Imagem de Quilonova: a explosão capaz de destruir a vida na Terra no megacurioso

A radiação produzida pela colisão de duas estrelas de nêutrons poderia emitir uma radiação capaz de destruir a camada de ozônio da Terra

<head></head><body>Cientistas da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (UIUC), nos EUA, exploraram os possíveis efeitos da ocorrência de uma quilonova perto da Terra. Raríssimo, o fenômeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127825-2-maior-explosao-da-historia-do-universo-foi-registrada-este-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resulta da colisão de duas estrelas de nêutrons</a>, e poderia em tese produzir uma explosão de raios-gama capaz de eliminar a vida em nosso planeta.De acordo com a líder da equipe e cientista da UIUC, Haille Perkins, "Descobrimos que, se uma fusão de estrelas de nêutrons ocorresse a cerca de 36 anos-luz da Terra, a radiação resultante poderia causar um evento de nível de extinção", explicou ela ao Space.com. Isso porque os raios cósmicos espalhados pela quilonova, deixariam o nosso planeta vulnerável aos raios UV por milhares de anos.Esse tipo de fusão é um dos fenômenos astronômicos mais espetaculares do universo, visto que as duas estrelas de nêutrons que entram em rota de colisão são os remanescentes densos e altamente compactados de estrelas massivas que explodiram em supernovas. O resultado é uma única estrela de nêutrons maior, que libera uma quantidade gigantesca de energia, em forma de ondas gravitacionais, raios gama e explosões de luz.<h2>Qual quilonova foi observada pelos pesquisadores?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/8mSDyujlFOA" title="Gamma-ray burst from kilonova explosion detected" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para confirmar suas hipóteses nesta pesquisa, a equipe observou uma fusão de estrelas de nêutrons real, registrada através do sinal de onda gravitacional GW 170817, captado pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO) em 2017, como resultado da explosão de raios gama GRB 170817A, semelhante à mostrada acima.Essa quilonova, a única até agora observada na radiação eletromagnética e ouvida em ondas gravitacionais, ocorreu a cerca de 130 milhões de anos-luz de distância da Terra, o que a tornou uma candidata natural para esse tipo de evento extremo.O aspecto mais ameaçador observado pelos pesquisadores foi o processo chamado ionização, pelo qual os raios gama da fusão retiram os elétrons dos átomos, potencialmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127084-qual-e-o-estado-atual-da-camada-de-ozonio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"matando" a camada de ozônio da Terra</a>.<h2>Riscos de extinção de vida na Terra por uma quilonova</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/02/02105915263004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Avaliando a ameaça geral aos planetas semelhantes à Terra, o estudo concluiu que "eles têm uma distância de morte semelhante às supernovas", mas nem tudo está perdido, pois as quilonovas são muito menos comuns.&nbsp;Entrevistada pelo Space.com, Darach Watson, cientista do Centro de Aurora Cósmica do Instituto Niels Bohr, que não participou desta pesquisa, ponderou que, "no geral, é provável que isso seja mais uma ameaça para planetas em galáxias antigas onde a formação estelar terminou, e não tanto para a Via Láctea".Para a autora do estudo, o fato de existir apenas uma única detecção de potencial quilonova entre as 100 bilhões de estrelas da Via Láctea faz com que observações multimensageiras (de diversas fontes) sejam necessárias para esclarecer <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127720-laminas-de-plasma-seriam-capazes-de-cortar-estrelas-inteiras-ao-meio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os reais perigos representados pelos eventos analisados</a>.Ainda não revisada por pares, a pesquisa “Uma quilonova poderia matar: uma avaliação de ameaça” está hospedada no repositório de preprints arXiv.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:16.292Z

Quilonova: a explosão capaz de destruir a vida na Terra

Imagem de NASA cria playlist com 'sons macabros' do Sistema Solar no megacurioso

Acredite: o Sistema Solar não é silencioso e podemos ouvir sons de diversos corpos que vagam pelo espaço

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a> é imenso com seus vários corpos e planetas. Por muito tempo, diversas pessoas imaginaram que essa grande área era um espaço silencioso, mas acredite: é possível ouvir diversos sons fora do nosso planeta.Nesta semana, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273369-nasa-desafia-estudantes-desenvolver-construcoes-inflaveis-operacoes-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> disponibilizou em seu site uma lista com algumas faixas trazendo "sons macabros" diretamente do espaço. E acredite quando dizemos que eles são macabros, pois há até gemidos e assobios entre eles.“Se você precisa de uma trilha sonora para uma reunião macabra, nós temos o que você precisa!”, publicou a agência espacial em uma mensagem publicada em seu perfil no X (antigo Twitter).<blockquote class="twitter-tweet">If you need a soundtrack for a ghoulish get-together, we’ve got you covered! Press play on our Sinister Sounds of the Solar System playlist on <a href="https://twitter.com/SoundCloud?ref_src=twsrc%5Etfw">@SoundCloud</a> and let it set the mood: <a href="https://t.co/tZV4y8CWa4">https://t.co/tZV4y8CWa4</a> <a href="https://t.co/y5vw8QzV59">pic.twitter.com/y5vw8QzV59</a>— NASA (@NASA) <a href="https://twitter.com/NASA/status/1719394225161162962?ref_src=twsrc%5Etfw">October 31, 2023</a></blockquote><h2>Diferentes formas de ouvir o espaço</h2>Os diversos corpos existentes no Sistema Solar podem emitir sons de formas variadas. Em muitos casos, isso pode acontecer quando fazemos a conversão do plasma que circula os campos magnéticos de objetos como planetas e até mesmo alguns astros.Dessa forma, é possível converter essas sequências de ondas de plasma em sons e afirmar que cada corpo do Sistema Solar tem sua própria sonoridade. O Sol, por exemplo, poderia ser classificado como um grande rugido capaz de alcançar a casa de 100 decibéis. Para efeito de comparação, esse seria o mesmo volume de uma moto-serra.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273296-halloween-cosmico-10-nebulosas-assustadoras-universo-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Halloween cósmico e as 10 nebulosas mais assustadoras do Universo; veja!</a></li></ul>Já a Terra, por exemplo, soa algo próximo a passarinhos, enquanto Saturno parece ser uma grande trilha sonora saída de um filme de ficção científica dos anos 1950.Até mesmo as luas de Júpiter são capazes de surpreender quando falamos em efeitos sonoros. Europa e Ganímedes, por exemplo, entregam sons que lembram algo como blips robóticos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/03/03001307701010.jpg" alt="Planetas e outros corpos do Sistema Solar são capazes de emitir sons variados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Planetas e outros corpos do Sistema Solar são capazes de emitir sons variados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Brincadeira de Halloween cheia de conhecimento</h2>Vale lembrar que essa playlist "macabra" da NASA foi lançada no dia 31 de outubro como uma grande brincadeira para o Dia das Bruxas. Entretanto, é importante ressaltar que tais faixas mostram que o universo esconde segredos formidáveis em sua formação, ainda que levemente assustadores.“Você já ouviu os rangidos, estalos e gargalhadas do nosso universo antes. Usando dados de nossa espaçonave, nossos cientistas reuniram novos sons sinistros das profundezas do espaço a tempo para o Halloween”, escreveu a agência em uma mensagem em seu site oficial.Caso esteja curioso para descobrir um pouco mais sobre sons originários de estrelas, correntes magnéticas criadas por pulsares e explosões cósmicas, basta criar <a href="https://science.nasa.gov/resource/sinister-sounds-of-the-solar-system/?utm_source=TWITTER&amp;utm_medium=NASA&amp;utm_campaign=NASASocial" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a página especial</a> criada pela NASA para compilar as 29 faixas acessíveis ao público.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:16.197Z

NASA cria playlist com 'sons macabros' do Sistema Solar

Imagem de 2ª maior explosão da história do Universo foi registrada este ano no megacurioso

Astrônomos estimam que a explosão formou uma quantidade de telúrio equivalente a 300 vezes a massa da Terra

<head></head><body>As erupções de raios gama (GRB) são explosões extremamente energéticas. Elas podem ser vistas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127540-james-webb-detecta-milhares-de-vias-lacteas-no-universo-primitivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias distantes</a> e estão entre os fenômenos mais luminosos conhecidos no universo. De modo geral, uma GRB ocorre quando duas estrelas se colidem, mas também é possível observá-las como consequência de uma supernova.A energia liberada por uma erupção de raio gama é tão grande, que o único evento energético conhecido que as superou foi o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127239-nova-teoria-sugere-que-universo-e-mais-velho-do-que-achavamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Big Bang</a> — é superior, inclusive, à toda a energia já liberada pelo Sol, desde a sua origem. Aqui da Terra, é possível identificá-las através dos potentes flashes de raios gama que elas emitem, que podem variar de segundos a horas. E em março deste ano, foi detectada a segunda GRB mais poderosa já registrada.&nbsp;<h2>A segunda explosão mais energética da história do universo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/31071953990012.png" alt="Ilustração de uma GRB. (Fonte: Wikimedia Commons)">Ilustração de uma GRB. (Fonte: Wikimedia Commons)Astrônomos do Telescópio Espacial de Raios Gama Fermi da NASA observaram um fenômeno de proporções gigantescas. Na verdade, sua potência foi tão grande, que chega a ser difícil dimensioná-la, como comentou Michael Fausnaugh, coautor de um estudo publicado na Nature, em outubro deste ano, sobre o fenômeno.“Descrever o quão brilhante foi pode ser uma tarefa difícil devido à intensidade do brilho”, explicou Fausnaugh. “Na astronomia de raios gama, geralmente contamos fótons individuais. Mas neste caso entraram tantos fótons que o detector não conseguiu distinguir os individuais. Foi como se ele tivesse atingido o máximo”.O flash não só foi extremamente brilhante, mas durou 200 segundos – 100 vezes mais do que a maioria dos GRBs produzidos por fusões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114916-astronomos-descobrem-estrela-de-neutrons-bebe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas de nêutrons</a>. Os GRBs recebem o nome da data em que foram descobertos: os dois primeiros dígitos são o ano, seguidos do mês de dois dígitos e do dia de dois dígitos e uma letra com a ordem em que foram detectados naquele dia. Este recebeu o nome GRB 230307A, e a letra 'A' no final é porque ela foi identificada a partir da primeira rajada de flash.<h2>Formação de telúrio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/31072213157014.jpg" alt="Painéis solares feitos de telúrio apresentam algumas das maiores eficiências para geradores de energia solar.">Painéis solares feitos de telúrio apresentam algumas das maiores eficiências para geradores de energia solar.Além de ter sido um dos fenômenos mais energéticos já registrados, esta GRB também possibilitou que fossem captadas pela primeira vez as linhas espectrais do telúrio — uma espécie de “impressão digital” dos elementos químicos.O telúrio é um metal pesado, mais raro que a platina aqui na Terra, mas que os astrônomos acreditam ser bastante comum em todo o universo. Uma das teorias mais aceitas é que a formação do telúrio acontecia a partir das colisões de estrelas de nêutrons.Com o registro feito desta GRB, foi possível ter a primeira confirmação desta teoria. A equipe estima que a explosão produziu uma quantidade de telúrio equivalente a cerca de 300 vezes a massa da Terra, além de outros elementos relacionados como o iodo.“Esta descoberta é um grande passo na nossa compreensão dos locais de formação de elementos pesados no Universo e demonstra o poder de combinar observações em diferentes comprimentos de onda para revelar novas percepções sobre estas explosões extremamente energéticas”</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.491Z

2ª maior explosão da história do Universo foi registrada este ano

Imagem de Conheça 6 meteoritos com histórias peculiares e assustadoras no megacurioso

Alguns meteoritos podem ser incrivelmente valiosos ou potencialmente mortais, revelando segredos surpreendentes do espaço

<head></head><body>A Terra é constantemente bombardeada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127342-meteorito-mais-antigo-ja-encontrado-pode-desafiar-teorias-sobre-o-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meteoritos</a>, com centenas de rochas espaciais atingindo nossa atmosfera a cada ano. A grande maioria passa despercebida, mas algumas têm histórias tão incomuns que capturam nossa imaginação. Vamos mergulhar nesse mundo fascinante dos meteoritos e explorar 6 casos com histórias peculiares ou assustadoras.<h2>1. O peso de porta</h2>Em 1988, David Mazurek comprou uma fazenda em Michigan, onde ele encontrou uma pedra que servia de peso de porta em um galpão. O antigo dono da fazenda compartilhou uma história fascinante, afirmando que a pedra era, na verdade, um meteorito que havia caído na década de 1930.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18010229272051.jpg" alt="Homem usava meteorito como peso de porta. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Homem usava meteorito como peso de porta. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Após avaliação, o meteorito revelou-se uma rocha espacial com uma quantidade significativa de níquel, tornando-se um dos maiores já encontrados em Michigan. Mazurek, posteriormente, vendeu o meteorito por US$ 75 mil, destacando o valor financeiro e científico oculto nesses objetos cósmicos.<h2>2. Meteorito de Maryborough</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18010611516054.jpg" alt="David Hole achou que meteorito era um pepita de ouro. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">David Hole achou que meteorito era um pepita de ouro. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Em 2015, David Hole estava realizando detecção de metais no Parque Regional de Maryborough, Austrália, quando encontrou uma rocha vermelha com covinhas, inicialmente confundida com uma pepita de ouro. No entanto, a tentativa de abrir a rocha revelou que era, na verdade, um raro meteorito condrito, com uma idade estimada de 4,6 bilhões de anos. Pesando 17 kg, tornou-se o segundo maior condrito já descoberto.<h2>3. Encontro (quase) letal no ar</h2>Em 2012, um grupo de paraquedistas na Noruega teve um encontro incrivelmente próximo com um meteorito. Um paraquedista registrou o momento em que um meteorito passou a centímetros dele em pleno ar. A análise posterior identificou o objeto como um meteorito em estágio de "voo escuro" e destacou o quão incrivelmente sortudo o paraquedista foi por escapar ileso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18010731084055.jpg" alt="Paraquedista teve um encontro quase fatal com meteorito. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Paraquedista teve um encontro quase fatal com meteorito. (Fonte: Getty Images / Reprodução)<h2>4. Minerais desconhecidos</h2>Em 2020, o meteorito El Ali, descoberto na Somália, surpreendeu os cientistas com seu tamanho massivo de 16,5 toneladas. No entanto, a verdadeira descoberta foi feita após a análise de uma lasca da rocha, que revelou a existência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126805-dois-minerais-nunca-vistos-na-terra-sao-encontrados-em-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dois minerais inéditos na Terra</a>: elaliita e elkinstantonita.Essa descoberta desafia as noções convencionais sobre a composição mineral da Terra e fornece insights valiosos sobre a formação do sistema solar e a evolução de minerais em nosso planeta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18011032712057.jpg" alt="Meteorito raro foi encontrado na Somália. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Meteorito raro foi encontrado na Somália. (Fonte: Getty Images / Reprodução)<h2>5. O híbrido de cometa</h2>Em 2019, um meteorito encontrado na Antártica surpreendeu os cientistas ao conter um fragmento de cometa. Esse meteorito condrito revelou uma conexão única entre cometas e asteroides, uma vez que esse fragmento de cometa encapsulado em um asteroide oferece informações valiosas sobre a evolução do sistema solar e seus corpos celestes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18011151622058.jpg" alt="Meteorito condrito. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Meteorito condrito. (Fonte: Getty Images / Reprodução)<h2>6. Aquele que voltou</h2>Em 2018, uma rocha negra descoberta em Marrocos, chamada de NWA 13188, desafiou a compreensão convencional ao ter viajado do planeta Terra para o espaço e retornado. A origem e o processo que levaram a essa jornada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126842-meteorito-bumerangue-como-rocha-terrestre-foi-ao-espaco-e-voltou-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ida e volta</a> permanecem um mistério, intrigando os cientistas e questionando nossa compreensão sobre a origem e destino dos meteoritos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18011802956060.jpg" alt="NWA 13188. (Fonte: The Meteorological Society / Reprodução)">NWA 13188. (Fonte: The Meteorological Society / Reprodução)Essas histórias peculiares nos lembram da vastidão e complexidade do espaço sideral. Desde meteoritos valiosos a casos quase fatais, esses eventos nos mostram que o universo ainda guarda muitos segredos a serem revelados. Cada descoberta nos leva a uma compreensão mais profunda de nossa própria história e do sistema solar que habitamos, tornando os estudos dessas rochas espaciais verdadeiramente fascinantes.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.996Z

Conheça 6 meteoritos com histórias peculiares e assustadoras

Imagem de Lua pode ser 40 milhões de anos mais velha do que se pensava no megacurioso

Pesquisa utilizou nova tecnologia para analisar material trazido para a Terra há 50 anos

<head></head><body>Uma pesquisa liderada por Jennika Greer, da Universidade de Glasgow, utilizou novos métodos para analisar as amostras de rochas trazidas da Lua durante a missão da Apollo 17, de 1972. Mais de 50 anos depois, o avanço tecnológico permitiu uma nova investigação que trouxe uma importante descoberta. Segundo os pesquisadores, a Lua é 40 milhões de anos mais antiga do que se pensava. A pesquisa foi publicada na revista Geochemical Perspectives Letters.<h2>Como o estudo foi realizado?</h2>Para determinar a idade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120781-poeira-espacial-pode-revelar-os-segredos-sobre-o-passado-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, os cientistas usaram uma nova tecnologia para a análise de amostras do mineral zirconita, ou zircão, trazido da Lua. Ele contém urânio que sofre decaimento radioativo e vira chumbo em um ritmo constante. Com isso, a proporção entre chumbo e urânio nas amostras pode determinar a tempo da formação do material.Até então, achava-se que a lua poderia ter 4,42 bilhões de anos com uma taxa de erro de 31 milhões de anos. O problema é que não havia meios de determinar se o chumbo presente era consequência da decomposição ou se ele simplesmente estava lá.O novo estudo analisou a zirconita com a chamada tomografia por sonda atômica. A técnica consiste na evaporação individual de átomos, permitindo identificar sua origem. Assim, foi possível descobrir que a Lua tem cerca de 40 milhões de anos a mais do que a mais antiga datação encontrada anteriormente. Isso coloca a sua formação em aproximadamente 4,57 bilhões de anos atrás, ou seja, cerca de 110 milhões de anos depois do surgimento do Sistema Solar.Segundo os próprios pesquisadores, a descoberta indica que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104271-voce-conhece-todas-as-oito-fases-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> tem pelo menos esta idade, ou seja, há grandes possibilidades que material muito mais antigo ainda seja descoberto. Outra observação dos cientistas é sobre a importância da coleta extensiva de material e do arquivamento correto — afinal, passaram-se mais de 50 anos para que a tecnologia pudesse chegar ao ponto de fazer uma análise mais precisa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24194403266455.jpg" alt="Massa que formou a Lua se desprendeu da Terra há cerca de 4,5 bilhões de ano. (Fonte: GettyImage/Reprodução)">Massa que formou a Lua se desprendeu da Terra há cerca de 4,5 bilhões de ano. (Fonte: GettyImage/Reprodução)<h2>Como se formou a Lua?</h2>No início do Sistema Solar, a Terra vagava ao redor do Sol como um planeta jovem, sem um satélite. A teoria mais aceita é que em algum momento, há cerca de 4,5 bilhões de anos, um corpo do tamanho de Marte atingiu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124298-qual-e-a-verdadeira-idade-do-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra</a>. A força do impacto fundiu as formações e o planeta foi coberto por um oceano de magma.O impacto também fez uma pequena massa (comparado ao tamanho da Terra) se soltar e entrar em órbita. Ao longo de milhões de anos, o magma dessa rocha foi esfriando e a Lua ganhou o formato que conhecemos.O endurecimento do magma ocorreu em diferentes períodos, formando diferentes partes do manto e da crosta do satélite. Encontrar as amostras de minerais desses períodos permite datar com mais precisão a idade da Lua e, de certa forma, entender melhor a história do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.695Z

Lua pode ser 40 milhões de anos mais velha do que se pensava

Imagem de O Universo observável pode ser um buraco negro, diz astrofísico no megacurioso

Uma teoria desafiadora abre novas portas para a compreensão do Universo

<head></head><body>Compreender a estrutura do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127392-quantos-planetas-existem-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a> e sua evolução é um dos desafios mais emocionantes da ciência. Recentemente, estudiosos empreenderam uma tarefa ambiciosa: criar um gráfico que representasse a relação entre a massa e o raio de todos os objetos do Universo observável. Os resultados deste esforço intrigante lançam luz sobre áreas "proibidas" da física e questionam se o Universo poderia ser um gigantesco buraco negro.<h2>A escala universal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22201113583000.jpeg" alt="Gráfico criado por Lineweaver e Patel. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)">Gráfico criado por Lineweaver e Patel. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)O gráfico log-log criado por Dr. Charles Lineweaver e o estudante de graduação Vihan Patel é uma representação única e abrangente das dimensões do Universo. Ele abrange desde as menores partículas até os maiores aglomerados de galáxias, permitindo-nos visualizar o Universo em toda a sua glória.Este gráfico revela áreas que desafiam as leis conhecidas da física. Em particular, as regiões onde a mecânica quântica e a gravidade se confrontam, criando zonas de incerteza e complexidade que desafiam nossa compreensão da natureza fundamental da realidade.<h2>A linha que divide</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22201250633002.jpeg" alt="Massas, tamanhos e densidades relativas de objetos no Universo. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)">Massas, tamanhos e densidades relativas de objetos no Universo. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)Um dos aspectos mais significativos do gráfico é a linha preta que separa a área marcada como "proibida pela gravidade" do espaço onde encontramos objetos familiares, incluindo buracos negros. Conforme a massa de um buraco negro aumenta, sua densidade diminui, formando uma relação bem estabelecida na física.<h2>O Universo como um buraco negro</h2>Surpreendentemente, o gráfico sugere que todo o Universo observável, dentro do chamado raio de Hubble, ou horizonte cosmológico, também se encontra nessa linha. Isso levanta a questão intrigante: o Universo pode ser um gigantesco <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro</a>? Embora essa ideia não seja nova, as descobertas de Lineweaver e Patel fornecem uma perspectiva única.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22201733792005.png" alt="Horizonte cosmológico. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Horizonte cosmológico. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A semelhança entre o Universo observável e um buraco negro é notável. Ambos têm um horizonte de eventos que delimita o que podemos observar e interagir, sugerindo paralelos surpreendentes entre esses conceitos aparentemente distintos.<h2>Desafios e implicações</h2>A teoria de que o Universo é um buraco negro não é simples. Ela requer a suposição de que tudo fora do raio de Hubble é um espaço de densidade zero, o que não é uma ideia universalmente aceita na cosmologia.Além disso, o gráfico levanta questões sobre os primórdios do Universo ao sugerir que o ele pode ter começado com tamanho e massa específicos, em oposição à ideia de uma singularidade com densidade e temperatura infinitas associada ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121771-5-ideias-que-contrariam-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Big Bang</a>.A criação do gráfico por Lineweaver e Patel é um marco na exploração da estrutura do Universo. Suas descobertas nos fazem questionar como isso se encaixa nas complexas interações entre a relatividade geral e a mecânica quântica. Independentemente de onde essa discussão nos leve, a jornada para compreender as profundezas do cosmos é fascinante e promete continuar a surpreender com sua complexidade e mistério.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.612Z

O Universo observável pode ser um buraco negro, diz astrofísico

Imagem de Psyche: revelando os mistérios do asteroide de metal no megacurioso

A NASA acaba de embarcar em uma missão verdadeiramente única e inovadora: explorar o asteroide 16 Psyche

<head></head><body>A exploração espacial sempre despertou a curiosidade e a imaginação de cientistas e entusiastas do espaço. No entanto, a missão Psyche da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127475-imagens-da-nasa-mostram-astronautas-lutando-para-andar-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, lançada em 13 de outubro de 2023, oferece algo verdadeiramente único: uma oportunidade de examinar de perto um asteroide metálico, uma rara relíquia do passado do nosso sistema solar. O asteroide 16 Psyche é o protagonista desta jornada, e sua composição e história intrigantes prometem revelar segredos sobre a formação de planetas.<h2>A missão</h2>A missão Psyche é uma parte crucial do Programa de Descoberta da NASA, que visa expandir nossos conhecimentos sobre o universo ao explorar destinos anteriormente inexplorados. Com a missão Lucy, lançada em 16 de outubro de 2021, que explora asteroides primordiais perto de Júpiter, Psyche oferece uma visão única de um mundo inimaginável. A exploração de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127531-os-5-asteroides-que-mais-apresentam-risco-para-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpos celestes</a> representa uma oportunidade para a ciência inovadora e para desvendar os mistérios de nosso sistema solar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17212918655002.jpg" alt="A missão Psyche foi lançada em 13 de outubro de 2023">A missão Psyche foi lançada em 13 de outubro de 2023<h2>Descoberta do asteroide</h2>O asteroide 16 Psyche, descoberto em 1852, possui uma massa impressionante, equivalente a 0,03% da massa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126994-enorme-estrutura-metalica-e-encontrada-sob-superficie-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> da Terra. Sua composição tem, principalmente, níquel e ferro, semelhante ao núcleo da Terra, tornando-o uma relíquia única e um desafio intrigante para os cientistas. Esse enigma cósmico levanta questões sobre como o Psyche poderia ter se formado, com teorias que sugerem que ele pode ter sido o núcleo de um protoplaneta em tempos remotos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17213556437004.jpg" alt="Psyche tem uma massa equivalente a 0,03% da massa da Lua">Psyche tem uma massa equivalente a 0,03% da massa da Lua<h2>Alta tecnologia</h2>A missão Psyche da NASA transportará uma variedade de instrumentos de última geração, incluindo câmeras de alta resolução, um espectrômetro para analisar a composição do asteroide, um magnetômetro para verificar a presença de um campo magnético remanescente, e instrumentos para medir com precisão o campo gravitacional do asteroide. Além disso, a espaçonave estará equipada com tecnologia de comunicação a laser avançada. Esses instrumentos permitirão à missão coletar dados essenciais para desvendar os segredos de Psyche.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17214010785005.jpg" alt="A missão Psyche transporta instrumentos de última geração">A missão Psyche transporta instrumentos de última geraçãoApós o lançamento, a sonda utilizará propulsão elétrica solar para conduzir uma assistência gravitacional além de Marte. O plano da missão prevê 21 meses de órbita ao redor do asteroide, onde a sonda mapeará e estudará o Psyche em detalhes. Os dados coletados durante essa fase crítica ajudarão os astrônomos a entender como os planetas terrestres, como a Terra, se formaram e evoluíram ao longo do tempo.A missão Psyche da NASA representa uma oportunidade emocionante e sem precedentes de explorar um asteroide metálico, descobrir sua história e compreender os processos que moldam nosso sistema solar. Ao investigar o asteroide de perto, os cientistas esperam desvendar os mistérios da formação planetária, bem como obter insights valiosos sobre o passado distante de nosso sistema solar.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.384Z

Psyche: revelando os mistérios do asteroide de metal

Imagem de Conheça o surpreendente "Labirinto da Noite" de Marte em vídeo inédito no megacurioso

Embarque em uma jornada de exploração do 'Labirinto da Noite,' um complexo sistema de vales em Marte, cujo tamanho é comparável ao da Itália

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>, o planeta vermelho, continua a surpreender a humanidade com seus mistérios e paisagens deslumbrantes. Recentemente, a Agência Espacial Europeia (ESA) presenteou o mundo com um emocionante vídeo que nos permite deslizar pelas paisagens marcianas do "Labirinto da Noite." Este sistema de vales íngremes, cujo tamanho se assemelha ao da Itália, é um dos muitos tesouros que o Mars Express, o satélite da Agência Espacial Europeia (ESA), tem nos proporcionado.<h2>O labirinto de Marte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18190102569525.jpg" alt="Labirinto da Noite">Labirinto da NoiteO "Labirinto da Noite," conhecido em latim como Noctis Labyrinthus, é um complexo sistema de vales em Marte. Esses vales serpenteiam por sua superfície e apresentam dimensões surpreendentes: com largura de até 30 km e profundidade de 6 km, o sistema de vales profundos se estende por cerca de 1.190 km. Essa vastidão é equivalente ao tamanho da Itália, proporcionando uma visão inigualável da geologia marciana.<h2>Mars Express e suas contribuições</h2>O Mars Express, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126785-james-webb-as-6-maiores-destaques-do-primeiro-ano-do-satelite-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">satélite</a> da ESA, foi fundamental para a criação do vídeo emocionante. Lançado em dezembro de 2003, o satélite vem coletando imagens e dados ao longo dos anos. A missão contribuiu significativamente para nosso entendimento da geologia e atmosfera de Marte. As imagens tiradas pelo Mars Express têm a incrível capacidade de mostrar detalhes na superfície marciana, chegando a identificar características com apenas 10 metros de diâmetro.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18184231811519.jpg" alt="Satélite Mars Express">Satélite Mars Express<h2>O vídeo do "Labirinto da Noite"</h2>O vídeo divulgado pela ESA nos permite fazer um emocionante sobrevoo pelo "Labirinto da Noite." Podemos admirar os vales que se cruzam, as crateras, os destroços de grandes deslizamentos de terra e as dunas arrastada pelo vento. Além disso, o vídeo também revela as características geológicas intrigantes chamadas grabens, também conhecidas como fossas tectônicas, que indicam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127690-cientista-descobre-placa-tectonica-gigantesca-ate-entao-escondida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atividade tectônica</a> na superfície de Marte. Essas marcas são evidências de que a crosta marciana foi submetida a estresse e rachaduras devido à atividade vulcânica.<iframe width="649" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/r4WBJD6u4X8?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>Comparação com a Terra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18185326528523.jpg" alt="Fossas tectônicas em Marte">Fossas tectônicas em MarteAs fossas tectônicas mostradas no vídeo de Marte têm semelhanças notáveis com algumas formações geológicas em nosso planeta. Na Terra, podemos encontrar fossas tectônicas em locais como o Parque Nacional de Canyonlands e o Vale da Morte, que é, em si, um imenso vale. Essa semelhança nos lembra da complexidade e diversidade do sistema solar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18185840158524.jpg" alt="Fossas tectônicas no Parque Nacional de Canyonlands">Fossas tectônicas no Parque Nacional de CanyonlandsO vídeo do "Labirinto da Noite," capturado pelo Mars Express, é mais uma prova da beleza e complexidade do Planeta Vermelho. Ele nos lembra da importância da exploração espacial e da contribuição significativa das missões para o nosso conhecimento do universo.À medida que a exploração de Marte continua, podemos esperar descobertas ainda mais emocionantes. Enquanto isso, aproveitamos as vistas deslumbrantes que a tecnologia espacial nos permite experimentar sem sair da Terra.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.173Z

Conheça o surpreendente 'Labirinto da Noite' de Marte em vídeo inédito

Imagem de "Lâminas de plasma" seriam capazes de cortar estrelas inteiras ao meio no megacurioso

Nova teoria defende que 'lâminas de plasma', capazes de cortar uma estrela ao meio, estariam por trás de determinadas explosões de raios gama; entenda

<head></head><body>A morte de uma estrela compreende fenômenos que, ao mesmo tempo que deslumbram e intrigam, motivam muitos estudos. Mas ainda assim, há muito a ser descoberto. O mesmo vale para as explosões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/69796-dossie-ciencia-raios-gama-e-seus-enigmas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raios gama</a>, uma vez que maior parte delas está relacionada a esse processo.A maior e mais brilhante explosão já detectada, em 09 de outubro de 2022, ocorreu há 1,9 bilhão de anos-luz da Terra, e ainda permanece parcialmente sem explicação. Nomeada como GRB 221009A e apelidada de BOAT, trata-se de um tipo de evento que ocorre uma vez a cada 10.000 anos, segundo a NASA.Mas uma nova teoria foi proposta por pesquisadores do Centro de Cosmologia e Física de Partículas da Universidade de Nova York e pode mudar como observamos alguns desses fenômenos luminosos.A ideia central é que "lâminas de plasma" seriam capazes de cortar estrelas inteiras ao meio. Moldadas por um campo magnético intenso em meio ao colapso de uma estrela massiva, elas seriam a explicação para a ocorrência de explosões de raios gama de maior duração no universo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18222703000607.jpg" alt="(Fonte: Nasa/Reprodução)">(Fonte: Nasa/Reprodução)<h2>Em busca de explicações sobre os GRBs de maior duração</h2>O artigo, publicado em setembro, ainda não foi revisado por pares. A teoria proposta busca apontar o que estaria por trás de determinadas explosões de raios gama, conhecidas como GRBs, que estão entre as mais intensas ocorridas no universo.Apesar de serem observadas de longe como se fossem um pequeno ponto de radiação de raios gama, essas explosões envolvem a liberação de uma massiva quantidade de energia — algo que cientistas acreditam que se origina a partir de buracos negros ou magnetares.Mas como algumas dessas GRBs observadas demoram mais tempo para desaparecer, pesquisadores decidiram investigar o que estaria por trás disso. O artigo defende que esses GRBs, em específico, podem ocorrer em meio à morte de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115077-estrela-massiva-pode-ter-desaparecido-sem-deixar-sinais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela massiva</a>.Nesse tipo de fenômeno, quando o núcleo da estrela se colapsa, dando origem a uma densa estrela de nêutrons, há a formação de um campo magnético bastante poderoso. Em suma, isso é o que origina um magnetar, objeto conhecido por ter um dos maiores campos magnéticos do universo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18222753920608.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Entendendo a formação da "lâmina de plasma"</h2>Envolvido por todo o processo caótico que culminou no seu surgimento, o plasma do magnetar fica extremamente agitado. O campo magnético ainda seria capaz de emitir rajadas de radiação na região do equador do próprio magnetar, acreditam os pesquisadores.&nbsp;Essas seriam as condições propícias para a formação de uma espécie de "lâmina de plasma" no centro desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127210-estrela-mais-brilhante-do-universo-carrega-varios-misterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">magnetar</a>. Capaz de se movimentar quase na velocidade da luz e de transportar uma enorme quantidade de energia, essa lâmina seria capaz de cortar a estrela ao meio enquanto se desloca para fora dela.A energia transportada nesse momento seria superior a da explosão de uma supernova, por exemplo. Mas, depois de atingir a estrela, e antes de perder força, essa lâmina ainda pode ser capaz de percorrer uma distância superior ao raio da estrela atingida. Esse movimento final seria, portanto, a explicação para os GRBs de maior duração.A partir dessa constatação, o próximo passo é explicar como essa lâmina se desenvolve e analisar em detalhes como ela atua no processo de morte estelar. Com isso, será possível analisar eventos potencialmente relacionados com esse tipo de ocorrência no universo.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:14.160Z

'Lâminas de plasma' seriam capazes de cortar estrelas inteiras ao meio

Imagem de O salto temporal de 1582: por que 10 dias desapareceram do calendário? no megacurioso

Em outubro de 1582, as pessoas foram dormir no dia 4 e acordaram no dia 15

<head></head><body>Os calendários são parte fundamental de como administramos o tempo em nossas vidas. No entanto, o que muitos não sabem é que a forma como as datas estão organizadas hoje não existe há tanto tempo quanto imaginamos. Em 1582, o papa Gregório XIII introduziu o calendário gregoriano, esse que usamos até hoje. Antes disso, a maior parte do mundo romano e da Europa usava o modelo juliano, introduzido por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122605-como-o-ditador-romano-julio-cesar-foi-assassinado-pelo-senado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júlio César</a> em 45 a.C.<h2>O calendário juliano e o desafio da Páscoa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18215954882588.jpg" alt="O calendário juliano foi introduzido pelo imperador romano Júlio César">O calendário juliano foi introduzido pelo imperador romano Júlio CésarO calendário juliano enfrentou um desafio relacionado ao cálculo da data da Páscoa. O Concílio de Niceia, em 325 d.C., determinou que a Páscoa deveria ser celebrada no primeiro domingo seguinte à primeira lua cheia após o equinócio da primavera (ou do outono no Hemisfério Sul). No entanto, ao longo dos séculos, percebeu-se que a data estabelecida pelo Concílio para ser o equinócio — 21 de março — havia se afastado da data real do evento astronômico.<h2>O problema dos anos bissextos</h2>Para tentar corrigir a disparidade entre o calendário juliano e o ano solar, os romanos introduziram o conceito de anos bissextos. A cada quatro anos, um dia extra era adicionado ao calendário, criando um ano com 366 dias. No entanto, essa abordagem não era totalmente precisa, pois o ano solar real dura aproximadamente 365,24219 dias. Essa pequena discrepância de tempo fez com que o calendário juliano ganhasse um dia a cada 314 anos, um erro acumulativo significativo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18215613255579.jpg" alt="Atualmente, no ano bissexto, o mês de fevereiro tem 29 dias">Atualmente, no ano bissexto, o mês de fevereiro tem 29 dias<h2>A solução: calendário gregoriano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18215215999577.jpg" alt="Papa Gregório XIII">Papa Gregório XIIIDiante dessa crescente disparidade entre o calendário juliano e o ano solar real, o papa Gregório XIII, em 1582, introduziu o calendário gregoriano. A principal inovação desse modelo foi a nova forma de contabilizar os anos bissextos. A partir de 1582, os anos bissextos ocorrem a cada 4 anos, exceto nos casos em que o ano seja divisível por 100, mas não por 400. Nesses casos, o ano não é bissexto. Isso ajuda a compensar a diferença entre o ano civil (365 dias) e o ano solar real (aproximadamente 365,24219 dias).Para corrigir o erro acumulativo dos anos bissextos do modelo anterior, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124126-os-8-papas-mais-velhos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papa</a> determinou que 10 dias seriam omitidos do novo calendário, saltando diretamente do dia 4 de outubro de 1582 para o dia 15 de outubro do mesmo ano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18215500127578.jpg" alt="Mudança do calendário juliano para o gregoriano">Mudança do calendário juliano para o gregorianoHoje, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114526-como-quase-tivemos-um-calendario-racional-com-13-meses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calendário</a> gregoriano é amplamente aceito e utilizado em todo o mundo, tornando-se o padrão para fins civis e administrativos. No entanto, a história por trás da eliminação desses dez dias é um testemunho da complexidade que molda a nossa compreensão do tempo e da história. Esses dez dias perdidos no tempo continuam a nos lembrar das dificuldades envolvidas em rastrear o movimento celestial e as transformações culturais ao longo dos séculos.</body>

Astronomia

Novidades