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Tyler Hadley: o garoto que assassinou os pais e deu uma baita festa

08/12/2014 às 11:024 min de leitura

Infelizmente, histórias de adolescentes que assassinam os próprios pais não são assim tão raras — nem se limitam a acontecer apenas no nosso país. O caso que vamos contar para você aconteceu na Flórida em julho de 2011, e o crime foi cometido por um rapaz norte-americano chamado Tyler Hadley. O garoto tinha 17 anos na época, e uma de suas motivações foi se livrar dos pais para poder dar uma baita festa em casa e impressionar os amigos.

Extremamente introvertido, segundo Nathaniel Rich da Rolling Stone, Tyler evitava contato visual, ria das próprias piadas e não era especialmente popular no colégio. Filho de Blake e Mary Jo Hadley, o jovem é o mais novo de dois irmãos e, antes de cometer os assassinatos, era conhecido por andar com uma turminha da pesada, composta por vários delinquentes juvenis e usuários de drogas da cidade onde morava.

Comportamento estranho

Tyler

Tyler costumava ser muito quieto e monossilábico na escola, além de ser propenso a explodir em sala de aula e interromper os professores sem qualquer motivo aparente. E, por conta dos problemas de comportamento — dentro e fora do colégio —, o garoto se envolveu em várias confusões com a lei, chegando inclusive a ser fichado e preso.

Blake e Mary Jo Hadley

Provavelmente devido ao mau comportamento, os pais de Tyler estavam se tornando gradativamente mais rigorosos, deixando-o de castigo e confiscando seu celular em algumas ocasiões. Portanto, reuniões em casa eram simplesmente proibidas. No entanto, duas semanas antes dos assassinatos, Tyler teria dito casualmente a um par de amigos enquanto jogavam video game que queria matar os pais e festejar.

Segundo disse, ninguém havia feito uma coisa dessas antes — dar uma festa enquanto os cadáveres permaneciam em casa. E parece que Tyler costumava dizer isso com certa frequência, embora ele não fosse levado muito a sério pelos demais. Aliás, na semana que antecedeu o crime, o garoto contou aos amigos que estava organizando uma reuniãozinha para o fim de semana, e ninguém acreditou.

A festa

No dia do crime, Tyler postou um convite pelo Facebook para a tal festa em sua casa, explicando aos amigos incrédulos que seus pais estavam fora da cidade. A notícia se espalhou rapidamente, e, quando os primeiros garotos começaram a aparecer, Tyler parecia ansioso e inquieto ao atender à porta.

Segundo alguns relatos, o adolescente tinha as pupilas dilatadas e parecia muito preocupado que o barulho levasse os vizinhos a chamar a polícia. Assim, fez questão de que todo mundo — cerca de 60 pessoas no total — permanecesse dentro de sua casa e não deixou que ninguém ficasse no jardim da frente para evitar chamar a atenção.

Descrição de um crime

Taylor e Michael Mandell durante a festa

Durante a festa, Tyler chegou a dizer coisas sem sentido para alguns amigos mais chegados, contando que tinha feito algo muito sério e que seria mandado para a prisão. Contudo, a confissão ocorreu quando o garoto encontrou Michael Mandell, seu melhor amigo. Tyler contou a ele que no dia da festa, pouco antes das cinco da tarde, escondeu os celulares dos pais para que eles não pudessem pedir ajuda e ouviu um pouco de rap para “entrar no clima”.

Depois, ele tomou três ecstasy e foi buscar um martelo na garagem. Primeiro, Tyler parou atrás da mãe, que estava trabalhando no computador de casa, e ficou ali por pelo menos 5 minutos pensando sobre o que estava prestes a fazer. Então, ele levantou o martelo e o enterrou na cabeça de Mary Jo que, apavorada, gritava para o filho “por quê?”.

Ouvindo o desespero da esposa, o pai de Tyler correu em seu socorro e ficou paralisado ao se deparar com a cena de ver o próprio filho agredindo a mãe. Blake também perguntou a Tyler por que ele estava fazendo aquilo, e o rapaz simplesmente respondeu “por que não?”. O jovem matou os pais, enrolou toalhas em suas cabeças e deixou seus corpos no chão do quarto lado a lado de bruços com a arma do crime entre eles.

Tyler contou a Michael que levou três horas para limpar a bagunça — muito mais tempo do que antecipado — e que havia trancado todas as evidências do crime, como livros, pratos quebrados, fronhas, toalhas ensanguentadas etc. no quarto. Depois, ele tomou um bom banho e riu do próprio reflexo no espelho.

Fim da festa

A festança começou a minguar depois que, por volta das duas da manhã, alguém anunciou que estava rolando outra reunião ali perto e os convidados saíram em debandada. Com a bagunça que se formou na rua, um dos vizinhos chamou a polícia e, quando os oficiais chegaram, já havia menos de 20 pessoas no local.

Tyler pediu que todo mundo fosse para o seu quarto e, após se livrar dos policiais, a festa recomeçou. Pouco a pouco mais garotos foram chegando e Tyler foi visto agindo de maneira estranha por muitos deles — olhando pela janela de maneira paranoica e dizendo que pretendia se matar. A festa teria continuado para sempre se Michael Mandell, o melhor amigo de Tyler, não tivesse entrado em contato com a polícia e contado tudo.

Prisão

Pouco antes das cinco da manhã, a polícia voltou, algemou Tyler e vasculhou a casa, descobrindo os cadáveres. Ninguém sabe o que exatamente levou o rapaz a cometer os assassinatos — afinal ninguém faz isso apenas para impressionar os amigos! —, mas, além do abuso de álcool e drogas, os oficiais encontraram antidepressivos e recibos de uma clínica de cuidados mentais em nome de Tyler.

Apesar de as evidências sugerirem que o rapaz sofria de depressão e outros problemas mentais, as investigações revelaram que ele começou a panejar a coisa toda três semanas antes. Além disso, teria dito a amigos que havia esperado o irmão mais velho se mudar de casa para matar os pais. Como cometeu os crimes seis meses antes de fazer 18 anos, Tyler não pôde ser sentenciado à morte, sendo condenando a cumprir duas sentenças de prisão perpétua.

O jovem disse ter se arrependido do que fez e se tornou uma espécie de celebridade na cadeia, onde recebe cartas de fãs e assina autógrafos para outros presos! Atualmente, Tyler se corresponde com amigos e familiares, especialmente com os avós, e seu comportamento oscila bastante entre culpado e deprimido, assim como irado, confuso e entediado.

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