Escavação encontra “menina-bruxa” enterrada de bruços há 1,6 mil anos

08/10/2014 às 04:111 min de leitura

Uma escavação no norte da Itália encontrou a ossada de uma menina de cerca de 13 anos que foi enterrada de bruços, um sinal de que ela não era bem aceita pela sociedade da época. Os restos mortais da jovem, que ficou conhecida como “menina-bruxa”, estavam em uma cova localizada no complexo de San Calocero.

Os cientistas, que fazem parte de um instituto de pesquisa do Vaticano, estimam que a adolescente tenha sido enterrada no final da Antiguidade ou no começo da Idade Média, entre os séculos 4 e 5, mas ainda é necessário fazer uma datação com carbono-14.

Segundo o arqueólogo Stefano Roascio, enterrar uma pessoa de bruços era um costume que significava punição e tinha como objetivo evitar que o morto se levantasse da cova. “O que o falecido fez não era aceito pela comunidade”, explicou ele. O hábito estava ligado à crença de que a alma do falecido saía pela boca.

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A posição dos ossos da menina-bruxa indica que sua morte não foi violenta – pelo menos isso! – e que ela estava mesmo morta quando foi enterrada. Sim: em alguns casos, uma pessoa que tivesse feito algo condenável pela comunidade era colocada sob a terra ainda viva.

Além de mostrar que a morte da “menina-bruxa” não foi assim tão horrorosa, a ossada dá pistas de o que ela pode ter feito de tão grave. Conforme observado pela antropologista Elena Dellù, o crânio e as cavidades dos olhos da adolescente tinham uma aparência muito porosa, indicando que ela pode ter sofrido com uma anemia severa.

Assim, as “bruxarias” da menina que tanto assustaram a comunidade da época eram, provavelmente, sua palidez, alguns hematomas e os desmaios frequentes, todos sinais de uma dieta pobre em ferro.

Via Em Resumo

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