Imagem de Aquedutos de Nazca criados há 1500 anos continuam em uso até hoje no megacurioso

Mais conhecidos pelas enigmáticas Linhas de Nazca, esse povo também criou maravilhas da engenharia

<head></head><body>Menos conhecidos do que as Linhas de Nazca, os aquedutos criados pelo povo homônimo são um verdadeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123968-as-6-reliquias-ancestrais-mais-curiosas-ja-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouro arqueológico</a>. Essas obras de engenharia, que datam de cerca de 1500 anos atrás, foram construídas pela cultura Nazca para garantir a sobrevivência em uma das regiões mais secas do mundo. Além de terem um importante valor histórico e cultural, os aquedutos continuam a ser utilizados pelos agricultores locais até hoje.<h2>Quem foram os Nazcas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/05/05195445315091.jpg" alt="As Linhas de Nazca são um mistério arqueológico. (Fonte: Getty Images)">As Linhas de Nazca são um mistério arqueológico. (Fonte: Getty Images)Os Nazcas foram um povo pré-colombiano que habitou a região do atual Peru entre os séculos I e VI d.C. Você já deve ter ouvido falar deles por causa das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112791-142-geoglifos-sao-encontrados-em-nazca-por-inteligencia-artificial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Linhas de Nazca que são um conjunto de desenhos gigantes feitos no solo</a>, localizados na região de Nazca, no Peru. Essas figuras, que incluem animais, plantas e figuras geométricas, são consideradas um mistério arqueológico até hoje. Elas só podem ser vistas do alto e há várias teorias sobre o propósito dessas figuras, que vão desde rituais religiosos até calendários astronômicos.Porém, menos conhecido é o sistema de irrigação criado por eles. Os Nazcas enfrentava um grande desafio: a região em que eles se estabeleceram é uma das mais secas do mundo, com apenas 20 mm de precipitação anual. Assim, para garantir a sobrevivência, eles construíram uma rede de canais subterrâneos que captavam a água das montanhas próximas e a conduzia até as áreas cultiváveis.<h2>Os aquedutos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/05/05195228758088.jpg" alt="Parte de um dos aquedutos contruídos em pedra pelos Nazcas. (Fonte: Getty Images)">Parte de um dos aquedutos contruídos em pedra pelos Nazcas. (Fonte: Getty Images)A construção dos aquedutos começava com a escavação de um poço no solo, onde os Nazcas desciam com cordas para cavar os túneis. Em seguida, eles construíam pequenas galerias de pedra que se conectavam aos túneis principais, por onde a água era conduzida. Para garantir a qualidade da água, eles construíam pequenos reservatórios que filtravam as impurezas antes dela chegar aos campos.A rede de aquedutos de Nazca se estende por cerca de 40 quilômetros e é composta por mais de 40 poços e galerias subterrâneas. Alguns desses poços chegam a ter mais de 15 metros de profundidade e são verdadeiras obras de engenharia, com escadas e rampas que permitiam o acesso dos trabalhadores.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/05/05195535078092.jpg" alt="Vista aérea dos chamados &quot;olhos de água&quot; que fazem parte dos aquedutos de Nazca. (Fonte: Getty Images)">Vista aérea dos chamados "olhos de água" que fazem parte dos aquedutos de Nazca. (Fonte: Getty Images)Hoje em dia, alguns desses aquedutos continuam a ser utilizados pelos agricultores locais, que cultivam principalmente algodão e milho. A água dos aquedutos é considerada de alta qualidade e permite que os agricultores produzam duas safras por ano, apesar do clima seco da região. Alguns dos poços e galerias também se tornaram atrações turísticas, já que são um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123947-tupac-amaru-ii-o-lider-peruano-que-resistiu-ao-colonialismo-espanhol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">símbolo da cultura e da história da região</a>. Ao visitá-los é possível ver de perto um exemplo da engenharia e criatividade dos antigos povos sul-americanos.</body>

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Aquedutos de Nazca criados há 1500 anos continuam em uso até hoje

Imagem de DNA revela história de novos povos da Europa no fim da Era do Gelo no megacurioso

Novos estudos mostram que a atual população europeia surgiu de várias ondas migratórias com uma grande diversidade genética

<head></head><body>Dois estudos recentes publicados na renomada revista científica Nature trouxeram novas descobertas sobre a história genética das populações de caçadores-coletores que viveram na Europa pré-histórica, entre 35 mil e 5 mil anos atrás.Os pesquisadores analisaram o DNA extraído de restos mortais de 357 europeus antigos e identificaram a existência de pelo menos oito populações distintas, algumas das quais eram mais geneticamente diferentes umas das outras do que os europeus e asiáticos atuais.Essas populações coexistiram na Europa durante milhares de anos, algumas sobrevivendo à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105931-cientistas-afirmam-que-cometa-causou-era-do-gelo-ha-12-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era do Gelo</a>, enquanto outras desapareceram possivelmente por conflitos com outros grupos.<h2>Complexidade genética</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/04/04183224091027.jpeg" alt="Novo método de análise de DNA a partir de ossos permitiu identificar variedade genética das populações antigas da Europa. (Fonte: Volker Minkus/Reprodução)">Novo método de análise de DNA a partir de ossos permitiu identificar variedade genética das populações antigas da Europa. (Fonte: Volker Minkus/Reprodução)As descobertas revelam a complexidade da história genética da Europa pré-histórica, que não era simplesmente habitada por uma única população de caçadores-coletores que deu lugar aos agricultores.Quando os agricultores chegaram à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123450-6-das-linguas-mais-antigas-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> há cerca de 8 mil anos, vindos da Turquia, encontraram descendentes dessa longa história de múltiplas migrações de caçadores-coletores, com diferentes características físicas e culturais.Esses grupos diferentes se misturaram e se deslocaram pelo continente, resultando em uma diversidade genética significativa. Essa complexidade de genes sugere que houve algum contato cultural esporádico entre as populações, que podem ter compartilhado ideias e artefatos.<h2>História das principais linhagens</h2>Os cientistas descobriram que duas principais populações que viveram na Europa há cerca de 30 mil anos pertenciam a duas ondas migratórias distintas que chegaram ao continente separadamente.&nbsp;Os grupos, chamados Fournol e Vestonice, praticavam a mesma cultura, mas foram encontrados em regiões diferentes da Europa e tinham diferenças genéticas significativas. Os descendentes dos Fournol continuaram a viver na Península Ibérica após o último período glacial, enquanto outros se espalharam para o norte e se tornaram uma nova população chamada GoyetQ2.Os Vestonice não sobreviveram à Era Glacial e foram substituídos pelos Villabruna, que se expandiram pela Europa e encontraram os GoyetQ2, formando uma nova população chamada Oberkassel.Há cerca de 14 mil anos, um pulso de forte aquecimento produziu florestas em grande parte da Europa. Os povos Oberkassel podem ter sido melhores em caçar nas florestas, enquanto os GoyetQ2 recuaram com a diminuição das estepes. Os Oberkassel se depararam com um novo grupo de caçadores-coletores, os Sidelkino, que provavelmente chegaram da Rússia.<h2>Aparência física</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/04/04182828830026.jpg" alt="Desenho artístico com base em análise DNA mostra que populações ancestrais da Europa tinham pele escura. (Fonte: Tom Bjoerklund/Reprodução)">Desenho artístico com base em análise DNA mostra que populações ancestrais da Europa tinham pele escura. (Fonte: Tom Bjoerklund/Reprodução)A nova técnica de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119251-quais-sao-os-limites-dos-testes-de-dna-de-ancestralidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extração de DNA</a> humano de sedimentos de cavernas é uma ferramenta promissora para a reconstrução da história genética de populações antigas de caçadores-coletores e pode ajudar a responder a algumas dessas questões no futuro.A tecnologia permitiu que os pesquisadores chegassem a detalhes surpreendentes sobre a aparência física dessas populações antigas e a entender como elas se adaptaram a diferentes ambientes. Segundo a análise dos genes, os Sidelkino provavelmente tinham olhos escuros e pele clara, enquanto os Oberkassel tinham olhos azuis e talvez pele escura.Essas características são apenas indicativos de acordo com a análise genética. A aparência física dessas populações pode ter influenciada também por outros fatores, como dieta e condições ambientais.</body>

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DNA revela história de novos povos da Europa no fim da Era do Gelo

Imagem de Nova estátua Moai é encontrada na ilha de Páscoa no megacurioso

O artefato estava submerso em um rio que secou

As misteriosas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120677-moais-o-que-sao-as-estatuas-da-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">est&aacute;tuas Moai de Rapa Nui</a>, tamb&eacute;m conhecida como Ilha de P&aacute;scoa, fascinam o mundo h&aacute; d&eacute;cadas. Essas gigantescas esculturas de pedra, com suas caracter&iacute;sticas cabe&ccedil;as desproporcionalmente grandes, t&ecirc;m sido um enigma para muitos arque&oacute;logos e historiadores. Recentemente, uma descoberta surpreendeu a comunidade cient&iacute;fica: uma est&aacute;tua Moai foi encontrada enterrada no leito seco de um lago em Rano Raraku.
<h2>A descoberta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/06/a-06130155521175.jpg" alt="a" />A bacia seca do lago cujo fundo escondia um Moai. (Fonte: Getty Images)
A recente descoberta da est&aacute;tua Moai enterrada no fundo do lago Rano Raraku foi um evento emocionante para os arque&oacute;logos. Diferente das outras est&aacute;tuas encontradas na ilha, esta foi descoberta em um lugar inesperado. O lago costumava ser uma importante fonte de &aacute;gua doce para a ilha, mas mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e o uso humano esgotaram suas &aacute;guas nos &uacute;ltimos anos, revelando a est&aacute;tua que estava escondida.
Os Moai s&atilde;o famosos por suas cabe&ccedil;as esculpidas e os "Pukao", coberturas parecidas com chap&eacute;us feitas de pedra vermelha. Alguns dos Moai chegam a medir mais de 10 metros de altura e pesam mais de 80 toneladas. A est&aacute;tua rec&eacute;m-descoberta &eacute; menor do que a maioria das outras na ilha, mas ainda assim, &eacute; uma importante descoberta para os pesquisadores.
<h2>Qual &eacute; a origem dos Moais?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01154932217205.jpg" alt="Muitas est&aacute;tuas possuem uma esp&eacute;cie de chap&eacute;u. (Fonte: Getty Images)" />Muitas est&aacute;tuas possuem uma esp&eacute;cie de chap&eacute;u. (Fonte: Getty Images)
Rapa Nui est&aacute; localizada a cerca de 3.500 km da costa do Chile e &eacute; o lar de quase 8 mil pessoas e cerca de 1 mil est&aacute;tuas Moai. Essas obras de arte foram esculpidas pelos povos ind&iacute;genas da ilha entre os s&eacute;culos XIII e XVIII. Acredita-se que elas representem os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115182-polinesios-e-indios-americanos-se-cruzaram-antes-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antepassados divinizados dos habitantes da ilha</a> e fazem parte de uma tradi&ccedil;&atilde;o polin&eacute;sia de honrar os ancestrais.
Estima-se que os habitantes da ilha levaram cerca de 500 anos para construir todas as est&aacute;tuas. Esculpindo as pedras vulc&acirc;nicas da ilha, eles criaram uma impressionante variedade de tamanhos e formas. Ap&oacute;s prontas, elas eram colocadas em plataformas chamadas Ahu, que eram usadas para rituais religiosos e outros eventos importantes.
<h2>Desafios para manter esse patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01155031890206.jpg" alt="Manter as est&aacute;tuas &eacute; um desafio. (Fonte: Getty Images)" />Manter as est&aacute;tuas &eacute; um desafio. (Fonte: Getty Images)
Infelizmente, as est&aacute;tuas Moai enfrentaram uma s&eacute;rie de problemas nos &uacute;ltimos anos. Algumas foram danificadas devido a causas naturais, como eros&atilde;o e terremotos, enquanto outras foram danificadas por seres humanos. Em 2020, um morador local danificou uma das delas com uma caminhonete, causando "danos incalcul&aacute;veis". Em outubro do mesmo ano, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123315-incendio-na-ilha-de-pascoa-danifica-estatuas-sagradas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um inc&ecirc;ndio criminoso danificou v&aacute;rias est&aacute;tuas</a>, deixando-as completamente queimadas.
A descoberta recente de uma nova est&aacute;tua Moai em Rano Raraku &eacute; uma not&iacute;cia empolgante para os entusiastas da hist&oacute;ria da ilha e para a popula&ccedil;&atilde;o local. A escultura pode fornecer mais informa&ccedil;&otilde;es sobre a cultura e a hist&oacute;ria dos antigos habitantes de Rapa Nui. Agora, pesquisadores planejam fazer testes de radiocarbono para determinar a idade da est&aacute;tua e descobrir mais sobre sua origem e significado.

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Nova estátua Moai é encontrada na ilha de Páscoa

Imagem de Por que a tumba do primeiro imperador da China ainda não foi aberta? no megacurioso

<head></head><body>Escaravelhos que brotam do chão, ninhos de cobras, flechas disparadas das reentrâncias nas paredes... Estas são apenas algumas das armadilhas que acompanham o imaginário popular quando o assunto são <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123589-tumulo-de-rainha-desconhecida-e-encontrado-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumbas egípcias&nbsp;</a>– ou, para ser mais sincero, qualquer tipo de tumba antiga.No entanto, tudo isso não passa de pura ficção, que ganhou o senso comum nos séculos anteriores devido à imaginação de escritores de ficção, beneficiada pela falta de pesquisas históricas. Até o momento, não há evidências de que armadilhas desse tipo em tumbas antigas são reais, apenas alguns truques que podem ter dissuadido ladrões em potencial.A&nbsp;tumba do primeiro imperador da China, que os arqueólogos até hoje têm medo de abrir, é um bom exemplo disso.<h2>Os dois tipos de medo</h2><span class="img-fc" data-fonte="Daniele Darolle/Sygma/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.in/detail/news-photo/the-terracotta-army-literally-soldier-and-horse-funerary-news-photo/542254580"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23143431428038.jpg" alt="(Fonte: Daniele Darolle/Sygma/Getty Images)">(Fonte: Daniele Darolle/Sygma/Getty Images)Foi em meados de 1974 que agricultores fizeram, de maneira despretensiosa, uma das mais importantes descobertas arqueológicas de todos os tempos. Em um campo na província de Shaanxi, na China, enquanto cavavam para plantio se depararam com fragmentos de uma figura humana feita de barro que, mal sabiam, se tratava apenas da ponta do iceberg.Depois que os arqueólogos entraram na cena, eles trouxeram à luz do dia uma série de poços repletos de soldados que compunham o <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/100742-evidencia-pode-mudar-tudo-o-que-se-sabe-sobre-o-exercito-de-terracota.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Exército de Terracota</a>, cuja missão era proteger o mausoléu próximo de Qin Shi Huang, o mais notório imperador da História da China, que governou a nação de 221 a 210 a.C.Muito embora grandes partes da necrópole ao redor do mausoléu tenham sido exploradas, a própria tumba de 2 mil anos do imperador nunca foi aberta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28172308875529.jpg" alt="O &quot;Exército de terracota&quot; guarda os arredores da tumba do imperador. (Fonte: Getty Images)">O "Exército de terracota" guarda os arredores da tumba do imperador. (Fonte: Getty Images)O primeiro medo das autoridades e dos próprios estudiosos é sobre como a escavação pode danificar a tumba, perdendo informações históricas vitais. Apenas técnicas invasivas poderiam ser usadas para entrar nela, podendo causar danos irreparáveis.O mesmo aconteceu durante as escavações da cidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121607-o-famoso-cavalo-de-troia-realmente-existiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Troia</a>, na década de 1870, quando o trabalho de Henrich Schliemann destruiu quase todos os vestígios da própria cidade que ele pretendia descobrir – e os arqueólogos temem repetir os mesmos erros, apesar de toda a tecnologia.<span class="img-fc" data-fonte="China Photos/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/view-of-relics-of-ancient-terracotta-warriors-is-foto-jornalistica/77479293"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28172850290534.jpg" alt="(Fonte: China Photos/Getty Images)">(Fonte: China Photos/Getty Images)O outro medo é algo pautado em um relato feito pelo historiador chinês Sima Qian, que escreveu a biografia do imperador cem anos após sua morte. Nela, Sima explica que a tumba foi projetada para inundar tudo com <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117152-bhopal-o-desastre-que-matou-mais-de-25-mil-pessoas-na-india.htm#:~:text=O%20local%20onde%20ficava%20a,a%20oportunidade%20de%20enterr%C3%A1%2Dlos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mercúrio</a> líquido quando aberta. Estudos científicos ao redor do mausoléu já detectaram níveis de mercúrio significativamente mais altos do que o esperado em um pedaço de terra comum.Por outro lado, alguns contestam essa ideia, alegando que o mercúrio presente é resultado da poluição industrial no perímetro. Nos escritos de Sima, é dito que o imperador usou o elemento químico em um sistema mecânico para simular os cem rios famosos da China, incluindo o Yangtzé e o rio Amarelo, e também porque acreditava que o mercúrio poderia conceder a imortalidade.Até o momento, em toneladas de terras de 2.200 anos, o túmulo de Qin Shi Huang permanece selado e invisível, mas não esquecido.</body>

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Por que a tumba do primeiro imperador da China ainda não foi aberta?

Imagem de Túnel secreto na Grande Pirâmide de Gizé é descoberto por pesquisadores no megacurioso

Arqueólogos ainda não sabem qual é a função desta passagem, mas já a classificam como uma descoberta importantíssima

<head></head><body>Pesquisadores declararam ter encontrado uma passagem escondida de nove metros de profundidade e dois metros de largura dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108617-esta-foto-vai-te-ajudar-a-ver-melhor-a-imensidao-da-grande-piramide-de-gize.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Pirâmide de Gizé</a>. A descoberta foi anunciada pelo Ministro do Turismo do Egito no dia 2 de março.A descoberta é fruto de um projeto chamado Scan Pyramid Missions, iniciado em 2015 e que junta pesquisadores egípcios, canadenses, franceses e japoneses. Sua proposta é usar alta tecnologia - como drones com scanners de tecnologia 3D, termografia infravermelha, múons (partículas de energia que penetram objetos), termografia modulada, fotogrametria e laser -&nbsp;para observar o interior de pirâmides de forma não-invasiva.O trabalho neste túnel começou em 2015, quando os pesquisadores notaram que havia ali uma temperatura mais elevada em relação ao resto da estrutura. Isto fez com que eles começassem a explorar o local.Ainda não se sabe qual a função deste corredor, que está na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pirâmide</a> que pertenceu ao faraó Khufu (“Quéops” em grego). Contudo, os pesquisadores acreditam que isto levará a novas revelações importantes.<h2>Características do túnel encontrado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02123914962578.jpg" alt="(Fonte: El Independiente)">(Fonte: El Independiente)Segundo Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, o túnel é horizontal e tem teto triangular, o que sugere que houve ali a preocupação para aliviar a carga sobre a sua estrutura. "Mas uma grande dúvida paira sobre se este corredor foi criado para aliviar o peso na entrada (principal) ou aliviar a carga em um espaço ainda a ser descoberto. O trabalho de digitalização continuará a descobrir mais segredos", afirmou Waziri para repórteres.&nbsp;O <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogo</a> e ex-Ministro de Antiguidades do Egito, Zahi Hawass, declarou à imprensa de que a revelação do túnel é “a maior descoberta do século”. Isto porque esta é a primeira vez, em 186 anos, que uma equipe de arqueólogos confirmou que a existência de um novo espaço dentro da maior pirâmide do país."Esta incrível descoberta promete desvendar os segredos da Grande Pirâmide como nunca antes. É o maior mistério de todos os tempos. Por mais de 4.500 anos, o mundo tentou desvendar os segredos da estrutura mais enigmática do mundo", acrescentou Hawass.<h2>Sobre a pirâmide</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02123549203577.jpg" alt="(Fonte: El Independiente)">(Fonte: El Independiente)A Grande Pirâmide de Gizé é considerada a última maravilha sobrevivente do mundo antigo. Ela foi construída há cerca de 4.500 anos, durante o reinado do faraó Khufu, para que pudesse servir como seu túmulo. Até a construção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123139-em-gesto-simbolico-torre-eiffel-esta-apagando-suas-luzes-1h-mais-cedo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">torre Eiffel,</a> durante o século XIX, esta pirâmide detinha o posto de mais alta construção do mundo.O monumento tem 137 metros de altura e teria envolvido para sua construção o trabalho de 10 mil homens. Até então, só haviam sido descobertas três câmaras dentro da pirâmide: a Câmara Real, que continha os restos do faraó; a Câmara Secreta; e a Câmara da Rainha.A evolução trazida pelo projeto Scan Pyramid Missions consiste na possibilidade de explorar internamente este espaço sem que haja riscos de destruição, o que causaria uma perda inestimável à humanidade.</body>

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Túnel secreto na Grande Pirâmide de Gizé é descoberto por pesquisadores

Imagem de Ciência confirma data exata da chegada dos vikings à América no megacurioso

Artefatos foram encontrados em assentamento nórdico no Canadá, que foi povoado quase cinco séculos antes da chegada dos espanhóis à América

<head></head><body>Muito se fala sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121534-o-que-teria-acontecido-se-colombo-nao-tivesse-descoberto-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a "descoberta da América", em 1492, por Cristóvão Colombo</a>. Esse ideia é muito relativa, uma vez que já existiam civilizações no continente antes disso — mas também porque outros povos europeus chegaram aqui antes dos espanhóis.&nbsp;Sabia-se que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123485-arqueologos-descobrem-joias-da-era-viking-na-suecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nórdicos vikings</a> tinham passado pela América antes de Colombo, mas uma pesquisa de 2021 conseguiu precisar a exata data em que isso aconteceu: foi há pouco mais de mil anos, em 1021. Anteriormente, os únicos registros eram sagas nórdicas, que contavam os feitos dos vikings na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123221-7-fotos-historicas-que-mostram-expedicoes-na-america-latina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">América</a>, mas foram escritas mais de 200 anos depois dos fatos.O artigo, publicado na revista Nature, afirma que: "nossa nova data define um marco para o reconhecimento europeu das Américas e representa o primeiro ponto conhecido em que a humanidade circulou o globo". Mas como isso foi possível?&nbsp;<h2>Um inusitado cruzamento de informações</h2>A localidade de L'Anse aux Meadows, no extremo norte de Newfounland, uma região na costa leste do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124424-romana-didulo-a-rainha-do-canada-que-manda-matar-migrantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Canadá</a>, é o único local com evidências comprovadas de vikings na América. De lá, os cientistas colheram artefatos de madeira — datados do século VIII a XI.&nbsp;Para descobrir a data exata, os cientistas da Universidade de Groningen, dos Países Baixos, foram um pouco além. Para começar, eles sabiam que os artefatos tinham marcas de corte por metal — e como os povos locais não usavam metais, esses cortes só poderiam ter sido feitos pelos vikings. Então, eles encontraram a resposta naqueles pedaços de madeira.Tudo porque os pedaços de madeira tinham marcas de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124372-5-sons-curiosos-e-surreais-captados-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestade solar</a>.&nbsp;Sim, pode parecer inusitado fazer uma descoberta histórica por meio do Sol, mas esse foi um cruzamento de informações muito perspicaz dos cientistas. Isso porque a tempestade solar de Miyake, registrada entre os anos 992 e 993, é um evento bastante conhecido — e que deixou marcas de radioatividade nas cascas das árvores.&nbsp;Isso é observado em árvores do mundo inteiro e o mesmo aconteceria com árvores que já estivessem de pé em Newfoundland, naquela época. Se houvesse marcas da radiação nos artefatos de madeira dos vikings, significaria que eles chegaram depois da tal tempestade.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28190348444624.jpg" alt="Fonte: M. Kuittens/Reprodução">Fonte: M. Kuittens/ReproduçãoAnalisando o interior da madeira, foi possível encontrar essas marcas. Além disso, os cientistas contaram 29 anéis na madeira, indicando que 29 anos tinham se passado entre a tempestade e o corte da árvore. Dessa maneira, o corte aconteceu no ano 1021. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121624-pesquisa-mostra-como-e-possivel-gostar-de-matematica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Matemática</a> básica.Essa pesquisa dá mais credibilidade às histórias das sagas vikings, mas também traz um novo panorama sobre a "descoberta da América". Além disso, a equipe de cientistas acredita que os dados de tempestades solares podem ajudar em mais pesquisas históricas pelo mundo.De qualquer maneira, outras questões ainda precisam ser respondidas, como a dimensão da exploração viking na América — será que eles ficaram só nessa pontinha do Canadá? Acredita-se que os povos nórdicos passaram só alguns anos no continente antes de retornarem para suas terras originais.&nbsp;</body>

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Ciência confirma data exata da chegada dos vikings à América

Imagem de Esqueleto de 'vampira' do século XVII é encontrado na Polônia no megacurioso

O corpo estava acompanhado de uma foice na altura do pescoço, para cortar a cabeça caso ela se levantasse

<head></head><body>O esqueleto de uma mulher do século XVII, possivelmente acusada de ser vampira, foi encontrado em um cemitério na Polônia. Os restos mortais estavam enterrados seguindo práticas funerárias para impedir que as supostas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123213-5-curiosidades-desconhecidas-sobre-vampiros-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas sugadoras de sangue</a> saíssem em busca de vítimas.Conforme estudo publicado em setembro do ano passado por pesquisadores da Universidade Nicolau Copérnico, na Polônia, o corpo tinha uma foice na altura do pescoço. Da forma como o objeto estava disposto, cortaria a cabeça da jovem caso ela tentasse se levantar.E os métodos de proteção contra vampiros não pararam por aí. Durante as escavações no cemitério localizado na vila de Pien, os cientistas acharam um cadeado triangular no dedão do pé, impedindo-a de sair dali.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28200756367636.jpg" alt="Foice na região do pescoço. (Fonte: Universidade Nicolau Copérnico/Divulgação)">Foice na região do pescoço. (Fonte: Universidade Nicolau Copérnico/Divulgação)Outro detalhe que chamou a atenção foi a presença de um enorme dente saliente na boca do esqueleto da “mulher-vampira”. Os restos mortais da jovem estavam acompanhados de um gorro de seda, sugerindo que ela integrava uma família nobre.<h2>Rituais antivampiros da época</h2>Lendas sobre vampiros existem há milhares de anos, nas mais variadas culturas e regiões. Na Europa, os seres que se alimentam do sangue humano geraram medo na população ao longo de vários séculos, levando ao surgimento de alguns rituais para impedir que mortos acusados de vampirismo tentassem ressuscitar.Além dos métodos com os quais os arqueólogos se depararam ao escavar o cemitério polonês, outra prática comum era cortar a cabeça e/ou as pernas dessas pessoas. Os rituais também podiam incluir enterrar o corpo com o rosto virado para baixo, queimar os restos mortais ou esmagá-los com pedras.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28200937417637.jpg" alt="Cadeado que estava no pé dela. (Fonte: Universidade Nicolau Copérnico/Divulgação)">Cadeado que estava no pé dela. (Fonte: Universidade Nicolau Copérnico/Divulgação)Na tentativa de impedir o retorno dos mortos-vivos, a população também era capaz de pregar o corpo no fundo da sepultura e de enfiar estacas no coração do falecido. O medo era tanto que, por volta de 1800, kits para matar vampiros começaram a ser vendidos.Especialistas afirmam que o aumento de relatos de vampiros acontecia sempre que haviam mortes cujas causas não podiam ser explicadas pela ciência do período. Como em um padrão clássico de doença contagiosa, as supostas criaturas atacavam primeiro os familiares da vítima, depois os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119304-panico-vampiro-o-fenomeno-do-seculo-xviii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vizinhos mais próximos</a> e toda a vila.<h2>Vítima de doença ou assassinada?</h2>A causa da morte da “vampira” polonesa ainda não é conhecida. O professor Dariusz Polinski, líder da pesquisa, sugere que ela tenha sido vítima de alguma tragédia ou doença, mas não descarta a possibilidade de que a sua aparência ou comportamento diferentes provocaram medo em quem vivia na região.Novos exames no esqueleto da jovem devem trazer mais revelações sobre os motivos da morte, mas os especialistas não acreditam que ela foi enforcada após um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120340-como-os-julgamentos-das-bruxas-de-salem-mudaram-o-sistema-judicial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">julgamento por bruxaria</a>, por causa dos objetos encontrados em seu túmulo.</body>

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Esqueleto de 'vampira' do século XVII é encontrado na Polônia

Imagem de Sinais de cirurgia cerebral são achados em crânio de 3,5 mil anos no megacurioso

A técnica de trepanação era usada em emergências médicas e para espantar maus espíritos

<head></head><body>Civilizações antigas de diferentes regiões tinham o costume de realizar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117463-trepanacao-a-pratica-medica-que-perfurava-a-cabeca-dos-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trepanação</a>, uma cirurgia craniana que poderia facilitar a cura de doenças ou espantar maus espíritos. Evidências desta prática foram encontradas em um crânio de 3,5 mil anos localizado no sítio arqueológico de Megiddo, em Israel.A descoberta foi relatada em um estudo publicado na revista&nbsp;PLOS ONE, no dia 22 de fevereiro. Liderada por pesquisadores das universidades Brown e Albany, nos Estados Unidos, a investigação se baseou nos restos mortais de dois irmãos que viveram no século XV a.C., achados no local.Em um dos crânios, havia um orifício quadrado de aproximadamente 30 mm, feito com um instrumento afiado. Não se sabe se a operação foi realizada com algum <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123627-como-as-pessoas-aliviavam-dores-antes-dos-anestesicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipo de anestesia</a> ou se o paciente sentiu todas as dores do procedimento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27203603643508.jpg" alt="Local onde os crânios foram achados. (Fonte: Universidade Brown/Divulgação)">Local onde os crânios foram achados. (Fonte: Universidade Brown/Divulgação)Este pode ser o caso mais antigo de trepanação no Oriente Médio, onde é raro encontrar registros assim. A equipe de análise foi composta também por especialistas das universidades de Haifa, em Israel, e de Innsbruck, na Áustria, e do Instituto WF Albright para Pesquisa Arqueológica de Jerusalém.<h2>Irmãos tinham várias doenças</h2>A análise detalhada dos restos mortais da Idade do Bronze revelou uma série de curiosidades sobre a saúde dos irmãos — o parentesco foi descoberto graças ao exame de DNA. Segundo a bioarqueóloga Rachel Kalisher, eles enfrentaram vários problemas de saúde.Provavelmente integrantes da classe alta, os irmãos tinham sinais de anemia e várias anormalidades esqueléticas, problemas que teriam encurtado a existência de ambos. Há a suspeita de que eles morreram de uma doença infecciosa, possivelmente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120147-chimpanzes-selvagens-sao-diagnosticados-com-lepra-pela-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lepra</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27203710250509.jpg" alt="Restos mortais analisados na pesquisa. (Fonte: PLOS ONE/Reprodução)">Restos mortais analisados na pesquisa. (Fonte: PLOS ONE/Reprodução)Bastante debilitado, o mais jovem teria falecido por volta dos 20 anos, conforme a coautora do estudo. Depois disso, o mais velho procurou ajuda médica para tentar se curar, partindo para uma solução mais drástica como a cirurgia craniana.Apesar dos esforços para mantê-lo vivo, a trepanação não foi bem-sucedida, com o homem morrendo logo após o procedimento, o que pode ter acontecido em dias, horas ou até minutos. Estima-se que ele tinha 21 anos ou mais quando faleceu, levando a família a exumar o primeiro corpo para enterrá-los juntos.<h2>Procedimento comum nas Américas</h2>Seja por razões médicas ou relacionadas a rituais, a prática da cirurgia cerebral era comum em todo o mundo antigo. Da África, onde um caso datado de 7 mil anos foi descoberto, à Ásia, o método também tinha adeptos durante a era medieval na Europa.Mas um local que chama a atenção pelo alto número de registros é o Peru. Segundo o antropólogo John Verano, há mais de 800 casos de trepanação registrados naquela região andina, inclusive com altas taxas de sobrevivência dos pacientes, especialmente nas cirurgias registradas entre os anos de 1400 e 1500 d.C.</body>

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Sinais de cirurgia cerebral são achados em crânio de 3,5 mil anos

Imagem de Arqueologia bíblica: 5 importantes descobertas no megacurioso

Arqueologia bíblica é um ramo da ciência focado nos relatos bíblicos. O trabalho de pesquisadores já rendeu interessantes descobertas. Confira.

<head></head><body>Não é de conhecimento popular, mas existe um ramo da arqueologia destinado a pesquisar e estudar regiões e restos materiais que possuam alguma forma de relação com os relatos encontrados na Bíblia, ou nas histórias de religiões judaico-cristãs. A arqueologia bíblica fica concentrada no Oriente Médio, onde especialistas escavam nos países e locais mencionados nas escrituras bíblicas.Alguns achados já permitiram ampliar o conhecimento humano sobre aspectos da antiguidade, enquanto outros seguem passando por escrutínio de historiadores e arqueólogos, de modo a entregar um parecer imparcial sobre as descobertas. Separamos casos de descobertas significativas e importantes feitas por esse ramo arqueológico.<h2>1. Pergaminhos de Prata de Ketef Hinnom</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27152904795322.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Encontrados por arqueólogos bíblicos israelenses em 1979, os Pergaminhos de Prata de Ketef Hinnon são considerados uma das descobertas bíblicas mais relevantes de todos os tempos. Datados entre 650 a.C. e 587 a.C.m eles continham material escrito em paleo-hebraico, um idioma não utilizado há mais do que um milênio, considerada uma língua muito próxima da fenícia.Historiadores afirmam que ela era utilizada como uma segunda língua pelos judeus. No material, trechos referentes aos livros de Êxodo e Deuteronômio estavam em dois pequenos carretéis de prata, enrolados com segurança. Foram encontrados por acaso, junto a uma tumba, perto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113355-novos-templos-perto-de-jerusalem-podem-mudar-a-historia-da-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a>.<h2>2. Manuscritos do Mar Morto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27153148124323.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Por muito tempo, considerou-se que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114799-dna-dos-manuscritos-do-mar-morto-revelam-pistas-sobre-sua-origens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Manuscritos do Mar Morto</a> fossem o achado arqueológico bíblico mais antigo. Datados do final do século III a.C., foram encontrados por um jovem pastor, em 1947, em pedaços espalhados ao longo de diferentes cavernas na costa noroeste do Mar Morto.Seu achado permitiu aumentar a compreensão acerca de aspectos da cultura judaica antiga, bem como de trechos presentes na Bíblia atual, já que eles cobriam todo o livro hebraico, com exceção do livro de Ester.<h2>3. Pedra de Roseta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27153509764326.jpeg" alt="(Fonte: WIkimedia Commons)">(Fonte: WIkimedia Commons)A descoberta da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124026-pedra-de-roseta-o-encontro-casual-que-decifrou-os-hieroglifos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pedra de Roseta</a>, um conjunto de informações escritas em três idiomas (grego antigo, hieróglifos e demótico) feita por um escriba, em 196 a.C., foi feita durante a invasão de Napoleão Bonaparte ao Egito, em 1799, mas está em posse de ingleses desde 1801, no Museu Britânico.Ela contém os Decretos Ptolemaicos, textos legislativos editados pelo rei Ptolomeu V, em que se honrava os faraós reinantes, sugerindo que suas vidas deveriam ser cultuadas nos templos do Egito. O grande feito da Pedra de Roseta foi possibilitar a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios, dando início a um novo ramo do conhecimento, a egiptologia.<h2>4. Estela de Merneptah</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27153657019327.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Estela de Merneptah é uma antiga laje de pedra esculpida, guardada no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124232-mumia-de-2-3-mil-anos-com-coracao-de-ouro-e-achada-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Museu Egípcio do Cairo</a>. Nela, é possível ver descritas as conquistas do faraó Merneptah, que reinou entre 1213 a.C. e 1203 a.C., sendo a mais antiga referência textual às terras de Israel. Ela comprova que os israelitas ocuparam as terras da antiga Canaã há 3200 anos.A Estela de Merneptah descreve os inimigos que o faraó derrotou em suas campanhas, citando ter devastado Israel, o que se relaciona positivamente com outras evidências arqueológicas de assentamentos israelitas na área.<h2>5. Piscina de Siloé</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27154229088328.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na Bíblia, mais precisamente no Evangelho de João, é descrita a piscina de Siloé, local onde Jesus Cristo haveria curado um homem da cegueira. Considerado um local sagrado para as religiões judaico-cristãs, teve sua localização exata confirmada apenas em junho de 2004.Um grupo de trabalhadores, que tentava consertar um cano de água, descobriu degraus antigos e parte de uma piscina, cuja datação revelou ser da época em que Jesus haveria vivido.Ela está próxima à área conhecida como Jardim do Rei, na Cidade de Davi. A piscina de Siloé é cercada de vários sítios arqueológicos, onde até mesmo uma igreja do século V já foi descoberta.</body>

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Arqueologia bíblica: 5 importantes descobertas

Imagem de Espada de mais de 2 metros é encontrada em túmulo no Japão no megacurioso

Arma foi localizada em um túmulo de 1.600 anos e foi provavelmente colocada no local para proteger alguma pessoa importante de maus espíritos

<head></head><body>Arqueólogos japoneses encontraram uma espada de ferro de 2,28 metros em um antigo túmulo perto da cidade de Nara, a 50 km de Kyoto. No mesmo local também foi encontrado um espelho de bronze de 63,5 cm de comprimento com mais de 5 kg. Os arqueólogos acreditam que as peças foram colocadas no local para proteger alguma pessoa importante de maus espíritos.Por se tratar de uma espada tão grande, a arma — conhecida como espada dako — provavelmente nunca foi usada em combate, servindo como um meio de proteção contra o mal após a morte. Devido ao tamanho do artefato, os pesquisadores inicialmente pensaram ter encontrado várias espadas alinhadas uma ao lado da outra.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21215844725009.png" alt="Um raio-X mostrando o tamanho relativo da espada gigante encontrada na tumba japonesa. (Fonte: Instituto Arqueológico da Prefeitura de Nara)">Um raio-X mostrando o tamanho relativo da espada gigante encontrada na tumba japonesa. (Fonte: Instituto Arqueológico da Prefeitura de Nara)Segundo os pesquisadores, os dois objetos foram encontrados durante uma escavação de um túmulo de 1.600 anos chamado Tomio Maruyama. A descoberta aconteceu em novembro de 2022 e o conselho educacional da cidade de Nara e o instituto arqueológico da prefeitura de Nara anunciaram as descobertas no dia 25 de janeiro.Riku Murase, arqueólogo do Centro de Pesquisa Arqueológica de Nara, explicou que o tamanho da espada chamou a atenção de toda a equipe. Segundo ele, a arma “é duas vezes maior do que qualquer outra espada encontrada até agora no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a>”.<h2>Túmulos antigos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21215601643006.jpg" alt="O Daisenryo-Kofun, tumba dedicada ao Imperador Nintoku, é o maior túmulo do estilo Kofun no Japão. (Fonte: Wikimedia Commons)">O Daisenryo-Kofun, tumba dedicada ao Imperador Nintoku, é o maior túmulo do estilo Kofun no Japão. (Fonte: Wikimedia Commons)As descobertas oferecem novas interpretações sobre o período Kofun, que durou por volta do ano 300 a 710. Ele recebeu esse nome devido à grande quantidade de túmulos — <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110220-tumulo-japones-em-formato-de-fechadura-e-um-dos-maiores-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conhecidos como Kofun</a> — construídos na época. Eles costumavam ser grandes e imponentes e eram usados para enterrar membros da elite japonesa.“[Essas descobertas] indicam que a tecnologia do período Kofun está além do que se imaginava e são obras-primas em metalurgia daquele período”, disse Kosaku Okabayashi, vice-diretor do Instituto Arqueológico de Kashihara da província de Nara.Existem cerca de 160.000 túmulos do período Kofun no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123410-as-4-religioes-mais-comuns-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a>. Embora eles se caracterizem por serem grandes, o Kofun Tomio Maruyama, onde foram localizados o espelho e a espada, é particularmente grande. Ele possui mais de 100 metros de diâmetro, quase 10 metros de altura e remonta ao final do século IV.Os arqueólogos acreditam que ele foi construído para alguma pessoa influente que apoiou os governantes da época, a família imperial Yamato. Com base na presença dos dois artefatos, a pessoa falecida pode estar envolvida em “assuntos militares e ritualísticos”, disse um dos arqueólogos que participa da escavação no local. Porém, a identificação de quem foi enterrado no Kofun ainda é desconhecida, porque os pesquisadores descobriram um caixão, mas nenhum ser humano permanece na câmara funerária.</body>

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