da maioria dos pa&iacute;ses foi levantada a meio mastro, mas 10 pa&iacute;ses &aacute;rabes se recusaram a fazer o mesmo.
Mark Spitz, americano de origem judia, fugiu de Munique, assim como os israelenses que n&atilde;o foram v&iacute;timas do ataque. Diversos atletas de outros pa&iacute;ses voltaram para casa mais cedo, argumentando que n&atilde;o tinham mais clima para competir. Mesmo assim, os jogos continuaram at&eacute; a segunda-feira, com a cerim&ocirc;nia de encerramento no domingo.
Tr&ecirc;s terroristas sobreviveram e foram presos pela pol&iacute;cia alem&atilde;, mas liberados cerca de 3 meses depois, quando o grupo Setembro Negro sequestrou um avi&atilde;o da Lufthansa. Golda Meir e a Mossad, servi&ccedil;o secreto israelense, criaram a Opera&ccedil;&atilde;o Ira de Deus para capturar os terroristas, mas alguns deles sobreviveram at&eacute; a velhice. Um document&aacute;rio e um filme de Steven Spielberg foram feitos sobre a trag&eacute;dia &mdash; neste, o filho de Moshe Weinberg faz o papel do pr&oacute;prio pai. Ele tinha 1 m&ecirc;s na &eacute;poca do desastre.
Por anos, o Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional se recusou a fazer cerim&ocirc;nias em mem&oacute;ria ao massacre, por medo de melindrar outros pa&iacute;ses. Apenas na Rio 2016 aconteceu algo do g&ecirc;nero e, agora na abertura dos Jogos de T&oacute;quio, houve 1 minuto de sil&ecirc;ncio.

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Munique 1972 e o momento mais triste da história das Olimpíadas

Imagem de O que um fotógrafo das Olimpíadas de Inverno tem em sua bolsa? no megacurioso

Contamos os segredos de um fotógrafo que cobre os Jogos Olímpicos de Inverno

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121126-como-surgiram-os-jogos-olimpicos-de-inverno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Ol&iacute;mpicos de Inverno</a> fascinam muita gente pelo mundo todo. Ficamos encantados ao ver a coragem dos atletas que disputam esportes radicais, o que chega at&eacute; n&oacute;s por meio de imagens surpreendentes. Por tr&aacute;s disso, est&aacute; o trabalho de fot&oacute;grafos e cinegrafistas que registram tudo.
Mas o que um profissional precisa para realizar uma boa cobertura dos jogos? Os materiais imprescind&iacute;veis para a captura dessas imagens incr&iacute;veis s&atilde;o v&aacute;rios. O fot&oacute;grafo Tom Pennington, da equipe da&nbsp;Getty Images, compartilhou quais s&atilde;o os equipamentos que n&atilde;o podem faltar na sua bolsa quando ele participa desse tipo de evento.
<h2>Equipamento fotogr&aacute;fico para um trabalho de qualidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/18/18122618171286.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Para come&ccedil;ar, claro, &eacute; preciso de um bom equipamento de c&acirc;mera que garanta a autonomia e n&atilde;o deixe o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119686-a-evolucao-da-fotografia-com-o-passar-das-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fot&oacute;grafo</a> na m&atilde;o em um local onde as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/232426-aquecimento-global-ameaca-futuro-olimpiadas-inverno-mostra-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condi&ccedil;&otilde;es geogr&aacute;ficas e clim&aacute;ticas&nbsp;</a>s&atilde;o incertas. Pennington explica qual &eacute; o seu equipamento: &ldquo;atualmente estou usando as novas c&acirc;meras sem espelho Canon R3. A lente principal &eacute; para quando estou trabalhando na montanha, ela &eacute; supertelefoto de 600 mm que tamb&eacute;m utiliza um conversor 1.4 X. Eu uso uma lente de zoom&nbsp;de 70-200 mm em um segundo corpo de c&acirc;mera R3 e geralmente coloco um monop&eacute; de fibra de carbono para estabilizar a lente nas condi&ccedil;&otilde;es de vento em que trabalho&rdquo;, ele contou.
As c&acirc;meras usadas por Tom Pennington usam baterias de l&iacute;tio e s&atilde;o colocadas em um suporte acolchoado isolado &mdash; o objetivo &eacute; fazer que elas se mantenham aquecidas em temperaturas muito frias, ou seja, para que o fot&oacute;grafo n&atilde;o fique sem carga nos momentos mais cruciais. Al&eacute;m disso, &eacute; comum usar aquecedores de m&atilde;os para as baterias.
<h2>Roupas especiais para driblar o frio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/18/18122657281288.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Mas &eacute; claro que o equipamento n&atilde;o &eacute; tudo nesse tipo de cobertura: o fot&oacute;grafo tamb&eacute;m tem que garantir suas condi&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas, pois enfrenta temperaturas baix&iacute;ssimas. Pennington descreve como &eacute; o seu preparo nessas situa&ccedil;&otilde;es: &ldquo;eu sempre arrumo camadas extras de roupas. Coloco uma jaqueta sint&eacute;tica e uma jaqueta para me vestir depois de esquiar na posi&ccedil;&atilde;o. Enquanto estou em posi&ccedil;&atilde;o na pista de corrida, uso crampons (pontas de metal que se prendem &agrave;s botas de esqui) para ter uma base firme ao me mover em condi&ccedil;&otilde;es de gelo&rdquo;.
As extremidades do corpo tamb&eacute;m precisam ficar protegidas: as m&atilde;os e os bra&ccedil;os s&atilde;o os instrumentos de trabalho do fot&oacute;grafo. &ldquo;Carrego uma sele&ccedil;&atilde;o completa de diferentes tipos de luva e forro: m&atilde;os frias significam que n&atilde;o consigo sentir minha c&acirc;mera, ent&atilde;o n&atilde;o posso trabalhar&rdquo;, contou Pennington. Outro cuidado com as m&atilde;os &eacute; o uso de aquecedores descart&aacute;veis, que o fot&oacute;grafo mant&eacute;m nos bolsos para esquent&aacute;-las entre as corridas.
Tamb&eacute;m &eacute; preciso assegurar que o celular &mdash; que costuma ser usado tanto para editar quanto para enviar as imagens &mdash; esteja sempre com bateria. &ldquo;Eu carrego uma bateria extra para o meu celular para t&ecirc;-lo em funcionamento durante o dia. Um dispositivo MiFi sem fio est&aacute; sempre comigo para transferir imagens diretamente da c&acirc;mera &agrave; equipe de editores para editar e enviar fotos enquanto as corridas acontecem, em tempo real&rdquo;, arrematou Pennington.
Por fim, o fot&oacute;grafo destaca a import&acirc;ncia de escolher uma boa mochila para carregar todo esse equipamento e ter facilidade no transporte. Peddington conta a sua escolha: &ldquo;eu guardo tudo na minha mochila ThinkTank Shape Shifter que trago comigo todas as manh&atilde;s antes de pegar o telef&eacute;rico at&eacute; o topo e esquiar pela pista de corrida em posi&ccedil;&atilde;o para fotografar os pilotos&rdquo;. Depois de todo esse preparo, &eacute; s&oacute; partir para a neve.

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O que um fotógrafo das Olimpíadas de Inverno tem em sua bolsa?

Imagem de Como surgiram os Jogos Olímpicos de Inverno? no megacurioso

A princípio, ninguém queria investir em um evento logisticamente problemático

Entre 4 e 20 de fevereiro, Pequim (capital da China) sedia a 24&ordf; edi&ccedil;&atilde;o dos Jogos Ol&iacute;mpicos de Inverno, que tamb&eacute;m acontecem na subsede de Yanqing, na prov&iacute;ncia vizinha Hebei. Essa ser&aacute; a 3&ordf; edi&ccedil;&atilde;o consecutiva dos Jogos Ol&iacute;mpicos realizada na &Aacute;sia, ap&oacute;s Pyeongchang em 2018 e T&oacute;quio em 2020.
At&eacute; que se tornasse o que vemos atualmente, o megaevento percorreu um longo caminho de atribula&ccedil;&otilde;es para ocupar seu posto na cartilha esportiva mundial, enfrentando for&ccedil;as geopol&iacute;ticas e demorando cerca de 30 anos para surgir ap&oacute;s o nascimento das Olimp&iacute;adas modernas, em 1896.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Conversation&nbsp;" data-fonte-url="https://images.theconversation.com/files/206413/original/file-20180214-174990-66okz2.jpg?ixlib=rb-1.1.0&amp;q=45&amp;auto=format&amp;w=926&amp;fit=clip"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/19/19152742291383.jpg" alt="(Fonte: The Conversation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Conversation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os Jogos N&oacute;rdicos s&atilde;o considerados os precursores do evento multidesportivo que deu origem &agrave;s Olimp&iacute;adas de Inverno, realizados entre 1901 e 1926, organizados pelo governo da Su&eacute;cia na Associa&ccedil;&atilde;o Central para a Promo&ccedil;&atilde;o do Esporte e por um dos cinco membros originais do Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional (COI).
Um evento dedicado apenas &agrave;s modalidades no gelo e na neve despertou nos governos uma onda de entusiasmo misto na &eacute;poca, visto que a exig&ecirc;ncia de um clima frio e o alto custo adicional de equipamentos limitavam pa&iacute;ses e atletas que poderiam participar &mdash; um problema que as Olimp&iacute;adas de Inverno enfrentam at&eacute; hoje.
<h2>O in&iacute;cio de tudo &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/19/19152932354384.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Chamados de Semana de Esportes de Inverno a princ&iacute;pio, os primeiros Jogos Ol&iacute;mpicos de Inverno foram realizados na cidade alpina francesa de Chamonix, em 1924, com apenas 16 modalidades e 250 atletas de 16 pa&iacute;ses competindo &mdash; uma obriga&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s que sediasse os Jogos Ol&iacute;mpicos de Ver&atilde;o, determinada pelo COI.
Se n&atilde;o fosse pelo catacl&iacute;smico evento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119011-as-tropas-britanicas-sofreram-com-as-ists-na-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial,</a> que deflagrou um rastro de destrui&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica e demogr&aacute;fica pela Europa, os Jogos deveriam ter acontecido bem antes, porque a proposta para um evento separado foi lan&ccedil;ada pela primeira vez pelo COI em 1912.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/19/19153031510385.jpg" alt="(Fonte: Timetoast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Timetoast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contudo, a Su&eacute;cia se op&ocirc;s veementemente, porque j&aacute; oferecia a cada 4 anos seus Jogos N&oacute;rdicos, com uma proposta muito semelhante &agrave; que o comit&ecirc; sugestionava, portanto a ideia foi descartada. Durante os Jogos de Ver&atilde;o de 1916 em Berlim, a Alemanha tentou novamente algo como os Jogos Ol&iacute;mpicos de Inverno, mas a Primeira Guerra Mundial inviabilizou os planos, tanto de um evento quanto de outro.
Em 1920, nos Jogos Ol&iacute;mpicos de Ver&atilde;o da Antu&eacute;rpia (B&eacute;lgica), foi a primeira vez que modalidades esportivas como h&oacute;quei no gelo e patina&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica foram adicionadas &agrave;s titulares. Mas foi s&oacute; 4 anos depois que o COI decidiu e conseguiu criar um evento separado, considerando de maneira retroativa os Jogos de Inverno de Chamonix como a primeira edi&ccedil;&atilde;o das Olimp&iacute;adas de Inverno.

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Como surgiram os Jogos Olímpicos de Inverno?

Imagem de Como o Exército salvou as Olimpíadas de Inverno de 1964 no megacurioso

Em uma época de tecnologia escassa, o trabalho braçal foi a única alternativa

<head></head><body>Em 1964, o mundo experimentava o apogeu dos conflitos tácitos gerados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a> entre os Estados Unidos e a União Soviética, que também se encaravam na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a> enquanto os americanos morriam na selva sangrenta que foi a Guerra do Vietnã, responsável por ceifar a vida de quase 60 mil soldados, 2 milhões de civis e 250 mil soldados vietcongues.Em meio a tudo isso, em 29 de janeiro daquele ano, a cidade de Innsbruck, em Tirol, na Áustria, escondida entre os alpes de montanhas azuis e verdes com picos nevados dignos de cartões postais da Europa, sediava os XI Jogos Olímpicos de Inverno. O local foi considerado perfeito para o notório evento por sustentar a antiga reputação internacional do "destino de esportes de inverno".Contudo, para o desespero da organização, Innsbruck estava passando pelo mês mais quente em quase 60 anos, tornando toda a mídia sobre as Olimpíadas de Inverno em algo esteticamente indesejado — e também perigoso para os atletas.<h2>A gloriosa intervenção</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/19/19152208869379.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Para piorar o cenário idílico, semanas antes do início das Olimpíadas, os atletas Ross Milne, um esquiador australiano, e Kazimierz Kay-Skrzypecki, um luger britânico, morreram enquanto praticavam em um dos campos de treinamento.&nbsp;A 26 dias da abertura do evento, a cidade não havia visto um metro cúbico sequer de neve, e o calor tornou as condições tão perigosas que os atletas de bobsled chegaram a apelidar as pistas de "curso do medo".Foi então que o governo decidiu convocar o Exército, que chegou com mais de 1,4 milhão cúbicos de neve para poder fazer os Jogos acontecerem de maneira segura. Além disso, os soldados foram incumbidos de colocar mais de 20 mil pedaços de gelo nas encostas das montanhas, transportar blocos de gelo até os locais de competição e encher cuidadosamente os campos com neve suficiente para os esquiadores, lugers e bobsledders.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/19/19152442275381.jpg" alt="(Fonte: Ozy/Reprodução)">(Fonte: Ozy/Reprodução)De acordo com um documento oficial do Comitê Olímpico Internacional, o Exército Austríaco trouxe até 706 mil quilos de neve apenas por precaução. E, apesar de todo esse transtorno, os Jogos Olímpicos de Inverno de 1964 foram considerados um sucesso retumbante, batendo a marca recorde de 1 milhão de espectadores, que puderam desfrutar de Innsbruck graças ao esforço dos soldados.</body>

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Como o Exército salvou as Olimpíadas de Inverno de 1964

Imagem de Como os patinadores artísticos não ficam tontos? no megacurioso

A patinação artística envolve um número grande de giros e rotações que deixariam qualquer amador tonto

<head></head><body>Com as&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121050-como-nacoes-tropicais-disputam-as-olimpiadas-de-inverno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimpíadas de Inverno</a> na TV, muitos esportes com os quais não estamos habituados passam a fazer parte do nosso dia a dia, entre eles a patinação artística. Mas, você já se perguntou como e por que os atletas conseguem fazer saltos, pulos e rotações sem ficar minimamente tontos?A resposta para essa pergunta está no vestibular. Calma, não na prova, mas no aparelho vestibular do patinador. Quer entender como isso é possível? Vamos te mostrar!<h2>O aparelho (ou sistema) vestibular e a tontura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10155128022329.jpg" alt="(Fonte: NY Daily News)">(Fonte: NY Daily News)O nome é curioso, mas o aparelho vestibular, comumente chamado de sistema vestibular, é um grupo de órgãos localizados no ouvido interno dos vertebrados como nós. Ele tem como função a manutenção do nosso equilíbrio.Em nós, humanos, o sistema é composto por três canais semicirculares que se fundem numa região central conhecida como vestíbulo. Pois é ali, nesses canais cheios de líquidos, onde estão as células ciliadas — receptores sensoriais do sistema auditivo — que a tontura ocorre. Isso porque quando você se move, o fluido também o faz, de forma a estimular as células a enviar ao seu cérebro a informação sobre o movimento.Porém, por conta da inércia, quando a rotação é muito rápida, esse processo se torna um pouco confuso. Assim, quando você e o fluido interno se movimentam na mesma direção e velocidade, as células ciliadas deixam de enviar sinais ao cérebro. Quando você para, o impulso fará o fluido seguir se movendo, de maneira que seu cérebro pense que você está em movimento, quando não está. Essa confusão é o que faz você ficar tonto.<h2>Ok, mas os patinadores não ficam tontos por quê?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10155250304331.jpg" alt="(Fonte: Incrível Club)">(Fonte: Incrível Club)A resposta para isso está no que separa aquela volta na pista de patinação do shopping da atuação de profissionais (além do talento, é lógico). Atletas de alto rendimento são treinados a utilizar estratégias de controle da tontura. Então não pense que eles são super-heróis.Patinadores artísticos também ficam enjoados com a sequência de giros e saltos, mas a carga de treinamento e os anos de repetição dos exercícios permitem que o aparelho vestibular destes atletas esteja acostumado, possibilitando as rotações múltiplas, saltos e sequências em um único programa.O aprendizado dos atletas leva tempo. Iniciantes dificilmente elaboram uma rotina com mais do que duas rotações. A quantidade de giros é aumentada conforme os treinamentos e a evolução do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120965-jogos-de-inverno-terao-primeira-pessoa-assumidamente-nao-binaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">patinador</a> na pista. Um nome importante para a evolução da patinação como esporte foi o treinador russo Alexei Mishin.<h2>Alexei Mishin: amigo dos patinadores, inimigo da tontura</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Xc50Gsoy-hI" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Com 80 anos, Alexei Mishin é um nome que nunca será esquecido na patinação artística. Ex-patinador artístico que competiu representando a antiga <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120813-uniao-sovietica-veja-5-motivos-que-levaram-a-potencia-ao-fim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">União Soviética</a>, Mishin conquistou medalhas em campeonatos europeus, além de um honroso 5º lugar nas Olimpíadas de Inverno de Grenoble, na França.Após pendurar os patins, tornou-se um prestigiado treinador, acompanhando e moldando nada menos que três campeões olímpicos, além de outros notáveis patinadores russos. Mas o feito mais interessante de Mishin foi realizado com a ajuda de engenheiros.Eles desenvolveram um simulador de rotações que auxilia a treinar o sistema vestibular: trata-se de um disco giratório com um motor. Esse aparelho permite ao atleta aprender a manter o equilíbrio, se preparando para executar os mais belos saltos no gelo. Esse aparelho, hoje, é utilizado por todas as melhores equipes do mundo.</body>

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Como os patinadores artísticos não ficam tontos?

Imagem de 6 fatos curiosos sobre o Curling, o "esporte da vassourinha" no megacurioso

Conheça melhor 'o esporte da vassourinha', um dos mais aguardados nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022

Para quem n&atilde;o est&aacute; acostumado a assistir &agrave;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119600-atletas-de-paises-tropicais-podem-competir-nas-olimpiadas-de-inverno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimp&iacute;adas de Inverno</a>, observar uma partida de curling pode ser um tanto quanto curioso. Afinal, as bizarras vassouras utilizadas para varrer freneticamente o gelo enquanto as pedras deslizam n&atilde;o &eacute; algo que aparece com frequ&ecirc;ncia em outras categorias.
Mesmo assim, a quantidade de estrat&eacute;gias envolvidas nessa modalidade faz atrair a aten&ccedil;&atilde;o de espectadores em todos os cantos do mundo. Pensando nisso, n&oacute;s fizemos uma lista com seis curiosidades sobre o curling para voc&ecirc; entender mais do "jogo da vassourinha". Olha s&oacute;!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a class="gs-title" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121050-como-nacoes-tropicais-disputam-as-olimpiadas-de-inverno.htm" target="_top" dir="ltr" data-cturl="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121050-como-nacoes-tropicais-disputam-as-olimpiadas-de-inverno.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjVlKvD9_D1AhUDqZUCHZSZC9cQFnoECAYQAg&amp;usg=AOvVaw0k9QZQcdBmyuWMw93QXZRg" data-ctorig="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121050-como-nacoes-tropicais-disputam-as-olimpiadas-de-inverno.htm">Como na&ccedil;&otilde;es tropicais disputam as&nbsp;Olimp&iacute;adas de Inverno?</a>
<h2 class="uk-text-justify">1. Nascimento de tudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/08/08101807345091.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A cria&ccedil;&atilde;o do curling data de 1511, na&nbsp;Esc&oacute;cia. As primeiras partidas desse esporte de inverno eram disputadas em lagoas e lagos congelados com pedras de curling primitivas feitas de diferentes tipos de material e rocha das regi&otilde;es de Stirling e Perth.
Em 1838, o pa&iacute;s j&aacute; teve o 1&deg; clube oficial de curling: o Grand Caledonian Curling Club. Seus membros foram respons&aacute;veis por escrever o 1&deg; livro de regras oficial e padronizar os equipamentos. Ao fim do s&eacute;culo XIX, o esporte acabou se expandindo para outros pa&iacute;ses.
<h2 class="uk-text-justify">2. Granito raro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/08/08101732970090.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
As primeiras pedras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/69708-curling-que-nada-patinacao-no-gelo-com-motosserra-e-novo-astro-do-inverno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">curling</a> tinham uma circunfer&ecirc;ncia de 91 cm e altura de aproximadamente 12 cm. O peso de um desses instrumentos de jogo varia entre 17 kg e 19 kg, dependendo do tipo de competi&ccedil;&atilde;o. Cada pedra de curling &eacute; feita de um granito raro que &eacute; polido e moldado perfeitamente para a pr&aacute;tica do esporte.
Na verdade, existem apenas duas pedreiras no mundo onde esse granito &eacute; encontrado: a ilha escocesa de Ailsa Craig e a pedreira de granito Trefor, no Pa&iacute;s de Gales. Como esse material &eacute; bem raro, &eacute; poss&iacute;vel que o esporte encontre problemas na confec&ccedil;&atilde;o de novas pedras no futuro.
<h2 class="uk-text-justify">3. Estreia ol&iacute;mpica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/08/08101941782093.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Hoje o curling pode ser popular nas Ol&iacute;mpiadas de Inverno, mas sua estreia na competi&ccedil;&atilde;o s&oacute; foi acontecer no ano de 1924, em Chamonix (Fran&ccedil;a), mas desapareceu na edi&ccedil;&atilde;o seguinte. Ent&atilde;o, entre 1932 e 1992, o curling passou a aparecer como um esporte de demonstra&ccedil;&atilde;o &mdash; isso significa que n&atilde;o havia distribui&ccedil;&atilde;o de medalhas.
Entretanto, em 2006, o Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional decidiu atualizar retroativamente as medalhas de curling das olimp&iacute;adas de demonstra&ccedil;&atilde;o para medalhas oficiais. Nessa edi&ccedil;&atilde;o, uma nova modalidade competitiva foi lan&ccedil;ada dentro da categoria.
<h2 class="uk-text-justify">4. Jogo do rugido</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/08/08102034173094.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
O curling &eacute; apelidado carinhosamente por algumas pessoas como o "jogo do rugido", uma vez que o som das pedras deslizando pelo gelo &eacute; bastante caracter&iacute;stico. Esse nome tamb&eacute;m &eacute; uma refer&ecirc;ncia &agrave; forma como as vassouras s&atilde;o esfregadas no ch&atilde;o e fazem o gelo derreter para guiar a pedra at&eacute; o alvo final. H&aacute; tamb&eacute;m quem diga que o curling &eacute; um verdadeiro "xadrez no gelo", visto que a modalidade envolve muita estrat&eacute;gia e paci&ecirc;ncia para derrotar seus advers&aacute;rios.
<h2 class="uk-text-justify">5. Querido por famosos</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.istoedinheiro.com.br/wp-content/uploads/sites/17/Reuters_Direct_Media/BrazilOnlineReportEntertainmentNews/tagreuters.com2021binary_LYNXMPEHA40WW-BASEIMAGE-e1636134772645.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/08/08101546251086.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O curling &eacute; um esporte de inverno bastante popular e existe um n&uacute;mero razo&aacute;vel de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117370-21-fotos-de-celebridades-transformadas-em-personagens-da-pixar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celebridades</a> que acompanha a categoria. Um exemplo disso &eacute; o ator George Clooney, que virou um grande f&atilde; enquanto estava filmando Mar em F&uacute;ria (2000) no Canad&aacute;.&nbsp;
"Estava passando em todos os canais e eu fiquei me perguntando 'Meu Deus, o que &eacute; isso? &Eacute; imposs&iacute;vel que n&atilde;o tenha outra coisa passando'. Por&eacute;m, no terceiro m&ecirc;s de filmagens, eu j&aacute; estava completamente viciado e n&atilde;o queria sair do hotel de jeito nenhum para poder ver os jogos", disse o ator em uma entrevista.
<h2 class="uk-text-justify">6. Educa&ccedil;&atilde;o em 1&deg; lugar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/08/08102122345096.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Educa&ccedil;&atilde;o e boa esportividade s&atilde;o partes essenciais dos esportes de inverno, sobretudo no curling. &Eacute; comum que as equipes se parabenizem por boas jogadas e estrat&eacute;gias inteligentes, sem contar que os jogadores s&atilde;o desencorajados a provocar seus rivais.&nbsp;
Se uma equipe acredita que n&atilde;o h&aacute; chance de recuperar o atraso ou vencer, ela pode desistir do jogo ap&oacute;s a sexta entrada. &Eacute; considerado um ato honroso de desportivismo em vez de um sinal de fraqueza. No mais alto n&iacute;vel de competi&ccedil;&atilde;o, &eacute; de praxe que o time vencedor compre uma rodada de bebidas para seus colegas derrotados.

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6 fatos curiosos sobre o Curling, o 'esporte da vassourinha'

Imagem de Como nações tropicais disputam as Olimpíadas de Inverno? no megacurioso

Entenda como os atletas se preparam para competições fora de suas realidades — e se prepare para torcer por eles

Nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/119540-8-acontecimentos-bizarros-na-historia-das-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimp&iacute;adas</a>&nbsp;de Inverno deste ano, em Pequim, o Brasil contar&aacute; com 10 atletas ol&iacute;mpicos e 6 paral&iacute;mpicos &mdash; e eles n&atilde;o s&atilde;o os primeiros a nos representar! Cl&aacute;ssico da "Sess&atilde;o da Tarde" nos anos 1990, Jamaica Abaixo de Zero &eacute; um filme baseado em uma hist&oacute;ria real sobre a equipe de bobsled da Jamaica, um pa&iacute;s de clima tropical, como o nosso, onde a neve simplesmente n&atilde;o existe.&nbsp;
Quer saber como &eacute; poss&iacute;vel que pa&iacute;ses tropicais, como o nosso, participem de competi&ccedil;&otilde;es onde o frio e o gelo n&atilde;o fazem parte apenas da paisagem, mas da regra? Ent&atilde;o se liga!
<h2 class="uk-text-justify">Sonho das Olimp&iacute;adas de Inverno: treinos no exterior, atletas naturalizados e muita dificuldade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/28/28115241337143.jpg" alt="(Fonte: Major Sports)" />(Fonte: Major Sports)
Como contamos no in&iacute;cio deste artigo, a hist&oacute;ria da equipe jamaicana de bobsled inspirou o filme estrelado por John Candy. Acontece que, diferente do que &eacute; mostrado no longa-metragem, o time do pa&iacute;s tropical n&atilde;o treinava apenas na Jamaica. Antes de partirem para Calgary (Canad&aacute;), eles passaram alguns meses em Nova York e em Innsbruck (&Aacute;ustria).
Al&eacute;m de n&atilde;o ser um caso isolado, muitos atletas acabam escolhendo treinar em outros pa&iacute;ses. No caso brasileiro, os que conseguem isso costumam ter o apoio da lei Agnelo/Piva, de 2002, a qual determinou que parte dos valores arrecadados com a loteria federal deveriam ser destinados aos esportes ol&iacute;mpicos, incluindo os de inverno. Essa lei foi fundamental para tornar o Brasil um dos pa&iacute;ses tropicais com mais participantes nas edi&ccedil;&otilde;es do evento.
Outro fator muito comum nas Olimp&iacute;adas de Inverno s&atilde;o atletas de um pa&iacute;s competirem por outro. Em geral, eles t&ecirc;m dupla nacionalidade ou s&atilde;o naturalizados. No segundo caso, &eacute; comum ocorrer em modalidades cujos pa&iacute;ses de origem dos atletas contenham muitos profissionais de alto n&iacute;vel. Assim, optam por representar outras na&ccedil;&otilde;es como maneira de realizar um sonho tamb&eacute;m individual.
<h2 class="uk-text-justify">Apenas uma medalha ol&iacute;mpica para pa&iacute;ses tropicais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/28/28120034276158.jpg" alt="(Fonte: The New Daily)" />(Fonte: The New Daily)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119600-atletas-de-paises-tropicais-podem-competir-nas-olimpiadas-de-inverno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Steven Bradbury</a> &eacute; o &uacute;nico medalhista do Hemisf&eacute;rio Sul da hist&oacute;ria das Olimp&iacute;adas de Inverno &mdash; e, provavelmente, por uma combina&ccedil;&atilde;o de esfor&ccedil;o e sorte, muita sorte. Por anos, para pa&iacute;ses como o Brasil, pensar em Olimp&iacute;adas estava sempre associado ao megaevento que ocorre a cada 4 anos, durante o ver&atilde;o do Hemisf&eacute;rio Norte.
J&aacute; para os demais pa&iacute;ses, &eacute; um evento esportivo que ocorre a cada 2 anos, alternando ver&atilde;o e inverno. Existem, inclusive, na&ccedil;&otilde;es que dedicam mais aten&ccedil;&atilde;o &agrave;s Olimp&iacute;adas de Inverno, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116622-conheca-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-a-vida-na-noruega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Noruega</a>, por exemplo.
Ainda que figurantes, os pa&iacute;ses tropicais t&ecirc;m marcado presen&ccedil;a no evento de modo mais frequente. Na edi&ccedil;&atilde;o de 2018, al&eacute;m do Brasil, outros 14 pa&iacute;ses tropicais participaram, ainda que n&atilde;o tenham subido nenhuma vez ao p&oacute;dio.
<h2 class="uk-text-justify">Mudan&ccedil;as nas regras</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;COI/Lance/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="http://blogs.lance.com.br/laguna-olimpico/wp-content/uploads/2017/11/Chamonix_patinacao-velocidade_gra-bretanha_COI.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/28/28120511292166.jpg" alt="(Fonte: COI/Lance/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: COI/Lance/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
At&eacute; a edi&ccedil;&atilde;o de 1992, em Albertville, na Fran&ccedil;a, a possibilidade de vermos um n&uacute;mero de atletas amadores nos jogos de inverno era relativamente alta. Realidade distinta desde 1994, quando o Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional (COI) instituiu o &iacute;ndice ol&iacute;mpico. Na pr&aacute;tica, isso significa que, para um pa&iacute;s poder enviar atletas para represent&aacute;-lo em uma modalidade, ele necessita atingir uma pontua&ccedil;&atilde;o m&iacute;nima em competi&ccedil;&otilde;es internacionais.
Essa pontua&ccedil;&atilde;o &eacute; obtida com as atua&ccedil;&otilde;es de atletas em modalidades individuais ou de equipe, em modalidades coletivas. Isso diminuiu a participa&ccedil;&atilde;o de brasileiros e esportistas de outros pa&iacute;ses tropicais, pois houve uma separa&ccedil;&atilde;o natural entre amadores e profissionais, tendo os do primeiro grupo, na maioria dos casos, origem em pa&iacute;ses como o Brasil &mdash; em que a profissionaliza&ccedil;&atilde;o de alguns esportes de inverno nem mesmo existe.
Analistas apontam que esta decis&atilde;o do COI foi fundamental para que alguns atletas trocassem de nacionalidade, j&aacute; que a decis&atilde;o final de que esportista representaria a na&ccedil;&atilde;o fica a cargo da federa&ccedil;&atilde;o nacional, que n&atilde;o necessariamente considera a pontua&ccedil;&atilde;o individual do desportista. Sendo assim, teriam uma maior possibilidade de chegar &agrave;s Olimp&iacute;adas de Inverno representando um pa&iacute;s tropical.

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Como nações tropicais disputam as Olimpíadas de Inverno?

Imagem de 5 lugares desastrosos que já aconteceram competições olímpicas no megacurioso

Relembre algumas das estruturas montadas para os jogos olímpicos que nunca foram entregues em perfeitas condições

Quando pensamos nos jogos ol&iacute;mpicos de hoje, instintivamente pensamos em todas as estruturas magn&iacute;ficas montadas pelo pa&iacute;s-sede para receber os mais diferenciados tipos de evento. Entretanto, todo esse preparo qualificado nem sempre foi uma grande preocupa&ccedil;&atilde;o nos bastidores das competi&ccedil;&otilde;es.
Se pararmos para analisar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119445-por-que-as-olimpiadas-comecam-antes-da-cerimonia-de-abertura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olimp&iacute;adas</a> do passado, podemos encontrar uma s&eacute;rie de defeitos que, inclusive, prejudicavam, e muito, a qualidade do esporte para os competidores. Por isso, n&oacute;s criamos uma lista com cinco estruturas ol&iacute;mpicas que n&atilde;o eram exatamente prop&iacute;cias para a pr&aacute;tica esportiva. Olha s&oacute;!
<h2 class="uk-text-justify">1. T&oacute;quio (1964)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/20/20154544134461.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Quando os atletas de polo aqu&aacute;tico chegaram ao Jap&atilde;o para os Jogos Ol&iacute;mpicos de T&oacute;quio em 1964, eles se depararam com uma piscina extremamente rasa. Imediatamente alguns times passaram a reclamar que os atletas mais altos conseguiriam ficar de p&eacute; se apoiando no fundo da piscina, criando uma vantagem injusta.
Em declara&ccedil;&atilde;o, por um lado, o t&eacute;cnico da Hungria chegou a dizer que at&eacute; mesmo seu atleta mais baixo conseguia ficar de p&eacute;. Por outro, quem n&atilde;o se manifestou foi a Iugosl&aacute;via &mdash; de longe o time mais alto do torneio. Tentativas de aumentar o n&iacute;vel da &aacute;gua foram feitas e a mudan&ccedil;a parece ter dado resultado: a Iugosl&aacute;via ficou apenas com o segundo lugar, perdendo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119490-quem-ganhou-a-1-medalha-de-ouro-para-o-brasil-nas-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medalha de ouro</a> para a Hungria.
<h2 class="uk-text-justify">2. Antu&eacute;rpia (1920)</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Swimming_at_the_1920_Summer_Olympics#/media/File:Ethelda_Bleibtrey,_Violet_Walrond,_Jane_Gylling,_Irene_Guest,_Frances_Schroth,_Constance_Jeans_1920.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/20/20154243571457.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O frio e a sujeira foram inimigos dos nadadores que participaram dos Jogos Ol&iacute;mpicos da Antu&eacute;rpia em 1920. A cidade portu&aacute;ria da B&eacute;lgica havia acabado de construir uma nova piscina para a competi&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o foi nem um pouco aprovada pelos competidores.
A nadadora norte-americana Aileen Riggin chegou a dizer que o espa&ccedil;o mais parecia uma "cova rec&eacute;m-cavada, com um aterro na lateral para prote&ccedil;&atilde;o em caso de guerra". Al&eacute;m disso, muitos atletas reclamaram que a &aacute;gua estava escura demais e extremamente gelada, sendo necess&aacute;rio o uso de v&aacute;rias camadas de roupa para escapar do frio enquanto nadavam.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">3. Berlim (1936)</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;IOC/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/I-E7Bj3f6nADqOSX6moBE6m6iAc=/0x0:1060x853/924x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2018/12/03/2017-08-25-basketball-inside-01.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/20/20154700838462.jpg" alt="(Fonte: IOC/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: IOC/Divulga&ccedil;&atilde;o)
At&eacute; os Jogos Ol&iacute;mpicos de 1948 todas as partidas de basquete eram disputadas a c&eacute;u aberto. Nunca houve qualquer tipo de problema quanto ao clima &mdash; exceto em Berlim no ano de 1936. As partidas disputadas no torneio da Alemanha aconteceram em quadras de t&ecirc;nis com solo de areia.
No dia da final, por&eacute;m, uma chuva ridiculamente intensa tomou conta do local, e a quadra logo se tornou um pasto de lama, fazendo ser quase imposs&iacute;vel para algu&eacute;m pontuar. Apesar dos finalistas, Estados Unidos (EUA) e Canad&aacute;, desejaram adiar o jogo, os organizadores mantiveram a decis&atilde;o de continu&aacute;-lo independente do tempo e se os jogadores conseguiriam quicar a bola no ch&atilde;o ou n&atilde;o.
Ao fim, a partida de baix&iacute;ssimo placar terminou com 19 pontos para os EUA e 8 pontos para o Canad&aacute;.
<h2 class="uk-text-justify">4. Pequim (2008)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/20/20154821871467.jpg" alt="(Fonte: Greg Baker/AP)" />(Fonte: Greg Baker/AP)
Os Jogos Ol&iacute;mpicos de Pequim em 2008 mostram como at&eacute; mesmo as estruturas mais recentes n&atilde;o s&atilde;o plenamente &agrave; prova de tudo &mdash; principalmente pelo alto &iacute;ndice de polui&ccedil;&atilde;o no caso dessa cidade-sede. A sujeira do ar era tamanha que uma poeira cinza cobriu algumas das arenas em momentos cr&iacute;ticos, criando dificuldade at&eacute; mesmo para respirar.
Conforme o evento progrediu, chuvas e mudan&ccedil;as na dire&ccedil;&atilde;o do vento ajudaram a diminuir a fuma&ccedil;a, mas o calor era intenso e a umidade do ar tamb&eacute;m. Atletas que sofrem de asma foram particularmente afetados, inclusive com algumas desist&ecirc;ncias antes mesmo do in&iacute;cio das olimp&iacute;adas.
<h2 class="uk-text-justify">5. Londres (1948)</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Athletics_at_the_1948_Summer_Olympics#/media/File:1948_Olympic_final_400_m_men.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/20/nomad-20155030546471.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Conhecido por "Jogos de Austeridade", os Jogos Ol&iacute;mpicos de Londres em 1948 foram o primeiro grande evento esportivo em 12 anos desde o in&iacute;cio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. Como a cidade havia sido relativamente destru&iacute;da pelo conflito armado, a organiza&ccedil;&atilde;o foi feita &agrave;s pressas.&nbsp;
A pista de atletismo constru&iacute;da no Est&aacute;dio de Wembley, por exemplo, n&atilde;o tinha ilumina&ccedil;&atilde;o interna, o que virou um problema para os competidores. Diversos eventos do decatlo foram disputados durante a noite, com baix&iacute;ssima visibilidade. Bob Mathias, de apenas 17 anos, precisou contar com a ajuda de um companheiro segurando uma lanterna para realizar o salto com a vara.&nbsp;

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