Imagem de Observatório de Arecibo tem estrutura danificada em novo acidente no megacurioso

O equipamento é usado na busca por tecnologia alien e em outros tipos de pesquisas


<p>O Observatório de Arecibo, em Porto Rico, teve mais um dos cabos da sua estrutura rompidos, na última sexta-feira (6), danificando a gigantesca antena parabólica utilizada na busca por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115936-sistemas-onde-pode-haver-vida-inteligente-aumentam-para-280-mil.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vida inteligente em outros planetas</a>. É a segunda vez que o equipamento sofre um acidente do tipo, em 2020.</p>



<p>De acordo com a Universidade da Flórida Central, responsável por gerenciar o segundo maior radiotelescópio do mundo, um dos 12 cabos principais de suporte quebrou e caiu no prato refletor abaixo. O acidente gerou danos à estrutura e aos cabos próximos, mas não deixou feridos.</p>



<p>Ainda não se sabe o que teria causado o rompimento de mais um cabo do observatório porto-riquenho. Suspeita-se que a quebra aconteceu devido à carga extra carregada pelos cabos desde agosto, quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115625-observatorio-de-arecibo-tem-funcionamento-interrompido-por-acidente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ocorreu outro problema semelhante</a>, resultando em um corte de aproximadamente 30 metros na antena.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11093812519012.jpg" alt="Danos causados no primeiro acidente, em agosto. (Fonte: Universidade da Flórida Central/Divulgação)" /><figcaption>Danos causados no primeiro acidente. (Fonte: Universidade da Flórida Central/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>O radiotelescópio já não funcionava desde a primeira quebra. E com esse novo acidente, o acesso à área foi limitado, liberando a entrada apenas para os profissionais que vão trabalhar nos reparos — as medidas iniciais incluem a redução da tensão nos demais cabos e a instalação de reforços de aço na estrutura.</p>



<h2>Risco de novas falhas</h2>



<p>Como os dois cabos rompidos estavam conectados à mesma torre de suporte, os engenheiros temem uma possível reação em cadeia, gerando falhas em outras partes da estrutura. Para evitar que isso aconteça e cause um colapso na plataforma, foram encomendados dois novos cabos.</p>



<p>Os reparos da primeira quebra estavam previstos para iniciar na segunda quinzena de novembro. Mas com o novo acidente, os administradores vão precisar fazer um novo planejamento, incluindo os custos adicionais, ainda não estimados.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11093850020013.jpg" alt="A antena do radiotelescópio tem 305 metros de diâmetro. (Fonte: Universidade da Flórida Central)" /><figcaption>A antena do radiotelescópio tem 305 metros de diâmetro. (Fonte: Universidade da Flórida Central)</figcaption></figure>



<p>Inaugurado na década de 1960, o Observatório de Arecibo é a casa de um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112308-maior-telescopio-do-mundo-esta-pronto-para-procurar-alienigenas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">telescópios mais poderosos do planeta</a>, utilizado por cientistas de todo o mundo para pesquisas atmosféricas, planetárias e de radioastronomia.</p>



<p>Este equipamento também é a principal ferramenta na busca por tecnologia <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109891-produtor-do-video-da-autopsia-do-alien-de-roswell-admite-que-foi-tudo-fake.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">alien</a>, sendo capaz de captar e enviar sinais para o espaço, além de fazer parte do Programa de Observação de Objetos Próximos à Terra, da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116581-nasa-anuncia-descoberta-de-agua-na-superficie-iluminada-da-lua.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">NASA</a>.</p>


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Observatório de Arecibo tem estrutura danificada em novo acidente

Imagem de Bactéria da Terra sobrevive por mais de um ano no espaço no megacurioso

O microrganismo Deinococcus radiodurans ficou conhecido por seu sistema de resposta molecular eficaz no espaço


<p>Quem já assistiu ao filme <em>Vida</em> (2017) sabe que um organismo precisaria de características específicas para sobreviver no espaço. Porém, longe da ficção, no ano de 2015, a bactéria <em>Deinococcus radiodurans</em> conquistou esse feito e passou um ano inteiro do lado de fora da Estação Espacial Internacional. Entenda:</p>



<h2>Sobrevivendo no espaço</h2>



<p>Sobreviver no espaço, mesmo que no módulo pressurizado da Estação Espacial Internacional (ISS), é um grande desafio, visto que a estadia fora da Terra pode modificar DNAs, micróbios intestinais e impulsionar a perda de densidade óssea. </p>



<p>Isso quer dizer que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116063-cientistas-detectam-possivel-sinal-de-vida-microbiana-em-venus.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">resistir fora do módulo pressurizado</a> é praticamente impossível, pois ameaças como a radiação ultravioleta e as grandes flutuações de temperatura são constantes. </p>



<p>Contudo, durante um experimento realizado em 2015, a bactéria <em>Deinococcus radiodurans</em> sobreviveu do lado de fora da ISS por mais de um ano e voltou para a Terra viva e bem-humorada.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10002136513000.webp" alt="Deinococcus radiodurans sobreviveu a um ano no espaço" /><figcaption><em>Deinococcus radiodurans</em> sobreviveu a um ano no espaço. (Fonte: Tetyana Milojevic)</figcaption></figure>



<h2>O experimento</h2>



<p>A pesquisa “Molecular repertoire of <em>Deinococcus radiodurans</em> after 1 year of exposure outside the International Space Station within the Tanpopo mission”, publicada no periódico <em>Microbiome</em> em 2020, buscava entender se bactérias poderiam sobreviver em outros planetas, já que nós, seres humanos, pretendemos viajar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116159-astronomos-descobrem-planeta-pi-do-tamanho-da-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cada vez mais longe no Sistema Solar</a>.</p>



<p>Para isso, as células bacterianas foram desidratadas e colocadas na “Exposed Facility”, uma plataforma continuamente exposta ao ambiente espacial. Neste caso, as células estavam atrás de uma janela de vidro que bloqueava a luz ultravioleta em comprimentos de onda inferiores a 190 nanômetros. </p>



<h2>A volta da bactéria <em>Deinococcus</em> para a Terra</h2>



<p><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116160-nasa-divulga-nova-tecnologia-para-pousar-na-lua-sem-piloto-humano.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Depois de um ano no espaço</a>, os micróbios voltaram à Terra e foram comparados com bactérias de controle, que passaram o mesmo período no nosso planeta. </p>



<p>A taxa de sobrevivência foi muito menor para as bactérias que estiveram no espaço em comparação com a versão de controle, mas as que sobreviveram pareciam estar bem, mesmo que tivessem se tornado um pouco diferentes de suas irmãs terrestres. </p>



<p>A equipe descobriu que as bactérias que ficaram no espaço estavam cobertas por pequenas vesículas na superfície, uma série de mecanismos de reparo foram acionados e algumas proteínas e mRNAs se tornaram mais abundantes. </p>



<p>Os pesquisadores não sabem exatamente porque as vesículas se formaram, entretanto, defendem que as bactérias sobreviveram ao espaço graças ao seu sistema de resposta molecular eficiente.</p>


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Bactéria da Terra sobrevive por mais de um ano no espaço

Imagem de Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio no megacurioso

A enorme antena de rádio localizada na Austrália utilizada para comunicação com espaçonaves distantes recebeu um upgrade da NASA


<p>Após um silêncio de oito meses, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> voltou a se comunicar com a sonda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205542-voyager-2-aponta-espaco-denso-que-o-esperado.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Voyager 2</a>, o artefato humano mais distante da Terra. A longa interrupção ocorreu devido ao trabalho de manutenção na única antena do planeta capaz de enviar sinais para a sonda.</p>



<p>Peça fundamental no painel de controle interplanetário Deep Space Network da NASA, a antena Deep Space Station 43 (DSS-43), localizada nos arredores de Canberra na Austrália, tem 70 metros de largura, 48 anos de existência e é atualmente a maior antena do hemisfério sul.</p>



<p>Em março passado, a NASA iniciou uma atualização do cabeamento elétrico, da fonte de alimentação e dos sistemas de resfriamento da instalação. Foi também instalado um novo cone de frequência de banda X, que é uma faixa privativa para comunicação por satélite.</p>



<h2>O upgrade da antena</h2>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">BIG DAY for the BIG DISH <a href="https://twitter.com/hashtag/DSS43?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#DSS43</a><br><br>Installation of the new X-band cone in the centre of the antenna dish – Deep Space Station 43???? <a href="https://t.co/nFg8zf58tJ">pic.twitter.com/nFg8zf58tJ</a></p>— CanberraDSN (@CanberraDSN) <a href="https://twitter.com/CanberraDSN/status/1258216399534608384?ref_src=twsrc%5Etfw">May 7, 2020</a></blockquote> 



<p>No cone recém-instalado, encontra-se um poderoso sistema de transmissão de última geração e receptores altamente sensíveis, que serão utilizados para enviar comandos para espaçonaves robóticas e receber dados de telemetria de missões de exploração do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/158347-melhores-lugares-exploracao-espacial-sistema-solar.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">sistema solar</a>.</p>



<p>Um guindaste gigante foi utilizado em maio para colocar o cone de três toneladas no centro do enorme prato, após erguê-lo a uma altura de 20 andares do solo. Na segunda-feira (2), a NASA revelou que, em 29 de outubro, o novo sistema já foi utilizado para enviar com sucesso um comando para a Voyager 2, que respondeu.</p>



<p>Lançada em 20 de agosto de 1977, a Voyager 2 está a mais de 18.750.000.000 km da Terra e se afastando a um velocidade de aproximadamente 60 mil km/h.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio

Imagem de Há 20 anos, o ser humano ocupa a Estação Espacial Internacional no megacurioso

Ocupada ininterruptamente, a Estação Espacial Internacional tornou rotina o que foi, no início, considerado uma aventura


<p>Há duas décadas, a Estação Espacial Internacional (ISS) era apresentada com um introdutório “a aventura está apenas começando” – ela é a escola de onde estão saindo os <em>Homo sidereum,</em> seres humanos que ocuparão a Lua e, esperançosamente, Marte.</p>



<p>A aventura começou em 2 de novembro de 2000, quando o astronauta americano Bill Shepherd e dois cosmonautas russos, Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko, a bordo de um foguete Soyuz, desembarcaram como a Expedição 01 na desabitada ISS (a estação agora hospeda a Expedição 64). Desde então, ela jamais ficou vazia.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/31/31151201419033.jpg" alt="A Expedição 1: Krikalev (à esquerda), Shepherd e Gidzenko.">A Expedição 1: Krikalev (à esquerda), Shepherd e Gidzenko.</p>



<p>(As bandeiras são as dos países que integravam o consórcio. Em 2007, sem nunca ter contribuído com um único parafuso para o programa, o Brasil foi sutilmente convidado a se retirar, quando o nome do país passou a não mais constar nos documentos sobre a ISS.)</p>



<p>“Aqui em cima se tem a impressão de que somos cidadãos não de um país, mas de um planeta,” disse à <em>National Geographic</em> o astronauta aposentado da <a href="http://www.tecmundo.com.br/´NASA" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> Scott Kelly, que passou quase um ano a bordo da estação espacial.</p>



<h2>Seres humanos no espaço</h2>



<p>Mais de cem mil pessoas trabalharam para projetar, construir, lançar e operar a ISS. Foram gastos US$ 150 bilhões no habitat pressurizado, que já abrigou 241 seres humanos de 19 países em um espaço do tamanho de um campo de futebol, flutuando a quase 410 quilômetros de altura, a 435 mil km/h.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://thumbs.gfycat.com/NaughtyPerfectBlackbuck-mobile.mp4"></video></figure>



<p>Chamada originalmente de <em>Freedom</em>, a estação americana evoluiu para um consórcio de 15 nações. Os primeiros módulos da ISS foram lançados em 1998: um de carga (o <em>Zarya</em>) e um para suporte de vida (o <em>Zvezda</em>) russos, e o módulo americano <em>Unity</em>, a ser usado como refeitório.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="International Space Station Assembly" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/yRqUPjl3tTQ?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Grande parte da primeira década de vida da estação foi gasta ampliando e equipando a ISS, que hoje tem 16 módulos e abriga cerca de cinco tripulantes (o recorde: 13 pessoas de uma vez).</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/31/31160604288035.jpg" alt="Oito dos 13 tripulantes levados a bordo da ISS pelo ônibus espacial Endeavour se espremem no módulo de refeições.">Oito dos 13 tripulantes levados a bordo da ISS pelo ônibus espacial Endeavour se espremem no módulo de refeições.</p>



<p>Depois de 120 mil órbitas e 5 bilhões de quilômetros percorridos, a ISS hoje é o laboratório onde são pensadas as <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/143479-12-tecnologias-selecionadas-nasa-futura-missao-lua.htm" target="_blank">futuras viagens espaciais</a> – a aventura está mesmo apenas começando.</p>





<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="1" height="1" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/11/5fa1945005d9f.gif" alt="" class="wp-image-125255"/></figure>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206138-ha-20-anos-humano-ocupa-estacao-espacial-internacional.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206138-ha-20-anos-humano-ocupa-estacao-espacial-internacional.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Há 20 anos, o ser humano ocupa a Estação Espacial Internacional</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Há 20 anos, o ser humano ocupa a Estação Espacial Internacional

Imagem de Eleições nos EUA: astronautas participam em votação do espaço no megacurioso

A votação do espaço foi possível graças a uma urna espacial disponibilizada para os estadunidenses em missões no espaço


<p>As eleições presidenciais do Estados Unidos estão marcadas para acontecer nesta terça-feira (3). A disputa marca, principalmente, embate entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump. O dia de ir as urnas terá, também, uma votação do espaço para os estadounidenses que estão em missões espaciais. </p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02130518346001.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)</p>



<h2>Eleições dos EUA</h2>



<p>No país norte-americano, o sistema de votação é bem diferente e funciona de forma não obrigatória. Dessa forma, muitas campanhas de conscientização para a importância do voto acontecem e até algumas ações que possam promover um maior número de participantes. </p>



<p>Entre as iniciativas, está a possibilidade de votar antes do dia das eleições. A prática é chamada de voto antecipado, que visa promover um maior número de pessoas nas urnas dos Estados Unidos. </p>



<h2>A votação do espaço</h2>



<p>A partir deste tipo de ação que a astrounauta Kathleen Rubins exerceu seu direito como cidadã americana direto de uma estação espacial. No dia 22 de outubro, uma conta de Twitter da NASA divulgou que Rubins participou das eleições em uma votação do espaço. </p>



<blockquote class="wp-block-quote"><p>From the International Space Station: I voted today<br><br>— Kate Rubins <a href="https://t.co/DRdjwSzXwy">pic.twitter.com/DRdjwSzXwy</a><br>— NASA Astronauts (@NASA_Astronauts) <a href="https://twitter.com/NASA_Astronauts/status/1319375479669846017?ref_src=twsrc%5Etfw">October 22, 2020</a></p></blockquote>



<p>A postagem mostra a astronauta após votar, a uma distância de mais de 400 quilômetros de distância da Terra. Além disso, a legenda traz uma mensagem de Kathleen Rubins dizendo “Eu Votei”, como uma forma de incentivar estadounidenses ao redor do páis a fazer o mesmo. </p>



<p>A votação a distância foi feita em um ambiente de gravidade zero e em uma tenda com os inscritos: ISS Voting Booth (que significa cabine de votação da Estação Espacial Internacional). </p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02130450861000.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)</p>



<p>Para um cidadão dos EUA, votar no espaço é possível há anos e tudo isso graças a uma lei aprovada em 1997 pelo Congresso Nacional dos Estados Unidos, que criou uma estrutura para os astronautas participarem via e-mail.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206137-eleicoes-eua-astrounautas-participam-votacao-espaco.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206137-eleicoes-eua-astrounautas-participam-votacao-espaco.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Eleições nos EUA: astrounautas participam em votação do espaço</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Eleições nos EUA: astronautas participam em votação do espaço

Imagem de O que é um buraco negro e as principais descobertas no megacurioso

Acompanhe este guia básico para entender por que eles são os objetos mais intrigantes da astrofísica


<p>Segundo a teoria da relatividade geral de Einstein, uma estrela morta supermassiva poderia encolher até um ponto tão denso que nem mesmo a luz escaparia: no centro, a gravidade, de tão gigantesca, curvaria o espaço infinitamente; a matéria seria infinitamente densa. Esse aparente absurdo é conhecido como singularidade. Isso é um buraco negro.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/10/5f9cf8734875c.mp4"></video></figure>



<p>Se em 2019 a <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" target="_blank">NASA</a> divulgou a <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/140259-historico-telescopios-terra-registram-imagem-buraco-negro.htm" target="_blank">imagem real de um buraco negro</a>, neste ano foi a vez de uma <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146324-simulacao-nasa-mostra-buraco-negro-engolindo-materia-luz.htm" target="_blank">simulação do que seria a estrutura de uma singularidade</a>, baseada nas imagens captadas pela sonda New Horizons. </p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Inside the black hole image that made history | Sheperd Doeleman" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/uyMtsyzXWd4?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Segundo o astrofísico Jeremy Schnmittman, autor da simulação, ela mostra como a matéria capturada se concentra ao redor do horizonte de eventos, formando um alo extremamente quente e fino, chamado de disco de acreção. A deformidade que o envolve é causada pela esmagadora força gravitacional, o que acaba inclusive curvando a própria luz.</p>



<p>Próximo ao buraco negro, o gás orbita quase à velocidade da luz, enquanto nas partes externas ele gira mais lentamente. Essa diferença é responsável por produzir faixas claras e escuras como as vistas na imagem.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.nasa.gov/feature/goddard/2019/nasa-visualization-shows-a-black-hole-s-warped-world"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26114741638140.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>O chamado anel de fótons é composto de vários anéis, que se tornam cada vez mais fracos e finos – o efeito é causado quando a luz circula o buraco negro diversas vezes antes de conseguir escapar e ser vista. Dentro dele está a sombra do buraco negro, uma área aproximadamente duas vezes maior que o horizonte de eventos – o ponto sem retorno, de onde nada escapa, nem mesmo a luz.</p>



<h2>Como eles se formam?</h2>



<p>Um buraco negro nasce do colapso de uma estrela supermassiva. Durante sua vida, esse sol gigante obtém <a href="http://www.tecmundo.com.br/energia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">energia</a> através de <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/205136-fusao-nuclear-realidade-cinco-anos.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">fusão nuclear</a>, transformando hidrogênio em hélio; quando o primeiro acaba, ela usa o hélio para produzir lítio, e assim por diante. O que mantém as estrelas estáveis é o equilíbrio entre a força gravitacional, que puxa tudo para o centro do sol, e a pressão que faz com que os gases se expandam; quanto maior a temperatura, maior a pressão.</p>



<p>O último dessa longa cadeia de transformações é o ferro, um elemento estável que consome energia para ser forjado. Sua formação é rápida (o núcleo pode se transformar em ferro em poucas horas) e leva ao resfriamento repentino do coração da estrela. A pressão cai bruscamente, o equilíbrio se desfaz, e a gravidade começa a puxar as camadas externas em direção ao centro da estrela.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://giant.gfycat.com/IcyWarmGonolek.mp4"></video></figure>



<p>O núcleo de ferro não suporta o peso das camadas superiores e termina tão comprimido que os prótons capturam os elétrons para formar nêutrons. Este novo coração incrivelmente compacto consegue suportar a pressão das camadas exteriores. </p>



<p>A estratégia dá sobrevida ao núcleo, mas não ao restante da estrela: as camadas de gás, atraídas para o centro, se chocam com o coração da supergigante vermelha, produzindo uma onda de choque que as ejeta para o espaço: a estrela explode em uma supernova.</p>



<p>O núcleo terá dois destinos, selados por sua massa. Se ele conseguir conter a gravidade que puxa tudo para o centro, ele se estabilizará como uma estrela de nêutrons. Se ele tiver uma massa maior do que 2,2 vezes a do nosso Sol, a estrela de nêutrons vai continuar a colapsar e formará um buraco negro.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://thumbs.gfycat.com/IcyWarmGonolek-mobile.mp4"></video></figure>



<h2>Um buraco negro pode morrer?</h2>



<p>Sim, pode. Radiação Hawking é a radiação térmica que se acredita ser emitida por buracos negros. Ela leva o nome do cientista inglês Stephen Hawking, que elaborou os argumentos teóricos de sua existência. Como a radiação Hawking permite aos buracos negros perder massa, supõe-se que aqueles que perdem mais matéria do que ganham devorando o que passa pela frente venham a evaporar, encolher e, finalmente, desaparecer.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=AXR-etStvCI&feature=emb_logo
</div></figure>



<h2>Só existe um tipo de buraco negro?</h2>



<p>Até hoje, os astrônomos só conseguiram encontrar dois tipos de buracos negros: aqueles que se originam do colapso de estrelas, com cinco vezes a massa do Sol, e os gigantes supermassivos, rugindo no centro das galáxias (a Via Láctea tem um, chamado Sagitário A*) produto de <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204710-astronomos-descobrem-buraco-negro-gigante-aprisionando-6-galaxias.htm" target="_blank">bilhões de anos engolindo massa estelar</a> e <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154666-cientistas-ter-descoberto-luz-buraco-negro.htm" target="_blank">unindo-se a outros buracos negros</a> – mas nenhum com um tamanho intermediário.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://giant.gfycat.com/GiftedFakeHypsilophodon.mp4"></video></figure>



<p>Uma pesquisa publicada recentemente sugere que estamos usando a régua errada: já teríamos encontrado os buracos negros P e M – precisaríamos agora achar os de tamanho G, ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204533-conheca-slbs-buracos-negros-estupendamente-monstruosos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">buracos negros estupendamente grandes</a> (<em>stupendously large black holes</em>, ou SLABs). Seu tamanho: 100 quintilhões (100.000.000.000.000.000.000) de massas solares. Como achá-los – essa é a questão.</p>



<h2>Buracos negros e de minhoca são diferentes?</h2>



<p>Ambos são incrivelmente densos e exercem atração gravitacional de acordo. A diferença é que, em teoria, nada escapa de um buraco negro (a velocidade para se fugir o horizonte de eventos teria que ser maior que a velocidade da luz), enquanto um buraco de minhoca seria como um atalho dentro do espaço-tempo entre dois pontos do cosmos ou mesmo entre universos. E se você está se perguntando quem engole quem: <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156165-buracos-minhoca-engolem-buracos-negros-vice-versa.htm" target="_blank">buracos negros caem em buracos de minhoca</a>.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Neil deGrasse Tyson Explains Wormholes and Black holes" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/PtA7O3AOCPU?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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<h2>E se formos nós a cair em um buraco negro?</h2>



<p>Se seguirmos filmes e livros, você seria esmagado e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205159-buraco-negro-suga-estrela-espaguete.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">esticado como um espaguete</a>. Mas, segundo a física, não seria bem isso a acontecer. No instante em que você entrasse no buraco negro, a realidade se dividiria em duas. Em uma, você seria instantaneamente incinerado e, na outra, flutuaria em direção ao buraco negro totalmente ileso.</p>



<p>À medida que você é sugado para dentro do buraco negro, percebe que o espaço se torna cada vez mais curvo até o infinito – nesse ponto, você alcançou a singularidade, onde espaço e tempo deixam de ter sentido e as leis da física como as conhecemos não se aplicam mais. </p>



<p>Se você estivesse na companhia de alguém, a outra pessoa veria, horrorizada, você se esticando e se contorcendo e, quanto mais próximo do horizonte de eventos, mais lentamente você flutua. Então ela veria você ficar estático antes de ser reduzido a cinzas, para então sumir nas entranhas do buraco negro.</p>



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<iframe title="Could the Earth be swallowed by a black hole? - Fabio Pacucci" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/e9TLbZuvsko?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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<p>Mas você não sente nada disso, enquanto flutua em direção ao maior vilão do Universo, deslizando em queda livre. O horizonte de eventos só existe para quem está do lado de fora; para você, não há nada. Se o buraco negro for grande o suficiente, você poderia <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153920-limite-aproximacao-buraco-negro.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">viver o resto de sua vida</a> normalmente antes de morrer na singularidade.</p>



<p>Isso se deve ao paradoxo que os físicos não conseguem desvendar: para a pessoa do lado de fora, você virou cinzas. Para você, do lado de dentro, está tudo bem. Isso porque a física quântica dita que informações nunca podem ser perdidas, ou seja, cada pedaço de informação que explica a sua existência tem que ficar fora do horizonte de eventos para que as leis da física não sejam quebradas.</p>



<p>Essas mesmas leis exigem que você flutue pelo horizonte de eventos sem ser incinerado. Do contrário, você estaria violando a teoria da relatividade geral. E mais: há uma terceira lei da <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank">física</a> que diz que as informações não podem ser copiadas, ou seja, você tem que estar em dois lugares ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo da informação do buraco negro.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=r5Pcqkhmp_0&feature=emb_logo
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<h2>O que ainda não sabemos sobre buracos negros?</h2>



<p>Entre tantas coisas, a principal é como resolver o problema acima. Apenas três aspectos definem um buraco negro: sua massa total, sua carga elétrica e seu momento angular (ou spin, uma grandeza física associada à sua rotação). </p>



<p>Não importa o que ele tenha engolido (estrelas, planetas, gás, plasma alienígenas, galáxias inteiras): o buraco negro vai reduzir essa imensidão de informações a somente três: massa, carga e spin.</p>



<p><strong>Veja também</strong>: <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/154792-buracos-negros-verdade-projecoes-holograficas-propoe-estudo.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Buracos negros na verdade são projeções holográficas, propõe estudo</a></p>



<p>O destino dos buracos negros, segundo Stephen Hawking,  é emitir radiação térmica – evaporar, encolher e desaparecer, deixando um vazio no espaço e levando com ele a informação de tudo o que ele engoliu, em bilhões de anos. Uma pista para desvendar esse mistério pode estar nos <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177329-buraco-negro-cabelos-stephen-hawking-detectados.htm" target="_blank">cabelos de um buraco negro</a>, mas isso já é outra história.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205816-buraco-negro-principais-descobertas.htm?f">O que é um buraco negro e as principais descobertas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/">TecMundo</a></p>


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O que é um buraco negro e as principais descobertas

Imagem de Vulcões ativos alimentam a atmosfera de Io, lua de Júpiter no megacurioso

Um novo estudo, baseado em imagens do radiotelescópio ALMA, descobriu os efeitos da atividade vulcânica no satélite


<p>Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, acreditam ter descoberto o processo responsável por criar a atmosfera gasosa e borbulhante de Io, uma das quatro maiores luas de Júpiter. De acordo com eles, a resposta está nos vulcões do satélite.</p>



<p>Apontada como a lua de maior atividade vulcânica do Sistema Solar, Io possui mais de 400 vulcões e uma atmosfera dominada por dióxido de enxofre (SO2), gás que dá as cores características do satélite, quando congelado na superfície.</p>



<p>Mesmo exercendo grande influência, ainda não se sabia se os vulcões eram a principal fonte de SO2 para a atmosfera de Io ou se a maior parte vinha do gás que sublima — transição do estado sólido para gasoso — da superfície gelada, quando ela está sob a influência da luz do Sol.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26142138676235.jpg" alt="Io, em primeiro plano, e Júpiter, ao fundo.">Io, em primeiro plano, e Júpiter, ao fundo.</p>



<p>Para desvendar o mistério, o professor&nbsp;Imke de Pater, do departamento de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Astronomia</a> e Ciências Planetárias da Universidade da Califórnia, e sua equipe realizaram um novo estudo, publicado no <em>The Planetary Science Journal</em> em setembro. A pesquisa analisou imagens de Io, capturadas pelo radiotelescópio Atacama Large Milimeter/Submilimeter Array (ALMA) e por telescópios ópticos e infravermelhos.</p>



<h2>O que acontece na atmosfera de Io?</h2>



<p>Ao analisar imagens de mais de 30 anos de observação de Io, a equipe descobriu que a atmosfera se torna instável a cada 42 horas, conforme ela orbita o planeta. Em uma dessas ocasiões, no dia 20 de março de 2018, os níveis de SO2 caíram bastante, quando ela entrou na sombra de Júpiter, fazendo a temperatura diminuir.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-vimeo wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://player.vimeo.com/video/468104117
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<p>Segundo os pesquisadores, essa queda na temperatura, abaixo do ponto de congelamento do dióxido de enxofre, fez com que o gás, em essência, voltasse para a superfície lunar. Já as observações feitas em setembro de 2018 mostraram as emissões retornando ao nível anterior rapidamente, quando Io saiu do eclipse.</p>



<p>“Assim que Io entra na luz do Sol, a temperatura aumenta e obtemos todo esse dióxido de enxofre congelado sublimando, reformando a atmosfera em cerca de 10 minutos, mais rápido do que os modelos haviam previsto”, comentou o estudioso.</p>



<h2>Outras descobertas</h2>



<p>Os cientistas também acharam evidências de “vulcões furtivos”, que não emitem fumaça ou outras partículas, durante observações de baixos níveis de SO2. Foi notada, ainda, a presença de monóxido de enxofre (SO), mas apenas sobre os vulcões ativos.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26142536358238.jpg" alt="Foto de Io feita em 1979, pela missão Voyager.">Foto de Io feita em 1979, pela missão Voyager.</p>



<p>As imagens do ALMA também possibilitaram descobrir um terceiro gás saindo dos vulcões, o cloreto de potássio (KCI), nas regiões onde não há SO2 e SO. “Essa é uma forte evidência de que os reservatórios de magma são diferentes, em diferentes vulcões”, revelou a astrônoma Statia Luszcz-Cook, coautora da pesquisa.</p>



<p>O estudo sobre Io continua. Um dos próximos desafios é analisar a temperatura da baixa atmosfera dessa lua de Júpiter.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205821-vulcoes-ativos-alimentam-atmosfera-io-lua-jupiter.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205821-vulcoes-ativos-alimentam-atmosfera-io-lua-jupiter.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Vulcões ativos alimentam a atmosfera de Io, lua de Júpiter</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Vulcões ativos alimentam a atmosfera de Io, lua de Júpiter

Imagem de Detritos podem ocasionar 'explosões na órbita', alertam cientistas no megacurioso

Escalada no número de objetos na órbita terrestre eleva o risco de colisões espaciais e reação em cadeia na produção de destroços


<p>A órbita terrestre está prestes a vivenciar uma escalada sem precedentes no risco de colisões com detritos espaciais, afirmam especialistas. Holger Krag, líder do programa de segurança espacial da Agência Espacial Europeia (ESA), alerta que acidentes no espaço podem resultar em “explosões na órbita”, devido a resíduos de combustíveis e <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/energia/" target="_blank">energia</a> deixados para trás.</p>



<p>“O maior contribuidor para o atual cenário de detritos espaciais são explosões na órbita, ocasionados por energia descartada — combustível e baterias deixados em espaçonaves e foguetes”, comentou o cientista em uma declaração. Krag afirma que muito foi feito para evitar esse tipo de escalada, mas as medidas não foram eficientes para reduzir o número de eventos na órbita.</p>



<p>Explosões na órbita terrestre, por sua vez, liberam ainda mais resíduos no espaço e tornam próximas viagens ainda mais difíceis, exigindo ainda mais dos órgãos responsáveis pelo rastreio de lixo espacial. Por consequência, as chances de colisões de novos lançamentos são ainda maiores e, quando ocorrem, liberam ainda mais detritos espaciais, resultando em um “efeito cascata”.</p>



<figure class="mt-2 is-resized"><a href="https://visualhunt.com/photo4/154540/"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20142945437209.jpg" alt="a" width="580" height="232"/></a><figcaption>(Fonte: VisualHunt/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Outro fator que agrava essa condição do espaço é a abertura das missões espaciais para o mercado privado — mais especificamente, o crescimento exponencial dessa modalidade. Cientistas se preocupam com a intensa movimentação no espaço e sob possíveis descumprimentos às normas de segurança para minimizar a produção de resíduos espaciais.</p>



<p>Portanto, supervisão desses detritos recebe elevada importância, exigindo minuciosos cálculos para previsão de eventos no espaço. Exemplo disso foi o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205364-satelite-russo-foguete-chines-escapam-colisao-espaco.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">satélite russo e o foguete chinês em outubro deste ano</a>. Ambos os objetos foram observados e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205268-satelite-russo-foguete-chines-colidir-espaco-15.htm">havia 20% de chance de colisão</a>, o que geraria uma volumosa nuvem de destroços na órbita, mas felizmente eles cruzaram o caminho um do outro em segurança.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://pixabay.com/pt/images/search/orbit/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20143219766210.jpg" alt="a"/></a><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>Reciclagem espacial</h2>



<p>Das medidas adotadas para controlar a produção de lixo espacial, uma delas é o reaproveitamento de espaçonaves ou satélites já em órbita. Em fevereiro deste ano, a Northrop Grumman, companhia multinacional sediada nos Estados Unidos, iniciou a missão Mission Extension Vehicle 1 (MEV-1), cujo objetivo foi realizar a manutenção de um satélite de comunicação que navega pela órbita já há 18 anos, dando-o novas funções e estendendo sua vida útil.</p>



<p>“Para seguirmos aproveitando a <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank">ciência</a>, a tecnologia e as informações que as operações espaciais proporcionam, é crucial que respeitemos as atuais normas de segurança que minimizam a produção de detritos espaciais no design das espaçonaves e missões”, comentou Tim Florer, líder do Centro de Detritos Espaciais na ESA.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205546-detritos-ocasionar-explosoes-orbita-alertam-cientistas.htm?f">Detritos podem ocasionar &#8216;explosões na órbita&#8217;, alertam cientistas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>


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Detritos podem ocasionar 'explosões na órbita', alertam cientistas

Imagem de Como é utilizar o banheiro no espaço? Astronauta responde no megacurioso

Chris Cassidy explica com detalhes como é a experiência de ir ao banheiro em gravidade zero


<p>O astronauta estadunidense Chris Cassidy sanou uma recorrente dúvida sobre a rotina de viajantes espaciais: como é utilizar o banheiro no espaço. Em vídeo, Cassidy demonstra como é o processo de fazer “o número 1” e “visitar o trono” durante as missões, bem como algumas curiosidades relacionadas a isso.</p>



<p>Os astronautas têm um espaço reservado na estação espacial para atender às suas necessidades fisiológicas: é o Waste e Hygiene Compartment (WHC). Esse ambiente é composto de uma cabine totalmente fechada, apertada e localizada próximo dos equipamentos de exercícios físicos — como a esteira e a máquina de levantamento de peso.</p>



<p>Toda a experiência está longe de ser confortável. O astronauta deve atender a suas necessidades em partes, a urina é feita em um tubo anexado ao Urine Processor Assembly, uma unidade de armazenamento do líquido e reaproveitamento de água. Após habilitar a sucção através de uma válvula e gerar fluxo de ar, o astronauta deve liberar a urina com cuidado e depois higienizar a ferramenta para o próximo usuário.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="How to use the Bathroom in Space" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/3VoeRAR0YgE?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Já para defecar, o processo é um pouco mais convencional. Ainda com o fluxo de ar habilitado, o astronauta deve se acomodar em um vaso sanitário e “efetuar o depósito” — como o próprio Cassidy descreveu — em um saco plástico, higienizar-se e selar a bolsa junto com os papéis higiênicos. Depois disso, é sua obrigação preparar o vaso sanitário com o plástico para usos posteriores.</p>



<p>Em casos de erros do equipamento, o astronauta deve interromper sua “atividade” para conferir o cartão de resolução de problemas disposto no WHC. O sinal mais alarmante, sinalizado pela luz vermelha, solicita que o astronauta entre em contato com a base na Terra para discutir os sintomas do funcionamento ruim e descobrir qual é a melhor solução para o problema.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://youtu.be/3VoeRAR0YgE"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20153139807228.jpg" alt="a" /></a><figcaption>NASA Johnson/Reprodução</figcaption></figure>



<h2>Um banheiro “complicado”</h2>



<p>Em 2008, os tripulantes de uma missão espacial encararam um defeito&nbsp;irreparável no WHC, no equipamento disposto na estação. A solução exigia peças que precisavam ser enviadas da Terra, coisa que levou cerca de 2 semanas para ser feito. Nesse meio tempo, os viajantes precisaram utilizar um sistema alternativo que logo alcançou sua capacidade máxima.</p>



<p>Outra ocasião, em 2019, foi durante a instalação da cabine dupla em preparação para o UWMS — o novo banheiro da nave finalizado somente na última semana. Os tripulantes da estação espacial enfrentaram uma infiltração que liberou 9,5 L de água pela nave e, antes de solucionar o problema, os astronautas precisaram conter o líquido com toalhas.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205547-utilizar-banheiro-espaco-astronauta-responde.htm?f">Como é utilizar o banheiro no espaço? Astronauta responde</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/">TecMundo</a></p>


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Como é utilizar o banheiro no espaço? Astronauta responde

Imagem de Starman: manequim da Tesla lançado ao espaço está 'perto' de Marte no megacurioso

Boneco enviado em teste de foguete junto com um carro da fabricante provavelmente está desfigurado pela radiação solar


<p>Quando realizou com sucesso o lançamento de teste do foguete Falcon Heavy, <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/126955-spacex-lanca-sucesso-falcon-heavy-poderoso-foguete-atualmente.htm" target="_blank">em fevereiro de 2018</a>, a empresa de exploração espacial SpaceX fez uma pequena brincadeira: como carga a ser transportada para o espaço, em vez de um satélite ou módulo com tripulantes, ela levou um carro com um manequim de motorista.</p>



<p>O Starman, como foi batizado o boneco, &#8220;dirige&#8221; um Tesla Roadster, que pertence à montadora de Elon Musk, CEO tanto da Tesla como da SpaceX. Além de <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/127037-hora-despedir-starman-ultima-foto-marte.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">posar para fotos incríveis</a> e ser considerado oficialmente <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/127082-tesla-roadster-starman-oficialmente-corpos-celestiais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um corpo celestial</a>, o motorista artificial agora está perto também de um objetivo do seu criador: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205013-carro-tesla-viaja-espaco-aproxima-marte.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">se aproximar de Marte</a>.</p>



<h2>A caminho?</h2>



<p>Dois anos e oito meses depois de deixar o nosso planeta, Starman chegou ao ponto mais perto do Planeta Vermelho até agora: 7,4 milhões de quilômetros, o equivalente a 19 vezes a distância entre a Terra e a Lua. É um número considerável, mas é também mais perto do que qualquer missão tripulada para o local.</p>



<p>Quem fez o cálculo foi Jonathan McDowell, um astrofísico da Universidade de Harvard que comanda um projeto de rastreamento de objetos espaciais. O caso da carga da SpaceX é complicado, já que a órbita traçada é assimétrica e não há mais sinais de transmissão por parte do veículo, mas é possível ter uma boa ideia do posicionamento com base em cálculos que levam em conta a gravidade da Terra no momento da saída. &nbsp;</p>



<p>Quem estiver ainda mais curioso pode acompanhar outro projeto: o <a href="https://www.whereisroadster.com" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Where is Roadster</a>, que também faz previsões em tempo real sobre em que local do espaço o carro se encontra.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23081908049220.jpg" alt="Segundo o Where is Roadster, o carro está de fato próximo de Marte." /><figcaption>Segundo o Where is Roadster, o carro está de fato próximo de Marte.</figcaption></figure>



<p>Realizar uma missão tripulada e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151014-elon-musk-teme-nao-vivo-humanidade-chegar-marte.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estabelecer uma colônia em Marte</a> é um dos sonhos de Elon Musk — esse é o objetivo mais ambicioso inclusive de lançamentos da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177401-prototipo-starship-novo-voo-150-metros-altura.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Starship</a>, a nave ainda em fase de testes da companhia. Porém, a carga provavelmente não chegará perto o suficiente de Marte para ser afetado pela gravidade local, já que a posição atual foi uma feliz combinação do momento orbital do carro e de uma aproximação do planeta vizinho com a Terra.</p>



<h2>Como ele está agora?</h2>



<p>O Starman atual não deve ser parecer em nada com o modelo que foi fotografado logo após chegar ao espaço. Segundo o <em>LiveScience</em>, o automóvel e o manequim provavelmente já sofreram bastante os efeitos da radiação solar em contato direto.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23082037639221.jpg" alt="A visão verdadeira da carga espacial, com o veículo na ponta do módulo." /><figcaption>A visão verdadeira da carga espacial, com o veículo na ponta do módulo.</figcaption></figure>



<p>É possível que a pintura vermelha, os bancos de couro e os pneus de borracha tenham sido deteriorados e que, em breve, sobre apenas o chassi e os vidros mais resistentes que compõem o veículo.</p>


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