A Tupperware está de volta!

Quem nunca teve uma lancheira da Tupperware que atire a primeira pedra. Nós, do TodaEla, tivemos. E não foram só lancheiras, mas também passou por nós uma infinidade de potinhos coloridos que, de vez em quando, ainda surgem de algum armário da cozinha. E quem se lembra das reuniões que as vizinhas organizavam? Pois é, a boa notícia é que tudo isso está de volta!

Isso não significa que a Tupperware tinha acabado. Na verdade, uma queda nas vendas do mercado brasileiro entre 1997 e 2003 fez com que muitos pensassem que os famosos potinhos coloridos não eram mais fabricados. E, justamente no ano em que a Tupperware completa 35 anos no Brasil, eles voltaram buscando alcançar um novo público, mas sem perder o foco nas reuniões, que são a marca registrada da empresa.

Visando as classes A e B, que muitas vezes não têm acesso às demonstradoras ou não desejam participar das reuniões, a empresa abriu uma loja virtual há dois meses. A loja dispõe cerca de metade do seu catálogo de produtos online e os preços podem chegar a ser de 25% a 50% mais caros do que com as demonstradoras. O objetivo do e-commerce é fazer com que as classes mais altas conheçam as linhas de produtos – que vão desde potes e tigelas plásticas até utensílios de cozinha – e possam entrar em contato com as demonstradoras que costumam oferecer preços melhores.

Mas como o principal alvo da empresa ainda é fidelizar os clientes através da venda direta por meio das demonstradoras, as reuniões voltam a todo vapor. Para a empresa, as reuniões, mesmo parecendo um pouco ultrapassadas, são a melhor maneira de demonstrar o uso do produto, torná-los mais atrativos e convencer a consumidora de que o custo do produto vale a pena pela sua praticidade e durabilidade. A empresa, fundada em 1945 pelo engenheiro Earl Tupper, sempre teve as reuniões como o modelo de negócios.

Hoje, a Tupperware conta com mais de 2,5 milhões de demonstradores atuando no mundo todo, em mais de cem países. Os produtos são desenvolvidos nos Estados Unidos e na Europa. E 95% da fabricação dos produtos vendidos no Brasil é feita no Rio de Janeiro.