Bizarrices do Japão: entenda o que são os clubes de anfitriões

21/01/2019 às 06:003 min de leitura

Você já pensou como seria curtir a noite na companhia de um rapaz bonito, que não se cansa de elogiar e tem um papo ótimo, em um clube bacana e com uma taça cheia de champagne na mão?! Pois saiba que lugares como esse existem no Japão e toda essa experiência pode ser sua por alguns ienes.

Esses “bares” são conhecidos como host clubs, ou clubes de anfitriões, e boa parte deles está espalhada no bairro de Kabukicho, em Tóquio. Além de um ambiente legal, o principal atrativo desses espaços são os hosts (anfitriões) – ou seja, garotos atenciosos vestidos com roupas impecáveis e que sabem como entreter uma garota.

Para atrair clientes, os garotos ficam nas ruas na tentativa de chamar a atenção das mulheres que passam. No Japão, existem dezenas de host clubs e um número ainda maior de hosts, que são os responsáveis por procurar garotas aparentemente abastadas e com potencial de se tornarem clientes fixas. Por isso, não são todos os clubes que aceitam estrangeiras e dificilmente homens podem entrar nesses lugares.

Conhecendo seu host

Todos os “encontros” com os anfitriões costumam ser pagos por hora e o consumo do bar é cobrado à parte. As regras variam de acordo com cada clube, mas a primeira visita costuma ser uma exceção, quando a garota (ou um grupo de garotas) ganha um bom desconto pela hora e ainda pode beber o quanto quiser sem precisar pagar mais por isso.

A partir da segunda visita, a garota pode escolher um host a partir do catálogo da casa. Uma vez que ela escolheu sua companhia naquela noite, não se pode mais mudar. É então que a conversa começa a fluir (por isso é importante saber falar japonês) e os elogios surgem aqui e ali – sempre com naturalidade, já que os garotos são treinados para isso.

Boa parte dos relatos das garotas que já foram ou frequentam os clubes japoneses aponta que os hosts realmente sabem como puxar assunto e a conversa costuma render boas risadas. É claro que a música e a bebida colaboram para esquecer os problemas e aproveitar a noite. Como a companhia é sempre boa e a diversão é garantida, relatos de mulheres que se apaixonam por seus anfitriões são mais frequentes do que se pode imaginar.

De onde vem o lucro

A taxa a ser paga por cada hora de serviço vai depender da popularidade do bar e da qualidade do host escolhido. As casas costumam fazer rankings mensais com os garotos e, logicamente, os mais concorridos são os mais caros. O site Tokiotours informa que, no ano passado, os preços variavam de 2 mil a 6 mil ienes (cerca de 40 a 130 reais na cotação de hoje) por um período de duas horas na primeira visita. Depois disso, o preço aumenta consideravelmente.

Além do valor pago pelo serviço do anfitrião, as meninas desembolsam boas quantias com bebidas caras. Isso porque o que mais se consome nos clubes é champagne – e estamos falando de champagne mesmo, esqueça os frisantes e espumantes. Cada garrafa pode chegar a custar milhões de ienes, ou seja, alguns milhares de reais.

E, para aumentar ainda mais a conta, acontece uma espécie de competição do champagne. Quando uma garrafa é estourada, os hosts da casa se reúnem para beber e comemorar com a menina que vai pagar pela bebida. Quem quiser ganhar a atenção dos garotos precisa pagar por um champagne ainda mais caro ou comprar várias garrafas durante a noite.

Para todos os gostos

Quem já esteve em um host club revela que existem homens para todos os gostos. Tímidos, exibidos, divertidos, sérios, inteligentes – eles estão lá para agradar todos os tipos de mulheres. Além disso, o charme e o flerte fazem parte dos encontros, afinal, o objetivo da noite é fazer com que a garota se sinta bem e, acima de tudo, cativá-la para que ela volte sempre.

O envolvimento entre anfitriões e clientes não é obrigatório, pelo contrário, misturar trabalho com sentimentos pode até ser prejudicial para o profissional. No entanto, fica a critério do host até onde ele vai com cada cliente.

Distração ou diversão?

Existem muitos comentários na internet sobre diferentes experiências que garotas tiveram em host clubs e eles costumam ser positivos. Porém, com o lançamento do documentário “The Great Happiness Space: Tale of an Osaka Love Thief” (O Grande Espaço da Felicidade: A História de um Ladrão de Amor em Osaka, com áudio em japonês e legendas em inglês) em 2006, surgiu uma polêmica sobre esse tipo de prática.

O filme mostra os dois lados dos clubes de anfitriões – um espaço divertido para encontrar amigos e conhecer novas pessoas (que é ideal para aqueles que querem conhecer outras pessoas sem ter compromissos) e a dependência que algumas garotas desenvolvem com seus hosts (o que faz com que elas gastem quantias absurdas de dinheiro na tentativa de conquistar o garoto e, quem sabe, conseguir atrai-lo para um verdadeiro relacionamento).

O longa-metragem também deixa claro que a maior parte das garotas que frequenta os host clubs são anfitriãs que prestam o mesmo serviço em clubes feitos para os homens. Como elas ganham mais dinheiro do que outras mulheres e estão acostumadas com a ideia de “comprar amor”, elas não veem problemas em pagar caro para ter com quem conversar e receber as mesmas gentilezas que fazem aos seus clientes.

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E você, caro leitor, o que acha de mais uma das esquisitices da Terra do Sol Nascente?! Será que esse tipo de clube faria sucesso entre as brasileiras? Não deixe de registrar sua opinião nos comentários.

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