Terapeutas sexuais contam quais são os 6 maiores mal-entendidos sobre sexo

05/06/2017 às 04:47•3 min de leitura

1 – Masturbação não deve fazer parte de quem está em um relacionamento

“Masturbação e autoprazer são extremamente importantes, especialmente para mulheres em relacionamentos que passam por baixo desejo sexual. Isso se torna desafiador para muitas pessoas por causa do roteiro sexual que elas adotaram, que diz que masturbação é suja, egoísta ou um sinal de traição. Eu ensino a casais que é essencial aprender o que é bom para eles para que eles ensinem seus parceiros de que tipo de toque eles gostam”, disse Janet Brito, psicóloga e terapeuta sexual no Havaí.

2 – Todas as mulheres podem e devem ter um orgasmo durante a relação sexual

Celeste Hirschman explica que menos de um terço das mulheres chega ao orgasmo apenas com a penetração e que acreditar que esse tipo de orgasmo é comum é um grande erro, responsável por trazer frustração a muitos relacionamentos. É essa crença uma das grandes responsáveis por fazer com que as mulheres finjam orgasmo.

“A maioria das mulheres precisam de estímulos no clitóris para chegar ao orgasmo e apenas a penetração raramente proporciona estímulos suficientes. Uma mulher pode precisar dar estímulo extra para si mesma com sua mão ou com um vibrador para conseguir ter um orgasmo”, explica.

A verdade é que muitas mulheres precisam mesmo é de sexo oral, estímulos manuais ou de vibradores no clitóris – e não há nada de errado com isso.

3 – O clitóris é muito pequeno e difícil de ser achado

Não e não. Muitas mulheres não têm ideia de como o próprio corpo funciona e, por isso, acabam nunca olhando para a própria vagina e vendo o famigerado clitóris, que não é invisível nem está escondido. O clitóris, na verdade, é uma espécie de ponta do iceberg, e estimulá-lo é a forma mais garantida de fazer com que uma mulher chegue ao orgasmo.

A questão aqui é descobrir como a mulher gosta de ter seu clitóris estimulado: “Enquanto focar na glande do clitóris pode ser prazeroso por um tempo, muitas mulheres experimentam a sensitividade que beira o doloroso. Há muitos outros doces pontos a explorar”, explica a terapeuta Kat Van Kirk.

4 – Quando as duas pessoas se amam de verdade, o sexo entre elas precisa ser sempre afetuoso

Deixar de lado essa ideia significa abrir as portas para o verdadeiro sexo maduro, que permite a realizações das mais diversas fantasias. O segredo é manter o respeito, a confiança mútua e o consentimento, sempre.

Kimberly Sharky aconselha seus pacientes a apostar em jogos de poder durante as relações, estabelecendo quem está no comando e abusando das preliminares, para que o desejo sexual se torne ainda mais intenso.

“Assuma o risco de estar vulnerável e desinibido com as suas vontades, mesmo que você tenha medo que seu parceiro não esteja tão envolvido no momento quanto você está. Dançar nessa barreira juntos é o que cria a sensação que muitos de nós chamamos de ‘paixão’”, explica.

5 – Se vocês realmente se desejam, a excitação sexual vem fácil

A falta de lubrificação vaginal ou de uma ereção não significam que há falta de desejo sexual entre o casal. “Às vezes, o corpo precisa de tempo para entrar em sintonia com a mente. Isso é normal e não deveria ser considerado uma disfunção ou mesmo um problema. Eu odeio o termo ‘disfunção erétil’ por essa razão”, disse Moushumi Ghose.

6 – Sexo é tudo em um relacionamento

Vai dizer que nunca ouviu isso em algum lugar? A verdade, como bem nos lembra Keeley Rankin, é que seu parceiro não precisa ser o melhor amante que você já teve na vida, afinal o amor é baseado também em respeito e no quanto você se sente conectado com a outra pessoa, ao ponto de querer construir uma vida com ela.

Rankin explica que muita gente acredita que só terá um bom relacionamento amoroso se o sexo for perfeito. “Não há dúvidas de que se sentir sexualmente confiante é importante, mas isso não dará a você um passe livre para não fazer o trabalho que exige um relacionamento sólido e de sucesso”.