E quando uma pessoa se identifica tanto como homem quanto como mulher?

05/07/2016 às 06:462 min de leitura

Discutir questões de gênero é fundamental para a promoção de uma sociedade menos violenta e mais tolerante, o que, convenhamos, seria o ideal para todos nós. Para promover a tolerância, nada melhor do que o conhecimento, e se hoje já entendemos as definições de gênero em alguns aspectos, principalmente no da transexualidade, nos falta esclarecimento em relação a outras formas de identidade.

Você já ouviu falar do gênero fluido? Para entender melhor do que se trata, compartilharemos a história da adolescente Rebekka Howie, de 17 anos. Ela afirma que às vezes se sente mulher, mas que, em outras, se sente homem.

Essa escocesa de Paisley tem chamado a atenção de todo o mundo desde que falou abertamente sobre sua identificação dentro do espectro de gênero fluido. A flutuação de identidade faz com que ela passe meses vivendo como menino e, depois, viva como menina por um dia.

Mais respeito, por favor

Imagem: Daily Mail

O guarda-roupas é preparado para as mudanças, já que ela tem peças consideradas femininas e peças masculinas. “Eu apenas acordo e sei qual gênero quero ter. É um sentimento difícil de explicar”, disse ela em declaração publicada no Daily Mail.

Rebekka afirma que, de vez em quando, a ideia de usar uma saia é desagradável, mas que, em outros momentos, é justamente com essa peça de roupa com que ela se sente mais confortável. Quando usa vestido, salto alto e maquiagem, seus amigos acabam ficando surpresos, mas, de acordo com ela, todos são muito compreensíveis e a apoiam: “Eles sabem que lá no fundo eu sou a mesma pessoa”.

Em questões de identidade de gênero, Rebekka parece realmente não ter muitos problemas, mas, quando revelou sua sexualidade, a coisa complicou. Quando os alunos do colégio onde estudava souberam que ela é lésbica, praticaram diversas formas de bullying, incluindo jogá-la em uma lata de lixo e colocarem sua cabeça dentro de um vaso sanitário enquanto apertavam a descarga.

Traumas

Imagem: Daily Mail

As agressões provocadas pela lesbofobia fizeram com que Rebekka mudasse de colégio, e agora a situação é mais tranquila. “Não acho que ninguém deveria ser perseguido por causa de sua sexualidade”, disse ela, com razão.

A adolescente comemorou uma publicação recente, feita pela cantora Miley Cyrus, que postou uma imagem em seu Instagram, dando apoio ao gênero fluido. “É ótimo que alguém tão grande quanto Miley esteja dando apoio. Foram necessários anos para que pessoas transgêneras começassem a ser aceitas na sociedade e eu acho que vai levar um tempo para que as pessoas entendam a fluidez de gênero”, declarou.

Desde cedo

Imagem: Daily Mail

No caso de Rebekka, a identificação com o gênero fluido ocorreu quando ela tinha apenas 13 anos de idade: “Eu não conseguia entender por que em alguns dias eu queria ser eu mesma e me vestir como uma garota, e em outros dias eu queria ser um garoto”.

Foi então que, ao falar com amigos da comunidade LGBTI, Rebekka descobriu que se identificava como gênero fluido. Depois de estudar a definição desse tipo de identidade, ela finalmente se encaixou. Felizmente, a família de Rebekka dá o apoio de que ela precisa para ser o que é: “Contanto que ela esteja feliz, é só isso que importa”, disse a mãe da adolescente, Erica.

Depois de sofrer com a lesbofobia, a jovem encontrou na internet uma oportunidade de falar mais a respeito de suas características e, assim, propagar o fim da intolerância e da violência. “Eu não quero que ninguém tenha que passar pelo que eu passei. Eu quero que as pessoas saibam que é ok ser gay, trans ou gênero fluido, contanto que você seja feliz”, disse ela.

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