Japão é conhecido por seu senso de gentileza e respeito culturais, mas enfrenta uma onda de habitantes que assediam moralmente prestadores de serviço.

<p>O Japão é conhecido por ter uma das jornadas de trabalho mais longas do mundo a ponto de resultar no fenômeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123383-karoshi-os-japoneses-realmente-morrem-de-tanto-trabalhar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>karoshi</strong></a>, a morte por excesso de trabalho. Desde 1987, o governo japonês instituiu a Lei do Trabalho que recomenda uma jornada de 40 horas semanais, o mesmo que alguns países da Europa, por exemplo. No entanto, o que tornam as políticas de trabalho brutais no país são as horas extras.</p><p>Os funcionários japoneses são obrigados por políticas internas das empresas a darem conta dos seus afazeres, ajudar os colegas ou apenas permanecer em sua mesa e não sair do escritório até que um superior o faça. Dessa forma, também cunhou-se o termo "assalariado" para se referir a pessoas ambiciosas que almejam uma carreira de sucesso e um salário elevado no futuro. Afinal, sacrificar-se pelo trabalho é visto como um sinal de dedicação e devoção, não uma má gestão do tempo, exploração do ambiente hierárquico corporativo e do sistema.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27122914476137.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Japão possui alto índice de horas extras. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2018, entrou em vigor a Lei de Reforma do Estilo de Trabalho, após o escândalo do caso do jovem Matsuri Takahashi, que tirou a própria vida após trabalhar 100 horas extras em um mês, como identificou o Labour Standard’s Bureau de Tóquio. A situação não fez diminuir o número de mortes anuais relacionadas ao excesso de trabalho no país. Assim como o Acordo 36 da Lei de Normas Trabalhistas Japonesas, que limita a 15 horas extras semanais e 45 horas mensais, podendo resultar em prisão de 6 meses ou multa no equivalente a US$ 1 milhão, também não impediu as empresas explorassem seus empregados.</p><p>Como se todo o sistema disfuncional ao redor do trabalho não fossem o suficiente, os<strong>&nbsp;trabalhadores japoneses ainda precisam lidar com o </strong><i><strong>kasuhara</strong></i><strong>, uma epidemia de clientes desrespeitosos.</strong></p><h2>Desconstruindo uma verdade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27123000728138.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A gentileza e respeito japoneses são aspectos culturais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O povo japonês é conhecido por sua gentileza cultural, atribuída a fatores históricos, filosóficos e sociais. O budismo e xintoísmo influenciaram muito esse aspecto da cultura social japonesa ao promover valores como compaixão, respeito pelo próximo e harmonia. A ênfase na hierarquia e no respeito mútuo, conhecido como<i>&nbsp;keigo</i>, é ensinado desde muito cedo para que as pessoas saibam como tratar os outros com respeito e cortesia.</p><p>O ensinamento é reforçado em casa, na escola e em várias instituições que constituem os pilares da sociedade, portanto, muitas pessoas recebem com choque a informação de que <strong>o Japão possui um longo histórico de desrespeito contra o funcionário</strong>.&nbsp;</p><p>Um ditado popular japonês diz: <i>kyakusama wa kamisama</i>, que significa “o cliente é Deus”. No entanto, o abuso desse poder começou a fazer as autoridades e empresas do setor de serviços reconhecerem a necessidade em proteger os funcionários de comportamentos autoritários do público.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27123052927139.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Japão sofre onda de desrespeito contra funcionários. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Uma pesquisa realizada pelo UA Zensen, um dos maiores sindicatos industriais do Japão, com 1,8 milhão de participantes, revelou que, dos mais de 30 mil membros que trabalham no setor de serviços em 2024, 46,8% alegaram sofrerem assédio moral de clientes nos últimos dois anos em seu ambiente de trabalho. A maior parcela dos entrevistados, 39,8%, citou linguagem abusiva como meio de ofensa, enquanto 14,7% reclamaram de intimidação, e 13,8% disseram sofrerem de queixas repetitivas, enquadradas como perseguição pessoal.</p><p>A emissora japonesa de rádio NHK foi às ruas para perguntar como anda a conduta dos clientes aos trabalhadores do setor de serviços. Em entrevista, uma caixa de supermercado disse que foi xingada violentamente por um cliente que reclamou que não conseguia trocar dinheiro, embora a loja estivesse sinalizada e equipada com máquinas de troca automatizadas. Uma vendedora de loja de roupas relatou que um cliente exigiu que um item, esgotado, fosse enviado para sua casa. Ela informou que o tratamento rude faz com que ela perca a motivação para interagir com os outros. “Tenho vontade de sair do setor de serviços por isso”, acrescentou ela.</p><h2>Mudando o <i>status quo</i></h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27123118519143.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Três em cada quatro japoneses assediados moralmente por clientes tiveram problemas de saúde mental. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A fala da entrevistada vai de encontro com a pesquisa realizada pela Confederação Sindical Japonesa, ou Rengo, que descobriu que três em cada quatro trabalhadores assediados moralmente por clientes tiveram suas vidas mudadas. Eles citaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a> no trabalho e problemas relacionados a saúde mental como consequência.</p><p>A própria<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106498-solidao-e-isolamento-o-lado-oculto-do-desenvolvimento-do-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;estrutura de trabalho hierárquica&nbsp;</a>rigidamente apoiada na tradição de tratar os clientes como realeza, não dispõe de recursos tampouco permite as queixas dos empregados que, temendo represálias, perda de reputação ou demissão, acabam recorrendo à antiga cultura do silêncio. Isso contribui para um alto nível de estresse, levando ao absenteísmo, problemas de ordem emocional e, em última análise, cria-se uma força de trabalho que se sente desvalorizada e sobrecarregada.</p><p>Não é à toa que essas práticas começaram a entrar em choque com as expectativas modernas de cultura do local de trabalho, à medida que a nova geração de japoneses mais educados sobre seus direitos como funcionários do que sobre seu dever no local de trabalho, forçam o <i>status quo</i> da estrutura japonesa.</p><h2>As medidas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27123217712145.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O governo metropolitano de Tóquio deve aprovar uma lei que enquadra assédio de clientes contra prestadores de serviço. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em maio desse ano, o governo metropolitano de Tóquio, sob o comando da governadora Koike Yuriko, apresentou uma portaria para proteger os funcionários de abusos e agressões de clientes. A política discutiu propostas desenvolvidas por um grupo de trabalho dentro do governo desde 2023, planejando adotar a portaria após a aprovação da Assembleia Metropolitana até o fim desse ano.</p><p>O grupo propôs que a portaria defina assédio de cliente ao funcionário como violência, ameaças e outros atos ilícitos, bem como injustiças que possam prejudicar o ambiente de trabalho de algum indivíduo.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27123322632146.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>"Kusuhara" é o nome dado ao assédio moral de clientes contra prestadores de serviço no Japão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A questão sobre não incluir penalidade para a prática de <i>kasuhara&nbsp;</i>na portaria, ainda é algo a ser discutido. De um lado, temos aqueles que acreditam que, dessa forma, a portaria serve como uma medida dissuasora em vez de punitiva. Do outro, há quem diga que a definição de penalidades para ações específicas poderia fazer com que o público sentisse que ações não sujeitas a punição serão permitidas.</p><p>Do ponto de vista social, a portaria será essencial para definir uma imagem clara do que constitui assédio moral ao trabalhador, uma vez que isso difere de empresa para empresa, com alguns casos sendo considerados como visivelmente graves, enquanto outros apenas como insignificantes ou "cinzentos".</p>

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Kusuhara: Japão enfrenta 'epidemia' de clientes desrespeitosos

É bem provável que você tenha que andar muito no mercado para achar o leite que precisa.

<p>Talvez você já tenha observado que as gôndolas de diferentes supermercados costumam reproduzir uma mesma lógica de exposição dos produtos. <strong>Os laticínios (que são os produtos derivados do leite) costumam ser colocados no fundo das lojas</strong>, mesmo que estejam entre os mais consumidos pelas pessoas.</p><p>Pode causar uma certa estranheza, já que o leite e seus derivados costumam ter bastante saída. Mas a verdade é que há uma boa razão para isso.</p><h2>A lógica dos mercados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/28/28070338402005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os supermercados são organizados para estimular que os consumidores comprem mais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O marketing é a área que costuma estudar a exposição dos itens de consumo na loja. Talvez você tenha notado, por exemplo, que certos comércios escolhem um determinado tipo de trilha sonora, ou que os produtos mais caros no supermercado costumam ficar dispostos bem à altura dos seus olhos. A razão de tudo isso é clara: estimular que você gaste mais.</p><p>E há ainda outra lógica que talvez você não se dê conta, mas é a seguinte: quanto mais tempo uma pessoa permanece dentro de uma loja, mais propensa ela estará a comprar coisas, incluindo itens que não estavam na sua lista inicial.</p><div data-google-query-id="COPOtoOy_IYDFagluQYd4AwKUg">Ou seja, o design e o <i>layout</i> de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122380-5-ingredientes-estranhos-em-produtos-comuns-do-supermercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supermercado</a> vão influenciar o seu comportamento dentro dele. Por isso, é comum que os doces estejam expostos na parte mais baixa, bem à altura dos olhos das crianças. Assim, é quase inevitável que, ao dar uma passadinha lá para fazer suas compras, o consumidor acabe saindo com uns produtos a mais.</div><h2>A disposição dos laticínios nos mercados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/28/28070132780003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Provavelmente você precisa andar até o fundo do supermercado para pegar os produtos feitos de leite. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Chegamos por fim então à lógica por trás da disposição dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115846-alemanha-e-dona-da-loja-de-laticinios-mais-bonita-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">laticínios</a>. Mas, diferente do que você pode pensar, não tem a ver (pelo menos não apenas) com a ideia de fazê-lo passear dentro do supermercado por mais tempo até encontrar o leite que foi buscar.</p><p>O jornalista Michael Pollan, que é autor do célebre livro <i>O Dilema do Onívoro,&nbsp;</i>declarou em uma entrevista à NPR em 2014 que é recomendável "comprar nas periferias" dos mercados, o que inclui a cadeia de frios (dos produtos que precisam, obrigatoriamente, ficar refrigerados).</p><p>A cadeia de frio refere-se ao processo de manutenção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124376-de-item-de-luxo-a-algo-comum-a-historia-da-geladeira-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">refrigeração</a> de alimentos como carnes e laticínios em todas as etapas do transporte. Uma vez que os caminhões de entrega geralmente descarregam os produtos nos fundos do estabelecimento, faz todo sentido que aquelas geladeiras de refrigeração da loja fiquem quase sempre instaladas nessa parte da loja.</p><p>Por isso, tendo todas essas informações em mente, saiba que, quando você for no mercado comprar um leite ou um iogurte, é bem provável que eles estejam bem no fundo da loja. E cabe então a você ter o autocontrole para evitar gastos desnecessários enquanto se direciona até lá.</p>

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Por que laticínios ficam geralmente expostos no fundo do supermercado?

Regras impostas aos padres católicos como o voto de celibato são conhecidas, mas há outras menos usuais com as quais precisam conviver.

<p>Regras fazem parte do cotidiano de todo padre da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a>. É sabido, por exemplo, que eles devem fazer o voto de celibato e abdicar de prazer mundanos, como o luxo e a riqueza. Mas algumas das ordens a que são submetidos chamam a atenção pelo caráter inusitado, e nem sempre são de conhecimento público.</p><p>A maneira como devem se comunicar com autoridades, se portar diante de políticos que vão admitir pecados, as posições em diferentes momentos da missa ou dos atos religiosos, nem mesmo hóstias de comunhão sujas fogem ao regramento, que deve ser conhecido pelos padres. E, principalmente, seguido à risca.</p><h2>1. Padres católicos orientais podem se casar, mas antes da ordenação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17145408220236.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Igreja Católica Oriental é formada por 23 unidades, nas quais padres podem se casar. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122362-catedral-paroquia-basilica-como-e-a-estrutura-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Igreja Católica é uma comunhão de igrejas</a>, somando, ao todo, 24 unidades que a compõem. Destas, 23 estão localizadas no Oriente, mas todas estão sujeitas ao Papa. Nestas igrejas, as línguas, tradições e leis são específicas, mas algo chama muito a atenção quando comparada à Igreja Católica Ocidental: os padres são autorizados a casar.</p><p>Na realidade, elas seguem uma tradição cristã milenar de ordenar apenas homens casados, seguindo o que acreditam ser uma das duas vocações masculinas: casamento ou celibato. De acordo com os orientais, o casamento de um padre permite a ele compreender melhor os problemas dos paroquianos, principalmente das famílias.</p><p>Agora, após ordenados, as restrições se tornam as mesmas. Assim, padres que se tornam viúvos são proibidos de casar novamente, e devem viver em celibato.</p><h2>2. Padres destituídos de suas funções ainda devem ser celibatários</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17145517799237.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Deixar de ser padre não significa, na teoria, o fim do celibato. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Por diferentes razões, um padre pode ter retirados seus poderes ministeriais, sendo destituído do cargo, deixando de comandar uma paróquia. Porém, não se impede mais que o "antigo" padre deixe de utilizar as vestimentas tradicionais. Isso, no entanto, não significa que ele retorne ao posto de "homem comum". No catolicismo, uma vez sacerdote, sempre sacerdote.</p><p>Logo, embora não possa mais comandar a missa nem dar sacramentos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120542-sempre-existiu-celibato-para-membros-da-igreja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ele deve manter o celibato</a> – claro, desde que deseje manter-se sobre as graças da Igreja. Esse movimento é conhecido como laicização, e consta do Catecismo da Igreja Católica, um livro que contém todos os elementos essenciais à fé.</p><h2>3. Padres com filhos devem ser destituídos do cargo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17150138806243.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Para a Igreja Católica, o dever como pai supera o dever como sacerdote. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Vez ou outra, surgem histórias mostrando padres que são pais, seja por terem relações pregressas, seja por romperem com o celibato. Nessas situações, quando as lideranças da Igreja Católica tomam conhecimento de que o padre é pai, ele é pressionado para solicitar a laicização, deixando o ordenado para assumir a paternidade em tempo integral.</p><p>Esse é um movimento mais recente dentro do catolicismo, que criou até um termo oficial para essas crianças, chamadas de "filhos dos ordenados". Em entrevista, Alessandro Gisotti, porta-voz do Vaticano, afirmou que o dever como pai supera os deveres como sacerdote.</p><h2>4. Padres devem iniciar seu dia às 3 horas da madrugada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17145257739235.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Padres devem começar o dia cedo, para santificá-lo. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A rotina de um padre da Igreja Católica começa bem cedo, às 3 horas da madrugada. A partir daquele momento, o sacerdote deve comandar a Liturgia das Horas, uma oração de caráter público e comunitário, feita para santificar o dia.</p><p>Na tradição católica, essa reza permite que Deus participe das atividades diárias de uma pessoa, orientando-a para o bem. Sua origem está na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125345-5-criaturas-completamente-assustadoras-do-folclore-judaico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prática judaica</a> de rezar três vezes ao dia, e se deve ao fato de que os primeiros cristãos convertidos eram, antes, judeus.</p><h2>5. Padres não podem revelar o que é dito no confessionário, nem mesmo um crime</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17145934545242.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>O Selo da Confissão garante o sigilo do que é dito a um padre no confessionário. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/282637-padre-inteligencia-artificial-excomungado-recomendar-batismo-gatorade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">confessionário é um lugar bastante sagrado para a fé católica</a>, espaço onde os membros da igreja podem admitir seus pecados em busca de absolvição. Exige-se que o padre mantenha o silêncio, e o testemunho dado pelo fiel é inviolável. O sacerdote deve manter o pecado em sigilo, e não pode divulgá-lo em nenhuma hipótese, nem mesmo às autoridades policiais. Caso contrário, ele corre o risco de ser excomungado.</p><p>A regra vale até mesmo para o caso em que crimes são admitidos. O Selo da Confissão, como é conhecida essa inviolabilidade da confissão, é garantido no Brasil pela lei, prevista no artigo 154 do Código Penal, que rege a ética do sigilo profissional.</p>

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5 regras inusitadas que todo padre deve seguir

Segundo a teoria, sua escolha profissional pode ter sido "determinada" graças à primeira letra do seu nome ou sobrenome.

<p style="text-align:justify;">Um estudo publicado no periódico <i>Journal of Personality and Social Psychology</i> descreve uma forte correlação entre a primeira letra do nome das pessoas e sua escolha profissional ou de cidade de residência. Esse fenômeno é conhecido como <strong>determinismo nominativo</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Diversas correntes, sejam místicas ou psicológicas, estudam <strong>como nossos nomes podem influenciar nossa personalidade e tomadas de decisão</strong>. Neste caso, longe dos tabuleiros numerológicos, parece haver uma relação positiva nessa afirmação, mas não pelos motivos que você imagina.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19071022222000.jpg" alt="Como você escolheu sua profissão? (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Como você escolheu sua profissão? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2 style="text-align:justify;">Um nome, logo, uma profissão?</h2><p style="text-align:justify;">Segundo a teoria do determinismo nominativo, as pessoas podem sofrer a influência das iniciais de seus nomes na hora de escolher seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128213-4-profissoes-incomuns-que-oferecem-otimos-salarios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">futuro profissional</a>. Por exemplo, haveria mais chances de um José ser jornalista do que confeiteiro.</p><p style="text-align:justify;">Mas esse fenômeno também pode se estender para a inicial do sobrenome. Assim, um Ancelmo Barreto, poderia tranquilamente ser um bioquímico ou morar na cidade de Barretos, pois a inicial também poderia influenciar na decisão da cidade, estado ou país de moradia.&nbsp;</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19072430358001.jpg" alt="Claro que nem todos os Josés, Joões ou Josués são jornalistas, eles podem ser jardineiros. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Claro que nem todos os Josés, Joões ou Josués são jornalistas, eles podem ser jardineiros. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Mas será que há algo de científico nisso ou é apenas fruto das coincidências e acasos? Segundo estudos de psicologia e comportamento humano, <strong>esse determinismo pode estar ligado à nossa necessidade de identificação</strong>.</p><h2 style="text-align:justify;">Determinando uma relação</h2><p style="text-align:justify;">O estudo da Associação Americana de Psicologia utilizou modelos de linguagem treinadas no banco de dados Common Crawl para rastrear e analisar relações entre nomes, profissões e cidades de residência.</p><p style="text-align:justify;">As informações foram obtidas no X (ex-Twitter), Google News e Google Books. Ao todo foram selecionados 3.410 nomes, 508 profissões e 14.856 cidades.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19074733013000.jpg" alt="Segundo seu nome, qual seria sua profissão? (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Segundo seu nome, qual seria sua profissão? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Para que correlações pudessem ser mais fidedignas, foram excluídos os dados de pessoas que trabalhavam em locais com nomes correspondentes, a exemplo, Paulo Martins na empresa Martins e filhos. Isso porque já era esperado que a herança ocupacional fosse mantida.</p><p style="text-align:justify;">Os resultados acabaram corroborando para a teoria e mostraram que o fenômeno era mais predominante para pessoas do sexo masculino e em relação à inicial dos seus sobrenomes.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Já na população feminina, às escolhas profissionais estão mais ligadas a inicial do nome, inclusive, houve um aumento da correlação no final do século, que se acredita estar ligado ao maior movimento de entrada das mulheres no mercado de trabalho.</p><h2 style="text-align:justify;">Futuro determinado?</h2><p style="text-align:justify;">Apesar dos resultados terem sido a favor da teoria, isso não significa que os achados são replicáveis em todos os lugares. Sempre bom lembra que correlação não é causa.</p><p style="text-align:justify;">O nascimento dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123955-por-que-os-islandeses-nao-possuem-sobrenomes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobrenomes</a> tem origem nas ocupações familiares, então não seria estranho que uma profissão estivesse intimamente relacionada com o nome de seu praticante.&nbsp;</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19080607781001.jpg" alt="A grosso modo, nos países anglo-saxões seria óbvio encontrar um Philip Blacksmith trabalhando com ferraria. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)"><figcaption>A grosso modo, nos países anglo-saxões seria óbvio encontrar um Philip Blacksmith trabalhando com ferraria. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Além disso, há um fenômeno comportamental na psicologia chamado de "egoísmo implícito", onde buscamos por identificação em diversas áreas da nossa vida. <strong>Sempre procuraremos por algo que nos espelhe de algum jeito.</strong></p><p style="text-align:justify;">O famoso e temido e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274947-ciencia-filosofia-livre-arbitrio-ele-existe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livre-arbítrio</a> também entra na equação, por isso ainda que se estime que o determinismo nominativo seja um comportamento inconsciente, <strong>você sempre poderá fazer uma escolha lógica e consciente</strong>.</p><p style="text-align:justify;">E você, seu nome se correlaciona com sua profissão e cidade?</p>

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O que é determinismo nominativo e como a ciência o enxerga?

Ondas de crime são vistas como sinal de perigo e aumento da insegurança, mas, por vezes, elas se assemelham a brincadeiras.

<p>Quando se pensa em termos de segurança pública, ondas de crime servem de sinal do aumento da insegurança e do perigo em uma região ou cidade. Imaginar algum tipo de humor nessa situação pode parecer surreal, mas a verdade é que a história recente da humanidade guarda exemplos de movimentos de crime, sejam roubo ou vandalismo, que parecem saídos de uma esquete de programa de humor.</p><p>Por incrível que pareça, até Lady Gaga já foi vítima de um, e um dos integrantes do Beastie Boys foi responsável por um tipo de roubo que causou prejuízos a muitos donos de carros.</p><h2>1. Roubo do emblema da Volkswagen</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10204546549016.jpeg" alt="Mike D, integrante dos Beastie Boys, gerou onda de roubo de emblema da VW. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Mike D, integrante dos Beastie Boys, gerou onda de roubo de emblema da VW. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1987, a banda americana Beastie Boys incitou a ocorrência de um crime específico. Isso porque, no videoclipe da música “(You Gotta) Fight For Your Right (to Party)”, o integrante Mike D. aparecia usando uma corrente com o VW da <a href="https://www.megacurioso.com.br/veiculos/42667-golf-da-volkswagen-faz-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Volkswagen</a> pendurada no pescoço.</p><p>Acredite ou não, isso levou a uma onda de roubos do emblema da Volks dos carros espalhados pela rua. Esse crime se tornou comum nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde os Beastie Boys estavam fazendo uma turnê. A solução encontrada pela Volkswagen foi, no mínimo, inteligente: a empresa fez uma campanha publicitária divertida e começou a distribuir os emblemas gratuitamente.</p><h2>2. Atentado ao pudor e roubo de placa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10205240659019.jpeg" alt="Nome peculiar de estrada na Inglaterra gerou onde de atentado ao pudor e roubo de placas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Nome peculiar de estrada na Inglaterra gerou onde de atentado ao pudor e roubo de placas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na Inglaterra, um crime engraçado passou a acontecer por conta do nome de uma rua, a Butt Hole Road, localizada na cidade de Conisbrough. As pessoas que passavam por lá, por achar o nome hilário, começaram a fazer <i>selfies</i> com a placa da rua – mas sempre com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estetica/79134-tecnicas-para-aumentar-o-bumbum.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bumbum</a> de fora, numa brincadeira com o nome.</p><p>Isso se tornou tão frequente que uma família que morava na rua até resolveu se mudar. Outro problema recorrente era o roubo das placas, além do problema de companhias de transporte que achavam que a rua não existia. A questão só foi solucionada quando, em 2009, os moradores pagaram para que o local mudasse de nome para Archers Way.</p><h2>3. Livros trocados por falsificações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10210023176020.jpg" alt="Livros raros e valiosos começaram a ser substituídos por falsificações. (Fonte: Etsy / Reprodução)"><figcaption>Livros raros e valiosos começaram a ser substituídos por falsificações. (Fonte: Etsy / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Entre 2022 e 2023, houve uma onda de roubos de livros raros em nove países europeus. Pelo menos 170 exemplares foram furtados. Eram obras de nomes como Alexander Pushkin e <a href="https://www.megacurioso.com.br/so-podia-ser-na-russia/89168-cemiterios-de-moscou-irao-disponibilizar-sinal-gratuito-de-wi-fi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nikolai Gogol</a>, dois autores russos cultuados.</p><p>Os roubos certamente se deram não pelo gosto pelas obras, mas sim porque eram exemplares extremamente valiosos. Alguns desses livros foram vendidos nas casas de leilões da Rússia, e estima-se que tenham causado um prejuízo total de US$ 2,6 milhões.</p><p>Nove pessoas foram presas pelo esquema. Revelou-se que os golpistas usavam um método arrojado: eles iam às bibliotecas, mediam e fotografavam os livros e depois os substituíam por réplicas arrojadas que eles mesmos criavam.</p><h2>4. Roubo de cães de raça</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10210259882021.jpeg" alt="Onda de roubo de cães de raça aconteceu, principalmente, pelos Estados Unidos e Europa. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Onda de roubo de cães de raça aconteceu, principalmente, pelos Estados Unidos e Europa. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O roubo de cães de raça parece ser um crime realmente cruel, já que afeta tanto os bichinhos quanto os seus donos apaixonados por eles. O crime ganhou até um nome: “dognapping”. Consistia no furto do animal de "grife" e depois a solicitação de um resgate ao tutor.</p><p>Houve até uma vítima famosa. Em 2021, os três buldogues franceses da cantora <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103988-fibromialgia-o-mal-que-levou-lady-gaga-a-cancelar-seu-show-no-rock-in-rio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lady Gaga</a> foram roubados enquanto passeavam em Hollywood. A estrela pop ofereceu uma recompensa de US$ 500 mil e os recebeu de volta em dois dias. Contudo, Gaga não precisou pagar, pois a mulher que os sequestrou foi presa.</p><h2>5. A brincadeira do "pedala Robinho"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10210510887022.jpeg" alt="No Brasil, tendência das brincadeiras com tapa na cabeça foi popularizada pelo humorístico Pânico na TV. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>No Brasil, tendência das brincadeiras com tapa na cabeça foi popularizada pelo humorístico <i>Pânico na TV.</i> (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Sabe aquele tapa irritante na cabeça que ficou conhecido por aqui como "Pedala Robinho"? Acredita se quiser, mas isso também se tornou um delito. Tudo ocorreu em 2005, quando o YouTube ainda iniciava suas atividades, e as pessoas descobriram que os vídeos em que apareciam aplicando esse tapa costumam viralizar bastante.</p><p>Por conta disso, muita gente passou a esbofetear pessoas aleatórias na rua e a filmar os ataques. Parte da culpa foi de programas como <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/37302--jackass-na-russia-e-o-video-que-vai-deixar-voce-perturbado-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Jackass</i></a> ou o brasileiro <i>Pânico na TV,</i> que popularizaram a "brincadeira"<i>.&nbsp;</i>Várias vítimas receberam esses tapas na cabeça de surpresa, mas, por sorte, a moda logo passou.</p>

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5 ondas de crime bizarramente específicas

Todo o ano, aumenta o número de idosos morrendo sozinhos na Coreia do Sul e no Japão. Entenda o que acontece.

<p>Deve chegar a cerca de 1,6 bilhão o número de pessoas vivendo acima dos 65 anos ou mais até 2050, de acordo com a prospecção feita pela Organização das Nações Unidas (ONU), que encara esse fenômeno de envelhecimento global como um sucesso coletivo extraordinário na melhoria das condições de vida de bilhões de pessoas em todo o mundo. Isso é um testemunho do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/4-proteses-da-antiguidade-que-demonstram-o-avanco-da-medicina" rel="noopener noreferrer" target="_blank">progresso</a> que a humanidade fez na ciência, tecnologia, medicina e muitos outros empreendimentos para assegurar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/como-sera-o-cenario-da-saude-global-em-2050" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qualidade de vida</a> e o acesso a ela.</p><p>Apesar de essas recompensas, há também os inegáveis <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/por-que-o-sistema-alimentar-mundial-esta-falido" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desafios econômicos</a> no que diz respeito a como assegurar uma vida confortável para esse grupo de pessoas enquanto Estados precisam encontrar maneiras de driblar as consequências de ter uma sociedade em rápido envelhecimento, encarando o declínio na produtividade e das relações econômicas na política externa, a perda do seu poder inovador; diminuição do pagamento de impostos; contração na oferta de trabalhadores qualificados nas principais áreas da indústria; e o declínio no emprego de funções sob demanda, causando um grande impacto negativo na competitividade internacional. A Coreia do Sul e o Japão enfrentam esses problemas há anos.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26144025195212.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Japão lidera o ranking como uma das populações que envelhecem mais rápido do mundo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Desde 2015 que a Coreia se depara com uma queda nos índices de natalidade, sendo que em 2020, pela primeira vez, foram registrados mais mortes do que nascimentos, o que indica que o número de habitantes encolheu. Em 2022, o país quebrou seu próprio recorde de menor taxa de fertilidade do mundo. A taxa de fecundidade caiu para 0,81 em 2021, e deve despencar para 0,68 em 2024, de acordo com o Statistics Korea. Para manter uma população estável, é preciso de uma taxa de 2,1 – qualquer número acima disso indica crescimento populacional.</p><p>O <strong>Japão lidera o ranking como uma das populações que envelhecem mais rápido do mundo</strong>. Em 2023, o Ministério da Saúde apontou que a taxa de natalidade do país atingiu um novo recorde de 1,2, que significa 0,06 pontos abaixo do que em 2022. O número de nascimentos sofreu uma queda de 43.482 em relação a 2022, enquanto número de divórcios subiu para 183.808.</p><p>Em meio a tudo isso, <strong>as sociedades envelhecidas enfrentam os fenômenos de mortes solitárias, denominadas Kodokushi no Japão e Godoksa na Coreia do Sul</strong>.</p><h2>Morrendo sozinho no Japão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26144153851213.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Em 2020 cerca de 6.7 milhões de lares japoneses eram compostos por idosos morando sozinho. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em um relatório disponibilizado pela agência de notícias <i>Kyodo</i> a partir de dados da Agência Nacional de Polícia do Japão, cerca de 68 mil idosos, com 65 anos ou mais, morrem sozinhos em suas casas a cada ano no Japão. O número alarmante de Kodokushi revela não só uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124319-solitude-e-solidao-entenda-a-diferenca-dos-termos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">solidão profunda</a> dessa parcela significativa da sociedade, como também a negligência do Estado em fornecer amparo ao longo de todo o espectro de formulação de políticas.</p><p>Entre janeiro e março de 2024, um total de 21.716 indivíduos em todo o país morreram sozinhos em suas casas e só foram encontrados após dias ou até semanas pelas autoridades. Quase 80% dessas pessoas tinham 65 anos ou mais.</p><p>O Statista revelou que em 2020 cerca de 6.7 milhões de lares japoneses eram compostos por idosos morando sozinhos. Em parte, isso se deve ao enfraquecimento das estruturas familiares no país – fruto da reestrutura do <i>status quo</i> da sociedade, algo que o governo luta para contornar –, levando muitos idosos a não viverem com seus filhos ou membros da família. Os indivíduos são impedidos de buscarem ajuda devido aos ideais milenares que enfatizam a autossuficiência e desprezam a ideia de ser um fardo na vida dos outros, o que contribui para o aumento da solidão e o isolamento, podendo ser severo na paisagem extremamente urbanizada do Japão, apesar da proximidade física entre vizinhos.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26144350415214.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Deve chegar a 1,6 bilhão o número de pessoas vivendo acima dos 65 anos ou mais até 2050. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os fatores econômicos cimentam todo o fenômeno do Kodokushi japonês e são o que realmente revelam o quanto essa população idosa é desprezada por um governo cujos esforços estão centrados em espremer a mão de obra da sociedade jovem, enquanto tenta "concertar" em suas mentes o fato de que precisam namorar, casar e procriar para que as bases políticas do país não colapsem.</p><p>O <i>Relatório Anual sobre uma Sociedade em Envelhecimento</i> encontrou uma vontade muita alta dos idosos japoneses em trabalhar, com 40% deles a favor de continuarem a ganhar uma renda, porque é impossível viver dignamente no país com pensões cada vez mais baixas, podendo chegar a US$ 450, e poupanças inadequadas.&nbsp;</p><p>Atualmente, um em cada quatro idosos (aproximadamente 9 milhões) realiza trabalho informal em tempo parcial, como faxineiros, seguranças, entregadores ou atendentes. Mas isso também é um reflexo do endosso do governo a <strong>política do "trabalhar para sempre" do Japão</strong> como um esforço para enfrentar a escassez de mão de obra e fazer também os idosos pagarem suas contas em vez de o sistema nacional.</p><h2>Morrendo sozinho na Coreia do Sul</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26144458831219.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Na Coreia do Sul, é mais comum homens idosos morrerem sozinhos do que mulheres. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O Godoksa na Coreia do Sul ganhou atenção nos últimos 10 anos devido ao aumento vertiginoso de <strong>mortes solitárias</strong> e dos seus impactos na sociedade, que se acentuaram desde a pandemia de Covid-19. Só em 2021, o Ministério da Saúde e Previdência registrou 3.378 mortes solitárias, das quais mais de 85% eram indivíduos de meia idade do sexo masculino. Todos levaram uma média de 3 semanas para que fossem descobertos.</p><p>Muito diferente do Japão, em que as mulheres costumam morrer sozinhas e na pobreza mais do que os homens devido às políticas de previdência nacional estabelecidas no pós-guerra de 1945 para incentivar o trabalho e focar na reconstrução familiar, o Ministério da Saúde e Bem-Estar da Coreia mostrou que o número de homens que morreram sozinhos foi mais de quatro vezes maior do que o de mulheres. Cerca de 500 mulheres morreram sozinhas a cada ano entre 2018 e 2021, em relação a mais de 2 mil homens, sendo que esse número cresceu para 2.817 em 2021.</p><p>Os sul-coreanos enfrentam alguns dos mesmos problemas que o Japão, como crise demográfica do país, lacunas no bem-estar social, isolamento social e a pobreza dessa população idosa. Os homens estão entre a maioria que morre sozinha entre os 65 anos ou mais porque o subemprego é visto como uma desonra, bem como é potencializado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/o-grave-problema-com-consumo-de-bebida-alcoolica-na-coreia-do-sul" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura do consumo de álcool</a>, predominante entre os homens, apesar de atingir a sociedade inteira.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26144629763220.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A Coreia do Sul é o 14ª país com maior índice de divorciados do mundo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Esses homens colhem os frutos de uma vida bebendo, adquirindo vários tipos de doenças, como cirrose hepática, e acabam sozinhos porque nesses contextos são absorvidos hábitos que contribuem para o divórcio. Há uma estrutura social antiga de que as mulheres estão abaixo dos homens no país. No ranking de divórcios mundiais, a Coreia ocupa a 14ª posição ente os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).</p><p>Segundo Song In-joo, pesquisadora da Seoul Welfare Foundation, especializada em isolamento social e mortes solitárias, a aposentadoria precoce ou o divórcio tendem a ter um impacto mais profundo nos homens porque a ideia de perder sua posição na sociedade e em um lar impulsionam grandes sentimentos de sofrimento e solidão, delineados por fracasso e falta de autossuficiência.</p><p>Acima disso, há também a dependência dos homens que não estão acostumados a fazer tarefas domésticas, tendo maiores riscos de acabar negligenciando a si mesmos, caracterizando uma condição em que um indivíduo não consegue atender as suas necessidades físicas e psicológicas essenciais, podendo levar a doenças crônicas, em casos graves.</p><h2>O que esses países estão fazendo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26144719200221.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Japão aposta em alternativas tecnológicas e políticas governamentais para evitar as mortes solitárias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2021, o governo sul-coreano criou a Lei de Prevenção e Gestão de Mortes Solitárias para tentar deter o problema por meio do fortalecimento e a cooperação com as autoridades locais na detecção de sinais de alerta entre homens na faixa dos 50 e 60 anos.</p><p>A pesquisadora Song In-joo, no entanto, aponta que essas pessoas em estado de vulnerabilidade podem não querer atenção dos serviços sociais ou da comunidade local, recusando receber ajuda mesmo quando os assistentes sociais batem a sua porta. Para ela, o governo precisa chegar ao fundo da questão e fornecer um tipo de apoio preventivo, como programas de geração de empregos para ajudar esses homens a escapar do ciclo vicioso da pobreza e do isolamento social.</p><p>O Japão, por sua vez, apostou em várias soluções tecnológicas, incluindo dispositivos domésticos inteligentes, monitores de saúde vestíveis e robôs sociais desenvolvidos para monitorar a saúde e o bem-estar de indivíduos que vivem sozinhos. O governo, no entanto, não discutiu sobre o quão acessível esse apoio tecnológico será para essa camada extremamente empobrecida.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/27/27120402828123.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A Coreia do Sul ainda faz pouco para combater as mortes solitárias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Enquanto isso, políticas governamentais estão sendo projetadas para abordar os sintomas e as causas subjacentes do Kodokushi, incluindo melhores programas de bem-estar social, melhor acesso à saúde e iniciativas para combater o isolamento social. A rede de apoio regular inclui também o treinamento de apoiadores especializados em cada área para ajudar as pessoas afetadas pela solidão, ao passo que incentiva o desenvolvimento de uma base de dados nacional que cataloga estratégias eficazes para enfrentar o fenômeno.</p><p>Esse ano, o <i>Asahi Shibun</i>, um dos cinco maiores jornais japoneses, disse que o governo colocou em vigor uma lei que enquadra solidão e o isolamento como questões sociais, obrigando governos locais a formarem conselhos regionais com grupos de apoio para indivíduos que vivem em solidão.</p>

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Kodokushi e Godoksa: as mortes solitárias no Japão e na Coreia do Sul

A voz das ruas foi muitas vezes capaz de realizar mudanças no país.

<p>Nas últimas semanas, a articulação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/ha-mais-de-80-anos-o-brasil-descriminalizava-o-aborto-em-caso-de-estupro" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto que visa criminalizar mulheres que realizarem aborto</a> após as 22 semanas de gestação gerou uma repercussão tão negativa nas redes sociais e nas ruas do país que os parlamentares envolvidos nesta proposta voltaram atrás. O deputado Sóstenes Cavalcante, autor do projeto, admitiu que a análise do plenário pode ser deixada para o fim do ano.</p><p>Essa não é a primeira vez que uma manifestação popular realizada pelos brasileiros motivou mudanças na história do país, provando que a pressão coletiva é capaz de alterar a política.</p><h2>1. Passeata dos Cem Mil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183848494340.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 1968, artistas e intelectuais se uniram para pedir o fim da ditadura. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1968, foi organizada uma gigantesca manifestação popular de protesto contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura militar</a>, com a participação de artistas, intelectuais e membros da Igreja Católica. Embora a passeata tenha envolvido um clima festivo, o protesto se dava contra os abusos do regime, como as agressões, as prisões e o desaparecimento de estudantes e militantes políticos.</p><p>O evento aconteceu em 26 de junho de 1968, no Rio de Janeiro, e rapidamente juntou mais de cem mil pessoas. Ao passar em frente à igreja da Candelária, a marcha parou para ouvir o discurso inflamado do líder estudantil Vladimir Palmeira, que mencionou a morte do estudante Edson Luís e cobrou pelo fim da ditadura militar. A manifestação se encerrou três horas depois em frente à Assembleia Legislativa, sem conflitos com o aparato policial que a acompanhava.</p><h2>2. Comícios das Diretas Já</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183307099335.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 1984, os brasileiros ocuparam as ruas para pedir para votar para presidente. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1984, aproximava-se o fim da ditadura militar que tomou o Brasil por quase quarenta anos. Entre janeiro e abril deste ano, grandes comícios começaram a ocorrer em vários locais do país pedindo por eleições diretas para presidente – o que não ocorria desde 1964.</p><p>Os principais comícios das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/ebrahim-raisi-e-outros-6-politicos-que-morreram-em-acidentes-aereos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Diretas Já</a> aconteceram na Candelária, no Rio de Janeiro (com cerca de 1 milhão de pessoas) e no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, (com público estimado de 1,5 milhão de pessoas). A campanha havia sido iniciada em 1983, com a Proposta de Emenda Constitucional número 5, escrita pelo deputado federal Dante de Oliveira. Os protestos uniram políticos de campos opostos, tendo como grande nome de liderança o deputado <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/45272-relembre-outras-tragedias-aereas-que-marcaram-a-politica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ulysses Guimarães.</a></p><h2>3. Protesto dos Caras Pintadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183412433336.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 1992, grupos de estudantes foram às ruas para pedir o <i>impeachment</i> de Fernando Collor. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1989, houve finalmente o pleito pela presidência da República, e o alagoano Fernando Collor foi eleito. Contudo, poucos anos depois, em 1992, vários escândalos passaram a cercá-lo a partir das denúncias de corrupção feitas por seu irmão mais novo, Pedro Collor.</p><p>O governo já andava muito impopular por conta de medidas econômicas desastrosas. Por conta das denúncias, o povo começou a realizar passeatas para exigir o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114265-o-que-e-o-impeachment-e-o-que-acontece-se-o-presidente-cair.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>impeachment</i></a> de Collor. Os jovens, em especial, começaram a pintar o rosto nesses eventos, fazendo com que o movimento fosse chamado de Caras Pintadas.</p><h2>4. Jornadas de junho de 2013</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183558069339.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 2013, uma série de protestos agrupou reivindicações por vezes contraditórias. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2013, o clima político do Brasil também começou a se acirrar, o que ocasionou o levante de quatro grandes protestos em São Paulo durante o mês de junho. O motivo, inicialmente, era protestar contra o aumento das passagens, que seria de 20 centavos.</p><p>A cada manifestação, o número de participantes subia, e houve vários relatos de pessoas presas e agredidas pela polícia. Os protestos foram se espalhando por várias cidades do país e reunindo reivindicações difusas e até contraditórias entre si.</p><p>Até hoje se estuda este fenômeno e quais foram as consequências desses atos. Mas sabe-se que um deles foi a instalação de uma crise política articulada por parlamentares que acabou levando (para muitos, de forma injusta) ao <i>impeachment</i> da presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/memes-e-virais/88093-10-memes-da-carta-de-michel-temer-a-presidente-dilma-rousseff.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dilma Rousseff</a>.</p>

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4 manifestações populares que mudaram o rumo do Brasil

De acordo com pesquisadores, práticas de cuidados pessoais incluem usar leite, gordura e até mesmo sangue. 

<p>Mesmo em períodos de crise financeira, um mercado que sempre permanece em alta é o de produtos cosméticos. No século XXI, as vendas de produtos de beleza permanecem em alta o tempo todo, indicando que permanecer bonito e jovem está no topo da lista de desejos de cidadãos do mundo inteiro — sobretudo no período de festas ao fim do ano.</p><p>Mas como os antigos lidavam com essa obsessão estética que a população mundial parece ter adquirido com o tempo? No passado, a busca pela juventude eterna e superficial era mais direta, mas poderia envolver algumas práticas até mesmo repulsivas.&nbsp;</p><h2>Estética na antiguidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12180637480244.jpg" alt="Por muitos anos, o leite foi visto como um excelente produto para revigorar a beleza física. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Por muitos anos, o leite foi visto como um excelente produto para revigorar a beleza física. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Nos tempos antigos, um dos produtos mais socialmente aceitáveis para a renovação da beleza era o leite, considerado um dos pilares do Egito Antigo. De acordo com lendas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/102074-5-fatos-sobre-a-vida-de-cleopatra-a-rainha-mais-famosa-da-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cleópatra</a> usava o leite de 700 jumentas no lugar da água na hora do seu banho. Também era comum que mulheres romanas pensassem que o leite de burro embranquecia a pele a tornava mais macia.</p><p>Isso acontecia porque o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125522-leite-hidrata-mais-que-agua-afinal-o-que-e-melhor-na-hora-de-repor-os-liquidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leite</a> estava ligado ao sentido de nascimento, à nova vida e ao sustento, tornando-se uma boa ferramenta para a juventude. Contudo, isso era o menos bizarro que acontecia naquela época. Para mulheres do período medieval, gorduras de animais, sobretudo a de porco, era uma escolha popular de "máscara facial" para restaurar o brilho da pele.</p><p>No final dos anos 1800, por sua vez, médicos criaram preenchimentos dérmicos que envolviam aplicar óleos minerais (vaselina) e parafina para corrigir defeitos da pele. A popularidade do procedimento caiu na década de 1920, quando a duquesa de Marlborough, Gladys Deacon, foi terrivelmente desfigurada por uma injeção de cera quente no nariz.</p><h2>Procedimentos grotescos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12180725600247.jpg" alt="Sangue de gladiadores e de mulheres virgens já foi visto como fonte de juventude e vigor. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Sangue de gladiadores e de mulheres virgens já foi visto como fonte de juventude e vigor. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Se leite, gordura e cera não chamaram a sua atenção, fique tranquilo que a lista ainda não acabou. Os antigos sabonetes romanos usavam a urina como seu principal ingrediente ativo clareador. Essa urina era coletada em latrinas públicas ou mictórios. Seu uso mais nojento provavelmente foi como branqueador de dentes, uma vez que os romanos acreditavam que isso interromperia o processo de envelhecimento dentário e evitaria cáries.</p><p>Lendas também contam que a condessa húngara do século XVI, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117663-elizabeth-bathory-a-serial-killer-que-tomava-banho-de-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elizabeth Báthory — conhecida como "Condessa do Sangue"</a> — banhava-se no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a> de virgens para preservar sua juventude e beleza. Médicos antigos também afirmavam que o sangue de gladiadores e virgens possuíam propriedades medicinais, o que nunca foi de fato comprovado pela ciência.</p><p>E falando em fonte de vida, outra substância era comumente usada como produto estético: o sêmen. Diversos médicos gregos e romanos levantaram a hipótese que o sêmen atuava como sangue concentrado, tornando-o uma emissão especialmente potente para a preservação da vida. Historiadores também afirmam que os chineses usaram durante séculos o sêmen de humanos para tratamentos faciais para evitar o envelhecimento. Para a nossa sorte, a sociedade evoluiu para seguir caminhos menos esquisitos.</p>

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Como os antigos cuidavam de sua beleza?

Desvende os segredos do sono tranquilo com o poderoso método do embaralhamento cognitivo.

<p>Imagine esta cena: as luzes estão apagadas, o silêncio da noite envolve a casa, mas sua mente está agitada. Você se deita na cama, desejando uma boa noite de sono, mas seus pensamentos não param de correr. Se essa situação parece familiar, saiba que você não está sozinho. Muitas pessoas lutam contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110580-existem-5-tipos-diferente-de-insonia-qual-a-sua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insônia</a> devido a uma mente ocupada e ansiosa. Felizmente, há uma solução: o <i>cognitive shuffle</i>, ou embaralhamento cognitivo. Aprenda como essa técnica simples pode acalmar sua mente e ajudá-lo a adormecer mais rapidamente.</p><h2>Uma ferramenta poderosa para o sono</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12103949776067.jpg" alt="Muitas pessoas sentem dificuldade para pegar no sono. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Muitas pessoas têm dificuldade para pegar no sono. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Frequentemente quando deitamos para dormir nossas mentes entram em um estado de hiperatividade, revivendo eventos do dia e pensando sobre o futuro. Essa agitação mental pode dificultar o relaxamento e o adormecimento. É aqui que entra o embaralhamento cognitivo, uma técnica projetada para distrair a mente e induzir um estado de relaxamento propício ao sono. Ao direcionar o foco para uma série de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/75499-este-exercicio-pode-acabar-com-a-sua-insonia-em-1-minuto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exercícios mentais simples</a>, o método interrompe o ciclo de pensamentos ansiosos e prepara o cenário para o sono reparador.</p><p>A eficácia do método é respaldada pela ciência. Estudos mostram que ao desviar a atenção da mente de pensamentos preocupantes e direcioná-la para outras atividades mentais podemos acalmar o sistema nervoso e facilitar o início do sono. Além disso, ao engajar o cérebro em exercícios cognitivos simples, estamos ativando áreas associadas ao relaxamento e à regulação emocional, preparando o terreno para um sono mais profundo e restaurador.</p><h2>Como praticar o embaralhamento cognitivo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12104214074070.jpg" alt="A técnica contribui para o relaxamento e um sono tranquilo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A técnica contribui para o relaxamento e o sono tranquilo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Praticar o embaralhamento cognitivo é simples e pode ser feito no conforto da sua própria cama. Para começar, escolha uma palavra neutra, como "casa" ou "jardim". Em seguida, visualize objetos que começam com cada letra dessa palavra. Por exemplo, se você escolheu "casa", pode imaginar um "cachorro" para a letra "c", "abacaxi" para a letra "a", "sorvete" para a letra "s" e assim por diante.</p><p>Concentre-se em cada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127189-implante-cerebral-transforma-pensamentos-em-palavras-em-tempo-recorde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imagem que você cria em sua mente</a>, tentando torná-la o mais vívida e detalhada possível. Permita que sua mente mergulhe na cena, envolvendo-se completamente com cada objeto que você visualiza. Continue esse processo até se sentir relaxado e sonolento, permitindo que os pensamentos estressantes desapareçam gradualmente.</p><p>Se pensamentos estressantes surgirem durante o exercício, reconheça-os gentilmente e retorne ao processo de embaralhamento, direcionando sua atenção para as imagens que você está criando em sua mente.</p><p>Essa técnica simples e eficaz oferece uma maneira de acalmar a mente e preparar o corpo para um sono reparador. Ao incorporar o embaralhamento cognitivo em sua rotina, você pode desfrutar de noites tranquilas e acordar revigorado e renovado a cada manhã. Com a prática regular, você poderá dominar essa técnica e encontrar um caminho mais rápido para o sono.</p>

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Como funciona o "cognitive shuffle", um método eficiente para combater a insônia

Existem sinais que todo trabalhador pode ficar atento para descobrir se seu empregador está satisfeito com seu desempenho profissional.

<p>Todo funcionário deseja saber o que seus superiores estão achando de seu desempenho profissional, mas nem sempre os chefes conseguem oferecer esse tipo de retorno. Profissionais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/98599-8-habilidades-que-ajudarao-voce-a-conseguir-um-bom-emprego.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recursos humanos</a> apontam este como um dos principais desafios para manter sua equipe engajada.</p><p>Em entrevista ao <i>Business Insider</i>, Michael Dooling, um profissional de recursos humanos com mais de três décadas de serviços prestados a empresas como a PwC e British Airways, compartilhou algumas dicas de como é possível captar feedbacks positivos de seus superiores. Suas sugestões podem ser aplicadas no dia a dia da empresa.</p><h2>1. Eficiência no trabalho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09200536973028.jpeg" alt="Ter domínio sobre sua função torna qualquer funcionário preponderante para uma equipe. (Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Ter domínio sobre sua função torna qualquer funcionário preponderante para uma equipe. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Uma das principais características apreciadas em um trabalhador, segundo o especialista Michael Doolin, é a eficiência na execução das tarefas, cotidianas ou não. Quanto mais fácil é para um profissional <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/as-horriveis-condicoes-de-trabalho-nos-abatedouros-das-fazendas-industriais" rel="noopener noreferrer" target="_blank">realizar seu trabalho</a>, mesmo os mais desafiadores, mais gestores apreciam.</p><p>Uma forma de saber se você é eficiente é acompanhar se a quantidade de e-mails em sua caixa de entrada está diminuindo e se, ao final do expediente, sobra tempo – ou, até mesmo, se suas tarefas do mês acabaram antes. Ao mesmo tempo, se você nota que atividades têm se acumulado e o dia parece menor do que suas tarefas, isso pode indicar que seu desempenho está abaixo do esperado.</p><h2>2. Consegue manter uma rotina planejada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09195009555026.jpeg" alt="Manter uma rotina planejada e conseguir cumpri-la agrada todo gestor. (Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Manter uma rotina planejada e conseguir cumpri-la agrada todo gestor. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Todo profissional que se planeja adequadamente é bem visto por seus gestores. A razão é bem simples: quando você organiza sua rotina, consegue priorizar a parte do trabalho que é primordial, equacionando seu tempo e reduzindo o foco em atividades menos importantes. Isso costuma resultar em trabalhos melhor executados e na interpretação de maior competência por parte do seu chefe, apontou Michael Doolin à Business Insider.</p><h2>3. Feedbacks positivos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09195131325027.jpeg" alt="Os elogios também podem vir de clientes e colegas de trabalho, demonstrando bom desempenho. (Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Os elogios também podem vir de clientes e colegas de trabalho, demonstrando bom desempenho. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Nem todo feedback positivo virá dos seus superiores, o que pode ser um bom indício de que eles estejam satisfeitos com seu trabalho. Uma das medidas do sucesso profissional está nos comentários positivos que vêm de clientes, consumidores ou mesmo colegas de trabalho.</p><p>O bom relacionamento com clientes costuma resultar em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121313-6-habitos-para-te-ajudar-a-alcancar-a-independencia-financeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">retorno financeiro</a> para a empresa, e nenhum líder deseja perder o funcionário que é capaz de cativar sua clientela e mantê-la fidelizada. Esse tipo de retorno sobre seu trabalho é, certamente, sinal de que você está fazendo algo bom.</p><h2>4. Engajamento</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09201731314029.jpeg" alt="Ser um profissional engajado certamente é uma característica reconhecida por superiores. (Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Ser um profissional engajado certamente é uma característica reconhecida por superiores. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O quanto você se engaja nas suas tarefas cotidianas e nos desafios que surgem de modo imprevisto no trabalho podem servir como índice de desempenho, aponta o especialista em RH Michael Doolin. De acordo com o ex-diretor de recursos humanos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124119-as-companhias-aereas-mais-e-menos-seguras-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">companhia aérea British Airways</a>, líderes estão sempre atentos a como sua equipe se envolve com a empresa de diferentes maneiras.</p><p>A presença, uma boa aparência, a relação com outros colaboradores, a eficiência na execução de tarefas, o desejo por aprender mais sobre outras áreas e de participar de reuniões que não sejam, necessariamente, de seu setor são compreendidos como o desejo de estar envolvido com a empresa. &nbsp;E também demonstram motivação.</p><h2>5. Você entrega soluções</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09202152774031.jpeg" alt="Ser o funcionário que resolver problemas ao invés de criá-los é fundamental no mundo corporativo. (Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Ser o funcionário que resolver problemas ao invés de criá-los é fundamental no mundo corporativo. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ser um solucionador de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125586-4-sintomas-estranhos-causados-por-problemas-de-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problemas</a> é uma característica que todo chefe gostaria de ver em seus empregados, aponta Michael Doolin, da Clover HR. Segundo o especialista, líderes compreendem um profissional que procura oferecer soluções como alguém munido de muitas ideias, e uma pessoa que planejou e pesquisou todos os aspectos fundamentais à execução da tarefa.</p><p>Profissionais que oferecem soluções também podem se equivocar esporadicamente, mas são considerados mais propensos a terem uma alternativa para o próprio equívoco.</p>

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