Ciência
22/05/2017 às 12:21•3 min de leitura
No dia 19 de maio de 2002, ia ao ar o “último” episódio de “Arquivo X”. Intitulado “A verdade” e dividido em duas partes, o capítulo pretendia fechar a série com chave de ouro em sua nona temporada. Em 2016, uma minissérie com seis episódios contou como os agentes Fox Mulder e Dana Scully estão nos dias de hoje; e no ano que vem, teremos uma continuação dessa história.
Por isso, vamos relembrar alguns dos fatos mais curiosos da série que ajudou a moldar a ficção científica moderna, introduzindo alienígenas e outras histórias bizarras com muita dose de conspiração governamental e teorias malucas. Saca só:
Em 1991, John E. Mack, psiquiatra e professor de Harvard, publicou uma pesquisa dizendo que ao menos 3,7 milhões de norte-americanos já teriam sido abduzidos por alienígenas. Chris Carter, o produtor de “Arquivo X”, chegou a esse material e decidiu que precisava contar essa história, afinal “a abdução é quase uma experiência religiosa”, segundo ele. Foi então que desenvolveu a história do programa, que estreou em setembro de 1993.
Livro de John E. Mack (direita) foi o estopim para a produção
Apesar de citar a pesquisa de Mack como sua principal motivação para a série, Chris Carter conta que outras histórias ajudaram a moldar o que viria a ser “Arquivo X”. Entre elas estão os filmes “Todos os Homens do Presidente” e “O Silêncio dos Inocentes”, além dos seriados “Twin Peaks” e “Kolchak”.
"Kolchak e os Demônios da Noite" foi uma das séries que mais serviram de inspiração
A mocinha de “O Silêncio dos Inocentes” é uma referência clara à agente Dana Scully. Além de ambas serem do FBI e terem pulso firme, até mesmo a “ruivice” é igual! E não foi à toa: Scully só teve os cabelos avermelhados para homenagear a Starling. Por falar nela, sua intérprete, Jodie Foster, faz uma aparição especial em “Arquivo X”, afinal é ela quem dubla a tatuagem que seduz Scully em “Nunca Mais”, da quarta temporada.
Muito mais semelhanças do que a gente pensa
Os maiores embates entre Fox Mulder e Dana Scully se davam por conta do ceticismo dela questionando a credulidade dele. Na vida real, entretanto, esses papéis se invertem: Gillian é muito mais crente do que David, tanto que ela conseguiu colocar isso em sua personagem, em alguns episódios que lidam com a fé.
Duchovny é mais cético que Anderson na vida real
Boatos de inimizade entre os dois protagonistas sempre ocorreram. Você consegue imaginar ficar nove anos trabalhando com alguém que você não atura? A rotina até desgastava um pouco essa relação, tanto que David e Gillian só se tornaram amigos de verdade durante as gravações do segundo filme, em 2008. “Estamos mais conscientes das necessidades, dos desejos, das preocupações do outro e os levamos em consideração”, explicou a atriz.
Dana Scully quebrou paradigmas e ajudou a moldar uma geração de mulheres ao se mostrar como uma personagem feminina extremamente forte e ligada a áreas até então ditas masculinas, principalmente na parte científica. Apesar de ter mexido nesses padrões, Chris Carter garante que não pensava nisso no começo: a série realmente teria um casal protagonista, sendo que a mulher seria o elo mais racional dessa relação.
Dando carteirada, mas com credibilidade
Chris Carter não queria que seu programa fosse visto apenas como ficção, já que ele empregava inúmeros cientistas que davam suas versões e possibilidades para os casos analisados por Mulder e Scully. Claro que esse grupo não iria impedir licenças poéticas, mas sempre esteve a cargo de criar algo mais plausível possível – sem, é claro, deixar a parte científica muito complicada ou monótona.
Equipe de cientistas sempre ajudou a deixar "Arquivo X" mais verdadeiro
O maior vilão de “Arquivo X” aparece pela primeira vez apenas no fundo de uma sala fumando seu cigarrinho. Ninguém sabia naquele momento que ele se tornaria o maior antagonista da série, nem mesmo seu intérprete, William B. Davis. Curiosamente, Davis sequer era fumante quando aceitou o papel. Ou melhor, ele era um ex-fumante, já que largara o vício 20 anos antes.
William B. Davis fumou por 25 anos, mas havia parado duas décadas antes quando estreou em "Arquivo X"
O intérprete de Walter Skinner, diretor-assistente do FBI e responsável pelos arquivos X, quase não entrou na série: Mitch Pileggi precisou fazer três testes antes de ser aceito, já que Chris Carter achava sua careca muito impactante para um agente do FBI. Pileggi viria a conhecer sua esposa Arlene Warren durante as gravações, já que ela era a dublê de corpo de Gillian Anderson.
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