Ciência
27/07/2016 às 11:17•1 min de leitura
Há 5 anos, Galdino Alvez Bezerra Neto saiu de casa, em Fortaleza, para ir a uma vaquejada em Canindé e nunca mais voltou. Acostumada com as viagens do filho, de 47 anos, a dona de casa Maria Lopes Farias, de 75 anos, não ficou preocupada nas primeiras semanas. Porém, depois de meses sem receber nenhum telefonema ou informação, ela percebeu que algo havia acontecido e resolveu agir: imprimiu cerca de 200 fotos do filho e saiu distribuindo as informações do caso.
Depois de meia década sem novidades sobre o desaparecimento, Maria se convenceu de que o filho estava morto. Durante o tempo em que buscou notícias, Maria frequentou um centro espírita. Foi lá que a idosa recebeu uma carta que, segundo o médium Nilton Souza, foi enviada pelo espírito de seu sogro. Foi assim que o avô do rapaz indicou onde estaria o corpo: na Lagoa do Juvenal.
Maria Lopes Farias
O que Maria não sabia era que, em 2013, a polícia havia encontrado, acidentalmente, uma vítima fatal na região depois de um incêndio. Sem a identificação, o cadáver foi enterrado no cemitério municipal como indigente.
Assim que a aposentada chegou à delegacia perguntando sobre a ossada, os oficiais responsáveis pelo caso fizeram a exumação e um exame de DNA. O resultado surpreendeu todos: o corpo era mesmo de Galdino.
Galdino Alvez Bezerra Neto estava desaparecido há 5 anos
Com a ossada reconhecida, o caso foi reaberto, mas ainda não foi possível identificar a causa da morte.
Depois de anos de angústia, Maria diz se sentir em paz: "Aconteceu o que aconteceu, tudo bem. Mas eu sei que meu filho está bem melhor do que eu. Estou em paz".