Estilo de vida
02/12/2017 às 05:00•2 min de leitura
Se você já tem mais de 33 anos é provável que tenha desistido de ouvir o que a “garotada” tem escutado ultimamente, certo? Ou pelo menos essa foi a conclusão de uma pesquisa feita por um ex-consultor de gestão que trabalha para o Spotify.
O autor do estudo utilizou dados da plataforma de streaming de música e de um site chamado The Echo Nest, que cataloga rankings de popularidade de artistas, para determinar qual a idade média em que “paramos no tempo” e deixamos de conhecer o que para muitos é destaque, mas que para nós parece mais um monte de barulho.
Quando somos mais jovens, estamos ainda formando nossas identidades, o que faz com que escutemos um pouco de tudo. Conforme crescemos, nossos gostos vão se tornando mais refinados, e estilos muito populares passam a não nos interessar tanto. Então quando entramos na casa dos trinta e poucos, voltamos a ouvir nossa boa e velha “bagagem musical”, ou buscamos artistas e músicas que realmente pareçam originais.
Obviamente, o autor da tal pesquisa não é nenhuma sumidade no assunto, afinal os dados utilizados foram coletados de um serviço que existe há poucos anos, e ficou restrito à audiência de somente um país. No entanto, caso você esteja perto da casa dos 30 anos, faça um pequeno exercício e tente enumerar mentalmente quantas novas bandas, artistas ou músicas diferentes você conheceu nos últimos dois anos, em comparação com a sua adolescência.
Definitivamente haverá quem não se encaixe no resultado do estudo. Esse número é apenas uma média, ou seja, há quem fique muito além ou muito aquém dessa idade. Ainda assim, parando para pensar sobre o assunto, parece ser uma aproximação bastante razoável. Quantas vezes você não ouviu seus pais reclamarem que o que estava ouvindo quando novo era apenas barulho, mas hoje não suporta as coisas que são “modinha”?
Outro fato interessante apontado pela pesquisa diz respeito justamente às pessoas que possuem filhos. Essas costumam parar de ouvir músicas novas um pouco mais cedo do que quem não tem descendentes. O motivo seria a quantidade de atenção que as crianças demandam, o que reduz o tempo disponível dos pais para irem atrás de novidades musicais.
Fora que os pais geralmente precisam decorar letras de diversas canções infantis educativas, para estimular o desenvolvimento mental e físico de seus rebentos. Ou talvez sejam apenas pessoas que realmente adoram escutar músicas grudentas que repetem a mesma coisa uma infinidade de vezes.
Ei, não estamos julgando ninguém aqui.
*Publicado em 9/5/2015